O efeito da meditação no comportamento social do praticante El efecto de la meditación en el comportamiento social del que la practica The effect of meditation in social behavior of practitioner |
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*Profa Livre Docente do Depto de Educação Física da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” Campus Rio Claro, SP **Prof Mestre em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas Orientador educacional on line Educação Física da Fundação de Desenvolvimento da UNICAMP ***Bacharel em Educação Física da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” Campus Rio Claro-SP (Brasil) |
Profa Dra Silvia Deutsch* Prof. Ms. Luiz Fabiano Seabra Ferreira** Profa Ana Claudia Gomes de Amorim Pinto*** |
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Resumo O estudo buscou verificar a influência da meditação no comportamento social com base nas condutas moral e ética das pessoas - Yamas e Niyamas. Foi utilizado um questionário dividido em três sessões: 1. Dados pessoais; 2. Questões sobre a percepção do praticante quanto à qualidade de sua prática de meditação; 3. Questões sobre sua percepção quanto à qualidade de seu dia. Participaram 11 sujeitos (8 mulheres e 3 homens) com idades de 18 a 60 anos que responderam o instrumento durante quatro dias sendo dois dias com prática meditativa e dois dias sem prática meditativa. Comparando os resultados entre dias com e sem prática meditativa os resultados mostraram que dos 10 conceitos morais e éticos 7 apresentaram melhora, um se manteve no mesmo nível e apenas dois apresentaram piora. destacamos que na questão sobre o estado geral das pessoas a prática da meditação apresentou um resultado significativamente positivo na qualidade do dia das pessoas (Wilcoxon: z = -2,021; p≤0,043). Em todos os outros tópicos morais e éticos a prática meditativa não apresentou diferença. Foi possível concluir que a prática meditativa pode interferir no comportamento das pessoas colaborando para a melhora de seu dia e de seu convívio social. Unitermos: Yoga. Meditação. Comportamento social.
Abstract
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 168 - Mayo de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Kupfer (2002) diz que Yoga é um dos termos mais flexíveis e polissêmicos da língua sânscrita e que sendo assim pode mudar muito de significado, de acordo com o contexto.
A palavra Yoga é usada tanto no sentido de união (com o Divino) como no de veículo (upáya) para essa união. (...) Desafortunadamente, nenhuma palavra foi tão profanada nos tempos modernos como a palavra Yoga. Andar sobre o fogo, tomar ácido lisérgico, parar o batimento cardíaco, etc. se consideram Yoga, quando, a bem da verdade, não tem nada a ver com ele. Mesmo os poderes psíquicos [siddhis] não são Yoga. Yoga é consciência; transformação da consciência humana em consciência divina (KUPFER 2002).
No senso comum yoga pode aparecer relacionada a religiões, no entanto, isso representa uma limitação, pois reduzi-la ou classificá-la como tal se configura numa tentativa para aniquilar sua complexidade, bem como suas origens, enclausurando-a, ou destituindo-a de suas múltiplas variações. Na Índia podem ser encontradas diversas tradições, escolas e métodos de yoga. Por sua vez, no Brasil, muitas vezes o yoga é difundido a partir de fragmentações, considerando que no país de origem ele transcende práticas físicas ou os cuidados com o corpo e a saúde.
O yoga faz parte da cultura indiana desde tempos remotos e tem se perpetuado por meio das tradições orais e posteriormente pela escrita. Blay (2004) classifica yoga da seguinte forma:
Hatha-yoga – utiliza o domínio externo e interno do corpo como ponto de partida e como meio para chegar à sua integração.
Karma-yoga – emprega a atividade externa, com renúncia progressiva ao objeto da ação.
Bhakti-yoga – é o amor e a devoção a Deus, a serviço ao próximo.
Raja-yoga – utiliza o domínio interno dos mecanismos da atividade mental.
Gnana-yoga – emprega o discernimento e conhecimento abstrato.
Mantra-yoga – usa o domínio do som, externo e interno, e a aplicação do ritmo a determinadas combinações de sons.
Tantra-yoga – emprega a prática das energias psíquicas e fisiológicas.
A exposição acima é apenas uma mostra a alguns sistemas de yoga, pois seria reducionista afirmar que essa categorização possibilita uma apreensão do yoga na sua totalidade. Devido à extensão e complexidade dos diversos tratados, métodos, sistemas, escolas e tradições do yoga, são abordados neste texto inicialmente o Ashtanga Yoga, o Raja Yoga, o Yoga Clássico, o Yoga Real ou como é mais conhecido - Yoga de Patañjali.
Eliade (1996) diz que o yoga é uma das seis escolas da filosofia hindu, designa um amplo conjunto de práticas de meditação, posturas corporais, ética e metafísica. Originalmente foram desenvolvidas paralelamente à quase totalidade das correntes filosóficas hinduístas e são baseadas na convicção de que o espírito e o corpo são interdependentes e unidos.
Swami Satyananda Saraswati (2004) declara que o yoga é a ciência do viver corretamente, harmoniosamente, integrando todos os aspectos que compõem o humano. Isto deve ocorrer de forma continua na vida diária.
Blay (2004) descreve o yoga como uma ciência experimental, pois seus métodos e técnicas são resultados diretos da experiência humana acumulada por diversas gerações, portanto se realizado conforme as recomendações e prescrições (com auxílio de um guru ou mestre – pessoa que já passou pela experiência - como o orientador dessas práticas) serão atingidos resultados semelhantes ou idênticos aos já vivenciados pelos mestres antecessores. A experiência é a verdadeira fonte e origem do yoga.
O Yoga também não exige a clausura ou o isolamento do praticante senão nos momentos de meditação, quando é conveniente a ausência de perturbações no local do exercício. No mais ele pode, e até deve, ser realizado dentro do ambiente social habitual do Yoguin. Ao seguir os preceitos do yoga descobrimos maneiras mais adequadas para a vida comunitária (BARBOSA 2006).
Michäel (1996) ressalta a dificuldade em se definir historicamente as origens do yoga devido a sua antiguidade. A sistematização mais antiga que se tem notícia foi elaborada por Patañjali – Yoga Sutras (aforismos do yoga) – provavelmente data entre os séc. II a.C. e IV d.C.. Ele não foi o criador do yoga, mas sim o primeiro a compilar os conhecimentos que eram produzidos a partir de debates entre os praticantes e transmitidos oralmente. Eliade (1996) relata que Patañjali tem sido freqüentemente chamado de fundador da yoga por causa deste trabalho.
O yoga de Patañjali significa intensa abstração e meditação, possibilitando alcançar a iluminação chamado de samādhi.
Zimmer (2000) destaca não apenas os conteúdos dos Yoga Sutras, mas também a forma concisa, sóbria e flexível como são expostos os conhecimentos nessa obra. Para Barbosa (2006) os Sutras do Yoga têm por objetivo dar ao estudante uma noção precisa do que é o yoga e de que maneira se deve praticá-lo.
A palavra sânscrita “sutra” vem da raiz “siv” que significa “costurar”. Os textos chamados sutras apresentam, de fato, a característica da linearidade em que cada frase é uma decorrência lógica da frase anterior e leva o fio do raciocínio a um encadeamento necessário com a frase que se segue. Os sutras eram escritos para o aprendizado de temas complexos, e deviam ser memorizados integralmente pelo estudante. A finalidade de sua estrutura linear era facilitar o esforço de memorização. Além disso, nenhum sutra deveria ser muito extenso, pela mesma razão (BARBOSA 2006).
Johnston (1912) descreve o tema central do Yoga Sutras como a grande regeneração, o nascimento espiritual desdobrado a partir da dimensão física do homem. Relata que muitas pessoas pensam estar vivendo uma vida puramente física nestes corpos materiais. Na realidade, os ocidentais realmente encarnam uma concepção materialista sobre a existência. Por muito tempo a vida tem sido compreendida a partir da dimensão física e nesse contexto, submergem e centram o viver numa dimensão psíquico-física. Isso é fruto de tradições filosóficas que os orientam numa perspectiva materialista/racionalista reduzindo e limitando as possibilidades de expressões humanas.
Refletindo sobre a condição humana limitada e limitante Zimmer (2000) diz que o problema do homem é simplesmente sua identificação permanente com os objetos dos sentidos, compreensão limitada sobre sua liberdade, vivendo numa condição distraída e ignorante, apegado as percepções, aos pensamentos e outros processos mentais. Essa identificação trás limitações ao homem tanto no campo de seu autoconhecimento quanto ao de seus relacionamentos.
Buscando superar tal compreensão o yoga propõe o reconhecimento da nossa unidade fundamental, conexão das dimensões que a ciência moderna ocidental fragmentou como corpo, mente, psique, espiritual, entre outros. Representa o ser na sua totalidade, indissolúvel. É a união e a manifestação dessa unidade.
Os comentadores dos Yoga Sutras relatam o despertar de uma dimensão humana que extrapola o físico, corporal, sensorial, emocional e mental. Blay (2004) descreve o Yoga Sutras com sendo “uma espécie de síntese, recapitulação de vários sistemas, integrando-os numa unidade orgânica”. Dessa forma, o sistema de yoga proposto por Patañjali se tornou uma das referências mais divulgadas tanto na Índia como em outros países.
Os sutras tornam evidente o fato de que o Yoga é uma disciplina que trabalha com a mente, e que o corpo é apenas uma ferramenta adicional para o correto desempenho prático. Fica claro que um deficiente físico está tão apto à prática do Yoga quanto um saudável atleta, desde que em ambos exista uma sincera disposição à disciplina do pensamento e do comportamento (BARBOSA 2006).
Barbosa (2006); Mehta (1995); Taimni (2001) descrevem o texto sendo composto por 196 sutras – aforismos, divididos em quatro capítulos que tratam do método Ashtanga Yoga. Estão dispostos seqüencialmente de modo a traçar um roteiro de fácil memorização abrangendo todos os pontos essenciais do sistema. Os quatro capítulos são os seguintes:
SamādhiPāda – trata da definição do samādhi, que é um estado meditativo da mente, e dos processos para alcançar esse estado. O samādhi ultrapassa a dualidade sujeito/objeto. O autor descreve o yoga e, em seguida, a natureza e os meios para atingir samādhi. Define o objetivo de seu método: yoga cittavrttinirodha – Quando cessa a agitação da mente (produção de pensamentos, emoções e sensações transitórias) surge o estado real de yoga – estabilidade. Esse primeiro capítulo descreve o que é o yoga, detalhando logo no seu início o que são as vrttis (pensamentos), projeções de citta (consciência) no mundo manifestado, e esclarecendo que o recolhimento desses pensamentos é possível por meio de uma prática que depende de duas condições indispensáveis: disciplina e desapego.
SādhanaPāda – trata da prática que leva ao estado meditativo, e dos obstáculos que podem ser encontrados. Sādhana é a palavra sânscrita para “prática” ou “disciplina”. Aqui o autor descreve duas formas de yoga: kriya yoga (yoga da ação) e ashtanga yoga (as oito partes do yoga) yamas, niyamas, asasnas, pranayamas, pratyahara, dhyana, dharana e samadhi que serão detalhadamente descritos mais a frente.
VibhūtiPāda – trata dos resultados obtidos com a prática da meditação profunda (samyama), que são conhecimentos e habilidades especiais. Vibhūti é a palavra sânscrita para “poder” ou “manifestação fenomenológica”. Os poderes supranormais são adquiridos pela prática das técnicas do yoga.
KaivalyaPāda (sobre o ser-nele-mesmo ou liberação) – trata do objetivo final do yoga proposto nos sutras, que é o estado de equilíbrio mental, estabilidade e liberação e a transcendência.
Como descrito acima o método de yoga proposto por Patañjali é formado por quatro divisões que se interconectam e são interdependentes, nesse contexto, especificamente na segunda parte SadhanaPada, é exposto o ashtanga yoga (oito passos/etapas):
Yamas – normas de convivência - harmonização do homem com o meio – relativo à percepção e controle dos comportamentos e ações. São divididas em cinco seções: a) Ahimsa – não violência, pacifismo; b) Satya – manter-se na verdade; c) Asteya – não roubar; d) Brahmacharya – ter o controle dos sentidos; e) Aparigraha – evitar o desejo de posse ou a obsessão.
Niyamas – normas de aperfeiçoamento pessoal - harmonização interna do homem com ele mesmo – autodisciplina. São divididas em cinco partes. São elas: a) Shauca – pureza (física, mental e espiritual); b) Santosha – contentamento; c) Tapas – auto-controle, disciplina, determinação; d) Svadhyaya – dedicação aos estudos, auto-conhecimento; e) IshvaraPranidhana – entrega, devoção, consagração.
Asanas – posturas objetivando o fortalecimento do corpo e a meditação.
Pranayama – controle e direcionamento da vitalidade - controle da respiração – harmonização da energia vital.
Pratyahara - recolhimento da atenção - abstração e interiorização dos cinco sentidos – percepção sensorial.
Dharana – concentração da atenção em um objeto determinado.
Dhyana – permanência no estado de concentração- meditação profunda, contemplativa.
Samādhi – absorção e elevação da consciência dentro do próprio processo de cognição- superação de si mesmo – estabilidade mental também chamado de iluminação.
De acordo com Blay (2004), essas etapas são coexistentes e interdependes. No conjunto elas fornecem os elementos necessários para que o homem atinja a plenitude e a totalidade, desenvolvendo as diversas dimensões que compõem o humano.
Conforme Barbosa (2006), Patañjali descreve o elaborado caminho que leva, de uma maneira gradual e segura, até essa condição do samādhi. É um caminho ético, demonstrativo das vivências dos princípios numerados pelo yoga. Nesse contexto, “sadhana” significa implementação, vivência das práticas, também conhecidas como Kriya Yoga (a realização do Yoga).
Swami Akhilananda (1947) diz que só é possível desenvolver as potencialidades latentes da personalidade humana integrando os três aspectos que compõem a mente; cognição, emoção e volição, formando uma totalidade. Ressalta que os psicólogos hindus reconhecem que quando a mente se torna completamente integrada pode expressar atividades envolvendo esses três aspectos interconectados, o que resulta numa atividade mental de maior amplitude, complexidade e controle. Isso quer dizer que quando treinamos a mente, desenvolvemos a concentração e a meditação. Isto está relacionado ao desenvolvimento espiritual dos seres humanos. Do ponto de vista pragmático possibilita o relaxamento, a dissolução de conflitos emocionais, frustrações e medos, entre outros, harmonizando e minimizando os distúrbios mentais, alcançando a felicidade e a paz culminando numa qualidade de vida mais ampla e duradoura.
Nesse contexto, o yoga representa uma possibilidade de reconhecer limitações e transcende-las. Dessa forma, a contemplação da mente (Raja Yoga) é um caminho, um movimento de introspecção que visa tranqüilizar, harmonizar, buscando se situar além de todas e quaisquer transformações mentais.
É um sistema de educação oculto por meio da concentração mental para o desenvolvimento das faculdades superiores do homem e seus poderes latentes. Este sistema parte do mundo interior, para estudar a natureza interior e por seu intermédio dominar os sentidos internos e externos (RAMACHÁRACA 1977).
De acordo com Rodrigues (2003) na perspectiva do yoga, o grande problema é que mantemos nossa mente constantemente ocupada com o cotidiano, não deixando tempo para o que é extraordinário. Identificamo-nos com os problemas, achando que a vida é só isso, e impedindo que sobre espaço para outros sentimentos que são naturais ao ser humano.
Para se atingir os objetivos propostos pelo yoga, são necessários cuidados sobre si mesmo. Identificar e reconhecer as dificuldades vivenciadas momentaneamente representa os primeiros passos rumo à superação dessas limitações. A meditação (Raja Yoga) possibilita a introspecção, a identificação das estruturas que compõem a mente, desenvolvendo o autoconhecimento e despertando um infinito potencial criativo. Nesse contexto, podemos ressaltar efetivamente a qualidade de vida em termos de saúde mental, pois o reconhecimento das limitações abre novas perspectivas para a superação de tais condições.
Concordando com Rodrigues (2003) que enfatiza que as pessoas que vivem nas cidades grandes com uma infinidade de estímulos, solicitações emocionais, sem contar as condições inadequadas de alimentação e descanso, são limitadas neste tipo de prática, conseguindo alcançar apenas seus estágios iniciais, o que já é altamente benéfico.
Para Rohr (1995) meditação é um saber interior espontâneo totalizador e consciente de forças mentais, do sentido, da própria consciência. Meditação significa o recolhimento concentrado e continuo de nossa atenção é também simultaneamente uma sensível franqueza para aquilo que a nossa atenção concentrada oferece como visão, experiência ou vivência. Ela exige tanto disciplina quanto relaxamento, atenta doação voltada para um objetivo e serenidade tanto interior quanto exterior. Meditação é o estudo paradoxo da vida, que leva a fonte da vida onde ela adquire um sentido e de onde brota uma força inesgotável que tudo anima.
A partir dessas constatações podemos perceber a efetiva atuação do yoga na educação e qualidade de vida do humano. As técnicas do método Asthanga Yoga revelam a possibilidade de superação, equilíbrio e harmonia das diversas dimensões que compõem o humano, no entanto, a nossa cultura e educação dificultam as práticas do yoga.
O cuidado de si (qualidade de vida) exige muito mais dos simples movimentos ginásticos, práticas esportivas e alimentação adequada, entre outros. O ser humano é dotado de uma complexidade que se manifesta de diversas formas, exigindo cuidados que satisfaçam todas as dimensões (afetivo, emocional, racional, motor e espiritual, entre outras) que compõem esta totalidade (FERREIRA et al. 2007).
Nesse contexto, objetivando harmonizar as diversas dimensões que compõem o humano, ressaltamos a necessidade de realização das práticas, pois só assim poderemos vivenciar e compreender as possibilidades de transformações proporcionadas pelo sistema de yoga proposto por Patañjali.
Assim sendo este estudo tem como objetivo principal verificar como a prática diária da meditação interfere na qualidade das relações sociais das pessoas. Mais especificamente busca ainda identificar se a prática da meditação auxilia no cumprimento dos valores morais individuais e sociais estabelecidos pelos yamas e niyamas (conceitos morais e éticos).
Método
Participantes
Participaram desta pesquisa onze adultos sendo oito (72,7%) mulheres e três (27,3%) homens que têm por hábito a prática meditativa diária. As onze pessoas participavam de um grupo de praticantes de Raja Yoga denominado Sahaj Marg (O Caminho Natural). Esta prática se baseia nos princípios da Raja Yoga, isto é, uma prática mental.
Para a compreensão do perfil de nossos participantes apresentamos algumas características do grupo estudado.
Em relação à idade, dois (18,2%) de nossos participantes tinham idade entre 18 e 30 anos, um (9,1%) entre 31 e 40 anos, três (27,3%) entre 41 e 50 anos e cinco (45,5%) acima de 51 anos. A distribuição dos participantes quanto ao nível socioeconômico foi de dez (90,9%) de classe média e um (9,1%) de classe alta. Quanto à escolaridade um (9,1%) possuía ensino médio, sete (63,6%) possuíam nível superior completo e três (27,3%) com nível superior com pós-graduação. Quanto ao estado civil duas (18,2%) pessoas eram solteiras, sete (81,8%) casadas, uma (9,1%) separada e uma (9,1%) viúva.
Instrumento
Foi elaborado um questionário subdividido em 3 sessões: a primeira consta de informações pessoais; a segunda questiona a percepção do praticante quanto à qualidade de sua prática meditativa e de seu estado antes e imediatamente após a mesma e a terceira parte é referente à sua percepção no que diz respeito à qualidade de seu dia nos campos físico, emocional, mental e na qualidade de seus relacionamentos. Esta terceira parte foi desenvolvida com base nos conceitos morais e éticos (Yamas e Niyamas) do Yoga já descritos anteriormente.
Esta parte do instrumento consta de vinte questões sendo duas para cada um dos Yamas e Niyamas e ainda uma questão referente ao estado geral do praticante.
Apesar de constar de três partes, para o presente artigo apenas serão apresentados os resultados da primeira e terceira partes do instrumento, isto é, perfil do participante e de sua condição geral ao final do dia quando praticava e quando não praticava a meditação.
Procedimentos
Os participantes deste estudo foram convidados individualmente a fazer parte do mesmo sendo que a priori deveriam ter por hábito algum tipo de prática meditativa (Raja Yoga) que possuísse em sua rotina uma meditação de aproximadamente 45 minutos no início do dia.
Uma vez, confirmada a prática diária e assinado um termo de consentimento de utilização das informações para pesquisa cientifica os participantes foram colocados em contato com os instrumentos que seriam utilizados.
Junto com os instrumentos foi também entregue um envelope selado e etiquetado com o endereço da pesquisadora e solicitado a cada participante que após o término do preenchimento dos questionários enviassem pelo correio.
Segue instrumento conforme utilizado nesta pesquisa:
Análise dos dados
Em função do objetivo da pesquisa foi feita inicialmente uma análise descritiva dos dados. O resultado de cada participante foi analisado, sendo cada uma das vinte e uma questões foram comparadas ao que se diria ser um ideal para um bom convívio social. Foi feita uma comparação entre os resultados dos dias onde ocorreu a prática meditativa e os dias em que ela não ocorreu.
Fez-se necessário analisar um percentual para cada uma das situações (meditar e não meditar) fosse tratado com base nos preceitos morais e éticos (Yamas e Niyamas) apresentados na literatura.
Após análise descritiva uma vez que as variáveis continuas em estudo não apresentavam distribuição normal foi aplicado o teste não paramétrico de Wilcoxon (α ≤ 0,05) comparando os resultados entre as duas situações.
Resultados e discussão
A seguir serão apresentados na forma de gráfico os resultados em porcentagens dos participantes comparados nas situações com e sem a prática meditativa nas dez categorias de Yamas e Niyamas.
Figura 1. Comparação entre os resultados (em porcentagem) de cada um dos Yamas e Niyamas nas situações com e sem a prática meditativa
Dos cinco conceitos morais, quatro mostraram melhor desempenho nos dias em que os praticantes meditaram. Apenas o conceito satya (verdade) se apresentou de maneira idêntica.
Tabela 1. Comparação entre situações de prática meditativa e não prática nos conceitos morais e éticos
(Yamas e Niyamas) através das médias das pontuações adquiridas nas questões do questionário aplicado. (N=11)
Os Yamas são o que podemos chamar de normas da boa convivência que uma vez seguidas de forma equilibrada auxiliam na manutenção da harmonia entre os homens e também entre os homens e a natureza. Quando bem conduzidos em seus cinco aspectos auxiliam para manutenção de bons relacionamentos e em formas mais equilibradas de viver.
A ausência da violência, a sinceridade, a ausência de desejos a atenção entre o que é desejo ou necessidade, o desapego foram os temas abordados nas questões.
Exceto no aspecto que diz respeito à verdade que se manteve com os mesmos resultados nos dias com e sem as práticas meditativas, os outros aspectos apresentaram resultados melhores quando as pessoas meditavam.
Apesar de não ter sido encontrada diferença significativa em nenhum dos conceitos, nas questões correspondentes a Ahimsa – não violência; todos os participantes apresentaram resultados semelhantes destacando mais características de ações violentas nos dias em que não meditavam. Essa violência apareceu mais em relação aos outros do que consigo mesmos. Já quando faziam a prática pela manhã, a violência em relação ao outro não foi identificada no decorrer do seu dia.
O sutra 2.35 coloca que “Aquele que se estabelece na não violência, consegue afastar e eliminar toda e qualquer violência da sua presença” (MEHTA, 1995; GULMINI, 2002).
A auto-observação proporcionada pela prática meditativa mostra uma contribuição na melhora das características de violência. Obviamente que o simples fato dos participantes já possuírem o hábito da prática diária da meditação, já os torna menos violentos.
O sutra 2.36 afirma que pela verdade e pela sinceridade, o praticante de yoga ou iniciado obtém para si e para os demais os frutos das ações e de suas conseqüências. A palavra “Satya” corresponde à verdade, veracidade, sinceridade. As questões que diziam respeito à verdade, tanto para si mesmo quanto em relação às outras pessoas se mostraram ideais tanto nos dias com a presença da prática meditativa, quanto nos dias onde os praticantes não meditavam. Essa característica se mostra como sendo um dos primeiros valores incorporados pelas pessoas que buscam o autoconhecimento.
A não apropriação do indevido, “asteya”, ou melhor, não se apropriar do que não é seu também apresentou uma melhora em função da prática meditativa.
No sutra 2.37 consta que pelo estabelecimento da honestidade (não roubar de qualquer forma que seja material ou não material), todas as riquezas e tesouros, materiais e não materiais são acessíveis. (A honestidade é a verdadeira e única causa de qualquer riqueza, interior ou exterior) (MEHTA, 1995; GULMINI, 2002).
Brahmacharya encontra-se muito voltado a moderação da sensualidade/sentidos, porém denota também relação ao apego, ao pensamento persistente, e nesse sentido pudemos observar que a prática meditativa colaborou na diminuição deste tipo de comportamento.
O sutra 2.38 diz que na prática da castidade ou do equilíbrio sexual, obtém-se a energia perfeita e superior.
Estabelecendo ter somente o necessário, surge a suprema realização da fonte divina do nascimento é o que afirma o sutra 2.39. Aparigraha significa não acumular, não criar necessidades. Não podemos pensar aqui apenas em coisas materiais. Pensamentos e desejos também fazem parte desse processo de acumulação.
Tanto o apego em relação às pessoas quanto à necessidade de algo quando ocorria a prática da meditação pela manhã mostraram-se menos intensos.
Dos cinco conceitos éticos 2 apresentaram um resultado inesperado. Aparentemente isso indica que (Santosha) contentamento e (Svadyaya) exercício do auto estudo independem da prática meditativa. Como podemos ver na Tabela 2. No caso de svadyaya o teste apresentou resultado significativo (Wilcoxon: z = -2,745; p≤0,006).
Os Niyamas são definidos como as normas de aperfeiçoamento pessoal onde o homem necessita buscar sua harmonização interna através da autodisciplina.
Aspectos como capacidade de desapego, clareza, reflexão, gratidão, disciplina, simplicidade, auto-observação e entrega foram os temas abordados nas questões referentes a esses conceitos.
Apesar de apresentar pouca diferença, tanto o aspecto do contentamento quanto na dedicação aos estudos ou aprofundamento de conhecimento os resultados se mostraram contrários ao esperado.
Os sutras 2.40 e 2.41 tratam da purificação afirmando que pela purificação interior e exterior , obtém-se o equilíbrio e a proteção necessária para o aperfeiçoamento superior. São etapas iniciais, pelas quais os praticantes devem passar e que constituem a grande base prática da raja yoga. Colocam ainda que advenham a pureza de espírito, a alegria e a nobreza real, a concentração absoluta, o controle dos sentidos e a capacidade da realização do eu.
Shauca significa purificação, sentir-se limpo. O sentido das questões colocadas no instrumento pediu aos participantes uma noção de clareza e desapego. O resultado apresentado foi notavelmente positivo na presença da prática meditativa.
Santosha significa contentamento. Indica ser um dos niyamas que mais surtem resultado com a prática meditativa regular. Taimni (1995) coloca que a felicidade só e obtida pelo verdadeiro contentamento que é colocado no sutra 2.42.
A capacidade de se sentir feliz tanto nas situações positivas quanto nas negativas da dia-a-dia parte do nosso desenvolvimento interior. O exercício é não ter uma visão de coisas boas ou ruins presentes em nossas vidas, mas sim de se tornar apenas um observador dos fatos.
Ao questionar o aspecto Santosha, ou melhor, contentamento, utilizamos duas frases e observamos que uma delas apresentou dificuldade na compreensão dos participantes da pesquisa em função de sua descrição na forma negativa. Talvez em função disso o resultado encontrado neste niyama não foi à direção esperada apresentando um resultado melhor na ausência da prática meditativa.
Ao tratar de tapas no sutra 2.43 ele diz que a perfeição dos corpos (a partir do corpo físico) e de tudo que os compõem é obtida pela austeridade.
Tapas é sinônimo de disciplina. As questões relacionadas à disciplina apresentaram diferenças quanto à presença ou ausência da prática meditativa. A prática mostrou um melhor resultado na disciplina das pessoas.
Svadhyaya significa auto-estudo, observação. Como bem coloca Patañjali em Mehta9 é na ênfase do estudo próprio e na auto-análise, (sutra 2.44) onde surge o real conhecimento de tudo o que compõe o Universo interior ao ser humano e exterior ao mesmo .
Esse parece ser o Niyama que mais diz respeito à real busca de qualquer pessoa que tenha por hábito ou objetivo a prática meditativa. A prática da meditação aparentemente não interferiu nestes resultados.
Ishvara Pranidhana significa reta, orientação, capacidade de entregar-se a Deus. Pela devoção a suprema e absoluta realidade, obtém-se a iluminação, ou união perfeita com essa realidade (sutra 2.45).
O resultado da prática meditativa neste Niyama colaborou para essa entrega.
Figura 2. Comparação entre os resultados (em porcentagem) em como os participantes avaliaram a qualidade do dia em que praticaram a meditação e do dia em que não praticaram
Nesta questão o teste corrobora com a observação sendo que o resultado mostra que a prática da meditação tem um resultado significativamente positivo na qualidade do dia das pessoas (Wilcoxon: z = -2,021; p≤0,043).
Tabela 2. Comparação entre situações de prática e não prática meditativa na questão sobre o estado geral do praticante através das médias das pontuações adquiridas. (N=11)
Essa questão analisa a qualidade do dia do participante comparando-a com e sem prática meditativa. Não resta dúvida em afirmar que a prática meditativa em muito colabora na qualidade de nosso dia-a-dia. Pode parecer em um primeiro momento que auxilia apenas em nosso comportamento com relação às outras pessoas. O fato é que a prática nos faz observar. Observar para dentro e para fora de nós mesmos. Essa observação nos leva ao autoconhecimento e é essa melhora de nossa percepção em relação a nós mesmos que nos torna pessoas de melhores e conseqüentemente de melhor convívio.
Os resultados apresentados de todos os conceitos morais e éticos mostram um panorama completo onde a prática meditativa pode atuar de forma mais incisiva. Observamos que dos dez tópicos, sete deles apresentam uma melhora, um permanece no mesmo patamar e dois apresentam um resultado abaixo do esperado nos dias onde foram feitas as práticas meditativas.
Considerações finais
De modo geral podemos afirmar que as práticas meditativas colaboram para um melhor convívio social. Observou-se que os resultados de maneira geral apontaram no sentido positivo.
Entre as questões colocadas com base nos os cinco yamas a prática meditativa mostrou sua interferência positiva em: ahimsa (não violência), asteya – não roubar, bramacharya (controle dos sentidos) e aparigraha (não acumular, não gerar necessidades). No caso de satya – manter-se na verdade o resultado se apresentou da mesma maneira tanto nos dias de prática como nos de não prática meditativa.
Já no caso das questões ligadas aos Niyamas a prática meditativa mostrou sua interferência positiva no caso de shauca – pureza, tapas – auto-controle, disciplina, determinação e ishvarapranidhana – entrega, devoção.
Já no caso de santosha – contentamento e svadhyaya – dedicação aos estudos, auto-conhecimento os resultados da prática não apresentaram uma influencia positiva.
Ao comparar as médias dos participantes nas situações com e sem prática meditativa observamos que os resultados se apresentaram próximos ao que se acredita como uma resposta equilibrada para quem possui uma prática disciplinada de meditação.
Todos participantes desta pesquisa já possuíam o hábito da prática meditativa e apesar de não ter questionado há quanto tempo praticavam meditação, sabe-se que em média todos participantes ultrapassavam o período de um ano.
Permanece a sugestão de reformulação da frase construída em forma negativa, “Não me perturbei com pequenos acontecimentos” e “Não tive como interferir em alguns fatos”, sugerindo-se uma revisão em suas construções para futuras reutilizações deste instrumento de pesquisa.
Viver em sociedade é uma constante oportunidade de lidar com conflitos. São esses conflitos que nos colocam em constante prova de desenvolvimento de nossos valores que se mostram em nossos comportamentos sociais.
A meditação nos leva inicialmente a uma maior capacidade de concentração. Em um segundo momento, começamos a nos observar e apenas posteriormente conseguimos nos conectar com uma essência que até então nos parecia desconhecida e que com o tempo percebemos que nos é muito familiar, pois nada mais é que a nossa origem.
Ferreira et al (2007) ressaltam que as práticas de meditação auxiliam positivamente a saúde geral possibilitando um equilíbrio entre as diversas dimensões que compõem o ser humano na sua totalidade.
Ainda em se tratando da meditação no âmbito da saúde enfatizamos que essas práticas representam uma possibilidade alternativa como tratamento complementar de diversos distúrbios, além disso, podem e devem ser tratadas como um tópico relacionado à saúde preventiva, visto que tais práticas já estão sendo inseridas e utilizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006 com a sua oficialização por meio da Portaria No – 971 (Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde), além disso, esse documento enfatiza por meio da Diretriz MTCA 2o desenvolvimento de estratégias de qualificação profissional. Isso demonstra o reconhecimento da eficiência e eficácia em relação aos resultados obtidos com a utilização da meditação com fins terapêuticos.
Moretti et al. (2009) relata uma experiência positiva realizada na cidade de São Paulo ao inserir as práticas meditativas chinesas nas unidades de saúde. Os dados estatísticos revelam um crescimento significativo em relação à oferta dessas práticas, bem como dos praticantes.
Nagai e Queiroz (2001) realizaram uma pesquisa qualitativa sobre a implementação de práticas e terapêuticas alternativas e complementares na rede básica de serviços de saúde de Campinas.
De modo geral, tais procedimentos tem recebido apoio dos profissionais de saúde, principalmente dos coordenadores do serviço, que argumentaram que tais práticas são compatíveis com os fundamentos do SUS, melhoram a qualidade de vida da população e contribuem para a promoção do autocuidado (NAGAI & QUEIROZ 2011, p. 1976).
Em se tratando de promoção de autocuidado também enfatizamos a meditação como um caminho, uma possibilidade educativa no qual os praticantes desenvolvem suas potencialidades latentes, incluindo expressões criativas, afetivas, cognitivas e motoras, entre outras, pois a prática constante da meditação pode proporcionar o reconhecimento das estruturas que formam a mente, portanto representa a possibilidade de realizar transformações nessas estruturas, alterando comportamentos inadequados ou nocivos ao bem estar e qualidade de vida, bem como em relação ao convívio com outros seres, buscando harmonizar as inter-relações vivenciadas cotidianamente.
Apenas no que nos é oferecido diariamente, parece difícil conseguir observar esse nosso interior que pode nos levar ao nosso ser. Fica a proposta de sentar e silenciar, o corpo e a mente para podermos conhecer um pouco de nós mesmos através dessa experiência que tem condições de oferecer grandes benefícios melhorando a nossa qualidade de vida.
Referências
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