A eficácia do método Pilates no tratamento de lombalgias: uma revisão de literatura La eficacia del método Pilates en el tratamiento de las lumbalgias: una revisión de la literatura The efficiency of the method in the treatment of Pilates back pain: a literary review
	*Fisioterapeuta. Graduado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. UESB Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, PPGES/UESB **Enfermeira. Doutora pela Universidade Federal de Pernambuco, UFPE Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde, PPGES/UESB ***Enfermeira. Graduada pela Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC Especialista em Saúde Pública. Especialista em Educação Profissional na área da saúde: enfermagem. Especialista em Administração Hospitalar	Saulo Sacramento Meira* Alba Benemérita Alves Vilela** Cathianne Sacramento Pinto*** saulo_meira@hotmail.com (Brasil)
	Resumo           Objetivo: Analisar o Método Pilates como recurso terapêutico para recuperação e manutenção da funcionalidade em indivíduos portadores de dor lombar. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura com sete (7) artigos pesquisados durante o período de abril a junho de 2012, a partir dos descritores: “dor lombar”, “fisioterapia”, “tono muscular” e “instabilidade articular”, pesquisada nas bases de dados da SciELO e Lilacs com período de publicação entre 2004 e 2012, no idioma português e inglês. Resultados: Dentre as vantagens psicossociais proporcionados pelo método Pilates, demonstra-se os benefícios para o desempenho motor, no alinhamento postural de tronco, equilíbrio, socialização, aumento da confiança, autoestima e educação. Conclusão: A pesquisa revelou que é de grande importância o tratamento com o Método Pilates nos portadores de lombalgia, proporcionando experimentação de movimentos e posturas que auxiliam na melhora do quadro álgico dos pacientes com lombalgia e nos indivíduos que querem adotar uma nova forma de equilíbrio e bem-estar.           Unitermos: Dor lombar. Fisioterapia. Tono muscular. Instabilidade articular.   Abstract           Objective: To analyze the Pilates Method as a therapeutic resource for recovery and maintenance of functionality in individuals with low back pain. Methods: This is a literature review with seven (7) articles surveyed during the period April to June 2012, with the descriptors: "low back pain" "physiotherapy," " muscle tone " and "joint instability”, searched the databases of SciELO and Lilacs with publication period between 2004 and 2012 in English and Portuguese. Results: Among the psychosocial benefits provided by the Pilates method, we demonstrated the benefits to the motor performance in trunk postural alignment, balance, socialization, increased confidence, self esteem and education. Conclusion: The survey revealed that it is of great importance to treatment with the Pilates method in patients with low back pain, allowing experimentation with movements and postures that help in improving the pain of patients with LBP and subjects who want to adopt a new form of balance and welfare.           Keywords: Low back pain. Physiotherapy. Muscle tone. Joint instability.
	EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 171, Agosto de 2012. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    O Método Pilates surgiu na Alemanha no ano de 1880, sendo criado por Joseph Hubertus Pilates. Com o decorrer dos anos a técnica cognominada com seu nome foi adquirindo grandes prestígios nas áreas que exploravam as artes corporais. O Método Pilates é constituído por uma variedade de exercícios tendo como principais finalidades manter ou melhorar a flexibilidade do corpo, a consciência corporal, equilíbrio, força, ensinando os indivíduos a terem um melhor conhecimento do seu corpo. Por ser uma técnica que trás ao praticante melhor agrupamento de idéias, organização motora e consciência corporal ela pode ser aplicada em todas as pessoas, de qualquer idade, e em níveis de condicionamento físico diversificado (TOSCANO; EGYPTO, 2001).

    Dentre as diversas manifestações patológicas que acomete as articulações do corpo, a lombalgia é provocada pela instabilidade da coluna, na parte lombar especificamente, o que ocasiona desequilíbrios entre os músculos extensores e flexores do tronco. A dor lombar é definida como sendo um desconforto referido próximo a cintura pélvica. (MODOLO et al, 2010).

    Assim, verificou-se a oportunidade de realizar uma revisão de literatura, já que o método Pilates tem sido um utilizado cada vez mais como um recurso terapêutico com alto nível de eficácia. Foram reunidos artigos com as características da aplicação do método e sua eficácia na prevenção e tratamento da dor lombar.

Métodos

    Trata-se de uma revisão de literatura, inicialmente realizada por meio da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), que abriga bases de dados reconhecidas. A busca dos estudos ocorreu no período de abril a junho de 2012, a partir dos descritores: “dor lombar”, “fisioterapia”, “tono muscular”, “instabilidade articular”. Na articulação das palavras foi adotada a expressão: booleana “AND”, que permite a inserção de duas ou mais palavras, cujo resultado conduziu a pesquisa nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências (Lilacs). A pesquisa estendeu-se a 6 livros.

    Os critérios utilizados para a inclusão do material acessado ao estudo foram: disponibilidade on line do texto completo; período de publicação entre 2004 e 2012; no idioma português e inglês. Foram encontrados 18 artigos relacionados ao tema, dos quais foram selecionados sete (07), por serem pertinentes ao objetivo do estudo e se enquadrarem nos critérios de inclusão estabelecidos. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra e analisados com base no objetivo proposto e na relevância científica e social. Em seguida, foi realizada a leitura dos arquivos por todos os autores, em momentos distintos e, posteriormente, em conjunto, foram distribuídos nos três eixos temáticos, a saber: Anatomia da coluna vertebral; Os benefícios do método Pilates e recursos alternativos no emprego do método Pilates.

Resultados

Anatomia da coluna vertebral

    A coluna lombar é composta por anatomicamente por 5 vértebras e apresenta duas articulações: a toracolombar e a lombossacral. Apresentando uma concavidade posterior fisiológica a coluna lombar, é a região que mais recebe carga comparada à coluna torácica e a coluna cervical. A coluna lombar suporta aproximadamente 85% do peso anteriormente e 15% posteriormente. É constituída por músculos como os multífidos (responsável pela extensão do tronco), o quadrado lombar, longuíssimo, os paravertebrais dentre outros, além de estruturas ligamentares, tendíneas e fasciais. A coluna lombar tem como principais funções fornecer sustentação a porção superior do corpo e garante mobilidade à coluna vertebral (KOLYNIAK; CAVALCANTI; AOKI, 2004)

A lombalgia e suas repercussões

    Conceitua-se a lombalgia como a dor persistente durante aproximadamente 3 meses de persistência. As dores lombares atingem níveis epidêmicos na população em geral. As lombalgias são comuns na população, sendo que, em países industrializados, sua prevalência é estimada em torno de 70% (MAKOFSKY e CARVALHO; LIMA, 2006)

    Em alguma época da vida, de 70 a 85% de todas as pessoas sofrerão de dores nas costas. Cerca de 10 milhões de brasileiros ficam incapacitados por causa desta morbidade e pelo menos 70% da população sofrerá um episódio de dor na vida. Nos Estados Unidos, a lombalgia é a causa mais freqüente de restrição para execução das atividades entre pessoas com menos de 45 anos, é a segunda maior incidência para visitas médicas, a quinta causa de intervenção hospitalar e a terceira causa de procedimentos cirúrgicos. Com o avançar da idade a coluna lombar pode maximizar alterações degenerativas nas articulações, aumentando o quadro álgico na articulação lombossacral. (SILVA; FASSA; VALLE e KOLYNIAK; AOKI, 2004)

    Se o alinhamento funcional precário persiste até a vida adulta, ocorre geralmente uma deficiência da mobilidade; a coluna retificada fica restrita em extensão e a coluna hiperlordótica fica limitada em flexão (KOLYNIAK; CAVALCANTI; AOKI, 2004).

    A dor lombar pode ser causada por doenças inflamatórias, degenerativas, neoplásicas, defeitos congênitos, debilidade muscular, predisposição reumática, sinais de degeneração da coluna ou dos discos intervertebrais entre outras (DAVIS; PANELLI, 2006).

    Freqüentemente a dor lombar não decorre de doenças específicas, mas sim de um conjunto de causas, como por exemplo, fatores sócio-demográficos (idade, sexo, renda e escolaridade), comportamentais (fumo e baixa atividade física), exposições ocorridas nas atividades cotidianas (trabalho físico pesado, vibração, posição viciosa, movimentos repetitivos) e outros (obesidade, morbidades psicológicas) (MARCO, 2006).

    É representativa a quantidade de tempo e recursos gastos com os pacientes portadores deste tipo de morbidade em clínicas de fisioterapia. A procura por tratamento de dores lombares tem apresentado um crescimento progressivo para os recursos terapêuticos (DAVIS, 2007).

Os benefícios do método Pilates

    O Método Pilates foi desenvolvido pelo alemão Joseph H. Pilates que se inspirou em suas debilidades para desenvolver um método que proporcionasse a ele uma vida normal e fisicamente funcional. Baseado nos movimentos corporais da ioga, artes marciais, mediação Zen e exercícios greco-romanos. Um grupo que aderiu a utilização deste método foram os artistas que apresentam lesões freqüentes e tinham como objetivo a aceleração da reabilitação nos estágios iniciais do tratamento. Logo depois o Pilates tornou-se um método muito explorado pelos dançarinos. Nos anos 70, a utilização do Pilates tornou-se ainda mais freqüente principalmente nas áreas de ortopedia, área cirúrgica, em dores crônicas, disfunções neurológicas entre outras (RAIZEL, 2008 e FERREIRA et al, 2007).

    Os estudos de Pilates apresentam como foco, o controle corporal e mental, sendo esta uma parte imprescindível para execução do método, denominada de “Contrologia”. Quando o desenvolvimento não é sincrônico torna-se desarmonioso e sem flexibilidade. Muitos problemas que as pessoas apresentam na fase adulta resultam de desequilíbrios posturais na infância. Pilates defendia ainda que a “circulação é o que cura”, pois através do fluxo sanguíneo um maior aporte de sangue atinge todo o corpo realizando uma verdadeira limpeza (FERREIRA et al, 2007).

    O Pilates fundamenta-se nos seguintes princípios básicos que são: respiração, controle, fluxo do movimento, isolamento e integração, centralização, precisão e coordenação, concentração e rotina (ANDREAZZA; SERRA, 2010).

    O primeiro princípio a ser trabalhado é o da respiração por ser essencial para a prática do método, promovendo a estabilização e mobilização da coluna vertebral e das extremidades. O treino da respiração baseada no método Pilates visa aumentar a ação da troca gasosa, expandir a capacidade da respiração e promover mudanças na postura torácica. Por conta da freqüente rigidez presente na região do tórax observa-se o surgimento de patologias cervicais e lombares (RAIZEL, 2008).

    Seguindo ao princípio da respiração temos o da centralização que engloba o alongamento axial e o controle central. Em estudos realizados na Austrália verificou-se que a dor lombar crônica pode resultar de ausência na função de alguns grupos musculares como o transverso do abdome, o multífido, o diafragma e os oblíquos do abdome. Este método vem se expandindo cada vez mais em todo o mundo por possuir ensinamentos embasados na “usina de força ou concavidade da parede abdominal” criados por Joseph Pilates.

    O método proporciona ao indivíduo muito mais que estabilização, pode através do controle motor e organização garantir segurança na execução dos movimentos diários. O alongamento axial tem a finalidade de promover uma movimentação ideal e sincrônica da coluna vertebral evitando desequilíbrio das estruturas do tronco. Com o alongamento axial do método Pilates pode-se explicar a diminuição de muitas dores lombar baixa. Com uma devida organização da coluna e suas estruturas adjacentes pode-se evitar possíveis lesões. O Pilates além de trabalhar o indivíduo a nível funcional promove uma organização subconsciente dos seus movimentos (ANDREAZZA; SERRA, 2010).

    O próximo princípio se refere ao fluxo dos movimentos que engloba a organização da cabeça, pescoço e cintura escapular e seu alinhamento. Esta é uma região muito propícia a tensões e compensações, por isto este exercício visa a diminuição dos riscos de lesões, aumento da amplitude de movimento e conservação de energia. Com uma maior amplitude há uma menor chance de lesionar as estruturas desta região levando em consideração que, em geral as lesões ocorrem no final do movimento (ANDREAZZA; SERRA, 2010).

    O quarto princípio corresponde ao isolamento e integração da articulação da coluna vertebral. Esta é uma estrutura que apresenta regiões de hipo e hipermobilidade sendo acometida de muito estresse por conta desse desequilíbrio. Em estudos pilotos os indivíduos que foram submetidos a uma sessão de Pilates apresentaram uma maior amplitude de flexão, maior movimento nas estruturas menos móveis e menos movimento nas regiões hipermóveis (ANDREAZZA; SERRA, 2010).

    O princípio cinco equivale ao alinhamento e a postura que envolvem a centralização, precisão e coordenação nos movimentos. Com uma organização postural adequada podemos economizar energia nas nossas atividades e impedir a ocorrência de muitas lesões, além de aumentar a amplitude de movimento e diminuir o estresse na região. O Pilates trabalha com alinhamento e postura fixos, mas principalmente com sua atividade dinâmica, com auxílio dos aparelhos utilizados no método, permite ao terapeuta identificar assimetrias nos indivíduos com muita precisão, o que viabiliza um tratamento eficaz.

    O último princípio abrange os movimentos de concentração, integração, fluxo de movimento e rotina. Muitos profissionais acreditam que o sucesso do Pilates provém da realização de movimentos avançados que ligam a mente e o corpo. É neste cenário que muitas curas são efetuadas principalmente aquelas que têm forte ligação ao campo das emoções. Quando a prática dos exercícios é realizada de forma concentrada estes são guardados no subconsciente e quando associados com imagens são mais fáceis de serem lembrados (RAIZEL, 2008).

    Apesar de não estar inserido nos seis princípios básicos o relaxamento é de grande importância quando o indivíduo apresenta muita tensão. Os exercícios que integram o Pilates foram planejados para incluir todos os princípios aos poucos assim que a pessoa avança na execução dos movimentos. Com estes princípios básicos que foram citados espera-se desenvolver um equilíbrio músculo-esquelético, respiração adequada e alinhamento postural. Joseph Pilates defendeu que o verdadeiro equilíbrio provem de exercícios que combinam controle da musculatura abdominal e concentração (FERREIRA et al, 2009).

    O Pilates em adição aos princípios apresentados permite uma grande flexibilidade no seu ambiente de execução para que todos os seus adeptos possam ser atendidos de acordo a sua necessidade, sendo que suas principais vantagens são permitir que qualquer indivíduo possa realizar os movimentos e que a cura está dentro de cada um. O Pilates tem sido indicado para vários tipos de patologias como distúrbios neurológicos e reumáticos, problemas pediátricos e ortopédicos e relacionado à saúde da mulher. (ANDREAZZA; SERRA, 2010).

Recursos alternativos no emprego do método Pilates

    Com o uso das molas presentes nas camas dos hospitais que tratavam os feridos da Primeira Guerra Mundial, Pilates começou a realizar os exercícios para tonificação muscular mesmo sem os pacientes poderem se levantar. A partir desses procedimentos foram criados os aparelhos que são utilizados até os dias de hoje, entre eles temos: Reformer, Cadillac ou mesa trapézio, High Chair, Wunda Chair, Arm Chair, Ladder Barrel, Spine Corrector, Mini Barrel, Wall Unit, Guillotine, Ped-o-pull, e alguns acessórios como o Magic Circle, Neck Stretcher, Foot Corrector, Toe Exerciser, Push Up Device, Airplane Board e Sand Bag (ANDREAZZA; SERRA, 2010).

    Os aparelhos utilizam das molas e da gravidade para facilitar a realização dos movimentos e com isso prevenir a ocorrência de outras lesões durante a recuperação. São bastante versáteis, pois permitem o aumento da tensão das molas e da gravidade de acordo com a evolução do paciente nos seus movimentos funcionais. (ANDREAZZA; SERRA, 2010).

    Uma forma de complemento para os exercícios de Pilates realizados em aparelhos é o Pilates Mat Class, uma das técnicas realizadas com exercícios no solo tendo como principal objetivo o fortalecimento da musculatura abdominal. Através da execução adequada dos movimentos as dores crônicas podem ser reduzidas, e durante a prática dos exercícios são realizadas pequenas amplitudes de movimento, sendo que vão aumentando gradativamente dependendo da capacidade de cada pessoa (FERREIRA et al, 2009).

    As realizações dos exercícios normalmente seguem uma ordem, levando-se em conta a limitação e necessidade de cada praticante. A princípio deve-se começar com o exercício de nível Básico, passando conforme as habilidades adquiridas para o exercício Intermediário, depois para o Avançado e por último para o Super Avançado. A execução desses exercícios visa o ganho de força, flexibilidade, domínio, resistência, retificação e organização do conjunto corporal como um todo (FERREIRA et al, 2009).

    O nível Básico é o primeiro exercício realizado, tendo como objetivo promover o fortalecimento da face anterior e posterior através de exercícios abdominais em busca do centro de força.

    Após o indivíduo ter aprendido e dominado as técnicas do nível Básico a próxima etapa é o nível Intermediário conforme avanço no desempenho do praticante. Estes exercícios são realizados em decúbito ventral, e os movimentos tornam-se mais complexos e são executados com maior agilidade. É preciso maior equilibro nessa etapa, pois um exercício não pode ser realizado sem que o primeiro já esteja sendo feito de forma correta.

    Para a realização dos exercícios no nível avançado, o praticante deve ter adquirido força, flexibilidade, estabilização, e organização entre o corpo e mente, pois estes exercícios dão continuidade aos anteriores levando-se em conta certas debilidades de cada paciente.

    O último nível de exercício a ser executado é o Super Avançado, nesse nível o paciente vai realizar exercícios mais elaborados que requerem um bom fortalecimento, coordenação, equilíbrio e flexibilidade, sendo observado melhora considerável para os praticantes, pois durante a execução dessa etapa o equilíbrio que é proposto pelo Método Pilates encontra-se em um nível bastante elevado (FERREIRA et al, 2007).

    O Método de Pilates prioriza os exercícios abdominais a fim de obter a funcionalidade adequada da coluna vertebral, proporcionando assim, a independência funcional para os praticantes. Devido, aos seis princípios que a técnica possui, baseado em exercícios de baixo impacto, o tratamento tem como efeito o desenvolvimento da força, boa flexibilidade, melhoria da postura, controle motor, consciência e percepção corporal aperfeiçoada, promovendo assim, a recuperação das estruturas musculares, articulares e ligamentares, particularmente na região lombossacral.

    Por meio da prática dos exercícios de contrologia o praticante ajusta posturas inadequadas, desenvolve a vitalidade física, e o resultado destes exercícios está no comando total da mente sobre o corpo. Além disso, o treinamento de Pilates aprimora a coordenação da respiração, o alinhamento postural e o alongamento dos músculos profundos do tronco, reduzindo o quadro álgico na coluna lombar.

Conclusão

    O Método Pilates fundamenta-se nos princípios básicos como a respiração, controle, fluxo do movimento, isolamento/integração, centralização, precisão/coordenação, concentração/rotina. Visa ganho de forca, resistência, amplitude de movimento, dentre muitas outras vantagens, sendo demonstrada sua eficácia na restauração da função da coluna lombar podendo prevenir o surgimento da lombalgia, dor causada por desordem das estruturas integradoras da região que compreende as vértebras como explanado nesse trabalho. Além de garantir melhor qualidade de vida para os acometidos, o Método Pilates é uma ótima alternativa para pessoas que buscam uma melhor performance física e mental refletindo diretamente para alcançar uma qualidade de vida ideal.

Referências

• ANDREAZZA, E.; SERRA, E. A influência do método pilates no fortalecimento do assoalho pélvico. 2010. Disponível em: http://www.studiofitscience.com.br/artigoscientificos/tecnica-de-pilates-no-tratamento-da-incontinencia-urinaria-em-mulheres-idosas . Acesso em: 01 de mai de 2012.

• CARVALHO, D; LIMA, I. Os princípios do método pilates no solo na lombalgia crônica. Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Universidade do Sul de Santa Catarina. Orientador temático: Profª Msc. Inês Alessandra Xavier Lima. Tubarão, 2006.

• DAVIS, C. Reabilitação com pilates. In:______ Fisioterapia e reabilitação: terapias complementares. Rio de Janeiro: Guanabara, 2ª ed. cap. 13, 258-269, 2006.

• FERREIRA, C, et al. O método pilates sobre a resistência muscular localizada em mulheres adultas. Motri. 3 (4): 76-81; 2007.

• KOLYNIAK I, C. S.; AOKI, M. Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método pilates. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 10(6): 487–490; 2004.

• KOLYNIAK, I.; CAVALCANTI, S.; AOKI, M. Avaliação isocinética da musculatura envolvida na flexão e extensão do tronco: efeito do método pilates. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 10(6), 2004.

• MAKOFSKY, H. Coluna lombar. In:______Coluna vertebral: terapia manual. Rio de Janeiro: Guanabara, cap. 17, p. 181 – 209, 2006.

• MODOLO, T. et al. O efeito do método pilates na lombalgia crônica: uma revisão de literatura. Anais II Jornada Científica FIB – Bauru, 2010.

• PANELLI , C.; MARCO, A. Método pilates de condicionamento do corpo. 2 ed. São Paulo: Phorte, 2006.

• SILVA, M; FASSA, A. C.; VALLE, N. Dor lombar crônica em uma população adulta do sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Rio de Janeiro: Cad. Saúde Pública. 20(2):377-385, 2004.

• TOSCANO, J. J. O.; EGYPTO, E. P. A influência do sedentarismo na prevalência de lombalgia. Rev Bras Med Esporte. 7 (4); 2001.

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