Dificuldades de aprendizagem e desempenho motor Dificultades de aprendizaje y rendimiento motor Learning difficulties and motor performance |
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*Mestre em Ciências do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Universidade Comunitária da Região de Chapecó **Especialista em Educação Física Universidade Comunitária da Região de Chapecó |
Carla dos Reis Rezer* Larissa Wagner Zanella** (Brasil) |
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Resumo O objetivo deste estudo foi investigar se crianças com dificuldades de aprendizagem apresentam algum déficit motor no desenvolvimento dos componentes da motricidade. A amostra compreendeu 30 crianças de 7 e 8 anos de ambos os sexos, de uma escola pública. Com base no escore total, os resultados indicaram que 06 delas foram identificadas com dificuldades motoras e 01 em grupo de risco. Quanto a relação de crianças com dificuldade de aprendizagem e dificuldades motoras, esta pesquisa revela que o índice de alunos que apresentam dificuldades escolares e ao mesmo tempo também dificuldades motoras é relativamente alto. Verificamos que parte dos alunos da amostra encontra-se em estado de fraco desenvolvimento educacional e destes muitos apresentaram também dificuldade motora. Unitermos: Coordenação motora. Desenvolvimento motor. Dificuldade de aprendizagem.
Resumen Palabras clave: Coordinación motora. Desarrollo motor. Dificultades de aprendizaje.
Abstract Keywords: Motor coordination. Motor development. Learning difficulty.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 170 - Julio de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Os primeiros anos de vida são de muitas aquisições motoras das crianças, estas aquisições permitem certa independência cada vez maior para explorar o ambiente que a rodeia, exploração que é fundamental para o seu desenvolvimento físico, psíquico, sensorial e cognitivo.
De acordo com Gallahue & Ozmun (2005) e Papst & Marques (2010) o desenvolvimento da experiência motora propicia o grande desenvolvimento dos vários componentes da motricidade, como coordenação, equilíbrio e esquema corporal; este desenvolvimento torna-se fundamental, principalmente na infância, para a aquisição de independência funcional e para o desenvolvimento das diversas habilidades motoras básicas como andar, correr, saltar, galopar, arremessar e rebater.
E segundo pesquisas é nos primeiros anos de escolarização algumas crianças começam a demonstrar certa dificuldade motora que as impede de realizar uma série de tarefas do dia-a-dia, seja na escola ou em casa e, por isso, são freqüentemente chamadas de “descoordenadas” ou “desajeitadas” por seus professores, pais e amigos. De modo geral, a não realização dessas tarefas muitas vezes leva à identificação da criança como portadora do Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) também conhecido como Desordem Coordenativa Desenvolvimental do termo inglês Developmental Coordination Disorder (DCD) (PELLEGRINI, 2008, et al.)
Para Pellegrini (2008, et al.), o TDC é caracterizado por déficit de coordenação em ações motoras realizadas no dia-a-dia, com a criança apresentando desempenho motor abaixo do padrão normal quando comparado com outras crianças da mesma idade e inteligência.
As pesquisas sobre o desenvolvimento da motricidade infantil na sua maioria, são realizados com o objetivo de conhecer o perfil motor das crianças e de poder estabelecer instrumentos de confiança para avaliar e analisar o desenvolvimento de alunos em diferentes etapas do seu desenvolvimento. Então encontrando esta finalidade, a avaliação motora passa a ser um importante instrumento onde favorece o conhecimento de dados relacionados ao desenvolvimento motor da criança e sugere estratégias de integração de atividades relacionadas às necessidades específicas de cada uma. Os testes de avaliação do desenvolvimento motor utilizam critérios de seleção variados, como a idade da criança e a área a ser avaliada (força muscular, motricidade fina, motricidade ampla, fala, ou avaliação abrangente das capacidades funcionais) e agem facilitando o planejamento e formas de intervenção (PAPST & MARQUES, 2010).
Papst & Marques (2010) referem ainda que há uma situação que gera preocupação e tem atingido grande parte de escolares das séries iniciais do ensino básico, é a incidência de crianças com dificuldades de aprendizagem escolar. Preocupações importantes são manifestadas por pais e professores referentes ao insucesso escolar e às dificuldades de aprendizagem das crianças que, muitas vezes, se refletem em frustrações e problemas de maior proporção. Essas dificuldades podem não estar atreladas a nenhum tipo de comprometimento neurológico ou estrutural como doenças congênitas, déficits intelectuais ou deficiência física, entretanto, definem o desempenho da criança nas diversas atividades escolares.
Alguns estudos, conforme Papst & Marques (2010), destacam mudanças no comportamento afetivo e tendência ao desenvolvimento de uma auto-percepção de competência negativa, enquanto outros demonstram a implicação deste quadro sobre o desenvolvimento de aspectos cognitivos e da motricidade. Na maioria das vezes, os problemas de aprendizagem residem sobre os pilares da aprendizagem: atenção, memória, raciocínio lógico, os quais podem perdurar na vida jovem e adulta. Além disso, crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita, na sua maioria, possuem a mesma forma de relacionar-se com as outras áreas trabalhadas no contexto escolar.
Assim, enfatizamos que há de se considerar que na Educação Física Escolar, o nível de desenvolvimento motor e os componentes da motricidade das crianças são fatores preponderantes para investigação. Associado a esses temas, os problemas de dificuldades de aprendizagem também se estabelecem como aspectos importantes, uma vez que há estudos que destacam o atraso no desenvolvimento motor e mudanças no controle do movimento, decorrentes desses problemas.
O comportamento motor na infância é um importante indicativo do desenvolvimento global da criança, e é facilmente identificável quando observamos a criança em seu momento de brincar. Como estamos vivendo em um momento histórico em que as crianças pouco brincam nas ruas e exercitam mais suas habilidades digitais, percebemos a necessidade de analisar um espaço onde as crianças possam explorar suas habilidades físicas como força, flexibilidade, coordenação motora e equilíbrio (ASSIS, MARTINS & OLIVEIRA, 2008).
O comportamento motor observável de um indivíduo proporciona uma “janela” para o processo de desenvolvimento motor. Esta “janela” nos mostra como a criança está se desenvolvendo e interagindo com seus pares e então podemos perceber suas dificuldades e habilidades (ASSIS, MARTINS & OLIVEIRA, 2008).
A partir da relevância da temática apresentada o presente estudo teve como objetivo geral investigar se crianças com dificuldades de aprendizagem apresentam algum comprometimento motor no desenvolvimento dos componentes da motricidade. Mais especificamente (1) identificar as dificuldades de aprendizagem; (2) avaliar o desempenho motor através do teste ABC de Desenvolvimento Motor; (3) relacionar as dificuldades de aprendizagem identificadas com a avaliação do desempenho motor realizada.
Métodos
Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva, do tipo relacional e de campo (OLIVEIRA, 2002). Participaram do estudo 30 (trinta) alunos de 07 (sete) a 08 (oito) anos de idade de ambos os gêneros com e sem dificuldades de aprendizagem escolar diagnosticada por professor de sala e observadas a partir do nível de desenvolvimento da leitura, escrita e avaliação do seu desempenho escolar por meio de análise de produções escolares do aluno componentes de duas turmas de uma escola pública do município de Pinhalzinho – SC.
Sendo que os escolares foram distribuídos nos seguintes sub-grupos à partir de uma metodologia e avaliação utilizada pela professora:
Nível “A”
As 06 (seis) crianças pertencentes ao nível A estão com 07 anos, freqüentam o segundo ano de uma escola estadual, em uma turma com aproximadamente 25 colegas.
Nível “B”
As 08 (oito) crianças que fazem parte deste nível estão com 7 anos de idade, frequentam o segundo ano de uma escola estadual juntamente com as crianças do nível “A”.
Nível “C”
Estas 03 (três) crianças tem 08 anos de idade, frequentam o terceiro ano de uma escola estadual, em uma turma de aproximadamente 33 colegas.
Nível “D”
O nível D compreende 03 (três) crianças de 08 anos de idade e freqüentam o terceiro ano juntamente com as crianças do nível C e E.
Nível “E”
Este nível compreende 10 (dez) crianças, estão inseridas no mesmo grupo escolar das crianças do nível “C” e “D”.
As crianças foram testadas com a bateria de testes motores do teste ABC do movimento, nas habilidades manual, com bola e de equilíbrio. Teste Movement Assessment Battery for Children – M-ABC de Henderson e Sugden (1992), para crianças de 4 a 12 anos, que comporta os termos competência motora, dificuldades motoras e impedimento motor e avalia as crianças com dificuldades motoras. O protocolo utilizado foi retirado a partir de um estudo de SILVA (2008) que teve como objetivo principal traduzir e adaptar culturalmente o Movement Assessment Battery for Children e contribuir para a sua validação para a população Portuguesa, na categoria de idade II que corresponde a crianças com sete e oito anos.
O Teste de Avaliação de Movimento para Crianças é composto por oito provas, das quais três são de destreza manual, duas de habilidade com bola e três de equilíbrio. Foram fornecidas orientações para a preparação dos materiais antes da criança começar o teste. Descrevemos a tarefa precisa que a criança teve que completar. Do início ao fim das tarefas contínuas são especificadas assim como qualquer característica especial da tarefa foi claramente indicada. Foi feita uma demonstração física de todas as tarefas de forma a evitar qualquer dificuldade da criança em compreender as instruções verbais que lhe são fornecidas. Os aspectos mais importantes da tarefa foram enfatizados verbalmente.
Após as tentativas da fase prática a cada criança foi dada uma ou mais oportunidades para completar a tarefa da melhor forma que ela for capaz de fazer. O número destas tentativas variou de tarefa para tarefa, isto é, nas tarefas manuais foram dadas duas tentativas, nas tarefas que requerem a bola ou o saco de feijões foram permitidas 10 tentativas. No teste o avaliador não ajudou a criança de nenhuma forma.
Para a realização do estudo foi primeiramente solicitada a autorização da direção da escola e da professora da turma que compreende a amostra para: realização da pesquisa; visitas a sala de aula para observar a amostra; enviar para os pais a o pedido de autorização para a realização da pesquisa; sendo que, posteriormente a autorização e ciência da pesquisa foram aplicados os termos de consentimento livre e esclarecido aos responsáveis.
O período dos testes ocorreu nas dependências da escola em que as crianças freqüentavam e foi realizado de forma individual, em uma sala separada onde não pudesse ocorrer qualquer interferência que viesse a distrair ou desconcentrar a criança da tarefa. Ao entrar na sala a criança já podia observar o material montado.
Começamos a intervenção com uma conversa informal para que a criança se sentisse confortável. A aplicação dos testes foi realizada pela autora deste estudo, utilizando sempre as instruções padronizadas pela versão original, segundo Silva (2008). As anotações relativas à aplicação do teste foram feitas pelo examinador nas folhas de registro próprias para o estudo. Todos os examinados conseguiram executá-lo conforme o previsto.
Resultados
Em uma leitura geral dos alunos feita pelas professoras do segundo e terceiro anos, turmas estas em que a amostra está inserida, apresentamos o seguinte: no que diz respeito ao desempenho escolar nas referidas habilidades de leitura, escrita, interpretação de textos, cálculos matemáticos, a maioria dos alunos participantes da amostra apresentaram, de modo geral durante este ano de 2010, desempenho insatisfatório. Na habilidade de leitura, os resultados foram razoavelmente melhores quando comparados aos de escrita, fato que pode advir da complexidade da aquisição da ortografia, uma vez que para o domínio da grafia correta dos vocábulos é necessário, além de conhecimento sobre a transcodificação do fonema para o grafema – habilidade alfabética básica –, vasto contato com textos escritos, de modo a lê-los e principalmente a produzi-los. Quanto à matemática, a maioria crianças também apresentou dificuldades, referindo aos conteúdos envolvendo contagens, números e aritmética.
Verificamos que 40% da amostra encontra-se em nível de baixo rendimento escolar e 59,99% apresentam bons resultados no que se refere a atividades pedagógicas, conforme a seguir:
Nível “A”
Grande dificuldade no aprendizado da escrita e leitura; não utiliza de pensamento reflexivo; baixa capacidade de atenção e concentração; em sua maioria não gostam de participar de atividades organizadas em grupo, não desenvolvem bem os cálculos matemáticos relativos a sua linha de desenvolvimento.
Nível “B”
Maior facilidade em relação ao aprendizado da escrita e leitura, participam bem de ditados e escrita de pequenas frases; possuem maior assimilação de pensamentos reflexivos; possuem grande capacidade de direcionamento de atenção e concentração à tarefa que estão realizando; desenvolvem bem o raciocínio matemático.
Nível “C”
Tem grande dificuldade na interpretação de textos, compreensão geral da leitura, trocam letras em palavras imaginando uma palavra que possua a primeira letra; como a idade refere, não se baseiam na realidade, imaginam situações adversas a ela; muitas vezes utilizam a agressão como forma de resolução de problemas; não são muito responsáveis precisando sempre de companhia para realizar tarefas.
Nível “D”
Menos responsáveis em seus deveres comparando-as com as demais de sua idade, assim não se preocupando em realizar tarefas bem feitas; tem grandes dificuldades em cálculos matemáticos e a falta de concentração é um grande fator, possuem dificuldade com a leitura e escrita.
Nível “E”
Não possuem dificuldade na interpretação de textos e na compreensão geral da leitura, para a escrita de textos referem-se a situações de sua realidade, ajudam os colegas quando solicitadas, são responsáveis com seus deveres escolares, possuem melhor desempenho em cálculos matemáticos e boa concentração em atividades em sala de aula.
Ao analisar os resultados do teste ABC de Desenvolvimento Motor, do total de 30 crianças testadas, a incidência de crianças identificadas com dificuldades na realização de habilidades motoras entre o 1o e o 5o percentil foi 06 (20%), o que conforme a literatura nos sugere ela é portadora de dificuldade de movimento e nesse caso elas necessitam de intervenção imediata; mais adiante, 01 criança foi identificada entre o 5o e o 10o percentil, (3,33%) o que a classifica como grupo de risco e deve ser observada e acompanhada; as demais 23 crianças (76,66%) obtiveram escore total acima do 15º percentil, identificadas sem dificuldades em realizar as atividades de destreza manual, com bola e equilíbrio.
Obtivemos os dados que das seis crianças que se encontram entre o 1o e o 5o percentis somente uma criança não possui dificuldades de aprendizagem considerando a avaliação pedagógica feita pela professora; as outras cinco crianças além da dificuldade escolar apresentam ainda dificuldade motora.
Uma criança que se classificada entre o 5o e o 10o percentil apresenta dificuldades de aprendizagem escolar no que se refere a cálculos matemáticos e concentração. As demais crianças que estão acima do 15o percentil, onde não apresentam dificuldade motora, também na sua maioria estão classificadas nos níveis “B” e “E” considerados níveis de bom desenvolvimento escolar relacionado a leitura, escrita, cálculos matemáticos, atenção e concentração, apenas com as exceções de duas destas crianças que se encontram no nível “A” outra que está classificada no nível “C”.
Discussão
A leitura torna possível ao homem construir seu próprio conhecimento na medida em que proporciona o acesso a todo acervo de conhecimentos acumulado pela humanidade por meio da escrita. É um processo complexo e por intermédio dele é permitido que sejam extraídas informações gráficas a partir de um enunciado, de forma a compreendê-lo e a reconstruir seu significado. A Psicologia Cognitiva, por meio da Psicolingüística compreende a leitura como uma habilidade complexa em que diversos processos lingüísticos são intervenientes. Esses processos ou componentes são contidos de subprocessos ou subcomponentes interdependentes, cuja divisão é apenas didática (TONELOTTO et al, 2005).
Analisando os dados recolhidos verificamos que as crianças que compõe os níveis “A” e “C” possuem maiores dificuldades no aprendizado da escrita e leitura; não utilizam de pensamento reflexivo; baixa capacidade de atenção e concentração, tem grande dificuldade na interpretação de textos, compreensão geral da leitura, trocam letras em palavras imaginando uma palavra que possua a primeira letra.
Em estudo de AMARO (2010), com escolares da então 1a série de três escolas municipais de São José/SC, encontrou meninos com dificuldade na aprendizagem ficando em torno de 60%. Aqueles escolares estavam repetindo a 1a série de ensino, perfazendo um total de 12,5% dos alunos matriculados nesta série.
Em pesquisa sobre os aspectos emocionais dos escolares com dificuldade na aprendizagem AMARO (2010), encontrou estudos considerando o componente afetivo primário do desempenho na escola, o qual estaria relacionado às emoções, às atitudes e aos interesses e por outro lado, associando as disfunções comportamentais e sociais às dificuldades na família, na escola e nas relações com os pares. Puderam-se observar em algumas situações deste estudo as dificuldades na família e as dificuldades sociais na fala dos alunos.
Segundo Pinheiro (1994) as habilidades necessárias para se iniciar os processos de leitura e escrita, encontram-se bastante desenvolvidos nas crianças por volta dos cinco anos. Nesta idade, a criança pode entender e falar muitas palavras, o que significa que já possui muitas unidades em seu sistema de reconhecimento auditivo e no sistema de produção da fala, além de já dispor dos processos gramaticais necessários para compreensão e produção da fala. À medida que as crianças avançam nas séries escolares aumenta o número de palavras que dominam. Essa familiaridade torna mais fácil o reconhecimento das mesmas e o número de erros torna-se então, menor (SCHWARTZ & GOLDMAN, 1974 apud TONELOTTO et al, 2005).
Revendo os níveis em que nossa amostra se encontra, verificamos que as crianças dos níveis “B” e “E” possuem maior facilidade em relação ao aprendizado da escrita e leitura, participam bem de ditados e escrita de pequenas frases; possuem maior assimilação de pensamentos reflexivos; possuem grande capacidade de direcionamento de atenção e concentração à tarefa que estão realizando; desenvolvem bem o raciocínio matemático, não possuem dificuldade na interpretação de textos e na compreensão geral da leitura, para a escrita de textos referem-se a situações de sua realidade.
Já as crianças que compõe o nível “D” tem maiores dificuldades em cálculos matemáticos e a falta de concentração é um grande fator. Os conhecimentos e as habilidades matemáticas fazem parte da vida do ser humano desde muito cedo, oportunizados tanto por tarefas habituais quanto por aquelas oriundas de demandas sociais. A capacidade da criança de se apropriar do cálculo pode ser entendida como uma operação ou uma série delas, que tem como objeto os números. Às habilidades necessárias para a aquisição do cálculo associam-se capacidade de compreensão da linguagem, capacidade de leitura, capacidade de escrita e capacidade para revisualizar palavras associada à capacidade de ortografia (TONELOTTO et al, 2005).
Em uma pesquisa com 25 escolares do 1o ano do ensino fundamental, Sanches (et al.2004), verificaram em sua amostra que todos os alunos que apresentavam rendimento escolar classificado como “C” (pior nível de classificação) pois apresentaram as maiores dificuldades na linguagem oral, na linguagem escrita e no raciocínio lógico, eram os que tinham as mais baixas condições sócio-econômicas e também os que mais apresentavam problemas familiares. Em relação à motricidade, verificou que seus padrões motores estavam dentro da normalidade, porém bem mais baixo do que as crianças do grupo sem dificuldade escolar, sem problemas familiares e com boa condição socioeconômica.
Estudos apontados por Ferreira (2007), sugerem um aprofundamento sobre os conhecimentos biopsicossociais do escolar com dificuldade na aprendizagem, pois estas podem estar refletindo circunstâncias onde a criança está inserida, e desta maneira o que se passa de novo no ambiente se torna invisível para ela.
A respeito da precoce identificação das perturbações do desenvolvimento, quer seja acadêmico, motor, social ou afetivo, Amaro et al. (2009), confirma a sua importância pois parece que a previsão depende da idade da intervenção. Alguns estudos apresentados por Ferreira (2007), destacam o senso comum de se identificar e prevenir o mais precocemente possível as dificuldades na aprendizagem, de preferência, ainda na pré-escola. Faz apontamento ainda para as relações das dificuldades na aprendizagem com as alterações motoras, considerando que a motricidade também depende da maturação do SNC, sendo assim é compreensível que os problemas motores sejam evidenciados em crianças com dificuldade de aprendizagem.
As avaliações do desempenho escolar feitas pelas professoras apontam que 40% (n=12) da amostra possui algum tipo de dificuldade escolar, seja relacionada a leitura, escrita, cálculos matemáticos, baixo nível de atenção e concentração entre outros. O desempenho escolar pode ser entendido como uma tentativa de avaliar o quanto um escolar consegue acompanhar os conteúdos propostos para a série a qual pertence (TONELOTTO, et al 2005).
Geuze et. al. (2001) explicam que os critérios quantitativos para avaliação motora são altamente recomendados e que o Movement ABC é um teste normativo considerado preferido para o fim de identificar prejuízos motores. Estes mesmos autores recomendam o escore abaixo do percentil 5 para identificar atraso motor, sendo este percentil considerado conservador, no entanto pode minimizar a influência de aspectos como o da não normatização para crianças de um determinado país, por exemplo, onde o contexto pode influenciar no desempenho.
O teste ABC do movimento tem recebido destaque na literatura devido à sua capacidade de avaliar crianças utilizando três categorias de habilidades: manual, com bola e de equilíbrio estático e dinâmico. Dentre as pesquisas acerca do teste ABC do movimento, existem aquelas voltadas para a investigação da sua capacidade de diagnosticar crianças de ambientes diferentes com dificuldades de movimento (FRANÇA, 2008).
Avaliando o desempenho motor das 30 crianças testadas, a incidência de crianças identificadas com dificuldades na realização de habilidades motoras entre o 1o e o 5o percentil foi 06 (20%) o que conforme a literatura nos sugere ela é portadora de dificuldade de movimento e nesse caso elas necessitam de intervenção imediata; mais adiante, 01 criança foi identificada entre o 5o e o 10o percentil, (3,33%) o que a classifica como grupo de risco e deve ser observada e acompanhada.
No Brasil são poucos os estudos que tem sido realizados para identificar as dificuldades motoras de crianças. Um destes estudos teve como objetivo identificar crianças com DCD em uma escola pública de São Paulo e 11,3% das crianças apresentaram dificuldades motoras indicando risco de DCD. Quando utilizado o percentil 5 como ponto de corte, foi encontrada uma prevalência de 8,5% de crianças com DCD em uma amostra de 555 crianças de 5 a 10 anos (PELLEGRINI et al., 2006). Pellegrini et al., (2006) encontraram uma prevalência de 7,1% de crianças com DCD utilizando a avaliação motora do M-ABC e 7,6% utilizando a lista de checagem, em uma amostra de 96 meninos e 102 meninas de 7 e 8 anos de idade. Em Manaus, em uma amostra constituída por 240 crianças de 7 e 8 anos de idade da zona urbana e rural, 11,8% das crianças da zona urbana foram classificadas com dificuldades de movimento e 10,3% como grupo de risco. Na zona rural, 4,4% das crianças foram classificadas com dificuldades de movimento e 11,1% como grupo de risco (SOUZA et. al., 2007).
Conforme os resultados do teste percebe-se que as crianças apresentaram mais dificuldades motoras nas habilidades relacionadas às destrezas manuais. Tais dificuldades podem estar relacionadas somente às habilidades gráficas ou às habilidades de outra natureza, como tarefas funcionais (pegar algum objeto, abotoar, amarrar, tocar instrumento). Autores estimam que as dificuldades com a escrita afete entre 10% e 30% de crianças em idade escolar (FEDER e MAJNEMER, 2007), sendo geralmente o primeiro sinal de identificação de problemas em relação ao desenvolvimento de habilidades motoras finas e o problema motor mais apresentado por crianças com DCD (FRANÇA, 2008).
Observamos também que a habilidade que as crianças tiveram maior facilidade foi destreza com bola. SOUZA et. al. (2007) ao verificarem as diferenças no desempenho motor entre os sexos observaram nas crianças de Manaus desempenho superior dos meninos, no teste ABC, nas habilidades com bolas para as crianças da zona urbana. Além das diferenças nos componentes biológicos (PIEK et. al., 2002), estes resultados podem ser explicados pelo tipo de atividades que as crianças realizam na escola ou no ambiente familiar, ou seja, esta diferença pode estar relacionada à quantidade e qualidade de experiências motoras. As meninas podem não ter vivenciado experiências motoras suficientes que permitissem a realização das tarefas com bolas com sucesso, enquanto que os meninos foram estimulados suficientemente. Isto sugere que a influência cultural na sociedade, faça com que os professores ou familiares estimulem e encorajem tipos específicos de habilidade para determinado sexo.
O quadro clínico dos problemas de coordenação motora é avaliado do ponto de vista desenvolvimental, considerando normal a diferença nas capacidades físicas em diferentes idades (FRANÇA, 2008). Mesmo assim, ao verificar as diferenças no desempenho motor entre as idades, os resultados deste estudo demonstraram diferenças significativas no desempenho das habilidades com bola, sendo que as crianças com 8 anos desempenharam-se melhor que as com 7 anos de idade. Este fato pode ser pela diferença de estímulos motores dados às crianças, ou seja, as crianças com 7 anos envolvidas com menos atividades com bola ou de controle de objeto, que as crianças de 8 anos.
Em relação aos outros tipos de habilidades, foi observada a mesma diferença entre idades onde as crianças de 8 anos obtiveram melhores resultados na habilidade de destreza manual, as crianças de 7 anos apenas se sobressaíram nas tarefas de equilíbrio, onde tiveram resultados muito melhores comparados a idade de 8 anos.
Respondendo a nossa questão que diz respeito a relação de crianças com dificuldade de aprendizagem que também possuem dificuldades motoras, esta pesquisa revela que os 40% (n=12) da amostra que se encontram em estado de fraco desenvolvimento educacional, destes, 58,33% (n=7) apresentaram também dificuldade motora e encontram-se em nível de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação, correspondendo a 23,33% da amostra total de crianças avaliadas.
De acordo com estes critérios recomendados por Geuze et. al. (2001) e Henderson e Sugden (1992), a prevalência de crianças com Desordem Coordenativa Desenvolvimental (DCD) que compreende o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) no grupo de escolares pesquisados na cidade de Pinhalzinho – SC – Brasil, excedeu aos 4-6% de prevalência de Desordem Coordenativa Desenvolvimental (DCD) nas crianças de 5 a 11 anos apontado pela APA (2003). Dependendo do critério utilizado, a DCD pode ocorrer em 5 a 15% das crianças sendo, em sua maioria, limitações nas habilidades locomotoras e manuais (FRANÇA, 2008).
As dificuldades motoras apresentadas pelas crianças com DCD tem sido ligadas a déficits no domínio sensorial, motor e na integração sensório-motora (FRANÇA, 2008). Enfatizando que, estes problemas motores relativos a atividades funcionais, recreativas e esportivas, podem vir interferir no desenvolvimento da criança, vindo a extrapolar o âmbito motor e influenciar também o desempenho acadêmico, o desenvolvimento social e o psicológico (FRANÇA, 2008), como problemas cognitivos e de comportamento, baixa auto-estima e isolamento social (GIBBS, APPLETON e APPLETON apud FRANÇA, 2008). Ainda mais, estas dificuldades podem fazer com que estas crianças fiquem mais sensíveis às pressões de contextos de aprendizagem, levando ao abandono e/ou à não participação em atividades física (FRANÇA, 2008).
Conforme Missiuna (2003) o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação é um transtorno da habilidade motora que interfere com a habilidade da criança para desempenhar muitas das tarefas que são exigidas no dia-a-dia. Cada uma pode apresentar variedade diferente de problemas. Professores e pais, que estão com a criança todos os dias, podem ser os primeiros a notar as dificuldades funcionais que a criança está apresentando. É importante que ela seja avaliada, enquanto ainda pequena, para excluir a possibilidade de outras razões médicas para o desajeitamento motor. Crianças com TDC que não são identificadas como tal experimentam fracasso e frustração, e são, muitas vezes, percebidas como preguiçosas ou desmotivadas. Essas crianças podem desenvolver complicações secundárias, como dificuldades de aprendizagem e problemas emocionais, sociais e de comportamento.
Ao contrário da crença, amplamente aceita, de que crianças com TDC vão superar seus problemas, estudos demonstram que, com treino extra, essas crianças podem adquirir certas habilidades, mas tarefas motoras novas ainda vão ser um problema. Crianças com TDC necessitam de intervenção precoce para ajudá-las a aprender estratégias para compensar suas dificuldades de coordenação e se sentirem melhor consigo mesmas, como indivíduos (MISSIUNA, 2003).
Conclusão
Realizar uma análise do desenvolvimento motor de uma criança por meio de seu desempenho em habilidades motoras fundamentais pode ser uma das formas de se verificar se ela está dentro do esperado para a sua faixa etária. Normalmente, as crianças tem seu tempo ocupadas em atividades que lhe dão prazer. Porém, ao perceber que uma criança apresenta alguma dificuldade motora, isto pode gerar certo conflito e fazer com que ela evite participar de atividades motoras que surgem no dia a dia e no ambiente escolar.
A quantidade de crianças identificadas com dificuldades motoras na escola onde foi realizada a pesquisa é preocupante. Estas crianças normalmente passam despercebidas pelos professores, diretores, orientadores educacionais, podendo em alguns momentos ser taxadas como preguiçosas, lentas, desastradas ou outra qualidade depreciativa.
Nesta pesquisa, o número de crianças com dificuldades motoras, sendo mais específica a sua severidade, a Desordem Coordenativa Desenvolvimental (DCD), foi de 06 alunos e um aluno classificado como grupo de risco. Os dados se sobressaíram à outros estudos revelando dados mais altos e demonstram o quanto é necessário o conhecimento dessa desordem no meio educacional.
Existe a possibilidade de acreditar que muitos professores e responsáveis por crianças que expõem esta forma de desordem não tem conhecimento ainda da natureza da mesma. Na escola é que as crianças demonstram grande parte de suas habilidades motoras, em função disso é que se torna muito importante que os professores conheçam sobre os variados tipos de desordens ou transtornos que podem afetar seus alunos, para que possam guiá-los a fim de que obtenham sucesso em suas atividades, tanto escolares como do dia a dia, uma vez que o sucesso e o futuro dos alunos está, em boa parte, no conhecimento individual que o professor deve ter em relação a eles.
Analisando os dados recolhidos verificamos que as crianças que possuem dificuldades compõe os níveis “A”, “C” e “D” sendo que possuem maiores dificuldades no aprendizado da escrita e leitura; não utilizam de pensamento reflexivo; baixa capacidade de atenção e concentração, tem grande dificuldade na interpretação de textos, compreensão geral da leitura, trocam letras em palavras imaginando uma palavra que possua a primeira letra, dificuldades em cálculos matemáticos e a falta de concentração é um grande fator.
Avaliando o desempenho motor das 30 crianças testadas, a incidência de crianças identificadas com dificuldades na realização de habilidades motoras foi de 20% da amostra necessitando de intervenção imediata e 3,33% é classificada em grupo de risco e deve ser observada e acompanhada. Os demais 76,66% não apresentam dificuldade motora.
Respondendo a nossa questão que diz respeito a relação de crianças com dificuldade de aprendizagem e dificuldades motoras, esta pesquisa revela que o índice de alunos que apresentam dificuldades escolares e ao mesmo tempo também dificuldades motoras é relativamente alto, onde verificamos que pouco menos da metade dos alunos da amostra encontram-se em estado de fraco desenvolvimento educacional, e destes, pouco mais que a metade apresentaram também dificuldade motora e encontram-se em nível de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação.
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Julio de 2012 |