Como o esquema tático da Holanda de 1974 influenciou o futebol: do Paulistão a Liga dos Campeões De qué manera el esquema táctico de Holanda de 1974 influyó en el fútbol: del Paulistano a la Liga de Campeones As the tactical scheme of the Netherlands in 1974 influenced the soccer: Paulistão of the Champions League |
|||
Pesquisas Interdisciplinares em Sociologia do Esporte (PISE) Universidade de São Paulo, USP (Brasil) |
Prof. Dr. Marco Antônio Bettine de Almeida Boaz de Sales | Bruna Kaory | Deisy Franz Mauricio Borges | Victor Sanchez | Willian Severino da Silva |
|
|
Resumo Este artigo busca entender dentro de um contexto histórico a influência da Seleção Holandesa de 1974 como método de inovação tática e sua contribuição para o desenvolvimento do futebol a partir da aplicação do Futebol Total, em outras duas equipes que se apropriaram deste sistema de jogo (Mogi Mirim Esporte Clube e o Barcelona Futebol Clube). Estes clubes marcaram época pelo seu modo de jogar, mesmo constituídos de modos diferentes em todos os seus aspectos, de alguma forma conseguiram desenvolver um modo de jogar diretamente influenciado pelo sistema de jogo da Holanda 74, como se deu esta influência, o que estas equipes possuem em comum, sendo tão diferentes. Foi realizado um levantamento bibliográfico de livros, artigos e revistas que envolvessem a temática do nosso projeto. O período aceito consistiu de 2000 até hoje, muitas das informações colhidas neste trabalho foram baseadas em sites esportivos especializados. Unitermos: Futebol. Tática. Holanda. Evolução.
Resumen En este artículo se trata de comprender en un contexto histórico la influencia de la selección holandesa de 1974 como un método de innovación táctica y su contribución al desarrollo del fútbol a partir de la aplicación del Fútbol Total; otros dos equipos que se han apropiado de este sistema de juego (Mogi Mirim, club de deportes y el Fútbol Club Barcelona). Estos clubes marcaron una época por su forma de jugar, incluso cuando se componen de diferentes maneras en todos sus aspectos, de alguna manera lograron desarrollar una forma de jugar directamente influenciado por el sistema de juego de Holanda del 74. ¿Cómo se dio esta influencia? ¿Qué tienen en común estos equipos, siendo tan diferente? Se realizó una revisión bibliográfica de libros, artículos y revistas relacionados con el tema de nuestro proyecto. El período considerado consistió desde el año 2000 hasta hoy, mucha de la información recopilada en este estudio se basaron en los sitios web especializados en deportes. Palabras clave: Fútbol. Táctica. Holanda. Evolución.
Abstract This article seeks to understand within a historical context the influence of the Dutch national team in 1974 as a method of tactical innovation and its contribution to the development of soccer from the application of Total Football, two other teams who have appropriated this game system (Mogi Mirim Sports Club and Football Club Barcelona). These clubs epoch by his way of playing, even when composed in different ways in all its aspects, somehow managed to develop a way to play directly influenced by the game system in the Netherlands 74, how did this influence, which these teams have in common, being so different. We conducted a literature review of books, articles and magazines involving the theme of our project. The accepted period consisted of 2000 until today, much of the information collected in this study were based on specialized sports websites. Keywords: Soccer. Tactical. Netherlands. Evolution.
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 169 - Junio de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
1 / 1
A Copa do Mundo e as inovações táticas
Desde a sua criação, a Copa do Mundo sempre teve como objetivo propiciar aos jogadores profissionais a possibilidade de jogar um torneio mundial defendendo o seu país, com isso ela passa a ser uma espécie de vitrine onde os países mostravam seus melhores jogadores e qualidades em campo (CARMONA; POLIO, 2006).
A primeira copa foi disputada no Uruguai, muitos times europeus desistiram de participar, alegando a distância como principal problema, a seleção da casa que havia ganhado os jogos olímpicos de 1924 e 1928 sagrou-se campeã utilizando como esquema tático o 2-3-5, (FIFA, 2012), naquela época o jogo só adquiria sentindo se tivesse um cunho totalmente ofensivo, a copa de 34 foi claramente utilizada como estratégia política de Benito Mussolini, neste ano a Itália foi campeã com um esquema tático diferente onde recuava um meio campo para o centro da defesa e os alas de ataque recuavam para fechar o meio campo, esquema claramente mais defensivo, talvez refletindo a pressão de Mussolini e o clima político daquela época, 3-2-2-3 (Sistema de jogo W-M) criado no Arsenal da Inglaterra após a imposição da regra de impedimento, esse mesmo esquema foi utilizado na copa de 38 com o bicampeonato italiano (LOBO, 2012).
Com a Segunda Guerra Mundial a Copa só voltou a ser organizada em 1950 no Brasil, o 3-2-2-3 continuou a ser utilizado dando a vitória ao Uruguai naquele ano, mas em 1954 surgiram três novas táticas inovadoras para a época, a primeira foi o ferrolho suíço onde havia sete jogadores defensivos, o 4-2-4- da Hungria com foco na marcação por zona (SOUZA, 2006), mas com uma nova distribuição ofensiva que possibilitou a marcação de 27 gols em 5 jogos e por último o futebol de força da campeã daquele ano a Alemanha, considerado feio focava a marcação individual.
Em 1954 a seleção que mais chamou a atenção dos olhares do publico não foi a campeã Alemanha, e sim os “Magiares Mágicos da Hungria”, que estavam invictos há 6 anos e eram os atuais campeões olímpicos. A Hungria trouxe uma inovação tática para a copa. Eles jogavam com passes rápidos em triangulações, e foi um dos primeiros a perceber e usar a importância dos cruzamentos na área. Eles jogavam com 3 atacantes, 1 mais a frente, e dois centroavantes mais atrás, esse responsáveis por armar as principais jogadas ofensivas e cruzamentos na área (DUARTE, 2005).
A copa de 1958 é um capitulo a parte, o Brasil encantou o mundo com seu futebol mostrado durante as partidas, o que revelou ao mundo craques como Garrincha, Didi, entre outros e o rei do futebol Pelé. O Brasil atuou na copa com o Esquema tático 4 -4 -2, o que fazia com que o time tivesse uma boa consistência para o setor defensivo, e mesmo com menos gente no ataque do que o esquema mais usado na época, o 4-2-4, esse detalhe foi suprido com os talentos extraordinários do atacantes Pelé e Garrincha. Na Copa do Mundo de 1962 foi visto pela primeira vez o esquema 3-4-3, que consistia em 3 atacantes, 4 meias e 3 zagueiros, dando um certo equilíbrio no setor de meio de campo. O esquema 4-3-3 foi muito usado no final da década de 60, inicio da década de 70. Esse esquema consistem em 4 homens defensores, com 3 meias variando entre 1 ou 2 volantes, com 3 atacantes, sendo um mais central e 2 mais abertos como pontas, e foi usado depois pela Holanda em 1994 (DUARTE, 2005 and CRIVELLENTI, 2005)
Em 1974 o futebol passou por uma revolução quanto a sua organização tática. A Holanda com o seu "carrossel" inovou, e trouxe uma nova forma de jogar futebol de modo mais bonito, e por muitas vezes, mais eficiente. Rinus Michels foi o grande criador do "Futebol total", e diferente do que muitos pensam, ele enxergava o futebol como uma grande luta, onde era necessária muita disciplina tática para conseguir superar os adversários, discutiremos a Holanda de 74 de modo mais aprofundado ao longo destas páginas. Discutiremos também o legado deixado por esta equipe, nossa análise partirá de duas equipes que de algum modo conseguiram se apropriar deste estilo de jogo, o Mogi Mirim EC e o FC Barcelona, duas equipes distintas, que sem dúvida aplicaram alguns dos conceitos deixados pela seleção holandesa e foram bem sucedidos em sua execução.
Diante desta discussão é inevitável à comparação com outras grandes equipes que marcaram a história do futebol, sua organização, a forma como joga sem a bola e a eficácia dos resultados são algumas características que estas equipes possuem em comum, ao analisa-las pretende-se detectar suas semelhanças e o quanto o conceito de Futebol Total foi aplicado ao longo do desenvolvimento do futebol e quais as heranças foram deixadas após este divisor de águas a suas equipes, seria o Carrossel um fenômeno aplicado somente em condições extremamente favoráveis, sendo de difícil execução, ou um estilo de jogo complexo, mas tecnicamente aplicável em qualquer situação, desde que esteja devidamente compreendido. Esta pergunta tentará ser respondida ao longo da pesquisa.
Apresentação dos dados. Contexto histórico
Origem da tática
Com o desenvolvimento do esporte, as modalidades adquiriram características racionais, a partir do momento em que se afasta do religioso (secularização), passa a se tornar algo comum aos leigos, e adotam valores como medidas, igualdade de chances, recordes, a luta pela vitoria, toma o lugar da beleza, da plasticidade em função do resultado, torna-se algo calculista, atribuindo uma condição inalterada. Estas mudanças foram base para propiciar a especialização (atribuir funções especificas) e o desenvolvimento de estratégias, táticas bem planejadas de modo a potencializar a possibilidade da vitoria (ALMEIDA, 2011).
A Tática é definida como um conjunto de normas sobre o jogo que proporcionam aos jogadores a possibilidade de atingirem rapidamente soluções táticas para os problemas advindos da situação que defrontam (GARGANTA; PINTO, 1994). Por possuírem esse caráter, os princípios táticos precisam ser compreendidos e estar presentes nas ações dos jogadores durante uma partida, para que sua execução facilite o alcance da meta ou impedi-lo. Coletivamente, a aplicação dos princípios táticos auxilia a equipe no melhor controle do jogo, a manter a posse de bola, a realizar variações na sua circulação, a alterar o ritmo de jogo, e a concretizar ações táticas visando desequilibrar a partida e, conseqüentemente, a facilitar o alcance do gol (ZERHOUNI, 1980; ABOUTOIHI 2006). Por isso, quanto mais ajustada e qualificada for a aplicação dos princípios táticos durante o jogo, melhor poderá ser o desempenho da equipe ou do jogador na partida (COSTA et al, 2009).
A tática, de acordo com Ferreira, Paoli & Costa (2008), pode ser definida como um resultado das ações individuais e coletivas dos atletas de uma equipe, a qual está organizada de uma forma racional e sistemática, considerando que por um lado, às características dos atletas e, por outro, as qualidades dos jogadores adversários. Os sistemas de jogo definem as posições em que os jogadores se encontram dentro de campo, podendo variar de acordo com o jogo, as condições do gramado e o clima ou o tempo.
Em uma época em que o preparo físico e técnico se desenvolveu de tal modo que as equipes se equivalem, a tática se tornou um fator de desequilíbrio para a conquista da vitória, esta necessidade foi fundamental para desenvolver o estudo dos sistema tático, tanto da própria equipe quanto a do adversário. A evolução do esporte se caracteriza por altíssimo preparo físico, tático e psicológico, além dos aspectos técnicos.
Segundo Thomaz & Paoli (2007), a função tática representa apenas uma parte do jogo de futebol, e todas as ações que são executadas pelas equipes são consideradas táticas. A tática é um processo dinâmico que se modifica ao longo dos anos, de acordo á medida em que o esporte se torna cada vez mais racional. Desde os primeiros registros da tática no futebol, em 1529, na cidade de Florença, na Itália, quando havia 27 jogadores para cada time, sendo que jogavam 15 na defesa, cinco no meio-campo e sete no ataque, já se caracterizava um sistema de jogo, de acordo com Vendite & Morais (2004). Prado & Bentetti (2005) citam que essa evolução aponta para que os futuros profissionais dêem ênfase ao treino específico destinado ao jogador profissional de acordo com a sua função em campo, a especialização, definição dos papéis a serem executados pelos atletas atribuiu a cada jogador tem uma função específica para realizar no jogo. No entanto, com a evolução tática, técnica e física dos atletas, tornam-se necessário realizar duas ou mais funções dentro do jogo.
A Holanda de 1974. O Carrossel Holandês
A necessidade de realizar duas ou mais funções por um atleta foi bem sintetizada pelo selecionado Holandês de 1974, A Copa do Mundo de 1974 revelou a "Laranja Mecânica". A equipe da Holanda recebeu o apelido pela cor do uniforme e pela aparente anarquia dos jogadores em campo que lembrava as gangues do filme de Kubrick.
O treinador Rinus Michels levou a base do Ajax Amsterdam onde havia conquistado as ultimas três edições da Copa dos Campeões (1971-73), a equipe era considera dura, competitiva, mas com jogadores polivalentes, esta atribuição foi fundamental para a execução do “Carrossel”, pois os jogadores não guardavam posição, da mesma forma que o zagueiro defendia, ele subia para o ataque, como o zagueiro Krol. O Carrossel Holandês, segundo afirmam alguns estudiosos do futebol, surgiu da idéia de como a água se movimenta, ocupando todos os espaços em círculos, girando como um carrossel, esta foi a inspiração de Michells para criar um esquema tático que revolucionasse a forma de se jogar, acredita-se que a Hungria 1954, foi o embrião do Carrossel
O esquema tático era algo complexo, como relatam Zagalo, Coutinho e Parreira, que ao assistirem o domínio que a Holanda exerceu sobre os Uruguaios se assustaram ao ver a vitoria da Holanda sobre o Uruguai, "pois não se conseguiria desenhar um gráfico do seu esquema tático" (Jornal do Brasil, 16/6/74). A própria imprensa ficou perplexa com essa revolução na maneira de conceber um jogo. As antigas marcações gráficas, surgidas do tempo de Gentil Cardoso e Tim, ficaram obsoletas, pois era "antiquado falar em 4-3-3, 4-2-4 ou qualquer outra distribuição numérica para definir um esquema. E difícil, durante a partida, saber quem é quem em cada posição" (Jornal do Brasil, 16/6/74). O observador Paulo Amaral não conseguia reproduzir no papel o esquema holandês, desistindo logo e constatando estar o papel "uma floresta de setas para todos os lados" (Jornal do Brasil, 28/6/74). O comentarista José Ignácio Werneck dizia que novas numerações teriam de ser pensadas pelos nossos profissionais. Ele propunha o "11-11" (Jornal do Brasil, 27/6/74), Oldemário Touguinho o "10-10" (Jornal do Brasil, 1/7/74) e Jairzinho o "1-10" (Jornal do Brasil, 21/6/74).
O Carrosel Caipira
Uma das heranças da Holanda de 74 veio do futebol brasileiro, o Mogi Mirim Esporte Clube (MMEC), fundado em 1932, fez parte dos clubes que foram sendo estabelecidos ao longo da expansão ferroviária do interior de São Paulo, que marcou no inicio do Século XX.
O modesto clube do interior de paulista, assim como a “Matriz” holandesa, assombrou o futebol, paulista, no inicio dos anos 90. Após fazer uma temporada ruim em 1991, o terminando em ultimo colocado na competição Regional, o MMEC promoveu o jovem preparador físico, Oswaldo Alvarez, o Vadão, ao cargo de treinador. Sob seu comando, o Mogi Mirim apresentou um estilo de jogo inspirado no modelo holandês, com um esquema considerado por muitos como “retranqueiro”, para o espanto de toda a imprensa o 3-5-2 apresentado pelo Mogi Mirim, era diferente do que foi apresentado pela Seleção Brasileira na Copa da Itália em 1990, o estilo de jogo apresentado por Vadão ficou conhecido como Carrossel Caipira, pois apresentou um jogo veloz com jogadores versáteis, que mudavam de posição durante a partida, o Mogi Mirim incomodou muitos adversários considerados grandes e representa um capitulo relevante na história do futebol, precisamente na Temporada de 92/93.
O carrossel consistia no jogador executar mais de uma função no jogo, conforme apontava Oswaldo Alvarez, em sua interpretação do Futebol Total:
“... O Capone era zagueiro, mas fazia às vezes de volante, enquanto o Fernando fechava atrás e o Chiquinho passava para a meia. O Válber e o Rivaldo avançavam como atacantes e voltavam para armar...”.
Assim como a Holanda, o MMEC possuía uma equipe formada na base e estava associado a grandes valores individuais, destacando Rivaldo, Válber e Leto, Rivaldo um centroavante de origem atuava de meia e de ponta esquerda, já Válber e Leto foram responsáveis por colocar velocidade no ataque e envolviam o adversário com a troca de posições, assim como sua inspiradora européia.
Oswaldo Alvarez inovou a forma de jogar no sistema tático 3-5-2, quando criou o Carrossel Caipira, em Mogi Mirim. O trabalho apresentou bons resultados em pouco tempo. No “Paulistão” de 1992, o Mogi Mirim terminou em primeiro na chave entre os clubes considerados “menores”, grupo Amarelo e foi para a Fase Semi-Final contra as grandes equipes, Guarani, Palmeiras e Corinthians, o Mogi Mirim não se classificou para a Final, disputada por São Paulo x Palmeiras, o campeonato daquele ano foi conquistado pelo São Paulo, mas é preciso destacar alguns resultados expressivos desta geração, como aponta Vadão em outro depoimento, em jogo realizado em 19/08/1992 contra o XV de Piracicaba, o Mogi vencia pelo placar de 3x0 e seus adversários pediram para o Mogi parar de se movimentar, pois não agüentavam tanta correria (Alvarez, 2012). O sucesso do MMEC continuou, o empate com o Corinthians em um jogo duríssimo, o MMEC conquistou a Copa 90 anos da Federação Paulista, No ano seguinte o Carrossel continuou a girar realizando belas partidas, no dia 15/04/1993 venceu a forte equipe do Palmeiras no Palestra Itália, por 2x1 e em 9/05/1993 empatou em 2x2 com o Corinthians, além de ter vencido o Torneio Ricardo Teixeira e o conquistado o vice da Copa João Havelange, em partida decidida nos pênaltis contra o Vasco da Gama, sendo esta a ultima competição do Carrossel Caipira.
Com o final da Copa João Havelange, o MMEC negociou a maior parte de sua equipe, incluindo os reservas para as Grandes equipes da capital e não conseguiu repor para as temporadas seguintes, mas o Mogi Mirim representou um momento interessante para o futebol brasileiro, revelando jogadores como Rivaldo, que anos mais tarde seria eleito melhor jogador pela FIFA em 1999, campeão mundial em 2002 com a seleção Brasileira e ídolo nos clubes onde atuou, como o Barcelona, objeto de nossa próxima análise (Bertanha, 2010).
O imbatível Barcelona
O Barcelona é uma das maiores equipes da história do futebol, a equipe Catalã, fundada em 1899 destaca-se por sua grande infraestrutura, correndo na contramão da maioria dos clubes, durante muito tempo recusou-se a exibir algum tipo de marca ou produto em seu uniforme, recentemente doou para ao UNICEF, o espaço de seu uniforme, sua renda se baseia em seus sócios, sua contribuição para o futebol é inestimável, por lá já passaram grandes nomes e grandes títulos foram conquistados. Atualmente o Barcelona é objeto de discussão nas mais variadas esferas do meio esportivo, deste os maiores especialistas no assunto ao leigo que aprecia as habilidades de Messi durante o jogo, em um bar.
Seu esquema tático vária muito de acordo com o tipo de adversário, mas geralmente atua em um 4-1-4-1, com Pedro, Xavi, Iniesta e Villa formando a sua segunda linha de quatro meios campos, avançado para o ataque e recuando para a defesa, com o Messi em total liberdade para entrar na defesa oponente.
Pedro, Xavi, Iniesta e Villa formaram uma linha no meio-campo, avançando e recuando de acordo com as situações de jogo. Messi ficou à frente dessa linha, com liberdade para penetrar e recuar para dar assistências próximas à área.
Discussão
Mesmo não tendo resultados tão expressivos quanto o Barcelona e a Holanda o Mogi Mirim conseguiu local de destaque no futebol brasileiro, jogando com igualdade contra times grandes da capital paulista como o Corinthians. A discussão das principais semelhanças existentes nesses times se faz necessária e será mostrada a seguir:
Futebol Total
Olhando as escalações de Barcelona, Mogi Mirim e da Holanda no papel pode parecer que elas não tenham nada em comum, o Barcelona joga em um esquema com três atacantes abertos, com uma linha de quatro na defesa, o Mogi Mirim com o seu 3-5-2 inovador e considerado por muito defensivo demais e a Holanda sem posições fixas, mas todos esses times exerciam a mesma forma de jogar denominada Futebol Total.
O Futebol total consiste na marcação pressão ocupando todos os espaços do campo, sufocando o adversário induzindo-o ao erro na saída de bola, o Time do Mogi Mirim por ter 5 jogadores no meio campo exercia esse tipo de marcação mais próximo da intermediária, mas utilizando um recurso comum entre os times, a linha burra, que consiste em adiantar os zagueiros em linha para deixar o ataque adversário em impedimento, a Holanda em 74 usou muito esse tipo de tática, o zagueiro libero, que na maioria das vezes era Rudolf Josef Krol, adiantava-se e como uma avalanche todos os 10 jogadores de linha da Holanda direcionavam-se para o jogador adversário com a bola limitando seus espaços, pressionando até roubar a bola, no Barcelona assemelha-se muito com a Holanda fecha os espaços, mas não exerce tanta pressão para retirar a bola, espera o erro do adversário.
O ataque em velocidade é comum aos três times tendo como principais jogadores três ganhadores de melhor jogador do mundo, Rivaldo, Messi e Johan Cruyff, eles eram os motores no contra ataque. Muitos times podem ter tentado imitar a Holanda de 74, mas a existência de um jogador acima da média pode ter decidido o sucesso ou fracasso dessas tentativas, parece necessário uma peça com visão de jogo e agilidade para fazer a engrenagem funcionar.
Outra semelhança entre essas três equipes foi a formação e utilização das categorias de base, a Holanda de 74 utilizou como base o time do Ajax, comandada por Rinus Michels, o Barcelona tem em seu time titular pelo menos 8 jogadores formados em suas categorias de base, mas a semelhança entre o Barcelona e a Holanda não é mera coincidência, em 1989 Johann Cruyff foi técnico do Barcelona, onde realizou uma renovação no elenco criando o time mega campeão nos anos de 90 (tetra campeão espanhol e campeão da Liga dos Campeões), ele deixou o Barcelona em 1996 com boa parte de sua metodologia de jogo implantada nas categorias de base perpetuando-se até hoje.
O time do Mogi Mirim tinha a maioria do seu time formados nas categorias de base do time e ainda por cima, trouxe os jogadores Válber, Leto e Rivaldo da base do Santa Cruz, fortalecendo mais ainda seu elenco.
Conclusão
Os três times em questão demonstram algumas características muito parecidas e que podem ser entendidas como a chave do sucesso dessas equipes. Primeiramente sobre o seu comando técnico, Oswaldo Alvarez era um grande admirador e conhecedor do futebol holandês e teve muita inteligência e coragem para implantar aquele estilo de jogo no Mogi-Mirim, e até hoje é lembrado pelo sucesso daquele time. Josep Guardiola teve uma base técnica extremamente boa, pois desde muito novo treinou com grandes técnicos no Barcelona, e antes de se tornar técnico buscou aprimorar seus conhecimentos, até mesmo acompanhando outros técnicos, como o brasileiro Carlos Alberto Parreira. Já Rinus Michels era um gênio inovador como técnico, antes de criar o carrossel holandês, ele já tinha inovado o sistema tático do Ájax, time da Holanda, onde ele criou o futebol total. Ou seja, todos esses técnicos foram estranhamente inovadores, corajosos, e inteligentes no comando dos clubes que passaram.
O segundo ponto que deve ser observado na analise destes três times, é que todos eles tinham jogadores à cima da média. O Mogi com Válber, Leto, e Rivaldo que posteriormente foi consagrado melhor do Mundo, o Barcelona com Xavi, Iniesta, e o atual melhor do mundo, Lionel Messi, e a Holanda, com muitos craques, liderada por Johan Cruyff. As Três equipes tinham jogadores que desequilibravam.
O terceiro, e talvez mais importante ponto que fez essa três equipes obterem sucesso foi o investimento numa base forte. A Holanda tinha como base de sua seleção o time do Ájax que outrora fora comandado por Rinus, fora de campo, e Cruyff dentro de campo. Grande parte dos jogadores da seleção da Holanda surgiu das categorias de base do Ájax, e atuaram juntos no mesmo time por um longo tempo. O Mogi-Mirim além de apostar em jogadores formados na sua categoria de base, ainda trouxe Válber, Leto, e Rivaldo da categoria de base do Santa Cruz, e aprimorou o talento dos jogadores antes de colocá-los pra jogar. Já o Barcelona tem um trabalho fortíssimo nas categorias de base desde a época em que Rinus Michels foi treinador do time, e esse trabalho tem dado excelentes frutos, e além de formar jogadores como os já citados, Xavi, Messi e Iniesta, e muitos outros, o elenco do “Barça” é a base da seleção espanhola, atual campeã do mundo. Com base nisso, fica fácil compreender o motivo do sucesso desde três times, não foi algo que simplesmente aconteceu por um mero acaso, e sim um trabalho forte e bem estruturado, com objetivos fixos, vencer e encantar.
Referências
ABOUTOIHI, S. Football: guide de l'éducateur sportif. Paris: Editions Actio. 2006.
ALMEIDA, M. A. B. ; Gutierrez, Gustavo ; PELLISON, R. Futebol e ferrovia: a história de um trem da industrialização. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Impresso), v. 24, p. 249-258, 2010.
ALMEIDA, M. A. B. ; ROSE, Dante. Fenômeno Esporte: relações com a Qualidade de Vida. In: Roberto Vilarta; Gustavo Luis Gutierrez; Maria Inês Monteiro. (Org.). Qualidade de Vida: Evolução dos conceitos e práticas no século XXI. 1 ed. Campinas: IPES, 2010, v. 1, p. 11-18.
BRASIL, Jornal do. Holanda Reabilita o futebol como espetáculo de arte. Caderno de Esportes, p. 40. Manchete de Jornal publicada em 16/06/1975. Rio de Janeiro
BRASIL, Jornal do. Zagallo evita fazer comentário sobre o jogo. Caderno de Esportes pag. 40. Manchete de Jornal publicada em 16/06/1975 Rio de Janeiro.
CARMONA, Ledio; POLIO, Gustavo. Almanaque do futebol. São Paulo: Casa Das Palavras, 2006.
CRIVELLENTI, Fábio Cassiano. Organização e evolução do sistema tático no futebol. 2005. 59 f. Monografia (Graduação em Educação Física) - Centro Universitário Clarestiano, Batatais, 2005.
COSTA I. T., J. M. Garganta da Silva, P. J. Greco & I. Mesquita - Princípios Táticos do Jogo de Futebol: conceitos e aplicação. Motriz, Rio Claro, v.15 n.3 p.657-668, jul./set. 2009.
FRANZINI, Fábio. A futura paixão nacional: chega o futebol. In: DEL PRIORE, M; MELLO, V. (orgs.). História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais. São Paulo: Editora UNESP, 2009. p. 107-132
FIFA. Copa do Mundo da FIFA. Disponível em: http://pt.fifa.com/worldcup/index.html. Acesso em: 25 abr. 2012.
FIFA Fever. Documentário Oficial dos 100 Anos da FIFA Orlando Duarte, 2005.
FERREIRA, Rafael B.; PAOLI, Próspero B. & COSTA, Felipe R. da. Proposta de “scout” táticos para o futebol. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v. 12, n. 118, p. 1-13, março, 2008. http://www.efdeportes.com/efd118/scout-tatico-para-o-futebol.htm
GIL, Gilson. O drama do "futebol-arte": o debate sobre a seleção nos anos 70. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 25 – 2010 ANPOCS.
GARGANTA, J. Modelação táctica do jogo de futebol – estudo da organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento. 1997.312 p. (Doutorado). Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto, Universidade do Porto, Porto, 1997. 312p.
LOBO, Luis Freitas. 1930-1998: a evolução táctica. Disponível em: http://www.planetadofutebol.com/artigos/1930-1998-a-evolucao-tactica. Acesso em: 25 abr. 2012
REIS, Heloisa Helena Baldy Dos; ESCHER, Thiago Aragão. A RELAÇAO ENTRE FUTEBOL E SOCIEDADE: Uma análise histórico- social a partir da teoria do processo civilizador. In: Simpósio Internacional Processo Civilizador, 9., 2005, Ponta Grossa. pag. 1 - 8.
ROCHA, Raphael A. S. G. Análise da evolução dos esquemas táticos do futebol brasileiro. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano 8, nº 26, out/dez 2010.
SOUZA, Odinar De. A contribuição e aplicação dos sistemas e táticas de jogo utilizados no futebol amador da região sul. 2006. 49 f. Monografia (Especialista em Treinamento Esportivo) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2006.
THOMAZ, Tiago R. & PAOLI, Próspero B. Percepções de técnicos da categoria infantil das escolas de futebol da Grande Vitória – ES, referentes ao desenvolvimento do componente tático no planejamento de trabalho. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v. 12, n. 115, p. 1-4, diciembre, 2007. http://www.efdeportes.com/efd115/escolas-de-futebol-desenvolvimento-do-componente-tatico.htm
VENDITE, Caroline C. & MORAES, Antônio Carlos. Sistema, estratégia e tática de jogo no futebol: análise do conhecimento dos profissionais que atuam no futebol. In: XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Anais... Brasília: Intercom, 2004.
ZERHOUNI, M. Principes de base du football contemporain. Fleury: Orges. 1980.
Endereços Eletrônico acessados
BETING, Mauro. Organização e evolução do sistema tático no futebol. Disponível em: http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/2009/02/20/historia-em-jogo-holanda-2-x-0-uruguai-copa-74/. Acesso em: 25 abr. 2012.
Carrossel Caipira 20 anos do Sapo que encantou o Pais. http://euradamesypele.wordpress.com/2012/05/08/carrossel-caipira-20-anos-do-sapo-que-encantou-o-pais/ Acesso 29/05/2012
Documentário - Carrossel Caipira, o Fenômeno Tático do Interior. www.carrosselcaipira.blogspot.com.br, Acesso 29/05/2012
Mogi Mirim Esporte Clube – site oficial www.mmec.com.br Acesso 26/05/2012
Vinte anos após Carrossel Caipira, Vadão compara Mogi de 92 ao Barça. http://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/noticia/2012/04/vinte-anos-apos-carrossel-caipira-vadao-compara-mogi-de-92-ao-barca.html, Acesso 29/05/2012
ANEXO 1
Holanda – 1974
Técnico: Rinus Michels
Foi jogador de futebol, tornando-se muito conhecido no Ájax da Holanda, onde marcou 120 gols. Como treinador conquistou muitos títulos como: Campeonato holandês: 1965-66, 1966-67, 1967-68, 1969-70; Copa dos Países Baixos: 1966-67, 1969-70, 1970-71; Taça dos Campeões Europeus: 1970-71; Campeonato Espanhol: 1973-74; Copa da Alemanha: 1982-83, e o seu principal titulo, Eurocopa: 1988
Principais Jogadores da Holanda de 1974:
Ruud Krol –
Johan Neeskens
René Van de Kerkhof
Johan Cruyff
Títulos:
Vice-campeão Copa do Mundo 1974. Vice-campeão Copa do Mundo 1978. Torneio Internacional de Paris: 1978 Eurocopa: 1988.
Resultados da Holanda nas eliminatórias européias para Copa do Mundo de 1974.
Grupo Formado por Holanda, Islândia, Bélgica e Noruega:
Resultados da Holanda na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha.
Primeira Fase: Grupo 3, formado por Holanda, Bulgária, Uruguai, e Suécia:
Segunda Fase: Holanda caiu no Grupo A, com as seleções: Brasil, Alemanha Oriental e Argentina.
Final: Alemanha Ocidental x Holanda
Total: 13 jogos, 9 vitórias, 3 empates, 1 derrota, 39 gols marcados, 4 gols sofridos.
ANEXO 2
Mogi Mirim – 1992
Técnico: Oswaldo Alvarez (Vadão)
Iniciou carreira como preparador físico, até ser convidado para dirigir o time do Mogi.Ainda dirigiu outros times após sair do Mogi-Mirim e conquistou alguns títulos como: Campeonato Brasileiro - Série C: 1995; Campeonato Paranaense: 2000; Torneio Rio-São Paulo: 2001; Supercopa do Japão: 2005
Principais jogadores do Mogi Mirim de 1992:
Válber
Leto - A pós sair do Mogi-Mirim com o termino do campeonato paulista de 1992 foi jogar no Corinthians. Ainda teve passagem por diversos times como Portuguesa, Guarani e Cruzeiro. Atualmente promove ajuda técnica nas categorias de base do Mogi.
Rivaldo - Foi o grande craque do Mogi-Mirim. Atuava como atacante e meia armador. depois de sair do Mogi com o termino do campeonato paulista de 1992, Rivaldo atuou em grandes times como palmeiras, La Coruña, Barcelona, Cruzeiro e muitos outros. Ganhou diversos prêmios como Bola de Prata, premiação da revista placar, foi eleito melhor jogador do mundo m 1999, e foi campeão do mundo com a seleção brasileiro em 2002. hoje é presidente do Mogi-Mirim.
Títulos:
Campeão paulista do Interior – 1993. Copa 90 Anos – 1992. Torneio Ricardo Teixeira – 1993.
Campanhas do Mogi Mirim nos Campeonatos Paulistas de 1991 e 1992
Campeonato Paulista 1991 – o Campeonato foi estruturado em 2 grupos iniciais: Grupo Verde e Grupo Amarelo. No grupo Verde estavam as equipes melhores classificadas no Campeonato Paulista do ano anterior, no qual estava o Mogi Mirim. Já no grupo Amarelo estavam os times que piores se classificaram no Campeonato Paulista do ano anterior, retirando os times rebaixados e incluindo os 4 times que subiram da segunda divisão. Os jogos são separados em turno e returno, e passavam dessa fase os 5 melhores do grupo verde, e os três melhores do grupo amarelo, o Mogi Mirim não se classificou e ficou em ultimo no seu grupo, mas não foi rebaixado.
Primeiro Turno:
Segundo Turno:
Total: 26 jogos, 5 vitórias, 9 empates, 12 derrotas, 21 gols marcados, 35 gols sofridos.
Campeonato Paulista 1992 – o Campeonato foi estruturado em 2 grupos iniciais: Grupo Verde (A) e Grupo Amarelo (B). No grupo Verde estavam as equipes melhores classificadas no Campeonato Paulista do ano anterior. Já no grupo Amarelo estavam os times que piores se classificaram no Campeonato Paulista do ano anterior, retirando o time rebaixado e incluindo o time que subiu da segunda divisão. O Mogi Mirim se encontrava no segundo grupo, o amarelo. Os jogos são separados em turno e returno, e passavam dessa fase os 5 melhores do grupo verde, e os três melhores do grupo amarelo, o Mogi Mirim se classificou em primeiro lugar do seu grupo, tendo a melhor campanha entre os 2 grupos.
Primeiro Turno:
Segundo Turno:
Segunda Fase: Na segunda Fase os times classificados foram divididos em dois grupos,
Grupo 1 e Grupo 2. O Mogi Mirim fiou no Grupo 2 com os times: Corinthians, Guarani e Palmeiras.
Total: 32 jogos, 17 vitórias, 9 derrotas, 6 empates, 48 gols marcados, 32 gols sofridos.
ANEXO 3
Barcelona 2010/2011
Técnico: Josep Guardiola
Pep como é conhecido por muitos, sempre fez parte da história do Barcelona, começou a treinar no clube com 13 anos, e quando encerrou sua carreira de jogador, assumiu o Barcelona B, e logo em seguida o Barcelona A, a partir da temporada 2008/2009. Guardiola se tornou o maior treinador estreante de todos os tempos, superando até mesmo Cruyff, ganhou Copa do Rei, o Campeonato Espanhol, a Supercopa da Espanha, a Liga dos Campeões da UEFA, a Supercopa Européia e Mundial de Clubes da FIFA, na mesma temporada, inclusive conquistando diversos prêmios de melhor treinador do ano por revistas e associações.
Principais Jogadores do Barcelona de 2010:
Carles Puyol
Xavi Hernandéz
Andrés Iniesta
Lionel Messi
Títulos:
Copa
do Rei. Campeonato Espanhol. Supercopa da Espanha. Liga dos Campeões da
UEFA. Supercopa Europeia
Mundial de Clubes da FIFA
Resultados do Barcelona (Espanha) na temporada 2010/2011.
Pré-Temporada: Valerenga (Noruega), FC Seoul (Coréia do Sul) e Beijing Guoan (China)
Troféu Joan Gamper: Milan (Itália)
Copa do Rei: Times Espanhóis
Liga BBVA (Primeira Divisão Espanhola):
Supercopa Européia: Porto (Portugal)
Supercopa Espanhola: Sevilla (Espanha)
Liga dos Campeões:
Grupo: Barcelona (Espanha), Rubin Kazan (Rússia), Panathinaikos (Grécia) e Copenhagen (Dinamarca)
Oitavas de Final: Arsenal (Inglaterra)
Quartas de Final: Shakhtar Donetsk (Ucrânia)
Semifinal: Real Madrid (Espanha)
Final: Manchester United (Inglaterra)
Mundial de Clubes:
Semifinal: Al-Saad (Catar)
Final: Santos (Brasil)
Total da Temporada: 69 jogos, 51 vitórias, 6 derrotas, 12 empates, 176 gols marcados, 44 gols sofridos.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 169 | Buenos Aires,
Junio de 2012 |