efdeportes.com

Homofobia: a postura dos lutadores evangélicos 

de jiu-jitsu brasileiro diante dos homossexuais

Homofobia: la actitud de los luchadores evangélicos de jiu-jitsu brasileño frente a los homosexuales

Homophobia: the position of the evangelicals fighters of brazilian jiu-jitsu in front of homosexuals

Omofobia: la posizione dei lottatori evangelici di jiu-jitsu brasiliano davanti degli omosessuali

 

* Discente do Curso de Educação Física

da Universidade Castelo Branco (UCB), Rio de Janeiro

**Co-orientador. Graduado em Educação Física pela Universidade Castelo Branco

Bacharel em Administração pelas Faculdades Integradas Simonsen, Monitor

da Disciplina Práticas Investigativas Culturais do Movimento, do Curso

de Educação Física da Universidade Castelo Branco (UCB), Rio de Janeiro

Pesquisador do Grupo de Cultura Corporal da Universidade Castelo Branco

e da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer do Município do Rio de Janeiro (SMEL)

*** Discente do Curso de Educação Física da Universidade Castelo Branco (UCB)

Pesquisadora do Grupo de Cultura Corporal do Movimento da UCB

**** Orientador. Mestre em Ciência da Motricidade Humana

pela Universidade Castelo Branco (UCB), Licenciado em Educação Física

pela UCB e Docente da UCB, Rio de Janeiro

(Brasil)

Jaime Della Corte*

jaimedellacorte@yahoo.it

Cristiano Santos*

crisgromeu@gmail.com

Lianna Oliveira* | Lorena Rangel*

Ingrid da Costa* | Fernando Souza*

Jasiel Libório* | Carla Carolina*

Jessica Galante* | Ramdel Caldas**

ramdelcaldas@hotmail.com

Monique Camargo***

Sérgio Tavares****

sergiof.tavares@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo dessa pesquisa é mensurar o nível de homofobia dos lutadores evangélicos de jiu-jitsu brasileiro, que pela própria cultura da sua modalidade desportiva, potencializada pelas tradições evangélicas, conforme seus princípios ideológicos opostos aos da homossexualidade, podem manifestar comportamentos ou atitudes de discriminação e/ou preconceito homofóbicos, uma vez que para eles os homossexuais podem fazer o que quiserem, desde que não exponham suas emoções e sentimentos em ambientes heterossexuais. Em contrapartida, o profissional de Educação Física precisa encontrar meios para que esse conflito não se reflita nas aulas de lutas.

          Unitermos: Jiu-jitsu. Homofobia. Discriminação. Preconceito.

 

Resumen

          El objetivo de esta investigación fue estimar el nivel de homofobia de los luchadores evangélicos de jiu-jitsu brasileño, que la propia cultura de su modalidad deportiva, impulsado por las tradiciones evangélicas, conforme sus sus principios ideológicos, pueden manifestar comportamientos o actitudes de discriminación y/o el prejuicio homofóbico, ya que para ellos los homosexuales pueden hacer lo que quieran, mientras no expresen sus emociones y sentimientos en ambientes heterosexuales. Por el contrario, el profesional de la Educación Física debe encontrar la manera de que este conflicto no se refleje en las clases de estas luchas.

          Palabras clave: Jiu-jitsu. Homofobia. Discriminación. Prejuicio.

 

Abstract

          The objective of this research is to measure the level of homophobia of the evangelicals fighters of brazilian jiu-jitsu, which by the very culture of your sport, fueled by evangelical traditions, as opposed to their ideological principles of homosexuality, can manifest behaviors or attitudes of discrimination and/or prejudice homophobic, since for them the homosexuals can do whatever they want, provided they do not express their emotions and feelings in heterosexuals environments. In counterpart, the physical education professional need to find ways for that this conflict is not reflected in lessons of struggles.

          Keywords: Jiu-jitsu. Homophobia. Discrimination. Prejudice.

 

Riassunto

          L'obiettivo di questa ricerca è quello di misurare il livello di omofobia dei lottatori evangelici di jiu-jitsu brasiliano che per la propria cultura della modalità sportiva, potenziata da tradizioni evangeliche, secondo i suoi principi ideologici contrari all'omosessualità, possono manifestare comportamenti o attitudini di discriminazione e/o pregiudizi omofobici, dal momento che per loro gli omosessuali possono fare quello che vogliono, purché che non esprimono le sue emozioni e sentimenti in ambienti eterosessuali. Al contrario, il professionale di educazione fisica devono trovare i modi che questo conflitto non si riflette in suoi lezioni di lotte.

          Parole chiave: Jiu-jitsu. Omofobia. Discriminazione. Pregiudizio.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 171, Agosto de 2012. http://www.efdeportes.com

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Introduçâo

    Para a mitologia greco-romana o termo artes marciais é uma referência às artes da guerra e da luta, vinculada ao nome Marte, filho dos deuses Juno e Júpiter. Marte deus romano da guerra, equivalente em grego ao deus Ares, foi considerado o deus da guerra sangrenta, sendo assim, as artes marciais, segundo esta mitologia, são as artes ensinadas pelo deus Marte aos homens, que as praticavam no desenvolvimento e treinamento de habilidades para seu uso nas guerras.

    De acordo com a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ), o jiu-jitsu (arte suave) é uma arte marcial que nasceu na Índia, praticada por monges budistas preocupados com a autodefesa. Esses religiosos desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força excessiva e de armas.

    Conforme Franchini, Takito e Pereira (2003), as alavancas mecânicas possibilitam que um indivíduo que possua menor nível de força muscular possa derrotar um adversário com níveis mais altos dessa qualidade física, porém que detenha menores níveis de habilidade nas execuções das técnicas.

    O livro a “Bíblia Sagrada” (Coletânea de Autores, 2010) chama a relação homossexual de "paixões infames", não pode haver qualquer tipo de amor na prática homossexual, valendo ressaltar que esse Livro Sagrado para os evangélicos condena todo tipo de relacionamento homossexual, seja masculino ou feminino (Romanos 1:26-27). Segundo ainda o Livro, (Levítico 18:22), para Deus a prática homossexual é abominação, pecado. Em 1ª Coríntios 6:10 está escrito: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os afeminados, nem os sodomitas [habitantes de Sodoma que praticavam sexo anal entre homossexuais, cuja relação era considerada perversão sexual], nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”.

    Embora seja um assunto complexo e polêmico, a homossexualidade precisa ser abordada com intuito de mostrar que todos são iguais perante a lei, não havendo nenhum tipo de distinção como é citado na declaração dos direitos humanos da Organização das Nações Unidas – ONU (1948), “Art. 2º - Todas as pessoas nascem livres e iguais, não podendo haver distinção de raça, cor, sexo, religião, opinião política e origem nacional ou social.”.

Jiu-Jitsu Brasileiro

    As lutas fazem parte da cultura corporal do movimento humano. Sempre fizeram parte do homem. Dentro de toda ação de defesa, contra uma fera ou um inimigo, ou de ataque, como a caça ou o combate na guerra, usando o corpo ou armas, está presente a luta, de forma organizada como as modalidades conhecidas, ou instintiva, emanada da necessidade do ser humano em proteger o seu próprio corpo. Enquanto a luta aplica-se em qualquer situação onde haja combate, as artes marciais [marcial é relativo a militar] são mais específicas: As artes marciais são sistemas codificados de estilos de luta ou treinamento, em combates armados ou não, sem o uso de armas modernas, como às de fogo. (LANÇANOVA, J. E. S., 2006, p. 11).

    Segundo a CBJJ, com a expansão do budismo, o jiu-jitsu percorreu o sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde se desenvolveu e se popularizou. A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.

    Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua equipe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915, residindo em Belém do Pará, no ano seguinte conheceu Gastão Gracie, pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres. Gastão se tornou um entusiasta pelo jiu-jitsu, levando seu filho mais velho, Carlos Gracie, para aprender a luta com Koma.

    Aos 15 anos de idade Carlos encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19 se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925 voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão Jr para assessorá-lo, assumiu a criação dos menores: George Gracie, com 14 anos e Hélio Gracie, com 12 anos.

    Desde então Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina, característica de sua família. Também lhes transmitiu sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a “Dieta Gracie”, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.

    De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.

    Enfrentando adversários 20 a 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e a dos Gracie, aprimoramento da luta no chão e golpes de finalização.

    Ao ressignificar as técnicas internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o próprio Japão.

    As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e de deslealdade. Podem ser citados como exemplos de lutas desde as brincadeiras de cabo-de-guerra e braço-de-ferro até as práticas mais complexas da capoeira, do judô e do caratê (BRASIL, 1998, p. 70).

    Antônio Rodrigo Nogueira, popularmente conhecido como “Minotauro”, ídolo brasileiro de MMA (Mixed Martial Arts), especialista em jiu-jitsu, em entrevista à Revista Trip, publicada online no dia 19 de agosto de 2011, respondeu ao repórter Ricardo Calil: “Não tenho preconceito com gays, mas eu não treinaria com um gay. Eu não tenho maldade, não acho aquele contato físico sexual. Mas vai que ele tem essa maldade de ter um contato físico comigo, de ficar ali agarrado... Eu não teria problema nenhum de ter um aluno gay na minha academia, mas preferiria não treinar com ele”.

    Porém, no meio acadêmico, aprendemos que a Educação Física deve ser uma prática de atividades também de intervenção social, sendo as lutas conteúdo dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física. Mestres de qualquer arte marcial, sobretudo os profissionais de Educação Física, tornam-se co-responsáveis e mediadores na construção de novos saberes e sujeitos, formando cidadãos mais tolerantes para a vida.

    A Educação Física Escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. (BRASIL, 1998, p. 29).

Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra

    As igrejas protestantes de acordo com a Revista Online Abril, surgiram a partir do inconformismo do padre alemão Martinho Lutero (1483-1546) em aceitar algumas práticas da Igreja Católica. Lutero atacava duramente a venda de indulgências, ou seja, a obtenção de perdão para um determinado pecado em troca de dinheiro. No dia 31 de outubro de 1517 Lutero pregou na porta de uma igreja de Wittenberg, na Alemanha, um manifesto com 95 teses em que atacava não só a venda de indulgências, como também outros procedimentos da Igreja Católica, como a negociação de cargos eclesiásticos. O papa Leão X exigiu uma retratação do padre, ameaçando condená-lo por heresia. Todavia, Lutero não voltou atrás e rompeu com a Igreja Católica, dando início à chamada “Reforma Protestante”, movimento que se espalhou pela Europa, impulsionado pela maior flexibilidade religiosa que oferecia.

    Os inimigos dos reformistas passaram a se referir a seus seguidores como "luteranos". Estes, por sua vez, preferiam ser chamados de "evangélicos", termo hoje muito usado para se referir aos fiéis das igrejas protestantes.

    A Comunidade Sara Nossa Terra é uma Igreja Evangélica neopentecostal, nasceu em Brasília/DF, em fevereiro de 1992, que movida, segundo o site oficial da própria congregação, por uma palavra profética de Deus e pela visão de “Sarar nossa Terra”. Seus fundadores, bispos Robson Lemos Rodovalho e Maria Lúcia Rodovalho, acreditam que a missão da igreja é fazer de cada pessoa um cristão, de cada cristão um discípulo, formar líderes, multiplicando a pregação do Evangelho através da abertura de novas igrejas.

    O nome da igreja veio de uma revelação recebida pelo bispo, baseada na passagem bíblica, 2ª Crônicas 7:14: “Se o meu povo, que me chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar […], então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”.

    Em relação às práticas homossexuais, Magalhães (2008) relata: para cada parte do corpo humano, cada órgão, tem a sua função e é preciso saber respeitar a ordem natural. Quem valoriza o matrimônio e considera a origem sagrada da família não é homofóbico, mas sim teófilo (palavra grega que significa amigo de Deus). A homossexualidade pressupõe práticas que quebram as leis estabelecidas por Deus. Na natureza, a reprodução pode ser assexuada ou sexuada, mas jamais homossexual.

O Projeto “Lutadores para Cristo” (LPC)

    O LpC é um ministério realizado na Comunidade Sara Nossa Terra de Bangu, aos sábados, a partir das 14h até às 17h. Esse projeto gratuito, aberto a todo o público, é de cunho evangelístico, onde são ensinadas-aprendidas técnicas de jiu-jitsu brasileiro e ministrações da palavra do seu Deus. Fundado em 20 de outubro de 2011 por Cristiano Carlos dos Santos, um dos membros da própria igreja, tem o intuito de, além de ensinar a arte marcial e sua filosofia, atrair novas pessoas para a “casa de Deus”, assim como fortalecer a fé dos membros praticantes do esporte. Os alunos que treinam a “arte suave”, também aprendem um pouco dos ensinamentos das “Escrituras Sagradas” (Bíblia dos Evangélicos). Dessa forma, o fundador do Projeto LpC cumpre um dos mandamentos do seu Deus, apresentar o evangelho às pessoas.

Homossexualidade e homofobia

    Em dezembro 1973 a Associação Psiquiátrica Americana (APA), aprovou a retirada da homossexualidade da lista de doenças mentais. Em 1985 o Conselho Federal de Medicina do Brasil (CFM) retirou a homossexualidade da condição de desvio sexual. Na década de noventa, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), onde são identificados por códigos todos os distúrbios mentais, servindo de orientador para a classe médica, principalmente para os psiquiatras, também retirou a homossexualidade da condição de distúrbio mental. Em 1993, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou o termo homossexualismo (que reforça uma concepção de doença) e adota o termo homossexualidade (que designa modo de ser). Em 1995, na última versão da Classificação Internacional das Doenças (CID), o termo homossexualismo deixou de constar nos diagnósticos (MIRANDA, 2006, p. 7-8).

    O homossexualismo, atualmente chamado de homossexualidade é apenas uma expressão natural da sexualidade humana, e tudo que se disser ao contrario é uma afronta aos direitos humanos universais. Ela [homossexualidade] não é uma doença, não é uma perversão e muito menos um pecado (VIANA, 2006, p. 15).

    Ana Lúcia Santana no site InfoEscola (2007), publica que o termo homofobia foi empregado inicialmente em 1971, pelo psicólogo George Weinberg. Esta palavra, de origem grega, remete a um medo irracional do homossexualismo, com uma conotação profunda de repulsa, total aversão, mesmo sem motivo aparente. Trata-se de uma questão enraizada ao racismo e a todo tipo de preconceito. Este medo passa pelo problema da identificação grupal, ou seja, os homófobos conformam suas crenças às da maioria e se opõem radicalmente aos que não se alinham com esses papéis tradicionais que eles desempenham na sociedade, ainda que apenas na aparência.

    Atualmente tramita no Senado Federal o Projeto de Lei da Câmara nº 122, 2006 (PLC 122), que altera a Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, como: Art. 1º - Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero; Art. 5º - Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência [de homossexuais] em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público - Pena de reclusão de um a três anos; Art. 6º - Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir [homossexuais] em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional - Pena de reclusão de três a cinco anos; “Art. 8ºA - Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das características previstas no Art. 1º desta Lei: Pena de reclusão de dois a cinco anos.”; “Art. 8ºB - Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs – Pena de reclusão de dois a cinco anos.”.

Metodologia

    O presente estudo se baseia em um modelo experimental com delineamento ex-post facto, expressão latina com significado “a partir do fato passado”. (GIL, A. C. 2008, p. 49). Conforme o mesmo autor (2008), a pesquisa experimental caracteriza-se por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Procura-se interferir na realidade, manipulando-se a variável independente a fim de observar o que acontece com a dependente. Portanto, a pesquisa experimental pretende dizer de que modo ou por que causas o fenômeno é produzido.

    Com o intuito de mensurar o nível de homofobia dos lutadores evangélicos de jiu-jitsu brasileiro, assim como investigar possíveis discriminações e preconceitos refletidos nas aulas de artes marciais entre lutadores e homossexuais, com opiniões e valores divergentes, efetuaram-se duas pesquisas descritivas delineantes fechadas de campo, que de acordo com Thomas e Nelson (2002) objetivam descrever uma determinada situação em uma determinada circunstância. Uma com nove questões (protocolo adaptado da matéria “Para aferir o seu grau de homofobia”, hospedado no site http://sinusitecronica.blogs.sapo.pt/2009/02/, publicado domingo dia 22 de fevereiro de 2009 por Alexandre Borges às 01h 15min) e a outra com duas citações que contextualizam a homofobia, com duas fotos de beijos homossexuais de gêneros distintos e com uma questão (protocolo adaptado do fórum Yahoo, hospedado em http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100619192531AAsUoEb, que após visualizar uma foto que tem como manchete: “Beijo gay em outdoor causa polêmica em São Paulo”, disponível em http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI909190-EI306,00.html, publicada na quarta-feira do dia 08 de março de 2006 pela redação do Jornal Online Notícias Terra às 09h 49min, no qual se deveria responder uma única pergunta: “Você é homofóbico? Sim ou Não”).

    As pesquisas foram aplicadas em N=10 (07 do gênero masculino e 03 do gênero feminino, com idade entre 12 a 44 anos) lutadores de jiu-jitsu brasileiro da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Projeto “Lutadores para Cristo”, sendo a primeira pesquisa realizada no dia 02/06/2012, sem quaisquer interferências dos pesquisadores, na própria Congregação dos lutadores, situada na Rua Boiobi, nº 12, Bangu, Rio de Janeiro/RJ, CEP: 21820-190. Já a segunda pesquisa, pós-intervenção, aplicada aos mesmos dez lutadores, foi realizada no dia 06/06/2012 na Instituição de Ensino Superior, Universidade Castelo Branco (UCB), sala de lutas, situada na Avenida Santa Cruz, nº 1631, Realengo - Rio de Janeiro/RJ, CEP: 21710-250.

    Todas as duas pesquisas se basearam em quatro níveis de homofobias: 1- não homofóbicos; 2- homofóbicos leves; 3- homofóbicos moderados; e 4- homofóbicos ao extremo. Funcionando do seguinte modo: respostas letra A (não homofóbicos); respostas letra B (homofóbicos leves); respostas letra C (homofóbicos moderados); e respostas letra D (homofóbicos ao extremo).

    A intervenção se deu em duas etapas consecutivas. 1ª etapa: recepção e acolhimento de todos; oração de evocação ao Deus dos evangélicos; “aulão” de jiu-jitsu brasileiro entre os alunos do Projeto LpC e o público presente; cântico de louvor ao mesmo Deus; apresentação de dois homossexuais de gêneros distintos, sem aparentes estereótipos, os quais explicaram sobre suas preferências e opções sexuais; apresentação de quatro vídeos com imagens impactantes contra a discriminação e o preconceito homofóbico, hospedados no site YouTube, (Comercial Rio sem Homofobia; Câmera registra o momento exato da agressão dos sociopatas aos jovens na Avenida Paulista; Campanha de enfrentamento à homofobia; e Homofobia mata e o silêncio também!).

    2ª etapa: leitura de versículos bíblicos que reportam o amor de Deus por todos, como: "O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados." (Provérbios 10:12); "E ainda que tivesse o dom de profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência e, ainda, que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes e não tivesse amor, nada seria." (1ª Coríntios 13:2); "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16); leitura das legislações que punem a segregação contra os homossexuais, Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989; Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho – CLT); e, ainda, Projeto de Lei da Câmara nº 122, de 2006 (PLC 122), em fase de tramitação no Senado Federal, Comissão de Direitos Humanos do Senado Nacional, que visa mudanças nas legislações mencionadas anteriormente, assim como, a criação de novas Leis para que haja mais rigor punitivo nos atos de caráter homofóbicos; por fim, aplicação da segunda pesquisa e, na medida do possível, a confraternização mútua.

Resultados

Primeira amostra

  1. Quando me refiro aos homossexuais chamo-lhes de:

    1. Homossexuais.

    2. “Bichinhas”, mas é brincadeira, até tenho amigos que são homossexuais e eles não se chateiam quando os chamo assim; são uns queridos, todos por igual.

    3. “Baitolas”.

    4. “Anda aqui fofinho”, ou então, “sai daqui, fufu”.

  1. Um homossexual é:

    1. Um ser com os mesmos direitos que os cidadãos normais, menos o de se casar com alguém do mesmo sexo.

    2. Gente de quem eu até sou amigo, porém tenho de reconhecer que são promíscuos, gostam de usar fardas, depilam as pernas, não gostam de futebol, não bebem cerveja, só vinho francês, têm a mania de ser sensíveis, veem documentários coreanos e passam a vida a tentar ter sexo com adolescentes ou halterofilistas em casas de banho públicas.

    3. Provavelmente inflamável; mas para ter a certeza nada melhor que regá-lo com gasolina e a seguir acender um fósforo.

    4. Certamente meu amigo e possivelmente meu amante ou ex-amante.

  1. O que mais me irrita na homossexualidade é:

    1. Querem destruir a família tradicional; se não fosse a família tradicional como é que pessoas como eu teriam sexo sem pagar?

    2. Aqueles gestos afeminados, os gritinhos, as plumas, o disco-sound, as camisas vermelhas acetinadas, a mania das saladas de rúcula; mas gosto deles e até tenho amigos que são homossexuais.

    3. Ainda não estarem todos mortos.

    4. Serem tantos que não terei tempo para fazer amor com todos.

  1. Em termos antropológicos, a homossexualidade é:

    1. Um desvio da norma da natureza, que atribui primordialmente ao sexo uma função reprodutora; aliás, eu e os meus amigos achamos que só deveriam ter sexo quem estivesse disposto a sustentar uma criança.

    2. Uma escolha; só que aqueles e aquelas que escolhem ser homossexuais são gente mal informada, coitadinhos, porque não frequentam a Igreja.

    3. Uma doença, foda-se; há dúvidas?

    4. Fofinha.

  1. Os defensores da legalização do casamento gay são:

    1. De esquerda.

    2. Homossexuais.

    3. Alvos a abater.

    4. Sexys.

  1. O casamento homossexual devia ser legalizado:

    1. Errado, porque destrói a base da família tradicional.

    2. Errado, porque se cedemos quanto ao casamento, qualquer dia eles poderão andar por aí na rua aos beijos, o que é nojento.

    3. Errado; porém, se fosse legalizado o casamento homossexual seria uma ótima oportunidade para matá-los.

    4. Certo, porque um casamento é uma chance como outra qualquer.

  1. Se o casamento gay for legalizado:

    1. As nossas criancinhas tornam-se todas gays, e a humanidade acaba.

    2. Os homossexuais vão obrigar toda a gente a depilar as pernas, e vamos ter de ouvir a música “Village People” 24 horas por dia em alto-falantes.

    3. Emigro para outro país.

    4. Caso-me; só não sei se com o Antônio, com o Joaquim ou com o Manoel.

  1. Para mim os homossexuais:

    1. Continuavam a exercer as suas práticas em segredo, enquanto publicamente se portavam como gente normal, e já não havia chatices.

    2. Frequentavam workshops de heterossexualidade para aprenderem a serem pessoas normais, porque eles também são gente, coitadinhos.

    3. Eram crucificados no pelourinho.

    4. Por mim podiam fazer o que quisessem.

  1. Se seu filho fosse homossexual você:

    1. Aceitaria sem problema nenhum.

    2. Daria uma coça.

    3. Não aceitaria, mas o amaria normalmente.

    4. Fingiria que não sabia de nada.

Segunda amostra

    Conforme Pocahy (2007), a homofobia se refere a todas as formas de desqualificação e violência dirigidas aos que não correspondem ao ideal normalizado de sexualidade [a heterossexualidade].

    De acordo com Borrillo (2000), a homofobia é uma manifestação cruel e arbitrária que consiste em designar o outro como o contrário, inferior ou anormal, referindo-se a um pré-julgamento e ignorância que consistem em acreditar na supremacia da heterossexualidade.

1.     Marque com um “X” a sua opinião em relação às fotos acima:

  1. Ah normal, a vida é deles, por mim tanto faz!

  2. Nojento, mas se eu me esforçar teria amigos homossexuais.

  3. Ridículos, sem noção. Falta de respeito e vergonha na cara!

  4. Abomináveis, doentes, gays do inferno! Essa prática precisa ser banida o mais rápido possível.

  • BORRILLO, Daniel. Homofobia – História e crítica de um preconceito. Traduzido por Guilherme João de Freitas Teixeira. São Paulo: Autêntica, 2000.

  • POCAHY, Fernando. Um mundo de injúrias e outras violações. Reflexões sobre a violência heterossexista e homofóbica a partir da experiência do CRDH Rompa o silêncio. In: POCAHY, Fernando (Org.). Rompendo o silêncio: Homofobia e heterossexismo na sociedade contemporânea. Políticas, teoria e atuação. Porto Alegre: Nuantes, 2007.

Discussões

    Dentre os graus verificados, aquele que obteve o maior percentual na primeira amostra (ex facto) foi o de Não Homofóbicos, 50%, porém na segunda amostra (post facto) o que obteve o maior percentual, também 50%, foi o de Homofóbicos Moderados. Houve uma diferença bastante significativa entre os resultados dos dois Gráficos, ou seja, o Grau de Homofóbicos Moderados de 14% resultante do Gráfico 01 aumentou para 50% no Gráfico 02, consequentemente o Grau de Não Homofóbicos de 50% no Gráfico 01 diminuiu para 20% no Gráfico 02.

    A partir dessa análise, constamos que os lutadores evangélicos de jiu-jitsu brasileiro dentro do seu convívio social cotidiano, distantes daqueles com opções sexuais opostas às suas regras e valores de comportamentos morais, apresentam respostas politicamente corretas e tolerantes à homossexualidade. Entretanto, quando esses mesmos lutadores diante dos homossexuais e, ainda, quando se deparam com imagens contrárias aos seus princípios ideológicos, como: a cultura de sua modalidade desportiva, potencializada pelas tradições evangélicas, demostram toda a sua aversão e repulsa interiorizada acerca das práticas homossexuais.

    Para que haja o respeito mútuo é preciso nos despir das “armaduras” da discriminação e do preconceito, a fim de que possamos ser mais tolerantes frente às diversidades, sejam elas por convicções, opções individuais ou socioculturais. (DELLA CORTE, J. 2011, p. 40).

    Em suma, a maioria dos lutadores em questão é Homofóbico Moderado, porém conseguem suportá-los, para eles os homossexuais têm o direito de fazer o que quiserem, desde que esses não manifestem suas emoções, pertinentes as suas opções sexuais, próximas dos heterossexuais.

    Ressaltamos que futuros estudos a serem realizados com ênfase na mesma temática deste artigo, abrangendo mais sujeitos, gêneros, faixas etárias variadas e circunstâncias distintas, podem contribuir para uma maior gama de informações sobre os assuntos aqui abordados.

Conclusão

    Após a mensuração das amostras, cabe-nos refletir para que possamos melhor nos adequar a evolução de nossa sociedade, onde não há mais espaços para quaisquer formas de discriminação e preconceito. O profissional de Educação Física precisa estar em permanente e contínuo aprendizado, preparando-se para enfrentar a pluralidade cultural que irá encontrar na vida e no mercado de trabalho, não permitindo que nenhum dos seus alunos se sinta inapto ou excluído para praticarem quaisquer formas de atividades físicas, sejam elas lutas ou não. Contudo, devemos respeitar a particularidade de cada ser humano, analisando a aptidão física dos indivíduos. A prática da Educação Física ajuda aos alunos obterem um autoconhecimento corporal, regular seus esforços e limitações e, ainda, intensificar suas habilidades, sobretudo, contribuir na formação de futuros cidadãos criativos, participativos e reflexivos.

    O professor por meio do alto-astral e a sensação de prazer que a Educação Física pode proporcionar aos seus alunos deve construir a educação para a cidadania, criar um ambiente onde alunos e professor debatem suas realidades e partam em busca da reconstrução constante do ser, utilizando a produção da cultura do movimento corporal sociocultural como ponto de partida para futuras discussões.

    O profissional de Educação Física além de fazer com que sua disciplina seja algo satisfatório, com atividades saudáveis que visam à melhora na qualidade de vida, trazendo benefícios ao corpo e à mente, precisa encontrar alternativas pedagógicas, aproveitando a produção da cultura corporal, para aguçar a inclusão do aluno na construção de um conhecimento que o permita compreender e transformar a realidade, trabalhando conceitos sobre ética, solidariedade, igualdade de direitos, sexualidade, tolerância, respeito, pluralidade, integração social entre outros.

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