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Doenças cardiovasculares e fatores de risco. Abordagem preventiva

Las enfermedades cardiovasculares y los factores de riesgo. Un abordaje preventivo

 

*Pós- Graduanda do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Análises Clínicas

da Faculdade de Saúde Ibituruna, FASI, Santa Casa

**Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Alfenas

***Mestre em Farmacologia Terapêutica e Experimental

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Caroliny Greice Silveira Alves*

Talita Antunes Guimarães**

Lucília Silva Gontijo***

taantunes@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          As doenças cardiovasculares (DCV) são patologias que alteram o funcionamento do sistema circulatório. Não há uma causa única para as DCV, mas sabe-se que existem fatores que aumentam a probabilidade de sua ocorrência. São os denominados fatores de risco (FR) cardiovascular. Entre estes, os principais são: hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol alto), tabagismo, diabetes mellitus, sedentarismo, obesidade, hereditariedade e estresse. A medida preventiva mais importante contra o desenvolvimento de aterosclerose consiste em seguir uma dieta com baixo teor de gordura, contendo principalmente gordura insaturada com baixo teor de colesterol. Pessoas com maior risco cardiovascular devem ser constantemente orientadas sobre a importância e os benefícios das mudanças no estilo de vida. Modificações no estilo de vida favorecem a redução dos valores de pressão arterial, prevenindo os riscos hipertensivos, principalmente insuficiência cardíaca e os riscos ateroscleróticos. A maior parte dos fatores de risco está relacionada com estilo de vida dos indivíduos, dessa maneira, a disposição com que as pessoas enfrentam essa realidade depende muito da conscientização. Assim, a prevenção é o mais eficaz instrumento para redução das taxas de mortalidade por DCV. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma linha de base epidemiológica para o estudo das DVC, ateroscleróticas e os fatores de riscos, além de suas relações com características pessoais, familiares e sociais.

          Unitermos: Aterosclerose. Hipertensão. Diabetes mellitus. Sedentarismo. Obesidade. Estresse.

 

Abstract

          Cardiovascular diseases (CVD) are diseases that affect the functioning of the circulatory system. There is no single cause for CVD, but it is known that there are factors that increase the probability of their occurrence. They are known as risk factors (RF) cardiovascular. Among these, the main ones are: hypertension, dyslipidemia (high cholesterol), smoking, diabetes mellitus, sedentary lifestyle, obesity, heredity and stress. The most important preventive measure against the development of atherosclerosis is to follow a diet low in fat, containing mostly unsaturated fat low cholesterol. People with higher cardiovascular risk should be targeted on the importance and benefits of changes in lifestyle. Changes in lifestyle promote the reduction of the values of blood pressure, preventing the risk hypertensives, especially heart failure and atherosclerotic risks. Most risk factors related to the lifestyle of individuals, thus, the provision that people face that reality depends largely on awareness. Thus, prevention is the most effective tool for reducing mortality rates from CVD. The objective of this study was to develop a baseline for epidemiological study of CVD, and arteriosclerotic risk factors, and their relationships with personal characteristics, family and social.

          Keywords: Atherosclerosis. Hypertension. Diabetes mellitus. Sedentary lifestyle. Obesity. Stress.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 172, Septiembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    As doenças cardiovasculares (DCV) constituem uma importante causa de morte nos países desenvolvidos e também naqueles em desenvolvimento, onde o seu crescimento significativo alerta para o profundo impacto nas classes menos favorecidas e para a necessidade de intervenções eficazes, de baixo custo e caráter preventivo (LAURENTI, BUCHALLA E CARATIN, 2000).

    As DCV causam no mundo cerca de 17 milhões de morte por ano, sendo que no Brasil são 300.000 por ano (VEJA, 2003). Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2002, publicados em 12 de junho/2003, indicam as doenças cardiovasculares como as principais causas de mortalidade no Brasil, sendo 28,8% para homens e 36,9% para mulheres. Nos últimos anos destaca-se o aparecimento destas patologias em indivíduos cada vez mais jovens, e o seu aumento entre as mulheres (BRANDÃO et al., 2004).

    Dados do perfil de mortalidade no Brasil indicam que as doenças do aparelho circulatório, com predomínio das doenças cerebrovasculares e doença isquêmica do coração, representam a primeira causa de mortes prematuras da população (CERVATO et al., 1997).

    Não há uma causa única para as DCV, mas sabe-se que existem fatores que aumentam a probabilidade de sua ocorrência. Os fatores de riscos (FR) são condições ou hábitos que agridem o coração ou as artérias. Entre estes, os principais são hipertensão arterial, dislipidemia, tabagismo, diabetes mellitus, sedentarismo, obesidade hereditariedade e estresse (PANSANI et al., 2005).

    Esses fatores de risco formam um conjunto de morbidades geralmente associadas entre si, constituindo-se em graves problemas de Saúde Pública (MARTINS et al., 1993).

2.     Metodologia

    Foram utilizadas como fontes bibliográficas as publicações periódicas, como revisões sistemáticas, resumos de revisões e ensaios controlados, livros didáticos, teses e uma dissertação.

    As publicações periódicas foram localizadas eletronicamente através do site da Biblioteca Virtual em Saúde (www.bvs.br) utilizando as bases de dados LILACS, MEDLINE, SciELO e Biblioteca Cochrane. Foram utilizados como descritores de assunto para as nossas buscas Doenças cardíacas (LILACS e SciELO) e Fatores de risco (Biblioteca Cochrane e MEDLINE). As buscas em todas as bases totalizaram 259 referências, sendo que foram adotados como critérios para seleção e inclusão nesta revisão:

    Diante disto o objetivo deste trabalho foi desenvolver uma linha de base epidemiológica para o estudo das doenças cardiovasculares ateroscleróticas e os seus principais fatores de risco, além de suas relações com características pessoais, familiares e sociais.

    Neste trabalho, nós descrevemos as doenças cardiovasculares e os seus fatores de risco. Fizemos levantamento bibliográfico sobre o tema e, em seguida, analisamos os dados, fundamentando a análise na teoria pesquisada. Destacamos também a importância de métodos preventivos, a fim de reduzirmos o alto índice de doenças cardiovasculares na população brasileira.

3.     Discussão e resultados

3.1.     Doenças cardiovasculares

    As doenças cardiovasculares representam um termo amplo que inclui várias doenças cardíacas e vasculares mais específicas. A doença cardiovascular mais comum é a doença das artérias coronárias, a qual pode ocasionar ataque cardíaco e outras condições graves (FONTES, 2008).

    Algumas condições médicas, assim como fatores de estilo de vida, podem colocar a pessoa sob um risco maior de DCV. Em princípio todas as pessoas podem tomar medidas para diminuir esse risco. O controle dos fatores de risco é especialmente necessário para pessoas que já tiveram DCV anterior (FONTES, 2008).

    O potencial hiperlipidêmico e hipertriglicérico são fatores aterogênicos, e estão relacionados diretamente aos hábitos alimentares, onde o conteúdo de colesterol e gorduras saturadas são ultrapassados da normalidade, bem como o total energético da dieta (JIALAL, DEVARAJ e VENUGOPAL, 2004).

    Em conjunto do colesterol, na dislipidemia encontra-se também o elevado índice de triglicérides que estão associados às alterações metabólicas e fisiológicas que causam aterogênese, devido ao aumento da lipoproteína de baixa densidade (LDL), baixos níveis da lipoproteína de alta densidade (HDL) e aumento dos níveis de moléculas pró-coagulantes (FREITAS, 2004).

    Os triglicérides são um dos componentes gordurosos do sangue e sua elevação está relacionada, também, com doenças cardiovasculares tais como angina e infarto, doenças cerebrovasculares como derrame e doenças digestivas, como, por exemplo, a pancreatite (MORIGUCHI, 2008).

    O LDL é constituído de uma molécula pequena e altamente aterogênica contribuindo para a formação da placa de gordura e a outra é grande e menos aterogênica. A LDL pequena penetra mais facilmente na parede da artéria e também se oxida mais facilmente, o que contribui para a formação da placa de ateroma. O tamanho das partículas de LDL se relaciona com alterações na concentração de triglicérides. Quanto mais alto os níveis de triglicérides maior será o predomínio das partículas pequenas de LDL (MORIGUCHI, 2008).

    De acordo com Moriguchi (2008), a obstrução das artérias se inicia precocemente como uma placa que se localiza debaixo da parede interna da artéria (íntima). Forma-se aí um tumor de gordura (ateroma), no início frouxo e depois endurecido com o depósito de cálcio. Não havendo muito colesterol no sangue, os ateromas quase não crescem, mas se houver muito LDL principalmente na forma oxidada e pequena, o ateroma crescerá progressivamente.

3.2.     Fatores de risco

    A aterosclerose coronariana se desenvolve gradualmente, em virtude de deposito de gordura, colesterol, cálcio, colágeno e outros materiais que vão se depositando sobre as paredes das artérias e restringindo o fluxo sangüíneo. Às vezes uma fissura, laceração ou ruptura de uma placa permite que o sangue penetre em seu interior, formando um coágulo que pode crescer, se desprender e ocluir a artéria, ocasionando um infarto; a trombose produzida por uma placa é o principal responsável pelos eventos cardiovasculares súbitos ou agudos (MORIGUCHI, 2008). Entre os fatores causadores de aterosclerose coronariana, destacamos:

3.2.1.     Hipotireoidismo

    O hipotireoidismo se caracteriza pelo conjunto de sinais e sintomas decorrentes da diminuição dos hormônios da tireóide. Segundo Moriguchi (2008), o hipotireoidismo é um quadro clínico que ocorre pela falta dos hormônios da tireóide em decorrência de diversas doenças da própria glândula. O efeito geral do hormônio tireóideo é causar a transcrição nuclear de grande número de genes, portanto, todas as células do corpo, um grande número de enzimas protéicas, proteínas estruturais, proteínas transportadoras e outras substâncias aumentam.

    O resultado final de todo isto é um aumento generalizado da atividade funcional do corpo. A secreção diminuída da glândula tireóide aumenta muito as concentrações plasmáticas de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos e quase sempre causa excessiva deposição de gordura no fígado. O grande aumento do colesterol no plasma circulante, no hipotireoidismo prolongado é associado à aterosclerose grave (HALL, 1997).

    Um mecanismo possível para a secreção aumentada de colesterol é que o hormônio tireoidiano induz um número aumentado de receptores de LDL do plasma e subseqüente secreção do colesterol das lipoproteínas pelas células hepáticas. A hipercolesterolemia no hipotireoidismo é composta pelo aumento de LDL-colesterol e da apolipoproteína B, decorrente da redução do "clearance" de LDL pelo decréscimo do número de receptores hepáticos para a mesma (HALL, 1997).

3.2.2.     Diabetes mellitus

    No paciente diabético é sabido que a doença cardiovascular é responsável por 80% das causas de mortalidade e cerca de 75% das hospitalizações atribuídas a complicações da doença (AVEZUM, PIEGAS e PEREIRA, 2005). A presença de diabetes é particularmente prejudicial às mulheres, especialmente na presença de baixos níveis de HDL, que constitui um risco maior de doença arterial coronariana em comparação à mesma condição nos homens (GRUNDY, 2004).

    O quadro de hiperglicemia crônica, acompanhado de distúrbios no metabolismo de carboidratos, de proteínas e de gorduras resulta de uma deficiência de secreção de insulina pelas células beta, resistência periférica a ação da insulina ou ambas. Os efeitos crônicos incluem dano ou falência de órgãos, especialmente rins, nervos, coração e vasos sangüíneos (HALL, 1997).

    Na ausência de insulina, todos os efeitos responsáveis pelo armazenamento de gordura são revestidos. O efeito mais importante é que a enzima lípase sensível a hormônio nas células adiposas torna-se fortemente ativadas. Isto causa a hidrólise dos triglicérides armazenados, liberando grande quantidade de ácidos graxos e glicerol para dentro do sangue. Ocasionalmente as lipoproteínas aumentam por até três vezes na ausência de insulina. Esta concentração de lipídeos leva ao rápido desenvolvimento de aterosclerose em pessoas com diabetes graves (HALL, 1997).

3.2.3.     Hipertensão

    A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (KOHLMANN et al., 2006). A HAS é um dos fatores que auxiliam na formação de placas aterogênicas, aumentando o risco de eventos cardiovasculares em duas a três vezes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2006).

    De acordo com Hall (1997), a hipertensão arterial é definida pela persistência dos níveis de pressão arterial sistólica maior ou igual a 140mmHg e pressão arterial diastólica maior ou igual a 90mmHg. Trata-se de uma patologia de início silencioso com repercussões clínicas importantes para o sistema cardiovascular e renovascular, acompanhada freqüentemente de co-morbidades de grande impacto para a população.

    A determinação do risco cardiovascular depende da classificação do estágio da hipertensão assim como da presença de fatores de risco cardiovascular, lesões de órgão alvo e condições clínicas associadas (HALL, 1997).

    É freqüente a associação entre dislipidemia e hipertensão arterial. O uso de anti-hipertensivos tem demonstrado grande beneficio sobre a morbi-mortalidade cardiovascular. A mudança no estilo de vida também é extremamente benéfica (HALL, 1997).

3.2.4.     Obesidade

    A obesidade leva a predisposição de outros FR, como a dislipidemia e diabetes, que agravam e aumentam ainda mais o risco de obter problemas cardiovasculares (ARAÚJO et al., 2005). O IBGE em 16 de dezembro de 2004 divulgou que a obesidade atinge cerca de 38,8 milhões de brasileiros adultos na Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2002-2003 (FERREIRA e MAGALHÃES, 2006).

    A obesidade já é considerada uma epidemia global. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, dois milhões de pessoas sofrem de síndrome metabólica, conjunto de doenças decorrentes da obesidade, que triplica os riscos de morte por infarto ou derrame cerebral (GRECCHI, 2007).

    A obesidade é uma doença crônica e não apenas uma questão estética. Suas causas variam desde a alimentação inadequada e falta de atividade física até problemas psicológicos como depressão e ansiedade. Pessoas obesas têm mais risco de contrair doenças como diabetes e problemas cardiovasculares.

3.2.5.     Idade e sexo

    Até os 50 anos de idade, a taxa de mortalidade por doenças cardíacas é maior em homens que em mulheres; no entanto, após a menopausa, as taxas de doenças cardíacas em mulheres aumentam consideravelmente, de forma a quase alcançar a taxa masculina por volta dos 60 anos, provavelmente devido a algum fator protetor presente nos estrógenos, cujos níveis caem profundamente após a menopausa; porém alguns estudos revelam o contrário, onde homens que recebiam hormônios femininos aumentavam o risco da doença (BERTOLAMI, 2008).

3.2.6.     Hereditariedade

    Um histórico familiar de ataque cardíaco, infarto ou morte súbita prematuros indica uma propensão aumentada de doença coronariana. História familiar de diabetes, hipertensão ou hiperlipidemia também aumenta a probabilidade de desenvolvimento de doença aterosclerótica. No entanto deve ser questionado se isso é devido realmente à predisposição genética ou relacionado a hábitos inadequados no estilo de vida familiar (HALL, 1997).

3.2.7.     Inatividade física

    A inatividade física às vezes constitui um fator de risco maior para a cardiopatia coronariana que a combinação de colesterol alto, hipertensão e fumo, sendo que, quanto maior for o nível de atividade física, menor é o risco de desenvolvimento da doença. Além da inatividade física aumentar os riscos de obesidade, hipertensão, diabetes tipo II e provocar a diminuição dos níveis de HDL-colesterol, ela possui efeito direto no crescimento da placa de ateroma (FONSECA et al., 2007).

3.2.8. Fumo

    Os fumantes possuem uma chance 70% maior de desenvolver aterosclerose coronariana que os não fumantes; além disso, indivíduos que fumam dois ou três maços por dia têm risco dois a três vezes maiores. O risco também se eleva com a profundidade da inalação e com o número total de anos em que fumou, pois o ato de fumar aumenta a adesividade das plaquetas (contribuindo para o aumento da lesão aterosclerótica), lesa o endotélio arterial, além de contribuir com o aumento da pressão sangüínea (FONSECA et al., 2007).

    O fumo também gera espessamento arterial e promove a proliferação de células lisas, além de aumentar o nível de colesterol total, a fração LDL - colesterol e diminuir os níveis de HDL - colesterol (HALL, 1997).

    Além dos fumantes ativos, as pessoas que entram em contato com a fumaça do cigarro também têm risco aumentado de desenvolver aterosclerose coronariana em relação aos não fumantes (FONSECA et al., 2007).

3.3.     Prevenção e tratamento

    A medida preventiva mais importante contra o desenvolvimento de aterosclerose consiste em seguir uma dieta com baixo teor de gordura, contendo principalmente gordura insaturada com baixo teor de colesterol. Embora seja também adequado o tratamento com terapia medicamentosa (FONSECA et al., 2007).

    A atualidade dispõe de várias opções para tratar a hipercolesterolemia. Os fármacos utilizados com o objetivo de diminuir as cifras de lipoproteínas de baixa densidade compreendem seqüestradores de ácidos biliares, istatinas e vastatinas. Sendo que esses dois últimos são os fármacos disponíveis mais eficazes. Os derivados de fibrato também se utilizam como tratamento coadjuvante, no geral em combinação com outras medicações (GILMAN, 2002).

    Pessoas com maior risco cardiovascular devem ser constantemente orientadas sobre a importância e os benefícios das mudanças no estilo de vida. Modificações no estilo de vida favorecem a redução dos valores de pressão arterial, prevenindo os riscos hipertensivos, principalmente insuficiência cardíaca e os riscos ateroscleróticos (FONSECA et al., 2007).

    Para a prevenção primária ou secundária de doenças cardiovasculares, deve-se praticar atividades físicas. Um programa de reabilitação cardíaca baseada em exercícios físicos é extremamente eficaz em portadores de aterosclerose coronariana no sentido de evitar morte súbita, infarto agudo do miocárdio e na redução da placa de ateroma (FONSECA et al., 2007).

    O treinamento físico aumenta a capacidade funcional e reduz os sintomas em pacientes coronariopatas, reduzindo a freqüência cardíaca submáxima e retardando o aparecimento de angina durante o exercício, em alguns casos com total desaparecimento desta (FONSECA et al., 2007).

4.     Considerações finais

    A aterosclerose é uma doença caracterizada pelo desenvolvimento de lesões gordurosas, denominadas placas ateromatosas, na superfície interna das paredes arteriais. Essas placas começam a surgir em conseqüência da deposição de diminutos cristais de colesterol na intima e no músculo liso subjacente.

    O fator mais importante no processo de desenvolvimento da aterosclerose consiste na presença de altas concentrações plasmáticas de colesterol na forma de lipoproteína de baixa densidade. A concentração dessas proteínas de baixa densidade é diretamente aumentada pela maior quantidade de gordura saturada presente na dieta diária.

    Os fatores de riscos como hipotireoidismo, hipertensão, diabetes mellitus, obesidade, idade e sexo, hereditariedade, inatividade física, fumo, são situações que podem facilitar e tornar mais rápido o desenvolvimento de aterosclerose e conseqüente desenvolvimento de doença cardiovascular.

    A maior parte dos fatores de risco está relacionada com estilo de vida dos indivíduos, dessa maneira, a disposição com que as pessoas enfrentam essa realidade depende muito da conscientização. Assim, a prevenção é o mais eficaz instrumento para redução das taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares.

Referencias

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