Academia da terceira idade: uma
alternativa El gimnasio de la tercera edad: una alternativa en la búsqueda de la calidad de vida |
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*Discente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade Ingá, UNINGÁ, PR **Docente do Curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade Ingá, UNINGÁ, PR ***Santo Antonio do Caiuá, Paraná (Brasil) |
Rafael Juliani Inácio* Angela Maria Ruffo** Rafael Juliani Inácio*** |
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Resumo Este estudo descritivo busca analisar por meio de entrevista semiestruturada as contribuições provenientes da prática de atividade física nas Academias da Terceira Idade (ATI) na cidade de Maringá-PR. Avaliou-se 140 indivíduos, sendo 70 homens e 70 mulheres com idade superior a 20 anos. Constatou-se que 70,71% dos avaliados são casados, 27,85% possuem renda mensal superior a 7 salários mínimos e 70,71% ficaram sabendo sobre a existência da ATI pelos meios de comunicação. A grande maioria (29,28%) praticam este exercício há alguns meses, 25% praticam a mais de 2 anos sendo 3 vezes na semana, 20% disseram realizar atividade física na ATI todos os dias. As pessoas avaliadas (100%) consideram este tipo de programa (ATI) importante para a comunidade, pois promove diversos benefícios (aumento de flexibilidade, diminuição de doenças, dores, ansiedade, aumento da qualidade do sono, entre outros). Observou-se que 56,42% praticam a atividade sozinhas, e acreditam que realizam os exercícios adequadamente (50%), 30,71% aprenderam a realizar a atividade com professores de Educação Física, contudo, 92,85% dos avaliados manifestaram a importância de um profissional. Conclui-se que as ATIs têm sido alvo de busca pela população, sendo relatado pelos freqüentadores à importância do programa para melhoria da qualidade de vida. Unitermos: Atividade física. Qualidade de vida. Terceira idade.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 172, Septiembre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Em uma sociedade onde a saúde e a qualidade de vida passam a ganhar nova importância a cada dia é fundamental a implantação de programas que possibilitem a promoção de saúde à comunidade. Neste sentido, Buss (2000) afirma que a promoção de saúde nos últimos 25 anos, representa uma forma promissora para amenizar os problemas de saúde que afetam a população humana e seus entornos nesse início de século. Desta maneira, um dos meios que mais satisfazem as necessidades da prática de exercícios físicos da população, principalmente das classes menos favorecidas financeiramente é a ATI, que promove à prevenção de doenças e consequentemente a qualidade de vida.
Tendo em vista a variabilidade e subjetividade do entendimento das palavras qualidade de vida e saúde torna-se imprescindível conhecer tais conceitos a fim de que estes conhecimentos possam promover políticas para um envelhecimento bem sucedido. Portanto, autoestima, bem estar pessoal, capacidade funcional, nível socioeconômico, estado emocional, interação social, atividade intelectual, suporte familiar, o estado de saúde, valores culturais, éticos e a religiosidade, estilo de vida entre outros aspectos são essenciais na construção da qualidade de vida de uma pessoa. (VECCHIA et al, 2005).
Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em conta os dados do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vivem nas cidades.
Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são as mulheres, idosos, pessoas de nível sócio-econômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência. A falta de aptidão física e a capacidade funcional pobre são umas das principais causas de baixa qualidade de vida, nos idosos. Com o avanço da idade, há uma redução da capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade musculares, sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício.
Portanto, este estudo busca identificar as contribuições provenientes da prática de atividade física nas academias da terceira idade (ATI), identificando sua origem e benefícios para a qualidade de vida.
Pressupostos metodológicos
População e amostra
A população foi composta por indivíduos de ambos os gêneros (masculino e feminino), praticantes de atividade física nas ATIs no município de Maringá-PR. Foram avaliados 140 indivíduos de ambos os gêneros, sendo 70 (50%) do gênero masculino e 70 (50%) do gênero feminino a partir dos 20 anos de idade, na região noroeste a partir do centro nas seguintes localidades:
Estádio Regional Willie Davids (20 pessoas);
Universidade Estadual de Maringá (20 pessoas);
Parque do Ingá (20 pessoas);
Conjunto Nei Braga (20 pessoas);
Praça Pio XII (20 pessoas);
Jardim Queebec (20 pessoas);
Tiro de Guerra (20 pessoas).
A amostra foi selecionada aleatoriamente, sendo preconizado à disponibilidade do praticante para responder ao instrumento utilizado nesta investigação.
Instrumento de pesquisa
Foi composto por um roteiro de entrevista com perguntas abertas, fechadas e combinadas. O roteiro para realização da entrevista foi avaliado quanto clareza e objetividade por três professores do Curso de Educação Física da Uningá. Inicialmente foi entregue aos professores uma Carta para análise de questionário quanto clareza e objetividade, a matriz analítica do Instrumento, juntamente com o questionário para análise.
Coleta de dados
Os dados foram coletados após a aprovação do Comitê de Ética e emissão do parecer sob número do CAAE no 0092.0.362.000-09. A investigação aconteceu na primeira semana do mês de Julho. Os praticantes de atividade física nas ATIs foram abordados durante sua prática, onde o avaliador esclareceu os objetivos da pesquisa e solicitou sua participação. Após todos os esclarecimentos os voluntários assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, segundo a orientação da Resolução nº 196/96 do Ministério da Saúde, a respeito de pesquisas envolvendo seres humanos. Os participantes do estudo foram entrevistados pelo próprio avaliador. Este teve em mãos um roteiro de entrevista semi-estruturado a fim de facilitar a realização dos questionamentos e anotações durante a realização da entrevista.
Análise dos dados
Os dados foram analisados através de freqüência e percentual. Com relação às questões combinadas às respostas obtidas foram categorizadas e descritas por meio de freqüência e percentual.
Resultados e discussão
Na tabela 1 é possível verificar a renda mensal dos praticantes da ATI nas respectivas localidades avaliadas.
Tabela 1. Renda mensal
Observando na tabela 1 que pessoas praticantes da ATI com renda menos de 1 salário mínimo são 10 (7,14%) pessoas, com renda mensal de 1 salário mínimo 19 (13,57%) pessoas, com renda mensal de 2 a 3 salário mínimo são 38 (27,14%) pessoas, de 4 a 6 salário mínimo são 34 (24,28%) pessoas, mais que 7 salários mínimos são 39 (27,85%) pessoas.
Ferreira (2008) ao realizar estudo nas ATIs de Maringá-PR observou: 10 (2,49%) pessoas possuem renda mensal inferior a R$ 400,00; 93 (23, 19%) possuem renda entre R$ 401,00 a R$ 800,00; 95 (23,69%) ganham entre R$801,00 a R$ 1200; 63 (15,71%) tem renda de R$ 1201,00 a R$ 1600,00; 30 (7,48%) pessoas apresentam renda mensal entre R$ 1601,00 a R$ 2000,00, 92 (22,98%) ganham mais que R$ 2001,00 e 18 (4,48%) não souberam ou não quiserem responder ao questionamento.
Outro estudo realizado por Nascimento (2006) que teve como objetivo traçar o perfil social e motivacional dos participantes de programas de atividade física em grupos de idosos do Sesc da cidade de Joinville-SC, constatou que a maioria recebe de R$ 300,00 a R$ 1.500,00. Da mesma forma, estudo desenvolvido por Messa; Fonseca; Nahas (2006) nos usuários do Parque de Coqueiros, situado na cidade de Florianópolis-SC, demonstrou que a maior parte dos entrevistados declarou possuir renda mensal acima de dez salários mínimos. Portanto, estes achados podem indicar que pessoas com renda mensal mais elevada procuram atividade física com maior freqüência, podendo isto ser relacionado com o grau de formação educacional ou acesso ao conhecimento, contudo, neste estudo esta relação não foi realizada sendo sugerido novas investigações que estabeleçam esta relação.
Com relação à questão numero 2 “Como você ficou sabendo sobre a existência da ATI em sua cidade?” na Tabela 2 é possível observar as seguintes respostas:
Tabela 2. Conhecimento da existência da ATI na cidade
Observando na tabela 2 como os praticantes da ATI ficaram sabendo de sua existência nas seguintes opções, através de amigos 10 (7,14%) pessoas, através de parentes 2 (1,42%) pessoas, através de meio de comunicação 99 (70,71%) pessoas, através de igreja 2 (1,42%) pessoas, através de clube 1 ( 0,71%) pessoa, com outras opções 26 (18,57%)pessoas sendo esses outros através de vizinho, salão de beleza e viu a ATI passando por ela.
As entidades profissionais e científicas e os meios de comunicação devem contribuir no combate ao sedentarismo bem como no incentivo à prática de exercícios físicos adequados, ou seja, com orientação profissional. (CARVALHO, 1996). Contudo, não basta conhecer a existência de programas, é necessário incentivo por parte de outras pessoas, a fim de que o maior número de cidadãos comecem a perceber os benefícios da prática.
Com relação à questão 3 “Há quanto tempo pratica atividade física na ATI?” na Tabela 3 podemos observar as seguintes respostas:
Tabela 3. Tempo que pratica atividade física na ATI
Observando na Tabela 3 há quanto tempo as pessoas praticam atividade física na ATI, há 1 ano 33 (23,57%) pessoas, há 2 anos 22 (15,71%) pessoas, há mais que dois anos 35 (25%) pessoas, há alguns messes 41 (29,28%) pessoas sendo de 1 há 9 messes, há algumas semana 3 (2,14%) pessoas de 2 a 3 semanas, há alguns dias 6 (4,28%) pessoas de 15 a 20 dias.
Os estudos demonstram que quanto maior o tempo de prática, maiores serão os benefícios apresentados, sendo assim, Pitanga (2002) analisando os níveis de aptidão física em homens com média de 5 anos entre cada avaliação, encontrou os seguintes resultados: taxas de mortalidades mais altas em homens com baixo nível de aptidão física, e menores as taxas de mortalidade em homens com alto nível de aptidão física.
Com relação à questão 4 “Quantas vezes por semana você pratica atividade física na ATI?” na tabela 4 podemos observar os seguintes resultados:
Tabela 4. Freqüência de participação de atividade na ATI
Observamos na tabela 4 a freqüência dos praticantes da ATI, sendo, 1 vez por semana 2 (1,42%) pessoas, 2 vezes semana 15 (10,71%) pessoas, 3 vezes semana 35 (25%) pessoas, 4 vezes semana 26 (18,57%) pessoas, 5 vezes semana 29 (20,71%) pessoas, 6 vezes semana 5 (3,57%) pessoas, todos os dia são 28 (20%) pessoas.
Para Carvalho et al (1996) um programa ideal de atividade física realizando exercícios aeróbicos deve ser feito se possivelmente, todos os dias com duração mínima de 30 a 40 minutos uma forma pratica e muito comum de medir a intensidade desse exercício é medindo a freqüência cardíaca.
Com relação à freqüência da atividade física semanal na ATI estudo realizado na cidade de Maringá-PR com freqüência de 1x por semana 11(2,74%) pessoas, 2x por semana 50 (12,46%) pessoas, 3x por semana 102 (25,43%) pessoas, 4x por semana 56 (13,96%) pessoas, 5x por semana 113 (28,17%) pessoas, 6 x semana 31 (7,73%) pessoas, 7x por semana 38 (9,47%) pessoas totalizando 401 praticantes da ATI. (FERREIRA, 2008).
Visto que nesta investigação a maior parcela dos praticantes de atividades na ATI possuem idade superior aos 41 anos, Silveira (2009) complementa que o ideal é que sejam desenvolvidos programas regulares de atividade física para pessoas com idade mais avançada, tornando a atividade física um hábito contínuo na vida dos mesmos, ou seja, que os idosos aliem o estilo de vida atividade física aos hábitos saudáveis, favoráveis para conservação e prevenção da saúde.
Com relação à questão 5 “Você acha importante a implantação desse tipo de programa de ATIs para a comunidade” na tabela 5 podemos observar os seguintes resultados:
Tabela 5. Importância do programa de ATI para comunidade
Na tabela 5 podemos observar que 140 (100%) dos freqüentadores da ATI disseram que sim acham importante a implantação desse tipo de programa para a comunidade dentre os motivos por que acham importante oportunidade para quem não tem condições de paga uma academia 38 (27,14%) pessoas, ajuda as pessoas idosas melhorando a qualidade de vida 24 (17,14%) pessoas, melhora o bem estar das pessoas 7 (5%) pessoas, ocupação para as pessoas 6 (4,28%) pessoas, saúde 35 (35%) pessoas, exercícios 23 (16,42%) pessoas, auxilia na diminuição de dores no corpo 2 (1,42%), ajuda na integração corpo e mente 4 (2,85%) pessoas, lazer 1(0,71%) pessoa.
É cada vez mais evidente que a prática de atividades físicas influencia não só no bem estar e a qualidade de vida dos idosos praticantes, mas também age na preservação e reabilitação da saúde, contribuindo para o equilíbrio do metabolismo e, portanto reduz os riscos de desenvolvimento de diversas doenças crônicas degenerativa. É importante ressaltar que a atividade física além de amenizar o declínio das capacidades físicas age na prevenção, mostrando se uma importante ferramenta de manutenção da saúde. (SILVEIRA, 2009).
Para Matsudo (2006, p. 137) “a atividade física regular e um estilo de vida ativo são necessários para a promoção da saúde e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento”.
Com relação à questão 6 “Quais benefícios você observou após o período de realização das atividade na ATI?” Na tabela 6 podemos observar os seguintes resultados
Tabela 6. Benefícios que ATI proporciona
Verificamos na tabela 6 os benefícios que a ATI proporciona, relacionados são: aumento da flexibilidade 113 (80,71%) pessoas, amenizou doenças 25 (17,85%) pessoas entre as doenças relacionadas coluna, enxaqueca, colesterol, triglicérides, diabetes, prevenindo elas, dor nos ossos, pressão, circulação, depressão, estresse, derrame e ronco, melhoria na estética 76 (54,28%)pessoas, diminuição do peso 92 (65,71%)pessoas, melhor qualidade do sono 103 (73,57%)pessoas, maior disposição 121 (86,42%) pessoas, menor ansiedade 101 (72,14%) pessoas, diminuição de dores no corpo 115 (82,14%) pessoas, não apresentou melhoras 1(0,71%) pessoas, outros nenhuma.
Segundo Campos (2004a) em pesquisa com objetivo de buscar identificar seu conhecimento sobre os benefícios do exercício físico, os entrevistados citaram a resolução de problemas mais ligados a aspectos emocionais, como estresse, depressão, ansiedade e insônia problemas circulatórios também foram citados. Já Ferreira (2008) analisando as mudanças ocorridas atribuídas a prática de atividade física nas ATIs do município de Maringá-PR observamos, diminuiu da depressão 8,22%, diminuiu o uso de remédios 2,07%, diminuiu o colesterol 2,18%, controlou a pressão 3,27%, incentivou a realizar outras praticas de atividade física 3,6%, nada mudou 3,6%, fez novas amizades 7,96%, diminuição do peso 8,29%, melhorou o sono 10,36%, diminuiu as dores 19,74%, melhorou a disposição em geral 29,33%, outros 8,22% totalizando 100% das opiniões.
Com relação à questão 7 “Com que você costuma praticar atividade física na ATI?” Na tabela 7 podemos observar os seguintes resultados:
Tabela 7. Com quem pratica atividade física na ATI
Observando a tabela 7 que verifica com quem as pessoas que praticam atividade física na ATI realizam suas atividades: sozinho 79 (56,42%) pessoas, com grupo de amigos 26 (18,57%) pessoas, familiares 35 (25%) pessoas, outros quais não apresentaram.
Ressaltamos que neste estudo grande parte das pessoas realizam atividade física na ATI sozinhas, entretanto, Zimerman (2000) descreve que a convivência com outras pessoas, faz com que sejam estimuladas o pensar, o fazer, o dar, trocar, reformular e principalmente o aprender, uma vez que possibilita discussões, torça de afeto, carinho, idéias, sentimentos e dúvidas.
Com relação à questão 8 “Você sabe realizar os exercícios adequadamente nos aparelhos da ATI?” Na tabela 8 podemos observar os seguintes resultados
Tabela 8. Realiza exercícios adequadamente nos aparelhos
Observando a tabela 8 se os praticantes das ATIs sabem realizar os exercícios corretamente, sim 70 (50%) dos praticantes, não 15 (10,71%) pessoas, não tem certeza 55 (39,28%) dos praticantes.
Estudos demonstram que a prática de atividades sem orientações representa riscos à saúde, assim, a prática de exercícios irregulares, podendo interferir no crescimento das pessoas mais jovens, desencadear problemas posturais, fraqueza muscular e falta de resistência física nos adultos. (RISCOS, online, 2009).
Na busca de oferecer à população acesso a orientação profissional e atendimento sobre atividade física, o Ministério da Saúde discute a criação de Núcleos de Saúde Integral com objetivo de promover ações conjuntas com as equipes de atenção básica à saúde no desenvolvimento de atividades físicas e exercícios corporais para melhorar a qualidade de vida da população. (CAMPOS, 2004b).
Por fim, os avaliados foram questionados sobre a necessidade da presença de um profissional de Educação Física nas ATIs, sendo assim, a tabela 9 descreve os resultados obtidos.
Tabela 9. Importância do profissional de Educação Física nas ATIs
Observando a tabela 9 percebemos que 130 (92,85%) pessoas disseram que acham importante a presença de um profissional de educação física para orientar que as pessoas realizem os exercícios de forma correta, 10 (7,14%) pessoas disseram que não representando 7,14% entre os motivos já pegou o jeito, melhor um guarda, aparelhos simples não tem complicação e não tem muita importância.
Para Reis (2008) a orientação de um profissional, o aluno deve seguir a seqüência de exercícios adequada ao seu perfil e contar sempre com a supervisão de um profissional habilitado.
Portanto, a prática de exercícios sem orientação e prescrição adequada pode decorrer em problemas posturais, por exemplo. Sendo assim, é necessário que todas as pessoas se conscientizem sobre a importância do profissional de Educação Física a fim de promover orientações e correções sobre a prática dos exercícios, principalmente quando estes envolver sobrecarga (peso).
Conclusões
Ao analisar as contribuições provenientes da prática de atividade física nas Academias da Terceira Idade (ATI) na cidade de Maringá-PR, foi possível constatar que a população em geral demonstrou algum tipo de benefício físico e orgânico.
No que se refere à importância da atividade física para qualidade de vida, constatou-se que pessoas que se exercitam regularmente possuem uma vida mais saudável, com disposição e maior independência.
Nota-se que a grande maioria dos freqüentadores das ATIs participam desta atividade a mais de 2 anos, numa freqüência de três vezes semanais, aspecto este relevante para a manutenção da saúde, uma vez que os maiores benéficos do exercício físico são alcançados pela prática sistematizada.
Com relação à renda mensal percebe-se que a maioria dos entrevistados possui renda superior a sete salários mínimos, demonstrando talvez uma relação entre nível sócio econômico e os conhecimentos sobre os hábitos saudáveis.
Sobre os conhecimentos para a realização dos exercícios nos aparelhos, bem como a necessidade de um profissional de Educação Física na orientação das atividades a maioria manifestou praticar este tipo de atividade corretamente, sendo que uma grande parcela demonstrou ter aprendido com profissionais de Educação Física. Outro fator importante a ser destacado que a maioria dos avaliados relataram a necessidade da supervisão de um profissional de Educação Física para orientar de forma correta suas atividades na ATI.
Quanto à importância desse tipo de programa os avaliados argumentaram que este tipo de programa é muito importante para a comunidade, uma vez que a maioria relatou melhora na flexibilidade, diminuição de peso, maior disposição, diminuição de doenças e dores no corpo, maior disposição, menor ansiedade, além de auxiliar na estética corporal.
Portanto, conclui-se que as ATIs têm sido alvo de busca pela população em geral, sendo que a grande maioria dos freqüentadores relatam a importância deste tipo de programa social para uma comunidade que busca uma melhor qualidade de vida.
Referências
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CAMPOS, S. de. Pesquisa mostra desinformação sobre importância do exercício físico. 2004a. Disponível em: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/11936. Acesso em 28 de Jul. 2009.
CAMPOS, S. de. Atividade física exige cuidados. 2004b. Disponível em: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/13925. Acesso em 28 de Jul. 2009.
CARVALHO, T. de et al. Posição oficial da sociedade brasileira de medicina do esporte.. atividade física e saúde. Rev Bras Med Esport. v. 2, n 4, p. 79-81 Out-Dez, 1996.
FERREIRA, É. C.. Freqüência da atividade física e uso de medicamentos em usuários das academias da terceira idade no município de Maringá, Paraná. 26f. Trabalho de conclusão de curso (graduação em educação física) pela Universidade Estadual de Maringá. Maringá-Paraná, Nov., 2008.
MATSUDO, S. M. atividade física na promoção de saúde e qualidade de vida no envelhecimento. Rev. Bras. Educ. Fís. Esp. São Paulo, v. 20, p.135-137, Set. Supl. n. 5, 2006.
MESSA, P. T. D.; FONSECA, S. A.; NAHAS, M. V. Mediadores para a pratica de atividade física de lazer em usuários do parque de coqueiros Florianópolis - SC. Rev. Catarinense de Educação Física. Edição n. 2, 2006.
NASCIMENTO, C.. Perfil social e motivacional de participantes de programas de atividade física em grupos de idosos do SESC da cidade de Joinville - SC. Rev. Catarinense de Educação Física. Edição n.2, Out. 2006.
PITANGA, F. J. G. Epidemiologia, Atividade Física e Saúde. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília, v.10, n. 3, p. 49 - 54, 2002.
REIS, J. K. Certo e errado na hora da atividade física. 2008. Disponível em: http://www.revistasportlife.com.br/index.asp?codc=704. Acesso em 28 de Fev., 2009.
SILVERA, R. Influência da atividade física na qualidade de vida dos idosos. 2009. Disponível em: http://robertapersonal.blogspot.com/2009/07/influencia-da-atividade-fisica-na.html. Acesso 28 de Jul. 2009.
VECCHIA, R. D. et al. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Rev. Bras. Epidemiol. v. 8, n.3. São Paulo. Set. p. 246-252. 2005
ZIMERMAN, G. I. Velhice: Aspectos Biopsicossociais. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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