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Introdução

    A sociedade moderna tem vivenciado, nas ultimas décadas, um dinâmico e complexo processo de mudanças nos padrões alimentares e nutricionais nos perfis demográfico, socioeconômico e epidemiológico. Tal processo vem acontecendo de maneira diferenciada em países, regiões e grupos sociais diversos ⁽³⁾. De forma geral a alta prevalência de excesso de peso mostra a necessidade da implementação de medidas de prevenção e controle, contribuindo para a redução destes índices. Bem como para a redução de gastos sociais devidos a morbidade de doenças crônicas

    O grupo estudado tem como objetivo comum o condicionamento físico e uma boa qualidade de vida escolheram a atividade de caminhada para alcançar este objetivo. Durante o dia a dia de exercícios eles foram orientados por uma acadêmica do curso de educação física a controlar a intensidade do esforço pela frequência cardíaca (FC). A zona de treinamento de cada um foi calculada de acordo com a FC máxima predita ⁽⁴⁾, respeitando também a escala de esforço subjetivo ⁽⁵⁾. Também foram coletadas medidas antropométricas para comparação com as mesmas medidas ao final de 6 meses de atividade. As medidas antropométricas, além de servirem de instrumento de avaliação nutricional, são úteis também para realizar comparações temporais em um mesmo grupo ou entre populações ⁽⁶⁾. O grupo estudado parece ter medidas antropométricas diferenciadas da classificação média brasileira para o mesmo sexo e idade, gerando a pergunta deste estudo: - O perfil antropométrico de mulheres da região norte é diferenciado e menor que o perfil médio de mulheres do restante do Brasil?

Objetivo

    Descrever o perfil antropométrico dos indivíduos que fazem caminhada orientada regularmente no Município de Alvorada Do Oeste, Rondônia e compará-la aos resultados da média dos Brasileiros.

Material e métodos

    A amostra de estudo foi intencional e constituída por 30 indivíduos de sexo feminino com idade 39±14 anos do Município de Alvorada Do Oeste, RO. Para obter os dados de percentual de gordura (%G) foi utilizado o aparelho de Bioimpedância Fat Loss; para medir a estatura o Estadiômetro Wood Compact; e a massa corporal (MC) foi informada pelos indivíduos. As medidas de idade, sexo, %G foram utilizadas para caracterizar a amostra. A medida de peso e estatura alem de fazer parte da caracterização da amostra, compõe o calculo do índice de massa corporal (IMC).

    Utilizou-se o teste de Kolmogorof-Smirnoff para atestar a normalidade dos dados e o teste t de student para compará-los com a média dos brasileiros.

Resultados e discussão

    Na tabela 1 apresentamos a caracterização da amostra.

Tabela 1. Caracteristicas da amostra

    Se observarmos as médias do IMC para esta população e compara-la com a média brasiliera 26 ⁽³⁾ podemos definir que não há diferenças.

Gráfico 1. Distribuição IMC para população do estudo

    Entretanto, se estratificarmos a amostra podemos afirmar que 54% dos individuos da amostra são eutróficos, 42% estão acima do peso, 4% estão em obsesidade moderada. A média brasileira para obesidade é 13% ⁽³⁾ da população.

Considerações finais

    Observando as considerações apresentadas nos resultados podemos afirmar que há diferenças entre o IMC médio da população brasileira e o IMC desta amostra nortista brasileira. Confirmando a hipotese de que há um grau menor de obesidade nos individuos que vivem no norte do Brasil.

Bibliografia

1. A guide for population-based approaches to increasing levels of physical activity: implementation of the WHO Global Strategy on Diet, Physical Activity and Health. WHO. Ginebra : Organización Mundial de la Salud, 2007.

2. Handbook for guideline development. WHO. Ginebra : Organización Mundial de la Salud, 2009.

3. Obesidade: prevenindo e controlando a epidemia global/ Relatório da consultoria da OMS. Tradução: Andréa Favano; revisão científica: Sérgio Setsuo Maeda. OMS. São Paulo : Roca, 2004.

4. The effects of training on heart rate: a longitudinal study. Karvonen JJ, Kentala E, Mustala O. 1957, Ann Med Exp Biol Fenn, pp. 307-315.

5. BORG, GA. Perceived Exertion. Exerc Sport Sci Rev. 2, 1974, pp. 331-353.

6. The strategy of Preventive Medicine. ROSE, G. New York : Oxford University Press, 2000.

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 168 | Buenos Aires, Mayo de 2012   © 1997-2012 Derechos reservados