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Uma pesquisa-ação sobre os jogos cooperativos na educação infantil

Una investigación-acción sobre los juegos cooperativos en la educación inicial

 

Acadêmico do Curso de Educação Física da Universidade Estadual Vale do Acaraú

UVA/GETHED/NEEFE, CE

(Brasil)

Alisson Slider do Nascimento de Paula

alisson.slider@yahoo.com

 

 

 

 

Resumo

          Partindo da experiência do projeto de extensão Brincando e Aprendendo, da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, onde o mesmo teve execução na instituição de ensino público EEIF Prof. Gerardo Rodrigues de Albuquerque, do município de Sobral-CE. Objetivou-se um melhor entendimento, sobre á importância dos jogos lúdicos no desenvolvimento da criança na educação infantil, tendo em vista que neste município a disciplina Educação Física não existe, portanto não está inserida no cotidiano da escola de educação infantil. Partindo dessa observação pode-se verificar limitações das crianças por ausências de atividades práticas com foco o desenvolvimento motor. Durante as aulas do projeto foram utilizadas atividades apropriadas para a faixa etária das crianças, selecionados segundo uma proposta de diversidade de estímulos às habilidades motoras básicas as necessidades de interação e participação dos alunos. Ao término das aulas, notou-se mudanças como melhora em aspectos como participação, interação e uma contribuição significativa no processo de socialização. Sobre os aspectos ligados ao desenvolvimento motor, pode-se identificar dificuldades das crianças em executar jogos que necessitassem de equilíbrio, lateralidade. Isso reforça a importância da intervenção do professor de Educação Física na educação infantil, para que o mesmo possa ser promotor do desenvolvimento integral da criança, através de atividades lúdicas recreativas que integram corpo, cultura e linguagem corporal.

          Unitermos: Projeto Brincando e Aprendendo. Educação infantil. Jogos Lúdicos.

 

Abstract
         
Based on the experience of the extension project Playing and Learning, State University Valley Acaraú - UVA, where it had run the institution of public education EEIF Prof. Gerardo Rodrigues de Albuquerque, the city of Sobral-CE. The objective of a better understanding on the importance of recreational games will the development of children in early childhood education, considering that this municipality Physical Education does not exist, so there is embedded in daily school education. From this observation it can be verified children limitations by absences of practical activities focusing motor development. During the lessons the project were used for activities appropriate to children's age group, selected according to a variety of stimuli proposed basic motor skills to the needs of interaction and student participation. At the end of the classes, it was noted changes as improvements in aspects such as participation, interaction and a significant contribution in the process of socialization. On aspects related to motor development, can identify children's difficulties in running games that required balance, laterality. This reinforces the importance of intervention by a physical education teacher in early childhood education, so that it can be a promoter of the development of children through recreational play activities that integrate body, culture and body language.

          Keywords: Playing and Learning Project. Early childhood education. Playful games.

 

Resumen

          Con base en la experiencia del proyecto de ampliación Jugar y aprender, de la Universidad Estatal del Valle Acaraú - UVA, donde había quedado la institución de educación pública EEIF Prof. Gerardo Rodrigues de Albuquerque, la ciudad de Sobral-CE. El objetivo de una mejor comprensión de la importancia de los juegos recreativos que el desarrollo de los niños en la educación de la primera infancia, teniendo en cuenta que este municipio Educación Física no existe, por lo que se incrusta en la educación escolar diaria. De esta observación se puede verificar limitaciones niños por ausencias de actividades prácticas centradas en el desarrollo motor. Durante las lecciones del proyecto se utilizaron para las actividades correspondientes al grupo de edad de los niños, seleccionados de acuerdo a una variedad de estímulos propuestos habilidades motrices básicas a las necesidades de la interacción y la participación de los estudiantes. Al final de las clases, se observó cambios como mejoras en aspectos como la participación, la interacción y una contribución significativa en el proceso de socialización. Sobre los aspectos relacionados con el desarrollo motor, puede identificar las dificultades de los niños en los juegos en ejecución que requiere equilibrio, lateralidad. Esto refuerza la importancia de la intervención de un profesor de educación física en la educación de la primera infancia, por lo que puede ser un promotor del desarrollo de los niños a través de actividades lúdicas recreativas que integran el cuerpo, la cultura y el lenguaje corporal.
          Palabras clave: Proyecto Juego y Aprendo. Educación en la primera infancia. Juegos.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 172, Septiembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Ao longo da história, o jogo esteve sempre sendo utilizado de maneira útil pelas distintas sociedades, conservando os seus rituais e crenças, por meio das culturas e o meio social. Os Jogos Cooperativos incessantemente estiveram inclusos na sociedade, contudo começaram a ser mais engrandecido na década de 1950 nos Estados Unidos através do trabalho de Ted Lentz. No Brasil, um dos primeiros a gerar textos sobre Jogos Lúdicos foi o professor Fábio Otuzi Brotto (SOLER, 2003).

    Esse alvitre não pretende basicamente substituir o caráter competitivo pela cooperação, mas sim demonstrar outra forma de jogo, mais popular e maleável em que o interesse está na participação, na brincadeira, na criação. Sem a pressão de ter que vencer sempre (BROWN, 1994).

    Os progressos acadêmicos e teóricos na procura por propostas cooperativas na Educação Física são incontestáveis, entretanto não se pode deixar de consignar que ao menos insiste uma forte autoridade da lenda da competição e do procedimento de esportivização na Educação Física escolar.

    Nesse ambiente e a procura de sobrepujar a visão abundantemente esportiva da Educação Física e a exasperação da competição, os Jogos Cooperativos são alegados como uma recente e importante proposta para o anfêmero da Educação Física escolar. Apesar de que ainda seja considerado um alvitre necessitado de estudos e de aprofundamento em alguns semblantes pedagógicos, filosóficos e sociológicos apresenta-se como extremamente adequada as finalidade de uma Educação Física escolar não competitiva (Correia, 2006b; Darido, 2001).

    A motivação deste trabalho é a analise de uma experiência vivenciada através do projeto de extensão “Brincando e Aprendendo”, produzido por acadêmicos do curso de Educação Física da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, que tinha como objetivo desenvolver atividades de caráter lúdicas, educativas e recreativas, com propósito de promover o desenvolvimento dos domínios: cognitivo, afetivo-social e motor, das crianças no âmbito escolar, que teve como publico alvo os alunos da educação infantil, da escola Professor Gerardo Rodrigues de Albuquerque.

    Vale salientar que a infância é a idade das brincadeiras. Acreditamos que por meio delas a criança satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e anseios particulares, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade, pois expressa a maneira como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo. Salienta-se os jogos cooperativos como um dos meios com maior eficiência de abranger o aluno nas atividades, pois a brincadeira é algo intrínseco na criança, é sua forma de refletir e desvendar o mundo que a cerca. Segundo Hottinger (1980) do nascimento aos 06 (seis) anos, é crucial para o indivíduo. As experiências que a crianças tem durante este período, determinarão em grande ampliação, que tipo de adulto a pessoa se tornará.

    A educação Infantil é uma área que vem sendo objeto de estudo de muitas pesquisas e discussões. Isso se deve ao fato de que é nesta fase devem ser trabalhados de forma pedagógica e cuidadosa os aspectos ligados ao desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da criança, de forma a contribuir significativamente para sua formação integral.

    Conforme a LDB,

    A Educação Infantil – primeira etapa da Educação Básica – tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seus seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social. (LDB, 9394/96).

    Entende-se que a Educação Física é um componente curricular que possui grande relevância na educação infantil, pois proporciona às crianças momentos de novas experiências, contatos com outras pessoas que não sejam aos do seu ambiente familiar, descobertas, percepções sobre seu próprio corpo a partir da realização de uma diversidade de movimentos.

A importância do brincar no desenvolvimento da criança

    A criança quando entra em contato com atividades lúdicas se permite conhecer e desenvolver habilidades, vivenciar como é fazer parte do mundo adulto sem as restrições que lhes são impostas no mundo real. Ali, ela pode ser quem quiser, tendo por base aqueles a quem observou imitando-o e repetindo suas ações. Nesse sentido Assis:

    Ao brincar de faz-de-conta, a criança representa diferentes papéis, transformando-se em papai, mamãe, professora, entre outros. Durante essa atividade, ela usa um objeto para representar qualquer coisa que imagina, sendo frequentes conversas e brincadeiras com amigos imaginários. Uma caixa de papelão pode ser, por exemplo, transformada em carro, em que ela e o amigo irão fazer longos passeios, assim como pedrinhas podem ser transformadas em bolinhas que eles irão comer durante a viagem. (ASSIS, 1985, p.92).

    Importante, porém, considerar que mesmo tratando-se de uma criança ela segue uma regra. Primeiramente, observa-se a pessoa a ser imitada, quais suas atitudes, como reage as adversidades e então, quando vai imitá-lo segue aquele parâmetro e, reproduz com detalhes seu comportamento e seu modo de agir.

    Por meio da brincadeira a criança pode ser o que quiser, sem restrições. Pode ser um animal, objeto, um adulto ou uma criança. Sua imaginação pode ser usada para transformá-la, em um instante, de um leão num jogador de beisebol, ou ainda numa cobra. Essa é a maneira de aprender sobre coisas e pessoas. Ela enfrenta, assim, situações adversas e fica adiante de decisões. A criança se vê na situação real o que pode ajudá-la a vencer o medo que ela tem de alguma coisa.

    A criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados e esse mundo é o que chamamos de brinquedo! (Vygotski, 1992).

    O brincar concede á criança à conjuntura de explicitar sentimentos como raiva, antipatia, desacordo e instabilidade. O adulto atento pode compreender o que incomoda a criança e procurar auxiliá-lo a superar mágoas e angustias.

    Piaget (1976) afirma que a atividade lúdica é o berço fundamental das atividades intelectuais da criança. Estas não são somente uma forma de conforto ou passatempo para gastar energia das crianças, mas meios que colaborem e locupletem o desenvolvimento intelectual. Ele declara:

    "O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil". (Piaget 1976, p.160).

    Wallon fez inúmeros comentários onde comprovava o caráter emocional em que os jogos se desenvolvem, e seus aspectos atinentes à socialização. Referindo-se a faixa etária dos sete anos, ele comprova seu interesse pelas relações sociais infantis nas ocasiões de jogo:

    "A criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo pode realizar, dos jogos a que pode entregar-se com seus camaradas de grupo, e também das contestações, dos conflitos que podem surgir nos jogos onde existem duas equipes antagônicas”. (Wallon, 1979, p.210)

    Assim, na dimensão escolar, o jogo pode ser um maio para o desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos. O professor das fases iniciais pode e deve admitir a brincadeira. Todavia, mais relevante que isso é definir os objetivos que se deseja alcançar, para que este momento seja, de fato, expressivo. “Ensinar a brincar”, de forma a mediar ações na zona de desenvolvimento proximal é uma forma de diligenciar o crescimento de seu aluno.

Jogos Cooperativos

    Jogos Cooperativos1 não são sintomas culturais recentes, muito menos uma descoberta recente. Pode-se ser obtidos em algumas “escavações arqueológicas”. O núcleo dos jogos cooperativos “iniciou há dezenas de milhares de anos, quando membros das sociedades tribais se aderiam para celebrar a vida”. O arqueólogo de maior relevância dos jogos cooperativos, Orlick (1989), compreende que “eles simbolizam o princípio de jogos com mais oportunidades, sem transgressões físicas ou psicológicas”.

    A arqueologia e a organização feitas por Orlick (1989) evidenciam que os jogos imortalizados por específicas sociedades consideram e impregnam valores morais, culturais e éticos. A partir dessa perspectiva, induz os jogos cooperativos como uma atividade física imprescindível fundamentada no envolvimento, na diversão, na aceitação e na cooperação tendo como finalidade modificar as características de seletividade, exclusão, exacerbação e de agressividade da competitividade preponderante na comunidade e nos jogos clássicos. “O alvo primário dos jogos cooperativos é dar existência conjunturas para o aprendizado cooperativo e o diálogo cooperativo prazeroso”.

    A literatura dos jogos cooperativos compreende que por meio da cooperação, a sociedade poderá se aprimorar em diversos aspectos, principalmente às relações entre os seres humanos, tornando-as mais solidárias, gerando uma impressão de bem-estar e estabilidade, pois se valorizam as atuações de abnegação. Outrossim, a cooperação se adapta a educação solicitada por estes teóricos, que apreciam a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

    Ainda que a cooperação seja indicada como peça fundamental neste procedimento de metamorfose das condutas sociais humanos, Correia (2003) evidencia a atenção que se deve ter para que os jogos cooperativos não sejam vistos como uma característica de renunciação, convertendo os educandos em seres subalternos uns dos outros e sem liberdade própria. Esta visão é distribuída em pesquisa de Go Tani (1988). Aliás, não se pode desmerecer que, conforme o raciocínio social brasileiro, o desinteresse e acomodação são algumas qualidades que marcam a natureza da comunidade brasileira, conhecida mundialmente por sua integridade e cordialidade.

    Darido (2001) alega os jogos cooperativos como uma recente capacidade na Educação Física e declara que eles se estabelecem num alvitre distinto dos demais, ao incrementar a cooperação no local da competição. Sugere uma intensificação nas avaliações filosóficas e sociológicas e dos resultados do capitalismo com relação à competição e cooperação na sociedade coetânea em vinculação ao jogo. Ainda assim, considera-a uma proposta significativa, porque procura a constituição de características mais humanitárias e por admitir ser possível de ser realizada e concretizada na rotina escolar.

    Correia (2003), criando um projeto político pedagógico para uma instituição de ensino público do estado do Rio de Janeiro, incorporou o alvitre dos jogos cooperativos como uma habilidade; porque essa se harmonizava com as noções holísticas e os rudimentos da inclusão, da coeducação, da cooperação que intentavam desenvolver.

    A Educação Física escolar com os jogos cooperativos pode avistar com muito mais agilidade a perfeição do ser humano e a premência de desenvolver valores tais como o companheirismo, a confiança responsável e a cooperação. De acordo com Soler (2002), as aulas de Educação Física são espaços prerrogativas para serem criadas relações do respectivo tipo. Nessa interpretação, os jogos cooperativos podem ser um coligado imprescindível, pois a cooperação pode ser assimilada igualmente como a competição o foi. O mesmo declara que os jogos cooperativos têm uma ampla força no trabalho com alunos emissários de necessidades especiais. Estes jogos têm como particularidade completar todos, e ninguém se sente diferenciado.

O jogo como auxílio pedagógico

    Para entender este acontecimento, recorre-se a Huizinga (1999), visto que ele alega que a proporção do jogo e seu poder de encantamento não podem ser doutrinados por estudos biológicos. O autor aludiu que o distrair, entusiasmo e a satisfação são componentes definidores do real núcleo do jogo. Por isso, acredita-se que o jogo apresenta uma origem autônoma.

    Huizinga (1999) certifica que o jogo deverá ser uma prática espontânea, cientemente considerada como “não-séria” e extrínseco à vida usual, mas que, simultaneamente, é apto de aspirar ao jogador de processo intenso e total. Para ele, o jogo ainda é uma ação desatrelada de qualquer atenção material, com a qual não se pode adquirir beneficio e é praticada dentro de fronteiras espaciais temporais próprias, seguindo decidido critérios e normas convencionadas. Na procura pela acessão do desenvolvimento pleno dos educandos, os professores do componente curricular Educação Física devem averiguar o jogo facultando uma pluralidade de atividades desafiadoras que provoquem distintas respostas e incentivem a originalidade. Um jogo pode adaptar-se de diversas diversidades, causando novas adversidades e inspirações, mas continuamente de forma a consciencializar os educandos da prática realizada.

    O jogo é uma ferramenta pedagógica significativa na procura de uma perpetuidade do procedimento educativo, que a qualquer aula deve propiciar uma obtenção gradativa de saberes (FREIRE, 1994). Em resenha, se a criança não perceber essa dinâmica, pode ter uma falsa impressão de que chegou ao seu limite e pode incorretamente aceitar que habita uma colocação de inferioridade diante dos outros colegas, deste modo como esses colegas podem confiar que conquistaram um arranjo de superioridade. Circunstancia esta pode implicar a inspiração dos alunos com vinculação o uso da modalidade.

    Para acontecerem às ações pedagógicas adequadas aos níveis de progresso e aprendizagem do educando, é imprescindível sugerir uma pedagogia do esporte pluralizada e para isso propõe-se o jogo como uma das possibilidades para sustentar a dedicação do principiante na prática esportiva.

    Como já Salientado, Paes orienta a aplicação do “Jogo Possível” como proposta pedagógica:

    Para nós, o jogo possível possibilita o resgate da cultura infantil no processo pedagógico de ensino do esporte, tornando seu aprendizado uma atividade prazerosa e eficiente no que diz respeito à aquisição das habilidades básicas e específicas. Nossa experiência no trabalho com iniciação esportiva possibilitou algumas descobertas e adaptações em jogos e brincadeiras já conhecidas, porém, direcionamos essas atividades buscando o aprendizado coletivo (PAES, 1996, p. 113).

Objetivos

    Apresentar elementos teóricos que abordam os jogos cooperativos como meios de educação; Evidenciar os benefícios dos jogos cooperativos com crianças desta faixa de escolaridade.

    Analisar a importância jogos cooperativos inseridos na educação infantil, através da vivência de atividades ligadas aos jogos cooperativos por meio do projeto de extensão brincando e aprendendo.

Metodologia

    A pesquisa se identifica do tipo pesquisa-ação, com abordagem qualitativa. O estudo aconteceu na EEIF Professor Gerardo Rodrigues de Albuquerque situada no município de Sobral no bairro Terrenos Novos, com turmas de Educação Infantil IV e V, com base nas teorias de Piaget, Vygotsky e Henri Wallon, foram organizadas e realizadas atividades voltadas para as necessidades das crianças, considerando as mais diferentes dimensões do ser humano. Onde inicialmente se teve 06 intervenções, sobre supervisão dos professores das turmas, no qual foram realizados o desenvolvimento de jogos cooperativos, brincadeiras, atividades recreativas e educativas no âmbito escolar. Intervenções estas que foram realizadas no período de 10 de março a 14 de Abril de 2011.

Resultados

    Para realizar as intervenções necessárias ao desenvolvimento da pesquisa, levamos em consideração as observações feitas das aulas, avaliando o relacionamento aluno-professor, segundo as teorias de estudiosos como Piaget, Vygotsky e Henri Wallon. Durante as regências foram utilizadas atividades lúdicas e recreativas, reunindo jogos e brincadeiras como: pega-pega nas linhas; circuito com obstáculos; coelho na toca; brincadeiras cantadas, etc. Foram observados no comportamento das crianças, os níveis de interação, participação individual, colaboração e construção individual e coletiva.

    Segundo PIAGET (1978), o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Ela precisa brincar para crescer. A criança então precisa de oportunidades para que possa brincar e assim se desenvolver e construir conhecimentos.

    No início das intervenções as crianças se encontravam bastante dispostas a desenvolver as atividades propostas do pelo grupo de acadêmicos que integravam o projeto brincando e aprendendo. Os alunos da escola pública mostraram um pouco de dificuldade em algumas atividades, que necessitavam de algumas valências físicas como, por exemplo, o equilíbrio e coordenação motora. Isso nos remeteu a uma reflexão sobre o fato da disciplina Educação Física não existir enquanto componente pedagógico e não está inserida no cotidiano da escola.

    Durante a execução do projeto brincando e aprendendo, identificou-se que o comportamento das crianças participantes das atividades era de bastante euforia e entusiasmo, por estarem participando de uma aula inexistente no currículo da escola.

Conclusão

    A importância dos jogos cooperativos no processo de desenvolvimento de ensino e aprendizagem infantil e suas aplicações pedagógicas, principalmente no processo de alfabetização têm sido defendidas constantemente por teóricos e professores ligadas à área educacional.

    Estudiosos como Claparede, Vygtski, Piaget, Wallon, Pickard, Winnicott, Melanie Klein e outros. Procuram interpretar e classificar o jogo, assumindo varias posições a respeito de sua importância e significado no processo de desenvolvimento da criança.

    Todavia, o que se enxerga no interior da escola, é uma aprendizagem amparada em métodos mecânicos e inexistentes, completamente para a realidade da criança, em que o corpo é apenas objeto de manipulação dos processos a serviços dos “conteúdos” escolares, prevalecendo durante as aulas à quietação, o silêncio e a disciplina rígida.

    Partindo dessa concepção, objetiva-se com o este trabalho, proporcionar algumas contribuições dos jogos cooperativos na educação infantil, condições voltadas as mais diferentes dimensões do ser humano. Fundamentados na importância das atividades recreativas neste período de vida da criança, onde a mesma desenvolverá a sua formação plena. Pode- se compreender que as atividades de caráter lúdicas são de fundamental importância na Educação Infantil. Dessa forma, a Educação Física poderá contribuir para a efetivação de programas de Educação Infantil, comprometido com os processos de desenvolvimento da criança. Assim, deve-se atrelar a educação como um arranjo de realidade de uma melhor aptidão de vida, para que possamos avançar em procura, unido com outros do que pode ser denominado, conforme Carmello (2000), de “resignação”, uma tendência de estarmos constantemente retornando e apropriando para melhor sermos compreendidos nesse sentido que vai ao encontro do frequentar e de ser autônomo.

Nota

  1. Na teoria dos jogos, um jogo cooperativo é um jogo onde um grupo de jogadores são instruídos a demonstrar comportamento cooperativo, transformando o jogo em uma competição entre grupos ao invés de uma competição entre indivíduos.

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