efdeportes.com

Fatores motivacionais e barreiras para a prática de 

atividade física em pessoas idosas. Revisão de literatura

Factores motivacionales y barreras para la práctica de la actividad física en personas mayores. Un revisión de la literatura

 

UP – Universidade do Porto

ICBAS – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar

UniFAI – Unidade de Investigação e Formação Sobre Adultos e Idosos

Cinara Bos dos Santos

cinarabos@gmail.com

(Portugal)

 

 

 

 

Resumo

          Apesar do considerável avanço observado nas pesquisas direcionadas ao campo biológico, observa-se uma lacuna quanto aos aspetos comportamentais, sobretudo, no que se refere à motivação e as barreiras relacionadas à prática de exercícios físicos. Este estudo objetivou apresentar uma revisão bibliográfica, a fim de esclarecer os principais aspetos relacionados aos tipos de motivação e barreiras de acordo com o modelo Social Ecológico, que possam contribuir positivamente em diferentes segmentos da prática regular do exercício físico e da prática habitual da atividade física em pessoas idosas. Para tal, foram selecionados vinte e oito artigos. Dentre os fatores motivadores e as barreiras para a prática de AF, o estado de saúde foi o mais citado na literatura, como sendo um motivador (14 vezes), bem como uma barreira (14 vezes) para a AF.

          Unitermos: Pessoas idosas. Idosos. Atividade física. Barreiras. Fatores motivacionales. Exercícios.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 170 - Julio de 2012. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    O envelhecimento é um fenómeno complexo e variável, sendo o seu estudo realizado sob uma perspectiva interdisciplinar. Nahas (2006) define o envelhecimento como um processo gradual, universal e irreversível, provocando uma perda funcional progressiva no organismo. Esse processo é caracterizado por diversas alterações orgânicas, como a redução do equilíbrio e da mobilidade, das capacidades fisiológicas (respiratória e circulatória) e modificações psicológicas (maior vulnerabilidade à depressão).

    A população idosa está crescendo tanto nos países industrializados como nos em desenvolvimento. Cerca de 1,5% da população mundial apresentava 80 anos ou mais em 2009. Esta proporção deverá aumentar quase quatro vezes nos próximos 50 anos, e alcançará 4,3% em 2050 (United Nations Department of Economic and Social Affairs, 2009).

    Especialmente em pessoas idosas a atividade física (AF) regular é essencial para manter a independência física. Consequentemente, melhorar e manter níveis aceitáveis de AF em indivíduos com idade igual e superior a 65 anos, em todo o mundo, representa um desafio crescente para a saúde pública. Porém, ao se refletir sobre as AF, é preciso pensar além dos benefícios biopsicossociais proporcionados pela sua prática, como também, por exemplo, compreender as mudanças de comportamentos individuais e/ou coletivos para a adesão e manutenção dessas atividades. Essas só proporcionarão os devidos benefícios, se realizadas continua e corretamente. Sendo assim, tão importante quanto investigar os benefícios proporcionados por essas práticas, é compreender como motivar as pessoas a aderirem e se manterem engajadas neste propósito, bem como, as razões pelas quais muitas pessoas não se sentem aliciadas a participarem em AF, ou não dão continuidade. Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo identificar os fatores motivadores e as barreiras a prática de AF em indivíduos idosos (³ 65 anos).

    Para a revisão dos fatores motivadores e das barreiras para a AF em idosos, foi adotado o modelo Social Ecológico como descrito por Mc Leroy et al. (1988). O modelo Social Ecológico foi escolhido dentre as muitas teorias utilizadas em pesquisa, por enfatizar a influência que as variáveis socioculturais e ambientais têm no comportamento humano.

2.     Métodos

2.1.     Pesquisa bibliográfica

    A revisão de literatura foi realizada, através das principais bases de dados eletrônicas: Medline/ PubMed, Lilacs, Science Direct, Sportdiscus e Scielo.

    Foram incluídos os estudos que relatassem fatores motivadores e/ ou barreiras para a AF em indivíduos com idade ³ 65 anos. A fim de evitar o viés relacionado a geração, a literatura incluída foi restringida aos artigos publicados a partir de 2006. Os artigos foram excluídos quando se tratava de pacientes com comprometimento cognitivo. Este procedimento resultou em 28 artigos relevantes.

3.     Resultados

    Dividimos os artigos encontrados em 5 categorias de estudos (Tabela 1):

    Encontramos 5 publicações com projetos de estudo qualitativos, 15 quantitativos e 8 quali-quantitativos que envolveram um total de 3.706 indivíduos. Entre os estudos quantitativos, havia um ECR e um estudo piloto envolvendo indivíduos idosos sedentários e que tinha por finalidade o aumento da AF.

Tabela 1. Visão geral dos artigos incluídos

3.1.     Os participantes

    Como mostra a tabela 1, dos 28 artigos relevantes encontrados, 13 foram conduzidos no Brasil, 10 nos Estados Unidos da América, 1 em Espanha, 1 em Israel, 1 na Austrália, 1 na Alemanha e 1 no Reino Unido. As mulheres foram bem representadas na maioria dos estudos, sete dos 28 artigos descreveram exclusivamente mulheres, e em apenas 1 artigo foram estudados apenas homens.

    Em 2 artigos foram descritas 2 populações com condições médicas específicas: pacientes com pós fratura de quadril(6) e pós cirurgia de cancro de mama(48).

3.2.     Motivações e barreiras

    Na tabela 2 encontram-se descritos todos os fatores motivacionais e as barreiras para a atividade física em pessoas idosas de acordo com as dimensões do Modelo Social Ecológico.

Tabela 2. Motivadores e barreiras para a atividade física em pessoas idosas

3.2.1.     Fatores intrapessoais

    Como pode ser visto na tabela 3, em 14 estudos, os benefícios e condições de saúde física foram relatados como sendo uma chave altamente motivadora(12, 14, 16, 18, 22, 24, 31, 32, 40, 41, 46, 47, 48, 49), bem como, uma barreira primária(3, 5, 7, 13, 14, 15, 17, 20, 28, 29, 32, 46, 47, 48).

    Fatores específicos biomédicos foram citados como, por exemplo, o incentivo para o fitness(32, 40). A melhoria da qualidade de vida(18, 22), da postura corporal(16, 18), do desempenho (melhorar a capacidade física e/ou motora)(16, 18, 22, 31, 41), a recuperação de lesões ou doenças(16, 24), e o controlo do peso(41, 46, 48) foram referenciados como benefícios advindos da AF. Os efeitos psicológicos(14, 22, 24, 41) originados pela AF, tais como, o prazer ou a satisfação gerados por se ser fisicamente ativo, foram descritos como motivadores em quatro estudos(16, 18, 41, 48). O bem-estar através da AF foi aludido em 6 artigos(5, 16, 18, 24, 41, 46), outros 3 projectos (16, 18, 46) mencionaram a redução do stress percebido, e a manutenção de um estilo de vida ativo e/ou saudável, foi citada(16, 18, 32) como estímulo a AF. A melhoria da auto-imagem(16, 48), também mostrou-se importante para a adesão dos idosos a AF e à sua permanência.

    A falta de interesse(15, 27, 28, 39), a ausência de motivação(13, 46, 48), de vontade e/ou persistência para a prática da AF (13, 29), o não gostar (13, 39) de AF, a baixa expetativa quanto aos resultados(13, 15), e a necessidade de descanso(3, 29), foram identificados como barreiras intrapessoais para a AF.

    Entretanto, experiências anteriores positivas com a AF(13, 47), a aprendizagem através de modelos(13, 18), demonstraram serem eficazes como impulsionadoras da AF.

Tabela 3. Motivadores e barreiras para a atividade física em pessoas idosas de acordo com as dimensões do Modelo Social Ecológico e por artigo incluído

3.2.2.     Fatores interpessoais

    Dentre os fatores interpessoais foram identificados os fatores motivadores e as barreiras constantes na tabela 2, dentre eles, identificamos 5 motivadores e 3 barreiras, como os mais nomeados. Em 9 artigos, o apoio social (como o incentivo do cônjuge, filhos, ou outros), foi relatado como um motivador para AF(5, 6, 13, 14, 16, 19, 31, 39, 46), e foi identificado como uma barreira em outros dois estudos(7, 46). O aconselhamento médico para a prática de AF, foi mencionado em 6 artigos(12, 14, 16, 18, 24, 49) como um motivador.

    O convívio com participantes da mesma idade(5, 24), e fazer novas amizades(18, 24, 49), provaram ser fortes motivadores para o engajamento de pessoas idosas em programas de AF. Contudo, a falta de companhia para a realização de AF(28, 29), ou de alguém conhecido que também a realize, demonstrou ser um empecilho para a AF.

    Dois artigos mencionaram compromissos e obrigações familiares(5, 14) como barreiras interpessoais para a AF.

3.2.3.     Fatores situados no nível da comunidade

    A nível ambiental, a natureza do programa de exercício foi considerada um motivador em 3 estudos(4, 5, 41). Programas de exercícios com um custo financeiro alto, foram identificados como empecilhos para a participação de idosos(7, 17, 19). A limitação do tempo foi mencionada como um entrave, devido ao fato de que a maioria dos idosos possuía uma agenda diária movimentada, com trabalho fora de casa, entre outros, para poder dispensar tempo com atividades de auto-cuidado(19, 27, 46). O clima (muito quente ou frio, chuvoso...) foi descrito como uma barreira em 4 artigos(7, 14, 15, 46).

4.     Discussão

    Neste estudo, identificamos 54 fatores motivadores e 40 barreiras para AF em pessoas idosas. A metodologia dos estudos qualitativos, de um modo geral, foi boa. É de ressaltar que, nem todos os estudos incluídos foram primariamente destinados a identificar motivadores e barreiras para a AF. Na verdade, os fatores relacionados à motivação ou barreira para a AF foram uma medida secundária em 3 artigos (FMBS). Em 10 estudos foram apresentados apenas fatores relacionados com a motivação e em 6 estudos foram investigados unicamente as barreiras para a AF (IFMB). Mesmo se levarmos em conta que, o estilo de vida relacionado à prática de atividade física, é decorrente de uma interação de fatores ambientais, psicossociais e pessoais, o presente estudo constatou que, em relação à perceção de barreiras e motivadores, o domínio intrapessoal dentro do modelo Social Ecológico apresentou uma maior prevalência (34 motivadores e 24 barreiras) em contraposição às demais esferas contempladas pelo instrumento, nos níveis, interpessoal (8 motivadores e 5 barreiras) e ambiental (12 motivadores e 11 barreiras), o número é apresentado é significativamente inferior.

    O estado de saúde foi mais citado na literatura, como sendo um motivador (14 vezes), bem como uma barreira (14 vezes) para a AF. Os efeitos benéficos da AF sobre o estado de saúde (por exemplo, melhorar a forma física, perder peso) foram comprovados em idosos(10). Além disso, a importância dos motivadores relacionados à saúde é condizente com as informações disponibilizadas pelo Colégio Americano de Medicina Desportiva (1998), que atribui alguns benefícios para a inclusão da prática regular de atividade física no quotidiano de pessoas idosas, nomeadamente: a) redução e/ou prevenção de alguns dos declínios nos componentes da aptidão física associada com o envelhecimento; b) prevenção de doenças crônico-degenerativas; c) maximização da saúde psicológica; d) manutenção da capacidade funcional; e) auxílio na reabilitação de doenças crónicas e agudas; f) inversão da síndrome do desuso. A importância atribuída à saúde e à aptidão física evidenciada nos estudos, pode estar relacionada à contribuição da atividade física na manutenção e/ou aumento da autonomia funcional dos idosos.

    Em geral, podemos concluir que as barreiras para a AF a nível intrapessoal são muito semelhantes para jovens e pessoas idosas, exceto no medo de cair, o que parece ser uma barreira mais específica para as pessoas idosas mais velhas e principalmente para as mulheres, devido a dois possíveis fatores: a) a incidência de quedas ser mais elevada no sexo feminino, provavelmente associada a fatores como idade mais avançada, frequência diminuída de atividades externas, utilização de acentuada quantidade de medicação, uso de psicotrópicos e diminuição da força de preensão. Embora esse dado ainda não seja conclusivo, alguns estudos confirmam tal hipótese; b) o risco para a osteoporose ser maior nas mulheres, devido a fatores hormonais provenientes da menopausa. A presença da osteoporose agravaria as consequências de uma queda já que o risco de fratura óssea é maior(23, 37).

    O prazer de praticar AF, aqui relatado como um motivador para AF em quatro estudos, também tem sido descrito como um motivador para AF em crianças e adultos mais velhos(1). Os atributos específicos que aumentam a sensação de prazer durante a AF em pessoas idosas depende fortemente das preferências individuais (AF em grupo ou individualmente, e ao ar livre ou em recintos fechados). Consequentemente, propostas personalizadas de AF são necessárias, a fim de aumentar a AF em idosos.

    O apoio social, foi identificado como um motivador para pessoas idosas em 6 artigos, a importância dos motivos relativos ao incentivo da rede social também encontra respaldo na literatura(5). Do ponto de vista social, o envelhecimento é geralmente, marcado por pequenos eventos de perdas e mudanças (morte de familiares e amigos, afastamento do mercado de trabalho com a aposentadoria, isolamento). Tais ocorrências levam pessoas idosas a buscarem espaços que possam oferecer experiências mais positivas e encorajadoras nesta fase da vida. Programas de atividades físicas representam um importante papel social, na medida em que oferecem locais que propiciam trocas de experiências, afetos e novas amizades(26, 36). Embora muito bem investigado em jovens e adultos mais velhos, o apoio social para a AF na atenção às necessidades das pessoas idosas mais velhas é um possível importante motivador que deve ser melhor investigado.

    Cabe ressaltar que, a orientação médica para a prática de exercício físico é apontada como um fator chave para que a pessoa idosa assuma um comportamento ativo(11), em virtude do respeito que os idosos têm acerca dos conselhos dados pelo seu médico(42). Contudo, a orientação médica pode também ser considerada uma barreira para a adoção de um estilo de vida ativo, visto que, como citam Schutzer e Graves (2004), uma vez que estes podem não aconselhar regular e corretamente os idosos para a prática de atividades e/ou exercícios físicos. Infelizmente, como citam Chao et al. (2000), muitos profissionais responsáveis pela saúde do idoso frequentemente não informam com clareza seus pacientes a respeito dos exercícios físicos. Acostumaram-se a aconselhar as pessoas idosas que sejam mais ativas, mas não oferecem condutas específicas e maiores esclarecimentos. Acredita-se que uma das possíveis causas para este fato é a não indicação de um profissional de Educação Física, que tem dentre as suas especificidades de intervenção profissional, a prescrição, orientação e planeamento do programa de exercícios físicos.

    Dentro do domínio ambiental, um custo elevado foi mencionado em três artigos como uma barreira para a participação em programas de exercícios. Em um estudo transversal, realizado pela National Health Interview Survey, a barreira mais comummente relatada para se ter acesso as instalações de fitness foram as taxas de inscrição(21).

    As condições climáticas apresentaram-se como uma barreira potencial para os idosos, com prevalência para ambos os sexos, de serem fisicamente ativos. Em uma revisão sobre a interação entre as condições meteorológicas e AF, há evidências de correlação negativa com a AF(8). Pesquisas adicionais sobre este tema com pessoas idosas poderiam ser úteis no desenvolvimento de campanhas de promoção e intervenção.

    Na maioria dos estudos, exercícios e AF são usados ​​como sinónimos, o que dificulta a comparação entre os fatores encontrados nos diferentes estudos. Sete estudos utilizaram programas de exercícios específicos. No futuro, seria útil fazer uma distinção clara entre o exercício, AF de lazer e AF incorporada na rotina diária.

    Futuras pesquisas devem ter como objetivo distinguir os motivadores e as barreiras que são específicos para os diferentes estratos etários das pessoas idosas: a) Pessoas Idosas Jovens, com idades compreendidas entre 65 e 74 anos; b) Pessoas Idosas, entre 75 e 84 anos e c) Pessoas Idosas Velhas, a partir dos 85 anos(43, 44). Além disso, estudos vindouros devem incluir também idosos debilitados, afim de gerar mais informações sobre essa população específica de modo estratificado. Idosos com idade inferior a 80 anos são frequentemente solicitados como cuidadores por seus filhos e netos, mas também para seus próprios pais.

    O envelhecimento enquanto processo global continua a ser mal compreendido. Desconhecem-se os marcadores psicológicos do envelhecimento e a sua relação com o envelhecimento biológico e social, escasseando dados transculturais que nos permitam perceber e explicar as variações de uma velhice bem-sucedida(38).

    Barreiras e motivadores a nível ambiental precisam ser investigados mais aprofundadamente, uma vez que, estes são fatores que podem ser potencialmente influenciados pelas politicas sociais.

    Apesar do grande número de diferentes barreiras e motivadores aqui reunidos, é provável que estes não sejam os únicos fatores que impossibilitam as pessoas idosas de serem fisicamente ativas. Curiosamente, vários fatores tais como, não ter roupa adequada, incontinência urinária e vergonha, não foram encontrados nesta revisão da literatura.

5.     Conclusão

    Os resultados desta revisão de literatura mostraram que os fatores motivacionais e as barreiras relacionadas a AF não são amplamente descritas para os diferentes estratos etários. Novas pesquisas focadas nos três estágios etários, anteriormente citados, se justificam, a fim de identificar alvos específicos no desenvolvimento de estratégias eficientes para aumentar a AF nesta população. Há menos pesquisas disponíveis sobre os fatores interpessoais e os ambientais, os idosos debilitados e idosos do sexo masculino são pouco representativos na literatura.

    Com base nos nossos resultados, e tendo em conta que, a saúde é um importante fator de adesão e manutenção da prática de atividade física por parte de pessoas idosas e, ainda, se considerarmos que a crença, em alguns meios sociais, de que os idosos são seres frágeis, e que, portanto, não devem se envolver com atividade física, é preponderante o desenvolvimento de programas educacionais que informem a população sobre a importância desse tipo de atividade para a saúde do idoso. Desta forma, influenciar-se-ia a atitude não somente dos idosos, mas também de seus familiares à incentivá-los e lhes oferecer mais suporte para a prática de atividade física regular. Temos de ter em conta, ainda, que ter prazer e gostar da atividade física é um importante fator para a sua manutenção, recomendamos uma maior oferta e diversificação de espaços e programas públicos que possam atender aos diferentes interesses da população idosa. Ao prescrever a atividade física, os profissionais da saúde devem buscar recomendar atividades compatíveis com as condições físicas e financeiras de seus pacientes. Mais estudos são necessários para o desenvolvimento de políticas públicas e programas que promovam não somente a inserção, mas também a permanência de idosos em programas de atividade física regular.

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 170 | Buenos Aires, Julio de 2012  
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