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Proposta de ensino-aprendizagem e treinamento do sistema

tático de ataque 3.1 e do sistema de defesa zona no futsal

Propuesta de enseñanza-aprendizaje y entrenamiento del sistema táctico de ataque 3.1 y del sistema de defensa de zona en futsal

 

Universidade Federal do Ceará

NEPEC / UFC / IEFES

(Brasil)

Prof. Ms. Otávio Nogueira Balzano | Prof. Alison Henry Martins da Silva

Edilson Medeiros de Oliveira | Francisco Paulo Pires Teixeira

otaviobalzano@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O futsal apresenta-se como um dos desportos coletivos de mais alta imprevisibilidade, onde as equipes buscam superar seus adversários, para isso se utilizam de vários sistemas táticos de defesa e ataque. Esse estudo é do tipo descritivo de cunho exploratório e se caracteriza por ser uma revisão de literatura. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma proposta de ensino-aprendizagem e treinamento do sistema tático de ataque 3.1 e da marcação por zona em equipes situadas na faixa etária dos 15 aos 17 anos, essas no período de aperfeiçoamento do futsal, pois percebemos que atualmente os treinadores ainda se utilizam de metodologias tradicionais. Neste sentido, criou-se uma seqüência de vinte jogos táticos, distribuídos numa ordem gradativa em relação ao nível de dificuldade e de complexidade, seguindo a idéia central da metodologia dos jogos em série. Com isso, oferecemos aos profissionais da área, uma nova leitura do treinamento técnico/tático para o aperfeiçoamento de equipes de competição.

          Unitermos: Futsal. Sistema 3.1. Defesa zona.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 171, Agosto de 2012. http://www.efdeportes.com

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1.     Introdução

    A evolução do nível tático-técnico no Futsal passa, inevitavelmente, por processos de ensino-aprendizagem e treinamento cada vez mais ajustados às exigências da modalidade e as características dos praticantes. O Futsal é rico em situações imprevistas e configura-se a partir da dimensão tática, exigindo dos praticantes um alto grau de adaptabilidade e a capacidade de realizar uma boa escolha (BENDA E GRECO, 1998). Este estudo pretende alcançar técnicos que trabalhem com as faixas etárias de 15 aos 17 anos. Pois, para Freire (1998), os atletas com estas idades já compreendem suas ações dentro de jogo, visto que a vivência e repetição de suas experiências no esporte podem ser tomadas como um exercício mental para a compreensão da dinamicidade do futsal. Esse trabalho tem por objetivo mostrar a importância do sistema tático 3.1, da marcação por zona e a influência que estes sistemas, quando bem treinados e ensinados, colaboram com o aspecto coletivo de uma equipe de Futsal. O estudo também visa apresentar uma proposta de ensino-aprendizagem e treinamento do sistema tático 3.1 e da marcação por zona, através da metodologia dos jogos táticos em série, pretendendo através dessas, desenvolver as capacidades técnico-táticas exigidas em uma situação de jogo.

2.     A teoria geral dos sistemas

    Para Morin (2005) a teoria geral dos sistemas foi elaborada por Von Bertalanffy, na década de 50. Várias são as definições sobre sistema, para (Bertalanffy apud De Rose, 2006) sistema pode ser considerado como um conjunto de elementos em interação. Já para Morin (2005) sistema é uma associação combinatória de elementos diferentes. De Rose (2006) afirma que o conceito de sistema tem sido enfatizado, e um dos mais utilizados em ciência e tecnologia desde o inicio do século passado, sendo amplamente usado em várias áreas de conhecimento dentre elas, as dos esportes coletivos, onde estes se caracterizam pela interação dos seus jogadores tanto com seus companheiros e com seus adversários. Morin (2005) coloca que uma das virtudes do pensamento sistêmico, é ter posto no centro de sua teoria, que um sistema não se reduz á soma das suas partes e sim nas interações destas partes entre si e com o todo ao seu redor. Corroborando com esta ideia e relacionando-a com os esportes coletivos Moigne apud Barros (2007) afirma que o conceito de sistema aparece no sentido de permitir, perceber e tratar fenômenos complexos, como o jogo sem que haja necessidade de decompor analiticamente. Com relação a que tipo de sistema os esportes coletivos se enquadram De Rose (2006) afirma que estes se enquadram como sistemas abertos, pois tem como característica utilizar, obter e trocar matéria e informação com seu ambiente. Dentro dos esportes coletivos encontramos o futsal como um desporto de alta imprevisibilidade, onde os jogadores interagem entre si para conseguir transpor o adversário e conseguir o gol. Perspectivando este desporto sob uma visão sistêmica o mesmo autor afirma que para atingir o objetivo do ataque (o gol) uma equipe procura reduzir a informação para a equipe adversária, enquanto que o objetivo da defesa (evitar o gol) é captar ao máximo as informações para aumentar suas informações sobre a outra equipe. No futsal as equipes se utilizam de muitos sistemas de ataque e de defesa para alcançar seus objetivos na partida. Os sistemas táticos no futsal facilitam a interação entre seus componentes para resolver as cascatas de problemas que um jogo oferece. Neste estudo, a ênfase será no sistema 3.1 e na marcação por zona. Sistemas muito utilizados no futsal atual.

3.     O sistema 3.1

    Segundo Voser (2001) e Fonseca (2007) é o sistema mais utilizado atualmente no futsal. Trata-se de um sistema mais compacto tanto ofensivamente como defensivamente, preconiza-se que a equipe ataque e se defenda com no mínimo três jogadores, assim, exigindo um excelente condicionamento físico dos jogadores e também devido à constante movimentação e evolução do jogo por toda quadra. Para Mutti (2003) e Lozano Cid (1995) o sistema caracteriza-se por ter um jogador fixo na defesa, dois alas que se movimentam para quadra ofensiva e defensiva constantemente, e um pivô jogando sempre mais adiantado tanto nas jogadas de ataque como na parte defensiva (três jogadores na zona de armação e um na zona de finalização). Para os autores, é um sistema que oferece muitas possibilidades de ações ofensivas, sendo assim, o mais utilizado por equipes de alto rendimento. O ideal é que todos os atletas sejam versáteis e realizem todas as funções (Santos Filho, 1998). Para Sampedro (1997) é importante definir a função e posicionamento do fixo que pode ser mais defensivo ou mais ofensivo, desta forma quando tiver uma função mais defensiva o sistema 3.1 terá uma formação 1.2.1. Conforme Fonseca (2007), o sistema de jogo 3.1 assegura uma divisão equilibrada na quadra jogo, criando espaços livres e situações de finalização através das múltiplas possibilidades ofensivas geradas pelas rotações dos jogadores. O posicionamento de 3 jogadores na armação de jogo e cobrindo bem os espaços da quadra, assegura ao 3.1 poucos riscos defensivos, sendo o seu balanço defensivo eficiente para a neutralização de contra ataques provenientes da perda da posse de bola na quadra de ataque. Para Balzano et al (2010), o sistema 3.1 possibilita movimentações dos quatro jogadores de linha na quadra, além da rotação dos jogadores que estão atrás para infiltrar no ataque e do jogador da frente recuando para armação. Para o autor deve ser utilizado em quadras com dimensões média e grande, facilitando o jogo de pivô, com infiltrações e tabelas. Conforme Balzano et al (2011) devido à grande movimentação que requer por parte de todos os atletas, o sistema 3.1, não deve ser utilizado por equipes mal preparadas fisicamente, nem por equipes que não possuam jogadores hábeis em atacar, marcar e armar com a mesma eficácia, pois a movimentação e a constante troca de posições que transforma atacantes em defensores e vice versa, poderá prejudicar a equipe. Segundo o autor as principais movimentações do sistema 3.1 são: oito pela frente; oito por trás; oito com bloqueio; redondo, ala com pivô, saída em diagonal, saída em paralela e oito com pisada.

4.     A marcação por zona

    Para Sampedro (1997) a marcação por zona define-se quando cada jogador é responsável por um espaço da defesa. Para o autor, os marcadores devem prender sua atenção na bola e no espaço que eles têm que defender. Esse tipo de marcação é mais utilizado em equipes que não tem um bom condicionamento físico, ou possuem um grande entrosamento entre seus jogadores.

Vantagens da marcação

    Segundo Saad e Costa (2005) a marcação por zona causa um menor desgaste físico, pois cada jogador mantém a sua posição. Para Sampedro (1997) a marcação por zona se for bem realizada protege muito a área do gol, cometem-se menos faltas, é muito eficaz contra equipes que não tem bons finalizadores de média e longa distância, permite uma saída mais fácil e rápida para o contra-ataque, pode diminuir os erros técnicos de um jogador, não tem muitas dificuldades no ensino e na aprendizagem. Para os jogadores mais lentos e pesados é a marcação mais adequada. Lembrando que essas vantagens só tornam-se realidades se a marcação for bem realizada, mantendo uma cumplicidade e aplicação tática de todos os marcadores.

Desvantagens da marcação

    Para Saad e Costa (2005) no futsal de rendimento os jogadores ficam em constante movimentação, assim facilmente o ataque se colocará em vantagem numérica sobre a defesa em determinados setores da quadra. Para os autores, se mal treinada facilita ao erro; dificultando muito a marcação se o adversário utilizar mais de um jogador num determinado setor. Conforme Sampedro (1997) a marcação por zona é pouco eficaz contra adversários que possuam bons finalizadores de média e longa distância, pode-se romper contra ataques rápidos, não melhora os fundamentos da técnica defensiva e não se deve aplicar com o resultado adverso.

Tipos de marcação por zona

    São três os tipos de marcação por zona mais utilizadas.

  • Defesa 1-2-1 em losango

  • Defesa 2-2 em quadrado

  • Defesa 2.1.1 em funil

5.     Programa de jogos

    No futsal brasileiro o sistema de ataque 3.1 e a marcação por zona são muito utilizados pelas equipes escolares e federadas na faixa etária dos 15 aos 17 anos. (BALZANO et al, 2010). Neste sentido, foi criado um programa de vinte jogos táticos em série (do menos complexo ao mais complexo), com intuito de desenvolver o aprendizado das capacidades táticas individuais e de grupo, dentro do sistema de ataque 3.1 e do sistema de defesa zona. A sistematização para a organização do programa de jogos táticos em série, para o ensino do sistema tático 3.1 e da marcação por zona possuiu a seguinte sequência de complexidade:

5.1.     Jogos em série para o sistema 3.1 e marcação por zona

1º jogo – Quadra dividida em forma do jogo de tênis

  • Objetivo – Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas, pivôs e fixos; aproximação do pivô; marcação por zona 1.2.1.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a quadra é dividida em quatro setores, dois na horizontal (zona de defesa e ataque), onde os jogadores realizarão as funções de pivôs e fixos, não podendo mudar de setor, e mais dois setores no meio da quadra (zona de armação), divididos na vertical, onde os jogadores realizarão as funções de alas. Os alas só poderão invadir a zona de ataque quando a bola for passada para o pivô e construir o 2 contra 1.

2º jogo – Quadra dividida em 3 triângulos

  • Objetivo – Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas, pivôs e fixos; maior espaço para o deslocamento nas funções; aproximação do pivô; marcação por zona 1.2.1.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a quadra é dividida em 3 setores em forma de triângulo onde os alas jogarão no triângulo central, os pivôs no triângulo ofensivo e os fixos no triângulo defensivo. Os jogadores não podem mudar de setor.

    • Variação - Possibilitar que um ala, possa jogar no setor de defesa e central e o outro ala possa jogar no setor central e de ataque.

3º jogo – Quadra dividida em X

  • Objetivo –– Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas, pivôs e fixos; treinar passes e finalizações do sistema; aproximação do pivô; marcação por zona 1.2.1.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a quadra é dividida em quatro setores em forma de triângulo (duas linhas na diagonal), onde os jogadores realizarão as funções de alas, pivôs e fixos, não podendo mudar de setor.

    • Variação - Quem passar para o pivô, pode construir o 2 contra 1. Obs.: organizar variações no jogo para os jogadores ocupar mais de um setor.

4º jogo - Quadra dividida em 3 setores na horizontal

  • Objetivo – Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas, pivôs e fixos; treinar passes e finalizações do sistema; maior espaço para o deslocamento nas funções; dificultar as ações no setor; aproximação do pivô; marcação por zona 1.2.1.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a quadra é dividida em três setores na horizontal, onde os jogadores realizarão as funções de alas, pivôs e fixos. Neste jogo cada equipe pode colocar dois jogadores a mais em suas equipes. Colocando 2x2 em cada setor.

    • Variação 1 – os jogadores podem mudar de local, quando passar a bola para o outro setor e seu companheiro dominar a bola, após gol ou tiro de meta, voltam para seu setor. Criando a vantagem numérica.

    • Variação 2 – Igual á variação 1, mas o marcador acompanha o jogador que passou a bola.

    • Variação 3 – O jogo pode ser de 5 contra 5, com os dois alas no meio, um fixo e um pivô nos setores de defesa e ataque.

5º jogo – Quadra dividida em 3 setores na vertical

  • Objetivo – Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas, pivôs e fixos; treinar passes e finalizações do sistema; maior espaço para o deslocamento nas funções; aproximação do pivô; marcação por zona 1.2.1.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a quadra é dividida em três setores na vertical, onde os jogadores realizarão as funções de alas, pivôs e fixos, não podendo mudar de setor. Com as variações possibilitaremos as aproximações do sistema.

    • Variação 1 – O pivô pode jogar em toda a meia quadra de ataque.

    • Variação 2 – O pivô e o fixo podem jogar em toda meia quadra - de ataque para o pivô e de defesa para o fixo.

    • Variação 3 – O ala direito joga no setor direito e no setor de meio do ataque, o ala esquerdo joga no setor esquerdo e no setor de meio da defesa.

    • Variação 4 – O fixo joga em todo setor de meio.

6º jogo – Jogo 3.1 Ferretti

  • Objetivo – Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; aproximação do pivô; tomada de decisão do pivô; marcação por zona com 3 jogadores.

  • Descrição- Jogo de futsal, na zona de ataque do voleibol (3 metros) jogam 3 contra 3 sem invadir o setor do adversário e podendo dar no máximo 2 toques na bola. Os pivôs ficam livres numa zona de ataque na horizontal e só podem dar 1 toque na bola. O goleiro joga dentro da área. Caso o pivô não finalize, ele pode dar o segundo toque para seus companheiros finalizarem com a marcação do adversário. Os adversários e os companheiros, só poderão invadir o setor do pivô, quando este não finalizar de primeira. Para ser validada a finalização a bola obrigatoriamente deve passar pelo pivô.

7º jogo – Quadra dividida em 2 setores na vertical

  • Objetivo – Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas, pivôs e fixos; treinar passes e finalizações do sistema; maior espaço para o deslocamento nas funções; aproximação do pivô; aumentar as ações dos alas; marcação por zona 2.2.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a quadra é dividida pela metade na vertical em direita e esquerda, onde os jogadores realizarão as funções de alas, fixos e pivôs. O pivô joga na quadra de ataque, o fixo joga na quadra de defesa e os alas nos setores laterais (esquerda na esquerda e direita na direita).

8º jogo – Jogo de pivô UFC

  • Objetivo - Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; aproximação do pivô; maior espaço para o deslocamento nas funções; tomada de decisão do pivô; marcação individual.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas as traves ficam no fundo da quadra de vôlei. O final da quadra é a linha de fundo da quadra de vôlei. As linhas laterais do futsal delimitam os espaços no lado. Cada time terá um goleiro e três jogadores de linha. Um pivô neutro joga para os dois times, este só pode ficar dentro do circulo central, ninguém pode invadir o circulo central. O pivô só pode jogar em dois toques. Para as equipes finalizarem, a bola deve passar pelo pivô. A finalização deve ser de primeira. Obs. O pivô não pode finalizar.

9º jogo – Pivô e Fixo nas zonas

  • Objetivo – Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas, fixos e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; aproximação do pivô; maior espaço para o deslocamento dos alas; tomada de decisão do pivô; marcação por zona do pivô e fixo.

  • Descrição - Jogo de futsal, mas os pivôs e os fixos ficam restritos a duas faixas horizontais na zona de ataque e defesa, o fixo na faixa da frente e o pivô na faixa do fundo. O goleiro não pode sair da sua área de meta. Cada equipe é composta por seis jogadores, um goleiro, um fixo, um pivô e três armadores estes jogando na zona central da quadra. O pivô só participa quando sua equipe estiver com a bola. O fixo que esta marcando o pivô também participa. Os pivôs jogam em dois toques. A finalização dos alas deve ser de média distância. Caso o pivô não consiga finalizar em dois toques ele pode recomeçar a jogada.

    • Variação 1 – Os armadores podem invadir a zonas do pivô quando a bola chegar nele.

    • Variação 2 – O pivô e o fixo jogam em zonas invertidas.

10º jogo – Jogo dos 2 pivôs no apoio

  • Objetivo – Sistema 3.1; conhecimento das funções de alas, fixos e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; maior número de opções de ataque; aproximação do pivô; maior espaço para o deslocamento dos alas; tomada de decisão do pivô; marcação por zona com 3.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas cada equipe terá dois pivôs de referência no fundo da quadra de ataque. Para obter o gol, a equipe deve passar a bola para um dos pivôs de referência. Os adversários não podem entrar na zona dos pivôs de referência. Os pivôs devem jogar em dois toques.

    • Variação – Os pivôs de referência jogam com uma bola na mão, o pivô que receber o passe não participa mais do lance e o outro pivô coloca a sua bola em jogo.

11º jogo - Jogo da marcação 2.2 na vertical

  • Objetivo – Marcação zona 2.2; sistema 3.1; maior tempo para criar as movimentações e os passes no sistema; procurar espaços na defesa adversária; criar a superioridade numérica no setor; marcação de retorno.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a equipe que está sem a posse de bola só pode tirar a bola do seu adversário, na meia quadra de defesa. Os defensores devem marcar dois do lado direito e dois do lado esquerdo. A quadra de defesa é dividida em direita e esquerda

    • Variação – dois jogadores de defesa podem marcar nos dois setores.

12º jogo – Jogo da marcação 2.2 na horizontal

  • Objetivo – Marcação zona 2.2; sistema 3.1; maior tempo para criar as movimentações e os passes no sistema; procurar espaços na defesa adversária; criar a superioridade numérica no setor; marcação de retorno; cobertura.

  • Descrição - Jogo de futsal, mas a equipe que está sem a posse de bola só pode tirar a bola do seu adversário, na meia quadra de defesa. Os defensores devem marcar dois no setor da frente e dois no setor atrás. A quadra de defesa é dividida em dois setores na horizontal.

    • Variação – dois jogadores de defesa podem marcar nos dois setores.

13º jogo – Jogo da marcação 1.2.1

  • Objetivo – Marcação zona 1.2.1; sistema 3.1; maior tempo para criar as movimentações e os passes no sistema; procurar espaços na defesa adversária; criar a superioridade numérica no setor; marcação de retorno; cobertura; tomada de decisão dos alas.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a equipe que está sem a posse de bola só pode tirar a bola do seu adversário, na meia quadra de defesa e deve ficar posicionada em três linhas na horizontal, a primeira do pivô, a segunda dos alas e a terceira do fixo. Os jogadores só podem roubar a bola na sua linha de marcação.

    • Variação – um dos alas pode marcar no setor do meio e da frente e o outro ala pode marcar no setor do meio e atrás.

14º jogo – Jogo da marcação na quadra de defesa

  • Objetivo – Marcação zona 1.2.1, 2.2 ou 2.1.1; sistema 3.1; maior tempo para criar as movimentações e os passes no sistema; procurar espaços na defesa adversária; marcação de retorno;

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a equipe que esta defendendo só pode tirar a bola do adversário na sua meia quadra defesa, marcando por zona.

15º jogo – Jogo do pivô na quadra de ataque

  • Objetivo – Sistema 3.1; marcação por zona 1.2.1; conhecimento das funções de alas, fixos e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; aproximação do pivô; maior espaço para o deslocamento dos alas e fixos; tomada de decisão do pivô; velocidade nas ações dos fixos e dos alas.

  • Descrição - Jogo de futsal, mas os jogadores para fazer o gol, deverão passar a bola para o pivô que joga só na quadra de ataque. Os jogadores só poderão dar dois toques na bola, o pivô é livre no número de toques

16º jogo – O pivô deve receber na parede

  • Objetivo – Sistema 3.1; marcação por zona 1.2.1; conhecimento das funções de alas, fixos e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; aproximação do pivô; maior espaço para o deslocamento dos alas e fixos; tomada de decisão do pivô; conhecimento da função de pivô por todos os jogadores.

  • Descrição - Jogo de futsal, mas o jogador que executar a função do pivô, só poderá receber a bola na quadra de ataque de costas para a trave adversária e com a sola do pé. Sempre que o passe vier da quadra de defesa para a quadra de ataque, o pivô deve receber a bola no ataque realizando a parede. Quando o passe for executado na zona de ataque os jogadores poderão receber a bola de qualquer forma. Obs. se não receber a bola de costas, será obrigado a finalizar para não perder a posse de bola.

17º jogo – Jogo do pivô atrás da trave

  • Objetivo – Sistema 3.1; marcação por zona com 3 jogadores; conhecimento das funções de alas, fixos e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; aproximação ao pivô; maior espaço para o deslocamento dos alas e fixos; velocidade nas ações dos fixos e dos alas; procurar o pivô; deslocamentos laterais do pivô; tomada de decisão do pivô; mudança de direção na corrida; finalização dos alas e fixo.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas o pivô de cada equipe deve jogar atrás da trave e só pode dar dois toques na bola. Os outros jogadores não podem invadir a zona limitada do pivô. A finalização dos jogadores deve vir de um passe do pivô e deve ser de primeira.

    • Obs. Caso não exista espaço para o pivô jogar atrás da trave, a trave é deslocada para a linha da área.

18º jogo - Jogo das traves viradas

  • Objetivo – Sistema 3.1; marcação por zona com 3 jogadores; conhecimento das funções de alas, fixos e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; aproximação ao pivô; maior espaço para o deslocamento dos alas e fixos; tomada de decisão do pivô; velocidade nas ações dos fixos e dos alas; procurar o pivô; selecionar o passe ao pivô; deslocamentos laterais do pivô; finalização do pivô.

  • Descrição - Jogo de futsal, mas as traves ficam situadas na linha da área de costas para o circulo central. Os pivôs só jogam dentro da área de meta adversária, os alas e os fixos podem correr por toda a quadra, menos no setor do pivô. Os pivôs só podem fazer gol de primeira. O goleiro fica numa área delimitada de dois metros de comprimento da linha de meta, por um metro de distância da trave. Obs. se o pivô não conseguir finalizar de primeira, ele pode recomeçar o jogo passando para seus companheiros.

19º jogo - Espaços livres para o pivô finalizar

  • Objetivo – Sistema 3.1; marcação por zona; conhecimento das funções de alas, fixos e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; passe em profundidade para o pivô; maior espaço para o deslocamento dos alas, pivôs e fixos; tomada de decisão do pivô; deslocamentos do pivô nas laterais da quadra.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas nos quatro cantos da quadra existe uma zona de quatro metros de comprimento e três metros de largura, onde os pivôs podem entrar no ataque e jogar em dois toques ou finalizar de primeira. A defesa não pode entrar nas zonas livres para os pivôs.

20º jogo – Bola na mão do pivô

  • Objetivo – Sistema 3.1; marcação por zona; conhecimento das funções de alas, fixos e pivôs; treinar passes e finalizações do sistema; maior espaço para o deslocamento dos alas, pivôs e fixos; tomada de decisão do pivô com duas bolas; aproximação ao pivô; dinâmica no jogo.

  • Descrição - Jogo de futsal, mas os pivôs jogam com uma bola na mão, sempre que a bola chegar nele, este deve definir com que bola jogar, a que está na sua mão ou a que está no seu pé, quando definir por uma delas, deve ficar sempre com uma bola na mão.

6.     Considerações finais

    O presente estudo apresentou uma proposta metodológica de ensino-aprendizagem e treinamento do desporto futsal, tendo como referência o método dos jogos táticos em série. O objetivo deste trabalho é auxiliar os profissionais que trabalham nas equipes competitivas do futsal. Pois percebemos que muitos desses profissionais ainda trabalham com metodologias tradicionais de treinamento do futsal. Neste trabalho, foram propostos vinte jogos táticos com ênfase no sistema tático de ataque 3.1 e no sistema de marcação zona. Pois concordamos com a literatura que nesta fase do desenvolvimento esportivo (aperfeiçoamento), os sistemas de ataque 3.1 e a marcação por zona são sistemas mais complexos e dinâmicos, correspondendo á exigência desta etapa do aprendizado. Pois para Weineck (1989), o treinamento esportivo busca sempre a evolução do atleta e da equipe, em todas as suas dimensões (técnico, tática, física e psicológica). Consideramos que o método dos jogos táticos em série para o processo de ensino-aprendizagem e treinamento do futsal, por estar próximo da realidade do jogo, apresenta-se como mais adequado para desenvolver as capacidades táticas necessárias, no aprimoramento dos atletas de futsal na faixa etária dos 15 aos 17 anos.

Referências

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