Estilo de vida, estado nutricional e nível de atividade física de adolescentes do 1° ano do ensino médio de uma escola profissionalizante de São Miguel do Oeste, SC Estilo de vida, estado nutricional y nivel de actividad física de adolescentes del primer año de secundaria de una escuela de formación profesional de Sao Miguel do Oeste, SC |
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*Acadêmico do curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC, campus de São Miguel do Oeste, SC **Mestre em Ciência do Movimento Humano pela Universidade Federal de Santa Maria Professora e coordenadora do curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC, campus de São Miguel do Oeste |
Diego Souza Lezonier* Andréa Jaqueline Prates Ribeiro** educacaofisica.smo@unoesc.edu.br (Brasil) |
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Resumo Este estudo procurou analisar o estilo de vida, o estado nutricional e o nível de atividade física de adolescentes do 1° ano do ensino médio de uma escola profissionalizante de São Miguel do Oeste, SC, com vistas à posterior intervenção junto às turmas, com foco nos componentes atividade física e nutrição. A amostra foi selecionada de forma intencional e constituída por 53 adolescentes (30 meninos e 23 meninas) regularmente matriculados na 1ª série do ensino médio de uma escola profissionalizante. As duas turmas estudadas apresentaram um resultado muito similar, ou seja, um estilo de vida com tendência à positividade. Especificamente, em relação ao componente atividade física, este apresentou-se positivo, e para nutrição, com tendência a negatividade. Já o nível de atividade física foi moderado e os hábitos alimentares apresentaram consumo excessivo. Após a aplicação dos questionários, realizou-se uma intervenção junto às turmas, nas aulas de Educação Física, utilizando-se de atividades práticas e teóricas relacionadas especificamente aos componentes atividade física e nutrição. Ao final da intervenção, os alunos refletiram sobre as atividades e sobre tudo o que foi exposto e debatido, e realizaram uma auto-análise, respondendo se houve ou não alguma modificação em sua rotina, com relação aos temas propostos no presente estudo. O resultado foi uma melhora em ambas as turmas, tanto no componente atividade física quanto nutrição. Este estudo demonstra como trabalhos de conscientização sobre o estilo de vida, voltados para o público adolescente, podem ser representativos para os mesmos, e que as aulas de educação física podem ser um ótimo espaço para isso. Sugere-se que mais pesquisas sejam feitas neste sentido, bem como projetos em aulas de Educação Física que valorizem a busca por um estilo de vida saudável, em um processo gradativo de conscientização geral em prol da saúde e qualidade de vida. Unitermos: Saúde. Estilo de vida. Atividade física. Nutrição.
Abstract This study sought to examine the lifestyle, nutritional status and physical activity level of adolescents of the 1st year of high school to a vocational school in Sao Miguel do Oeste, SC, with a view to further intervention among the groups, with focus on physical activity and nutrition components. The sample was intentionally selected and consisted of 53 adolescents (30 boys and 23 girls) enrolled in first grade of high school in a vocational school. The two groups studied had a very similar result, being a lifestyle with a tendency toward positivity. Specifically, in relation to physical activity component, this was positive, and nutrition, with a tendency toward negativity. The level of physical activity was moderate and dietary habits showed excessive consumption. After the questionnaires, there was an intervention with their classes in physical education classes, using the theoretical and practical activities related specifically to physical activity and nutrition components. At the end of the intervention, students reflected on the activities and everything that has been exposed and debated, and did a self-analysis, answering whether or not there was any change in his routine on the issues proposed in this study. The result was an improvement in both groups, both in physical activity and nutrition component. This study demonstrates how to work to raise awareness about lifestyle, aimed at teenagers, may be representative for them, and that physical education classes can be a great place for it. It is suggested that more research is done in this as well as projects in physical education classes that enhance the search for a healthy lifestyle, in a gradual process of general awareness for health and quality of life. Keywords: Health. Lifestyle. Physical activity. Nutrition.
Trabalho de conclusão de Curso.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 170 - Julio de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
As transformações pelas quais a sociedade passou e passa atualmente está modificando o estilo de vida das populações em geral e trazendo como conseqüências uma gama de situações novas com as quais está se tendo que lidar. A crescente industrialização, as facilidades que os aparelhos eletro-eletrônicos trouxeram à vida laboral e doméstica e questões mesmo sociais, como a violência, estão tornando as pessoas cada vez mais sedentárias. Todo esse crescimento a nível infra-estrutural ocasionou em um distanciamento do homem de seus hábitos naturais. O reflexo, porém, é que este modo de viver tem prejudicado muito a qualidade de vida da população.
Assim, todas as pessoas estão sujeitas a esses efeitos e sintomas. Parece não haver diferenças entre faixas etárias quando o assunto é mudança do estilo de vida. Todos parecem ser afetados de alguma forma. Os adolescentes não são diferentes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) (apud OUTEIRAL, 1994) considera a adolescência como sendo constituída de duas fases: a primeira, dos dez aos dezesseis anos e a segunda, dos dezesseis aos vinte anos, incluindo aí mudanças profundas nas áreas físicas, psicológicas e sociais dos adolescentes. E é nessa fase que diversos aspectos da vida da pessoa se formam, muitas vezes direcionando o que serão no futuro. É nesse sentido que falam Matsudo e outros (2003). Esses autores questionam o porquê de se promover a atividade física em crianças e adolescentes. Como resposta, as questões mais comumente apontadas são:
Para promover o bem-estar físico e psicológico durante a adolescência;
Para promover a atividade física e assim melhorar a saúde e aumentar a probabilidade de o indivíduo continuar ativo no futuro, na idade adulta.
Os autores ainda afirmam que embora não haja estudos que comprovem que uma criança/adolescente ativo irá resultar em um adulto ativo, a prevenção a estilos de vida sedentários na infância é melhor do que tentar revertê-los na vida adulta.
Entretanto, cada vez mais os adolescentes estão sendo afetados por essa onda sedentária, adquirindo hábitos nem um pouco saudáveis à sua saúde e modificando um estilo de vida que teria tudo para ser ativo e benéfico. Vieira e outros (2002), em pesquisa com adolescentes universitários, descobriram que considerável parcela dos indivíduos estudados possuía inadequação na composição corporal e no comportamento alimentar, além de outros fatores de risco à saúde, como o consumo de álcool e a inatividade física. Já Guedes e outros (2001) pesquisaram adolescentes entre 15 e 18 anos, tendo como resultado que 97% das moças e 74% dos rapazes não atendiam às recomendações quanto à atividade física que possa causar impacto satisfatório na saúde, revelando uma elevada incidência de sedentarismo nessa população.
Pesquisas no ambiente escolar são fundamentais, uma vez que crianças bem informadas em relação a aspectos relacionados à saúde tendem a um estilo de vida mais saudável, pois discutem sobre essas questões com seus grupos de convivência, seja na própria escola, em ambientes de lazer ou mesmo com seus familiares. Com isso acabam por conseguir levar informações a um número considerável de pessoas, as quais, muitas vezes, alteram seus hábitos de vida.
Por tudo isso, se torna cada vez mais relevante que se tenha um conhecimento mais aprofundado da situação em que se encontram os adolescentes, principalmente em aspectos importantes como hábitos alimentares, nível de atividade física e estilo de vida, para que se possam criar ações intervencionistas mais corretas em busca de melhorar a qualidade de vida dessa população.
Com base nisso, este estudo procurou analisar o estilo de vida, o estado nutricional e o nível de atividade física de adolescentes do 1° ano do ensino médio de uma escola profissionalizante de São Miguel do Oeste, SC, com vistas à posterior intervenção junto às turmas, com foco nos componentes atividade física e nutrição.
2. Materiais e métodos
População e amostra
A população foi constituída de adolescentes de 15 a 17 anos residentes no município de São Miguel do Oeste, SC e regularmente matriculados na 1ª série do ensino médio de uma escola profissionalizante. A amostra foi selecionada de forma intencional e constituída por 53 adolescentes (30. meninos e 23 meninas) de 15 a 17 anos, residentes no município de São Miguel do Oeste, SC, regularmente matriculados na 1ª série do ensino médio de uma escola profissionalizante.
O critério de inclusão foi a entrega do TCLE assinado, sendo que os que não entregaram foram excluídos da pesquisa.
Questionários
Para avaliação do estilo de vida dos adolescentes foi utilizado o questionário Perfil do Estilo de Vida Individual – adolescentes, de Nahas, Barros e Francalacci (2000).
Para avaliação do nível de atividade física foi utilizado o IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física), validado para adolescentes por Guedes, Lopes e Guedes (2005).
Para avaliação do estado nutricional foi utilizado o Questionário simplificado para avaliação em adolescentes do consumo de alimentos marcadores de risco cardiovascular, de Chiara e Siquieri (2001).
Coleta dos dados
Primeiramente a pesquisa foi encaminhada e aprovada pelo CEP (Comitê de Ética em Pesquisa), CAAE - 0105.0.151.000-10. Em seguida, foi feito contato com a escola, informando a natureza e propósito do trabalho e solicitando autorização para realização do mesmo. Na seqüência, foram encaminhados, para o professor de Educação Física da escola, o Termo Livre e Esclarecido – TCLE, para que esse encaminhasse aos pais ou responsáveis, solicitando a assinatura do documento, autorizando a participação dos adolescentes no presente estudo e a utilização dos dados obtidos para veiculação do conhecimento nos meios de divulgação científica devidamente reconhecidos, sem que este ato pudesse submeter o avaliado a qualquer tipo de constrangimento ou prejuízo de qualquer ordem. Para a coleta de dados, a equipe (professor orientador e pesquisador) deslocou-se à escola profissionalizante do município de São Miguel do Oeste, SC, conforme agendamento feito previamente, e avaliou todos os estudantes que estiveram presentes na mesma no dia da coleta e que entregarem o TCLE assinado.
Após a intervenção, os questionários (Perfil do Estilo de Vida Individual – adolescentes; IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física); Questionário simplificado para avaliação em adolescentes do consumo do consumo de alimentos marcadores de risco cardiovascular) foram retornados aos alunos com as respostas que os mesmos deram no 1° dia de aula, para que refletissem e dissertassem sobre possíveis alterações ocorridas em virtude da intervenção. Salienta-se que as respostas aconteceram de forma descritiva e individualizada.
Análise dos dados
Utilizou-se a estatística descritiva (distribuição de freqüência e moda) para análise dos dados dos questionários antes da intervenção. A análise de conteúdo foi utilizada para as respostas dadas, após a intervenção, para se verificar as alterações ocorridas em função da mesma.
3. Resultados
Seguindo o planejamento, foi realizada com os alunos das duas turmas de 1° ano a aplicação dos questionários a respeito do estilo de vida, do nível de atividade física e do estado nutricional. Quanto ao estilo de vida, cada ponta do pentáculo representa um dos componentes pesquisados (nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamentos e controle de stress). As letras remetem as perguntas do questionário, e de acordo com as respostas, o pentáculo é colorido, Desta forma, quanto mais colorido está o componente, melhor este componente está em relação ao estilo de vida. O questionário do nível de atividade física classifica os alunos em três níveis, de acordo com as respostas: baixo, moderado e alto. Já o questionário relacionado aos hábitos alimentares distingue três estágios: consumo adequado, consumo elevado e consumo excessivo. A seguir são apresentados os resultados da avaliação, ocorrendo a divisão em relação às duas turmas:
1° Ano - A
Figura 01. Apresentação do Estilo de vida dos alunos do 1° ano – A.
Fonte: O autor (2010)
Figura 02. Apresentação do nível de atividade física dos alunos do 1° ano - A.
Fonte: O autor (2010)
Figura 03. Apresentação do consumo alimentar dos alunos do 1° ano – A
Fonte: O autor (2010)
Observando a figura 01, pode-se notar que a nutrição encontra-se com tendência à negatividade, assim como o componente controle do stress. Já atividade física, comportamento preventivo e relacionamentos apresentam-se positivos.
Quanto a figura 02, sobre nível de atividade física, vê-se que os alunos se encontram em sua maioria em um estágio moderado de nível de atividade física, seguidos pelos estágios alto e baixo.
Já analisando a figura 03, nota-se que a maioria absoluta (22 de 24 alunos) apresenta um consumo excessivo no que se refere aos hábitos alimentares.
1° Ano B
Figura 04. Apresentação do Estilo de vida dos alunos do 1° ano – B.
Fonte: O autor (2010).
Figura 05. Apresentação do nível de atividade física dos alunos do 1° ano - B.
Fonte: O autor (2010)
Figura 06. Apresentação do consumo alimentar dos alunos do 1° ano – B
Fonte: O autor (2010)
Observando a figura 04, percebe-se que os componentes nível de atividade física, comportamento preventivo e relacionamentos encontram-se positivos. Em contrapartida, os componentes nutrição e controle do stress apresentam-se com tendência à negatividade.
A figura 05 mostra que o nível de atividade física predominante é o moderado, enquanto que na figura 06 nota-se o predomínio do nível consumo excessivo entre os alunos.
4. Discussão
Fica evidenciada, observando-se os resultados apresentados acima, uma tendência semelhante nas duas turmas. Ambas apresentaram, em síntese, um quadro muito parecido. No estilo de vida, apresentaram-se positivos no que se refere a comportamento preventivo e relacionamentos, mas uma tendência à negatividade no controle do stress. Focando mais no que era o objetivo do trabalho, percebe-se uma paridade também nos outros dois componentes: atividade física e nutrição.
A atividade física foi analisada por dois questionários. O questionário do estilo de vida apresentou para atividade física um perfil positivo nas duas turmas. Em contrapartida, quando se observa o IPAQ, questionário que avalia o nível de atividade física e, portanto, mais específico para este componente, o resultado que prevaleceu foi o nível moderado. Para Guedes et. al. (2001), níveis de prática de atividade física habitual em segmentos da população jovem têm-se tornado importante tema de interesse e preocupação constante entre especialistas da área, em razão de sua estreita associação com aspectos relacionados à saúde. Os autores, em seu trabalho, relataram que a maioria dos adolescentes (97% das moças e 74% dos rapazes) não atendiam às recomendações quanto à prática de atividade física que pudesse alcançar impacto satisfatório à saúde. A mesma tendência apareceu no estudo de Braggion, Matsudo e Matsudo (2000). A respeito disso, Matsudo et. al. (1998) discorre sobre a importância das aulas de Educação Física, onde através destas, os alunos podem começar a perceber a atividade física regular ou vigorosa como parte normal de suas vidas. Nesse contexto, a importância da atividade física na infância e na adolescência como hábito de vida tem sido embasada cientificamente por Glenmark et.al. (1994, apud MATSUDO et.al., 1998), pelo fato de que a potência aeróbia, a performance neuromotora e de corrida, a atividade física e os resultados da Educação Física aos 16 anos de idade explicam 82 % do nível de atividade física na fase adulta para mulher e 47 % para o homem.
Já quanto à Nutrição, o resultado de tendência à negatividade para as duas turmas no questionário sobre estilo de vida veio apenas a ser ratificado no questionário que avaliava riscos cardiovasculares em relação a ingestão alimentar, o qual apresentou consumo excessivo. Em trabalho desenvolvido por Andrade, Pereira e Sichieri (2003), observou-se entre os adolescentes consumo inferior ao mínimo entre os grupos de alimentos recomendados, sendo que por outro lado apresentaram um consumo elevado de alimentos de alta densidade energética. Quanto a esta questão alimentar, algo presente em muitos estudos é a relação com a televisão (ALMEIDA; NASCIMENTO E QUAIOTI, 2002; BRAGGION; MATSUDO; MATSUDO, 2000; FIATES; AMBONI; TEIXEIRA, 2008; FONSECA; SICHIERI; VEIGA, 1998; FRUTUOSO, BISMARCK-NASR; GAMBARDELLA, 2003; MORAES et. al., 2006). Citando outros estudos (GORDON-LARSEN, P.; MCMURRAY, R.G., POPKIN, B.M., 1999; KLESGES, R.; SHELTON, M.; KLESGES, L., 1993), GUEDES e outros (2001) acrescentam que um tempo excessivo em frente da TV contribui para que os jovens adotem comportamentos indesejáveis, reduzindo a prática de atividades que envolvam maior participação física, além de propiciar um consumo excessivo de produtos açucarados e de maior aporte calórico, o que favorece a aquisição de hábitos alimentares direcionados ao desenvolvimento da obesidade
Intervenção
Conforme planejado, com base nos resultados conseguidos através da aplicação dos questionários, procurou-se realizar uma intervenção junto às turmas, de modo que se trabalhassem questões referentes ao que era foco deste estudo, os componentes atividade física e nutrição.
As atividades foram realizadas nas aulas de Educação Física, em momentos específicos e variados, sendo que as vezes tomava uma parte da aula, e por vezes se utilizava do tempo integral. De todo modo, a intervenção foi feita de forma a não prejudicar o planejamento do professor titular.
Procurou-se utilizar de diversas estratégias para se alcançar o objetivo, que era causar um impacto positivo no que se referia aos componentes supracitados. Atividades práticas foram realizadas, trabalhando questões como força abdominal e resistência cardiopulmonar.
Hobold (2003), em estudo com crianças e adolescentes, onde avaliava a aptidão física relacionada à saúde, observa que a capacidade cardiorrespiratória apresentou índices extremamente baixos de alcance de critérios para os dois gêneros. Após as atividades, buscava-se junto às turmas refletir sobre como elas poderiam estar relacionadas ao tema proposto, que significado possuíam frente ao objetivo de se trabalhar, neste caso, a importância da atividade física.
Como reforço, fora dos horários de aula de Educação Física, foram encaminhadas perguntas aos alunos com questões referentes à aptidão física relacionada à saúde, a qual teriam que responder e entregar. A capacidade do ser humano de realizar tarefas diárias com vigor e de demonstrar traços e características que estão associados com um baixo risco do desenvolvimento prematuro de doenças crônico-degenerativas depende da aptidão física relacionada à saúde (PATE, 1988, apud GLANER, 2005). Glaner (2005) acrescenta ainda que a OMS, ao classificar os problemas comportamentais de saúde de jovens de países em desenvolvimento destaca, além do uso de diferentes drogas, a falta de atividade física e a dieta inadequada.
Também foram disponibilizados através do portal de ensino da escola materiais instrutivos acerca dos assuntos discutidos em aula. Constavam nestes, considerações sobre a importância da atividade física e da boa alimentação, com citações de autores e de uma forma que procurasse ser agradável a quem lesse, em uma leitura curta e objetiva.
Em seqüência, foram aplicados com os alunos de ambas as turmas, a bateria de testes do PROESP. O Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR) é definido como um observatório permanente dos indicadores de crescimento e desenvolvimento somatomotor e estatuto nutricional de crianças e jovens brasileiros entre 7 e 17 anos. Sendo um projeto de abrangência nacional, através de uma bateria de medidas e testes somatomotores, de normas e critérios nacionais de avaliação, o PROESP-BR institui-se como um instrumento de apoio pedagógico a educação física escolar através da possibilidade de constituir-se num sistema de avaliação dos parâmetros de crescimento, do perfil nutricional e da aptidão física de crianças e jovens (GAYA; SILVA, 2007). Os testes avaliaram medidas antropométricas, além de força/resistência abdominal, força de membros inferiores e superiores e flexibilidade. O objetivo aqui não foi levantar uma base de dados destes alunos, mas sim servir como um parâmetro para que os mesmos pudessem ter consciência de como estavam com relação aos aspectos avaliados. Para isso, os resultados foram recolhidos pelo pesquisador, e devolvidos posteriormente aos alunos já com a referência indicativa proposta pelos autores (GAYA; SILVA, 2007).
Além disso, realizou-se com as turmas uma aula em formato de circuito, que abrangia atividades ligadas à resistência cardiorrespiratória, força/resistência abdominal, força de membros superiores e inferiores, utilizando-se, para isso, de recursos variados, como o step, por exemplo. É interessante ressaltar aqui que esta foi uma proposta solicitada pelos alunos.
Na conversa inicial, logo após a aplicação dos questionários e da delineação sobre o projeto que iria se iniciar com as turmas deu-se a liberdade para que os alunos trouxessem sugestões que lhe parecessem interessantes relacionadas ao projeto. A ideia de uma aula em formato de circuito foi sugerida por eles, e veio por fim a ser posta em prática durante as aulas.
Por fim, também foi realizada com as turmas uma palestra com uma nutricionista, que trouxe dicas e informações referentes à importância de uma boa alimentação, de uma dieta equilibrada e do que isso representava para a saúde das pessoas.
Avaliação pós-intervenção
Tendo sido findada a intervenção junto às turmas, buscou-se diagnosticar junto aos alunos possíveis alterações em seus estilos de vida, decorrentes das propostas desenvolvidas em aula. Para isso, foram devolvidos aos alunos, de forma individual, os questionários utilizados na primeira aula. Em posse dos mesmos, e observando como se deu sua avaliação inicial, eles deveriam refletir sobre as atividades e sobre tudo o que foi exposto e debatido, e realizar uma auto-análise, respondendo se houve ou não alguma modificação em sua rotina, em seus hábitos, com relação aos temas propostos no presente estudo.
É importante salientar que nem todos os alunos participaram desta análise final, uma vez que estavam participando de jogos fora do município, no dia em que este procedimento foi realizado. Da mesma forma, salienta-se que nem todos os alunos delinearam componente por componente, sendo que a análise foi feita somente para aqueles componentes aos quais os alunos se manifestaram.
Análise das respostas da turma A: componente nutrição
No 1° ano A, 14 alunos relataram melhora em seus hábitos alimentares, enquanto que 7 disseram que não houve mudanças neste componente em seu dia-a-dia. Analisando mais a fundo estas respostas, observa-se que, entre os que acusaram melhora, muitos afirmaram que estavam procurando ingerir mais frutas e verduras em sua alimentação diária. Frutas e verduras são importantes na composição de uma dieta saudável, pois são fontes de micronutrientes, fibras e de outros componentes com propriedades funcionais, além de possuir baixa densidade energética, isto é, poucas calorias em relação ao volume do alimento consumido, o que favorece a manutenção saudável do peso corporal (VAN DUYN; PIVONKA, 2000, apud FIGUEIREDO; JAIME; MONTEIRO, 2008). Em estudo com adolescentes, Toral e outros (2006) relataram que, em 89% dos alunos avaliados, foi observado consumo inferior ao proposto pela Pirâmide Alimentar, tanto para frutas como para verduras. Entre esses, verificou-se que o consumo inferior a uma porção diária representava 50,0% da amostra total, em relação ao consumo de frutas, e 38,9% para verduras. Neutzling e outros (2007) encontraram resultado parecido. Discorrendo sobre o assunto, o autor coloca que o processo de globalização talvez possa contribuir para explicar o padrão alimentar encontrado no presente estudo, caracterizado pelo consumo de dietas ricas em gordura e pobres em fibras. Técnicas agressivas de marketing em direção ao consumo de alimentos pouco saudáveis são comumente usadas, e as gerações mais jovens teriam maior probabilidade de experimentar esse processo de globalização (SOBAL, 2001, apud NEUTZLING et.al., 2007). Já entre os que afirmaram que não houve melhora neste componente, as respostas que mais apareceram foi falta de vontade, relacionada a dificuldade em mudar os hábitos, ou a não necessidade, devido a já possuir uma vida saudável neste sentido.
Análise das respostas da turma A: componente atividade física
Quanto à atividade física, 10 alunos afirmaram melhora, enquanto 6 afirmaram não ter havido muitas mudanças. As respostas mais comuns entre os primeiros foram relacionadas à conscientização através dos testes e questionários, o que os levou a procurar se exercitar mais, através de caminhadas, ou mesmo aumentando a freqüência com que praticavam alguma atividade física ou que participavam das aulas de educação física. A importância de trabalhos de conscientização e de educação neste sentido pode ser explicada através da psicologia do exercício. O modelo transteórico (PROCHASKA et al, 1992, apud WEINBERG; GOULD, 2001) afirma que os indivíduos progridem por estágios de mudança, e o movimento através dos estágios é cíclico. Os cinco estágios são:
Estágio de pré-contemplação: São os sedentários. Nessa fase, o indivíduo não pretende praticar atividade física nos próximos seis meses;
Estágio contemplativo: As pessoas nesse estágio estão fortemente a considerar a possibilidade de praticar atividade física, mas é provável que não passe desse estágio, não colocando em prática seus pensamentos.
Estágio de preparação: Nesse estágio, a pessoa já se exercita, mas de forma irregular, talvez menos que três vezes por semana, e essa irregularidade não permite que ele obtenha benefícios importantes através da atividade física.
Estágio de ação: Os indivíduos nesse estágio exercitam-se regularmente, mas o vêm fazendo há menos de seis meses. É o estágio mais instável, onde há uma possibilidade maior de que a pessoa interrompa suas práticas e volte a ter seus velhos hábitos sedentários.
Estágio de manutenção: Nesse caso, os indivíduos já se exercitam regularmente há mais de seis meses, e se mantiverem-se nesse estágio por pelo menos cinco anos, a tendência é que não voltem mais ao sedentarismo.
Assim, denota-se que as pessoas passam por estágios no que se refere a prática da atividade física. Desta forma, utilizar-se de processos cognitivos parece ser uma tática interessante em se tratando de modificar hábitos sedentários. Isso significa dizer que discussões, trabalhos que façam as pessoas, e neste caso, os adolescentes, vislumbrarem os benefícios de se manter fisicamente ativos são importantes, ajudando-os a evoluir dentro dos estágios citados acima. Mesmo que em um primeiro momento isto não signifique mudanças práticas no cotidiano, com certeza são conhecimentos que, se reforçados, podem surtir efeitos significativos no estilo de vida dos sujeitos.
Análise das respostas da turma A para outros componentes
Ainda na turma do 1° ano A, alguns alunos citaram melhoras em outros aspectos que não atividade física e nutrição, foco do presente estudo. Sete alunos entenderam ter evoluído em questões como o estresse, citando que estavam procurando se controlar mais em situações estressantes, ou que estavam mais calmos, ou mesmo mais satisfeitos com o próprio corpo. Melhoras nos relacionamentos e no comportamento preventivo também apareceram.
Análise das respostas da turma B: componente nutrição
A turma do 1° ano B teve resultados parecidos com o 1° ano A, embora a melhora nos componentes tenha ficado mais evidente na auto-avaliação do 1° ano B.
Nesta turma, 13 alunos referenciaram melhora na nutrição, enquanto 5 afirmaram não ter ocorrido mudanças significativas em seus hábitos normais. Entre as respostas positivas, a maioria passou a ingerir mais frutas, verduras e legumes em suas refeições. Alguns citaram a importância da palestra com a nutricionista para que pudessem rever maus hábitos, e muitos colocaram que diminuíram alimentos de fast-food, frituras e refrigerantes, substituindo este por sucos e água. Carmo e outros (2006) comentam que um aspecto relevante da dieta dos adolescentes é o consumo excessivo de doces e bebidas com adição de açúcar (incluindo refrigerantes). No estudo destes autores com adolescentes, o consumo médio diário alcançou aproximadamente 230ml e 550ml de refrigerante e bebidas com adição de açúcar, respectivamente. Carmo e outros (2006) citam também outros autores, colocando que o crescente no consumo de refrigerantes e de bebidas com adição de açúcar é em escala mundial, o que é preocupante, pois “sabe-se que a ingestão média de bebidas adicionadas de açúcar, incluindo os refrigerantes, pode contribuir para o ganho de peso, sendo associada ao desenvolvimento da obesidade na infância” (BERKEY C. S. et.al., 2004, apud CARMO et al, 2006). Ainda em relação a alimentação, Saba (2003) lista alguns alimentos que podem ser “venenosos” à saúde, de acordo com a freqüência e a quantidade com que são ingeridos:
Gorduras: deve-se diminuir frituras, carnes vermelhas, moderando ainda o consumo de carnes magras;
Açúcar: o açúcar branco é extremamente prejudicial à saúde;
Alimentos pobres: são aqueles que não possuem vitaminas nem minerais, sendo estes nutrientes os mais em falta na mesa da maioria das pessoas;
Pouca água: neste caso não é o excesso, e sim a falta dele no organismo que faz mal.
Análise das respostas da turma B: componente atividade física
Já em relação a atividade física, 14 alunos afirmaram ter melhorado aspectos do seu dia-a-dia relacionados a prática de atividades físicas, enquanto 5 entenderam que não houveram mudanças importantes relacionados a este componente. Quanto aos últimos, uma das respostas foi relacionada a falta de tempo para a prática de atividades físicas. Em estudo de King e outros (1992, apud NUNOMURA, 1998), a maioria (25%) dos participantes acusaram a falta de tempo como principal motivo por não praticar atividade física, assim como no estudo de Marcondelli, Costa e Schmitz (2008), o qual a porcentagem foi de 66,7% dos participantes.
Quanto aos que relataram melhora, muitos colocaram que começaram a fazer mais caminhadas, se envolverem mais em práticas esportivas, enquanto que outros afirmaram terem começado a freqüentar academias de ginástica. O interesse na promoção da saúde é citado por Wardley e outros (1997, apud VIEIRA; PRIORE; FISBERG, 2002) como um dos motivos pelos quais os adolescentes buscam a atividade física em academias e clubes, dentre outros. Para Priore (1998, apud VIEIRA; PRIORE; FISBERG, 2002), a grande preocupação com a imagem corporal geralmente é o estímulo que leva muitos adolescentes a buscar atividades desportivas, sobretudo extracurriculares. Quanto a isso, French e outros (1994, apud VIEIRA; PRIORE; FISBERG, 2002) colocam que a prática de esportes pode representar fator de proteção para o desenvolvimento de transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia, talvez devido ao fato de elevar a auto-estima e o apoio social e diminuir a sensação de depressão e estresse, acrescentando ainda que a prática de atividade física estava relacionada a um padrão e preferências alimentares mais adequados.
Análise das respostas da turma B para outros componentes
Por fim, nesta turma 4 alunos também relataram evolução em outros componentes, principalmente relacionado ao controle do estresse, citando melhoras na respiração, no autocontrole e na satisfação com o próprio corpo.
5. Conclusão
Observando os objetivos do presente estudo e tudo o que já foi exposto, observa-se que as duas turmas do 1° ano do ensino médio possuem um padrão similar. As duas turmas apresentam-se com um estilo de vida com tendência a positividade, onde os componentes atividade física, comportamento preventivo e relacionamentos são positivos e controle do estresse e nutrição possuem tendência a negatividade.
Nos questionários mais específicos a paridade entre as turmas se mantém. Avaliando o nível de atividade física, as duas turmas apresentaram um nível moderado. Já no questionário que avaliava o consumo de alimentos marcadores de risco cardiovascular, consumo excessivo foi o resultado predominante.
Após realizada a intervenção, verifica-se que houve melhora nos componentes através das atividades e propostas voltadas para o assunto. Como pontos principais citados pelos alunos estão a mudança nos hábitos alimentares, como maior inclusão de frutas e verduras nas refeições e diminuição de frituras e de refrigerantes, substituídos em parte por água e sucos. Na atividade física, muitos alunos relataram terem começado a fazer caminhadas, a se envolver mais em práticas esportivas ou mesmo iniciado atividades em academias de ginástica. Apareceram ainda relatos de melhoras em componentes que nem foram foco deste estudo, como controle do estresse e relacionamentos, onde muitos afirmaram estar se controlando mais em situações estressantes ou mesmo estar sentindo uma satisfação maior com o próprio corpo, o que, neste caso, pode também estar relacionado com as atividades envolvendo a prática da atividade física.
Em suma, este estudo demonstra como trabalhos de conscientização sobre o estilo de vida, voltados para o público adolescente, podem ser representativos para os mesmos, e que as aulas de educação física podem ser um ótimo espaço para isso. A abordagem da saúde renovada, utilizada neste trabalho, se mostrou muito interessante para a proposta que foi desenvolvida. A ideia central pautou-se em não apenas levar os adolescentes a possuir o conhecimento sobre a importância de um estilo de vida saudável, mas que através de atividades práticas, teóricas e palestras, eles pudessem de alguma forma internalizar estes conceitos e os levar realmente para o seu cotidiano.
Por fim, sugere-se que mais pesquisas sejam feitas neste sentido, bem como projetos em aulas de educação física que valorizem a busca por um estilo de vida saudável, em um processo gradativo de conscientização geral em prol da saúde e qualidade de vida.
Referências
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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 170 | Buenos Aires,
Julio de 2012 |