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Os benefícios da ginástica laboral no rendimento do trabalho

Los beneficios de la gimnasia laboral en el rendimiento en el trabajo

 

*Graduada em Educação Física. Pesquisadora

Auxiliar na área da ginástica laboral

**Professor titular da Fimca. Doutor em Educação. Pesquisador

na área da aprendizagem e manifestações lúdicas.

Curso de Educação Física. Faculdade Metropolitana

(Brasil)

Josiane Souza Ferreira*

João Rafael Valentim-Silva

Josué José de Carvalho Filho

Vanderlei Ferreira dos Santos

Francisco Tadeu Reis de Souza**

p.jrvalentim@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A pesquisa tem como objetivo diagnosticar e observar os benefícios advindos da ginástica laboral através de um estudo em várias escolas privadas da cidade de Porto Velho-RO. A premissa da pesquisa é buscar subsídios que venham a comprovar que a ginástica laboral, realizada com uma população de professores do ensino médio, proporciona benefícios ao ser humano, além de possibilitar melhor condicionamento físico, socialização e o prazer de estar em movimento, tendo como resultado, profissionais da área de educação mais saudáveis, dispostos e ativos ao trabalho. O método utilizado nesta pesquisa foi o indutivo, em que observamos uma população de profissionais da área educacional, mais especificamente professores, para isso, escolhemos três escolas particulares. Concluímos que a ginástica laboral vem a ser uma importante ferramenta para as instituições educacionais que reconhecem a interdependência entre mente e corpo. Sendo assim, a partir da prática da ginástica laboral, verificamos que os benefícios que a mesma proporciona aos docentes e quanto mais cedo eles estiverem sobre a prática da mesma, melhores resultados há de se obter.

          Unitermos: Ginástica laboral. Rendimento. Trabalho.

 

Artigo elaborado a partir de pesquisa de monografia de conclusão de curso.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 168 - Mayo de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A pesquisa teve como finalidade diagnosticar e observar os benefícios advindos da ginástica laboral através de um estudo em escolas privadas da cidade de Porto Velho-RO. A premissa da pesquisa é buscar subsídios que venham a comprovar que a ginástica laboral, realizada com uma população de professores do ensino médio, proporciona benefícios ao ser humano, além de possibilitar melhor condicionamento físico, socialização e o prazer de estar em movimento, tendo como resultado, profissionais da área de educação mais saudáveis, dispostos e ativos ao trabalho.

    Observamos que a falta de informações sobre as vantagens da prática da ginástica laboral, indica que proporciona dificuldades no cotidiano de profissionais da área educacional, mais propriamente de professores do ensino médio. Por outro lado supõe-se que os problemas comumente vivenciados por estes profissionais e que em vários casos, não conseguem dar continuidade ao trabalho, por vários motivos, materiais inadequados, horários que não se conciliam nas atividades do dia a dia, tudo isso trazendo influencias negativas sobre o desempenho dos docentes.

    No entanto, a preocupação é que os profissionais da área de educação possam começar mais cedo a pratica da ginástica laboral para um melhor desempenho no exercício da profissão. Portanto, se propõe a verificar quais os benefícios que a pratica da ginástica laboral implica no exercício da profissão dos docentes e para tanto, esta pesquisa vem com o seguinte questionamento: a ginástica laboral pode prevenir possíveis patologias, adquiridas no decorrer do exercício da profissão docente, melhorando assim a sua qualidade de vida? Para tentarmos solucionar a problemática desta pesquisa, hipotetizamos que a ginástica laboral vem contribuir para um processo de melhora nos relacionamentos interpessoais, redução de lesões e estresse, proporcionando aos profissionais da área de educação uma melhor qualidade de vida.

    Baseado nesta afirmação é que nos lançamos ao árduo caminho da construção de um trabalho que intenta-se vir a contribuir a comunidade educacional e quiçá outras, a fim de proporcionar esclarecimentos acerca do assunto em questão.

A ginástica laboral

    A ginástica não é apenas uma arte do prazer, é arte da vida para a saúde e para beleza; é um dos ramos mais importantes da higiene pública. Sua função é antes de tudo fisiológica, psíquica e social. Ela seria como a própria vida, da qual é uma das primeiras funções (COSTA, 2000).

    De acordo com Mendes (2004) ginástica laboral é um programa de qualidade de vida e de promoção do lazer, mesmo sendo realizada pelos trabalhadores durante o expediente de trabalho.

    Segundo Polito e Bergamaschi (2001) apud Realce, ginástica laboral são exercícios diários que visam normalizar capacidades e funções corporais para o desenvolvimento do trabalho, diminuindo a possibilidade de comprometimento da integridade do corpo. Ainda, segundo os autores (p. 28) apud Basso (1989) Schimitz (1981) e Sarcow e Canete (1966) entendem esta atividade como a criação de um espaço onde as pessoas possam, por livre e espontânea vontade, exercer várias atividades e exercícios que estimulem o autoconhecimento e levem à ampliação da auto-estima e, conseqüentemente, proporcionam um melhor relacionamento consigo, com os outros e com o meio.

    Segundo Lima (2005) apud Lima (1998) a Ginástica Laboral é a prática de exercícios físicos realizados coletivamente durante a jornada de trabalho, prescrito de acordo com a função exercida pelo trabalhador. Essa prática tem como finalidade prevenir doenças ocupacionais e promover o bem-estar individual por intermédio da consciência corporal: conhecendo, respeitando, amando e estimulando o próprio corpo.

    Para Lima (2005) apud Fontes (2001) a Ginástica Laboral é uma atividade física diária, realizada no local de trabalho, com exercícios de compensação para movimentos repetidos, para ausência de movimentos e para posturas incorretas no local de trabalho. Já para Polito e Bergamaschi (2003) a Ginástica Laboral é um repouso ativo, que aproveita as pausas regulares durante a jornada de trabalho, para exercitar os músculos correspondentes e relaxar os grupos musculares que estão em contração durante o trabalho, tendo como objetivo a prevenção da fadiga.

    Lima (2005) traz uma definição mais abrangente sobre a Ginástica Laboral ao afirmar que a mesma é um meio de valorizar e incentivar a prática de atividades físicas como instrumentos de promoção da saúde e do desempenho profissional. Assim, a partir da diminuição do sedentarismo, do controle do estresse e da melhoria da qualidade de vida, o aumento da performance profissional, pessoal e social ocorrerá naturalmente.

    Após citar vários autores com os seus conceitos sobre ginástica laboral, penso que o mais identificado com a pesquisa foi Lima (2005) citado no parágrafo anterior, que de acordo com o autor a melhora do desempenho profissional desta população se obtém através destas atividades, sendo melhorado naturalmente a qualidade de vida.

    Cañete (1996) nos descreve que a ginástica laboral não é uma atividade física recente. Existem relatos deste tipo de atividade desde 1925, na Polônia onde é chamada de ginástica de pausa, destinada a operários. Pesquisas foram realizadas neste mesmo período na Bulgária, Alemanha Oriental e Holanda. Na Rússia, 150 mil empresas, envolvendo cinco milhões de funcionários, praticavam e ainda praticam a ginástica de pausa, adaptada a cada cargo. A ginástica laboral chegou ao Brasil em 1969 por meio de executivos nipônicos nos estaleiros Ishiksvajima, sendo que até hoje, diretores e operários dedicam-se aos exercícios, visando principalmente à prevenção de acidentes de trabalho.

    Polito e Bergamachi (2003) informam que em 1973 houve uma experiência pioneira no país, com base na seguinte proposta elaborada pela Federação de Estabelecimento de Ensino Superior em Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul (FEEVALE): a elaboração de exercícios baseada em análise biomecânica, para relaxar os músculos agônicos pela contração dos antagônicos, em face da exigência funcional unilateral, o projeto foi intitulado de “Educação Física Compensatória e Recreação”, e tinha por finalidade, esclarecer as linhas gerais que deverão nortear a criação de centros de Educação Física junto aos núcleos fabris.

    Segundo Polito e Bergamachi (2003) na década de 1980, a ginástica laboral começou a ser retomada, ressurgindo com força total na década de 1990. a partir dessa década, foi enfatizada a qualidade de vida no trabalho, condenando-se o estresse e as lesões causadas pelo trabalho repetitivo como a DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho).

    Não há mais dúvidas de que as rápidas e drásticas mudanças que vêm ocorrendo na filosofia e, consequentemente, na forma de administrar as grandes empresas estão acarretando graves prejuízos aos trabalhadores e um ônus altíssimo para toda a sociedade. As novas formas de gestão, em nome do progresso e da evolução da humanidade, trazem consigo o fantasma do desemprego, níveis de pressão, metas, ritmo e jornada de trabalho muito além dos limites da natureza humana.

    Conforme Figueiredo (2005) apesar de a modernidade ter trazido enormes avanços tecnológicos cada dia mais se busca maior produtividade, porém com isso trouxe também maiores desgastes físicos, mentais e emocionais conduzindo a um provável desequilibro. Sendo que não só a modernidade causaria estes problemas como também podemos citar a falta de emprego, custo de vida muito alto, motivos ao qual cada dia mais o profissional se sobrecarrega pensando não perder a chance do mercado de trabalho.

    Porém é enganosa a imagem de que somente os profissionais das linhas de montagem e digitadores possuem problemas de saúde e de afastamento por lesões osteomusculares. Atualmente, várias profissões estão sendo acometidas pela DORT (Distúrbios Osteomusculares relacionados ao trabalho) como por exemplo, operadores de telemarketing, bancários, operadores de caixas de supermercados, secretárias, dentistas, advogados, engenheiros e, surpreendentemente, gerentes e diretores.

    A Ginástica Laboral destaca-se também como atividade de auxilio à prevenção de lesões no ambiente de trabalho, pois, anatomicamente, visa melhorar a flexibilidade e a mobilidade articular, diminuir a fadiga – decorrente de tensão e repetitividade que acometem tendões, músculos, fáscias e nervos – e beneficiar a postura do indivíduo diante do posto e da sua rotina de trabalho.

    As exaustões físicas, mentais e emocionais que acomete a grande maioria dos trabalhadores pode ser relacionada diretamente aos elevados índices de acidentes de trabalho (inclusive óbitos) entre os quais as doenças ocupacionais, com destaque especial para as L.E.R. (Lesões por Esforços Repetitivos), que já adquiriu, hoje no Brasil, um caráter epidêmico preocupante. Estes dados refletem o descaso das empresas com a questão da saúde e, em última instância, com a dimensão humana (CAÑETE 2001).

Metodologia da pesquisa

    O método utilizado nesta pesquisa foi o indutivo, o qual segundo Lakatos (2006) faz uso da técnica de observação direta extensiva. Vale e salientar que indução por ser um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é levar as conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.

População e amostra

    A população definida para esta pesquisa, foram profissionais da área educacional, mais especificamente professores, foram escolhidas três escolas particulares de porte médio a grande sendo os critérios utilizados, a facilidade quanto ao acesso da mesma para a pesquisa. Ao entrar em contato com as escolas em um primeiro momento explicando os objetivos da pesquisa fomos direcionados a área da supervisão pedagógica no qual não tivemos nenhum problema, buscamos saber o numero de profissionais que cada escola tinha e fizemos nossa pesquisa com trinta por cento desta população, o que definimos como amostra.

    Após ser aceita a pesquisa de forma favorável a área pedagógica da escola se responsabilizou de passar os questionários e explicar os mesmos a população escolhida. Em seguida deixamos os questionários e marcamos data para buscar. Lembrando que quanto mais cedo esses profissionais estiverem sobre as vantagens da pratica da Ginástica Laboral e começarem a praticá-la, terão um melhor desempenho no exercício de sua profissão, bem como saúde e melhor qualidade de vida.

Análise, interpretação e discussão dos dados

    Analisar os dados coletados é de fundamental importância a qualquer pesquisa, já que os mesmos são imprescindíveis, pois nos fornece subsídios a conclusão do um estudo que se propõe a investigar os fenômenos humanos. Alem de serem analisados os dados devem ser antes de tudo, discutidos, pois de acordo com Lakatos (1991) a discussão dos dados nos remete a formulação de premissas sobre a população estudada.

Gráfico 1

Em relação à faixa etária verificamos que não existem sujeitos nas faixas de idade compreendida entre 50-59 e 60-69. Já se constata que há uma predominância na faixa etária de 30 a 39 anos, seguida por 40-49 anos e sua minoria nas faixas 20-29 e abaixo de 20 anos. Tal verificação nos remete a visualização de que os sujeitos pertencentes à população da pesquisa, são na sua maioria composta por pessoas que estão no ápice do seu exercício profissional.

Gráfico 2

Observa-se que a grande maioria da população pesquisada relatou gostar de praticar esportes, em segundo temos a ginástica muito procurada principalmente pela população feminina, em terceiro lugar não nos relataram a atividade de predominância ficando entre outros. Logo aparece a natação seguida da dança e hidroginástica.

Gráfico 3

É preocupante o número de pessoas que não praticam atividade física, isso nos mostra o grau de sedentarismo que esta população vive, sendo que a facilidade de serem acometidos de algumas patologias é muito maior do que se estivessem praticando. O que nos solicita mais a mostrarmos a importância do nosso trabalho, contudo por outro lado é bom saber que um pouco mais da metade da população pesquisada esta preocupada com sua saúde utilizando-se da pratica da atividade física.

Gráfico 4

Neste gráfico da freqüência observamos que a grande maioria, da população pesquisada realiza atividade física de três a quatro vezes por semana, o que nos indica um bom percentual, já que este é um bom planejamento para a atividade física. Temos em igual proporção os que praticam de uma a duas vezes e os que praticam de cinco a seis vezes. No entanto os que praticam de uma a duas vezes ficam sempre a desejar, pois é um número um pouco pequeno para que possamos obter maiores ganhos, mas vale salientar que é melhor do que não praticar, por outro lado temos esta porcentagem que esta praticando quase que ao máximo do seu controle semanal, logicamente os resultados serão melhores observados nesta faixa de freqüência.

Gráfico 5

Para os que não estão praticando nenhuma atividade, buscou-se saber a quanto tempo eles estavam fora destas atividades, e o gráfico nos relata que em porcentagens iguais estão os que deixaram de praticar entre três e seis meses e entre seis e um ano. A partir disto já temos a porcentagem maior que relata mais de um ano contendo trinta e oito por cento desta pesquisa. Dado que nos deixa um pouco preocupados visto que as pessoas que estão relatadas neste gráfico sabem da importância da atividade física e nem assim se dão ao luxo de praticar.

Gráfico 6

O gráfico nos mostra que trinta e três por cento estão sempre motivados a praticar, dezessete por cento frequentemente aumentando este percentual para quarenta e dois que só sentem esta motivação às vezes e oito por cento raramente. Por isso a necessidade de se implantar melhores programas de atividades físicas, para populações especifica afim de melhor atende-los sendo que isto poderia ser um fator motivacional para pessoas que sentem esta dificuldade.

Gráfico 7

Cinqüenta e três por cento da população pesquisada relata ter praticas constantes de lazer e quarenta e sete por cento não. Assim, o gráfico nos mostra que, quase a metade da população não tem praticas constantes de lazer, o que nos deixa preocupados pelo fato de este relacionar-se diretamente com a boa qualidade de vida.

Gráfico 8

Vinte e dois por cento relatam se preocupar às vezes, trinta e seis por cento frequentemente seguido de quarenta e dois por cento que sempre se preocupam com esta atividade familiar. Estes dados vêm afirmar que a maior parte da população tem preocupação com o lazer de sua família possuem um melhor relacionamento familiar, refletindo também nos relacionamentos profissionais. Sendo assim, falta para população que pouco ou que não se preocupa com o seu lazer e de sua família o conhecimento de que este trás benefícios tanto para si próprio quanto para os que o rodeiam.

Gráfico 9

Pelo que podemos ver neste gráfico, 56% afirmam não sentir dificuldades durante seu trabalho, ao mesmo tempo em que 44% afirmam sentir. Este fato poderia ser minimizado se esta população não tivesse um ritmo de vida sedentário, até mesmo para aqueles que afirmam não sentir nenhuma dificuldade, que poderiam ter um melhor desempenho na sua atividade profissional.

Gráfico 10

Neste gráfico podemos ver o porquê de alguns fatores já mencionados anteriormente, como por exemplo, problemas osteomusculares, o que podem estar sendo muito influenciado pelas mas posturas do dia a dia. Onde foi relatado que cinqüenta por cento somente às vezes tem boa postura seguido de dezenove por cento que seria frequentemente, após vem dezessete por cento onde deveria ser o total, pois estes são os que se conscientizam da necessidade dessas posturas e oito por cento raramente finalizando com seis por cento nunca ter uma postura adequada.

Gráfico 11

Ao analisarmos este gráfico, vemos que quase toda a população pesquisada afirma ser importante a pratica da Ginástica Laboral nos locais de trabalho, mesmo sem saberem realmente qual a sua importância e seu benefício para o seu melhor desempenho profissional. O que nos leva a refletir, que podemos fazer o nosso trabalho de forma a ajudar estes profissionais e a cada dia podemos estar mostrando a importância desta atividade.

 

Gráfico 12

Sente algum tipo de dor em alguma parte do corpo?

    Em geral as pessoas pesquisadas afirmam sentir dores por todo o corpo, no entanto, a maior evidência está na coluna cervical, torácica e lombar nos fazendo concluir que o vício maior está na má postura do dia-a-dia do profissional de educação.

Conclusão

    Quando nos propusemos pesquisar sobre este tema nosso principal objetivo era demonstrar a necessidade que o profissional da área da educação tem ao praticar alguma atividade física, vislumbrando com tal ato sua melhoria de qualidade de vida. Observamos que o ser humano trabalha para tanto para sobreviver, quanto para se humanizar, na medida em que colocam no trabalho suas aptidões e habilidades. Contudo, deve-se considerar que nem todo trabalho produz a satisfação e as condições de qualidades necessárias ao pleno conforto e adaptação do profissional.

    Assim, ao considerar a necessidade de fatores que tornem o ambiente de trabalho harmonioso para amenizar as pressões do dia a dia, ao mesmo tempo se reconhece a importância das organizações ao se preocuparem na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos no trabalho. Destas ações, certamente dependem a saúde de todos que convivem no ambiente e desenvolvem suas funções.

    A exigência da profissão tem produzido muitos desafios que exigem do educador capacidade de conhecer plenamente suas dificuldades, considerando-se que suas expectativas externas se chocam com as possibilidades reais de realização do sujeito. Para não se estressar, o profissional precisará se autoconhecer, para se preservar psicologicamente. Neste contexto, o educador se constitui de instrumento para que efetivamente possa enfrentar a carga horária extenuante e os controvertidos caminhos da aprendizagem que requerem do docente muito mais do que a tarefa de transmitir conteúdos, mas de trazer consigo a motivação e o entusiasmo para que o educando possa sentir-se também estimulado a aprender.

    Lidar com a construção constante do conhecimento é um grande desafio e o docente precisa estar sempre preparado para desempenhar bem o seu papel social. Sugere-se que o docente tenha tempo para dedicar a si e ao seu corpo. Nesse contexto, a ginástica laboral é uma das estratégias eficazes para ajudar os profissionais da área educacional a superar as dificuldades no ambiente de trabalho, sendo uma excelente terapia para que o profissional sinta seu próprio corpo a partir do relaxamento de nervos e músculos. Neste sentido, ela representa uma forma alternativa de superar obstáculos que se impõe na atividade ocupacional do docente.

    A ginástica laboral ainda beneficia as funções da mente estimulando a capacidade, raciocínio e memória, fatores estes, físicos e mentais, que são fundamentais para a realização do trabalho pedagógico.

    Mas a partir de um estilo de vida ativo que a ginástica laboral vem a proporcionar, melhorando a qualidade de vida, sendo as atividades direcionadas ao trabalho especifico, prevenindo assim as doenças ocupacionais. A aplicação de um programa de ginástica laboral na escola poderá melhorar as condições de trabalho, aumentando a produtividade e consequentemente, a promoção humana de cada individuo dentro e fora do seu ambiente de trabalho. As dores e o cansaço ocasionados por más posturas e esforços repetitivos serão assim também minimizados, já que a ginástica laboral envolve estratégias que estimulam a educação postural e os hábitos saudáveis de saúde.

    As atividades físicas são consideradas estimuladoras do bem estar mental e físico. O exercício deve estar dentro de determinados limite adequados e satisfatórios, portanto, benéficos, porque permitem ao individuo um relaxamento. Assim, o exercício físico se constitui em uma atividade que elimina os fatores negativos relativos ao trabalho e aumenta a tolerância ao estresse, sendo que as atividades desenvolvidas desempenham funções importantes para os órgãos do corpo humano.

    A ginástica laboral vem a ser uma importante ferramenta para as instituições educacionais que reconhecem a interdependência entre mente e corpo. Sendo assim, a partir da prática da ginástica laboral, verificamos que os benefícios que a mesma proporciona aos docentes e quanto mais cedo eles estiverem sobre a prática da mesma, melhores resultados há de se obter.

    Finalmente, ao concluir este trabalho, nos remetemos aos diagnósticos realizados através de coleta de dados em que respondemos nossa argumentação inicial, problemática que foi norteadora deste estudo, em que afirmamos que a ginástica laboral, desenvolvida de forma periódica e com um acompanhamento de um profissional da área da Educação Física, vem a prevenir e minimizar possíveis patologias adquiridas no decorrer da labuta profissional e constatamos que a hipótese lançada é verdadeira, visto que, a ginástica laboral contribui no processo de relacionamentos interpessoais, na redução de lesões, proporcionando aos profissionais da área da educação um melhor rendimento no seu oficio, como também, uma melhor qualidade de vida.

Referências

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