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Causas e conseqüências de um estilo de vida sedentário

 e possibilidades de transformar a o conhecimento de 

hábitos saudáveis em ações práticas e concretas

Causas y consecuencias de un estilo de vida sedentario y posibilidades de 

transformar el conocimiento de hábitos saludables en acciones prácticas y concretas

 

*Graduado em Educação Física (FAFIPA)

**Docente do curso de Educação Física da FAFIPA

Mestre em Motricidade Humana (UNESP)

(Brasil)

Yuri Alexander dos Santos Rôas*

Eliane Josefa Barbosa dos Reis**

yurialex_sr@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste estudo de revisão é analisar as causas e conseqüências de um estilo de vida sedentário e possibilidades de transformar a o conhecimento de hábitos saudáveis em ações práticas e concretas. O avanço da tecnologia vem há promover um maior conforto para o ser humano, porém muitas vezes limita os movimentos do ser humano, contribuído para a falta de atividade física e posteriormente acarretando nas doenças crônicas degenerativas. O Sedentarismo é um dos grandes mal do novo milênio, podendo ser influenciado por fatores sócio-ambientais e individuais. As doenças crônicas degenerativas são de longa duração e de progressão geralmente lenta, estando associadas ao estilo de vida negativo, ou seja, a alimentação inadequada, stress elevado e inatividade física. Acredita-se que é possível adquirir hábitos saudáveis com um planejamento adequado e a implementação de um programa de incentivo à prática de saúde e atividade física.

          Unitermos: Estilo de vida sedentário. Hábitos saudáveis. Atividade física.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 168 - Mayo de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O avanço da tecnologia vem há promover um maior conforto para o ser humano. Novos métodos de trabalho surgiram beneficiados pelo avanço tecnológico. Fato que evidencia a substituição do trabalho humano pelo mecânico, elétrico e eletrônico, coma as suas funções desempenhadas sentadas à frente de suas mesas, máquinas e computadores, acarretando em limitações de movimentos (ROSSETTO, 1990). Muitas vezes essas comodidades interferem diretamente no estilo de vida, exigindo menos a utilização do corpo, conseqüentemente tendo um menor gasto energético.

    Esse estilo de vida contemporâneo tem contribuído para tornar as pessoas mais inativas, podendo acarretar em doenças crônicas degenerativas, que são de longa duração e de progressão geralmente lenta. DChronic diseases, such as heart disease, stroke, cancer, chronic respiratory diseases and diabetes, are by far the leading cause of mortality in the world, representing 60% of all deaths.Doenças crônicas, como doença cardíaca, acidente vascular cerebral, câncer, doenças respiratórias, hipertensão e diabetes, são responsáveis pelas principais causa de mortalidade no mundo, representando 60% das mortesOut of the 35 million people who died from chronic disease in 2005, half were under 70 and half were women. e 43% da carga global de doenças (WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO, 2010).

    Hábitos cotidianos são considerados os principais fatores de riscos, estando associados ao tabagismo, dieta inadequada, consumo excessivo de álcool, estresse emocional e o sedentarismo, relacionando ao desenvolvimento dessas doenças (POLLOCK e WILMORE 1993; GUEDES e GUEDES 2003; WHO, 2010).

    O Sedentarismo, que vem sendo considerada uma das novas doenças do milênio e que se faz presente com maior freqüência na população mundial, é um dos principais fatores para o desenvolvimento das doenças crônicas degenerativas. A falta ou grande diminuição de atividade física causa vários males para o ser humano (BARROS, 2007). Cada vez mais pessoas deixam de realizar algum exercício físico, o que podendo ser fator de risco para várias doenças. Desta forma, é importante desenvolver um estilo de vida ativo para a promoção da saúde (OLIVEIRA, 2004).

    A prática de atividade física sempre se fez importante para o ser humano, visto que desde a pré-história o homem primitivo utilizava das atividades físicas para sua sobrevivência, porém com os inúmeros benefícios tecnológicos do mundo contemporâneo o homem vem esquecendo suas origens e tornando-se cada vez mais sedentário.

    Mudanças de hábitos no estilo de vida cotidiano, como alimentares e a prática regular de atividade física, são modificações que podem melhorar de forma significativa os fatores de risco dessas doenças, sendo, além disso, intervenções de custo moderado, quando comparadas a tratamentos e medicamentos dependentes de alta tecnologia (RIQUE; SOARES; MEIRELLES, 2002; NAHAS, 2003).

    Considerando a elevada prevalência de sedentarismo na população e as conseqüências de um estilo de vida inadequado, o presente estudo propõe analisar as causas e conseqüências de um estilo de vida sedentário e possibilidades de transformar a o conhecimento de hábitos saudáveis em ações práticas e concretas.

Revisão na literatura

Sedentarismo e estilo de vida

    O sedentarismo é considerado o principal fator a explicar o excesso de peso encontrado na sociedade moderna. Vários estudos apontam estreita relação entre consumo calórico, obesidade e inatividade, tanto em crianças quanto em adultos (SILVEIRA NETTO, 2000).

    Desde os tempos da Revolução Industrial, com a tecnologia avançada em uma assustadora velocidade, observou-se transformação notável de uma sociedade acostumada aos trabalhos pesados, com uma estrutura basicamente rural e fisicamente ativa, numa população de cidadãos urbanos ansiosos e estressados, com nenhuma ou poucas oportunidades para o envolvimento em atividades físicas. Assim estes avanços na tecnologia moderna permitiram à atual sociedade uma vida de relativo conforto (POLLOCK e WILMORE, 1993).

    Existem alguns fatores ou parâmetros individuais e sócio-ambientais que podem influenciar a qualidade de vida de indivíduos ou grupos populacionais. Os Parâmetros Sócio-Ambientais incluem as condições sociais e que o ambiente oferece, ou seja, a moradia, transporte, segurança, assistência médica, condições de trabalho e remuneração, educação, opções de lazer, meio ambiente, entre outras. Os Parâmetros Individuais são aqueles que vem do próprio individuo, como a hereditariedade, estilo de vida como hábitos alimentares, controle do stress, atividade física habitual, relacionamento e comportamento preventivo (NAHAS, 2003).

    O estilo de vida contemporâneo, que tem como soma todos os fatores já citado acima, tem causado conseqüências para que os indivíduos tenham um estilo de vida menos ativo, contribuindo posteriormente para o aparecimento de doenças. Mesmo com as vantagens sobre as gerações passadas, pelo maior conhecimento, nem sempre as pessoas tem se preocupado com a saúde, tendo a falta de tempo para realização de atividade física e uma dieta hipercalórica fator primordial para o aparecimento de doenças crônicas.

    A saúde é um dos nossos atributos mais valiosos, mesmo assim boa parte das pessoas só se preocupa em manter ou melhorar quando se acha ameaçada mais seriamente e os sintomas de doenças são evidentes (NAHAS, 2003).

    Isso varia muito com o estilo de vida, no qual acarreta danos a saúde, pois a falta de atividade física, além de vários outros fatores está associada com essas doenças ou problemas clínicos, incluindo-se aí o tabagismo, a alimentação inadequação, o consumo excessivo de álcool e o estresse emocional, fatores estes representando complicações do estilo de vida moderno (POLLOCK e WILMORE, 1993; GUEDES e GUEDES, 2003; WHO, 2010).

    As doenças crônicas degenerativas ou doenças não transmissíveis, como a hipertensão, a obesidade, o diabetes, o câncer e as doenças cardiovasculares, tem sido fortemente associadas ao estilo de vida negativo, ou seja, a alimentação inadequada, stress elevado e inatividade física (NAHAS, 2003).

Doenças crônicas degenerativas

    As doenças crônicas são de longa duração e de progressão geralmente lenta. DChronic diseases, such as heart disease, stroke, cancer, chronic respiratory diseases and diabetes, are by far the leading cause of mortality in the world, representing 60% of all deaths.Doenças crônicas, como doença cardíaca, acidente vascular cerebral, câncer, doenças respiratórias, hipertensão e diabetes, é a principal causa de mortalidade no mundo, representando 60% das mortesOut of the 35 million people who died from chronic disease in 2005, half were under 70 and half were women. (WHO, 2010).

    O excesso de gordura e de peso corporal é acompanhado por maior suscetibilidade de uma variedade disfunções crônica degenerativa que elevam extraordinariamente os índices de morbidade e mortalidade. Dessa forma, o aumento excessivo da quantidade de gordura e do peso corporal deverá repercutir de maneira negativa tanto na qualidade como na expectativa de vida dos indivíduos (GUEDES e GUEDES, 2003).

    As doenças podem constituir um fator de risco primário para a coronariopatia, como pode influenciar outros fatores de risco ou ser a influencia para outros fatores de risco, como a hipertensão, a diabetes, menor concentração plasmática de colesterol de alta densidade (HDL) e da hipercolesterolemia (POLLOCK e WILMORE, 1993).

    Uma dessas doenças q está bem relacionada com a inatividade física, alimentação inadequada e conseqüentemente o aumento do peso corpora é a obesidade, que tem alcançado proporções epidêmicas no mundo, com pelo menos 2,6 milhões de pessoas morrendo a cada ano como resultado do excesso de peso ou obesos. Uma vez associado com países de alta renda, a obesidade é agora também predomina em baixos e países de renda média (WHO, 2010)

    Considerada como o acúmulo em excesso de gordura no tecido adiposo, em todo corpo ou regionalizado, desencadeado por uma série de fatores associados aos aspectos ambientais e ou endócrino-metabólicos, é classificada como uma desordem de alta ingestão energética, e sua conseqüência tem sido apresentada mais pelo baixo gasto energético (GUEDES e GUEDES, 2003; CIOLAC e GUIMARÃES, 2004).

    A presença da obesidade pode acarretar em outras doenças, podendo haver um aumento no nível de glicemia em jejum isolada, assim como baixos níveis insulinêmicos, porém acaba desencontrando com efeito benéfico que o exercício físico poderia proporcionar, como a melhora da captação de glicose (POWERS e HOWLEY, 2000). Em conseqüência outra doença que pode aparecer é a diabetes, uma doença crônica que ocorre tanto quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não consegue utilizar eficazmente a insulina que produz. Conjunto de situações resultantes da incapacidade do organismo em manter o nível de glicose no sangue dentro de limites normais, por deficiência ou ausência total de insulina, manifestando-se por anormalidades no metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos como também por complicações macrovasculares, microvasculares e neuropáticas (WHO, 2010).

    As diabete são classificas em: Diabetes Mellitus tipo 1, insulino-dependente; diabetes mellitus tipo 2, não-insulino-dependente, resulta uma resistência significativa às ações da insulina, a secreção de insulina anormal relativamente bem-controlada, e a níveis de insulina plasmáticos normais e elevados; diabetes gestacional; e a hiperglicemia (SILVEIRA NETTO, 2000).

    Níveis elevados dos lipídios (gordura) no sangue, principalmente do colesterol e dos triglicerídeos, pode acarretar na dislipidemia. Elas podem ser classificadas como genotípica, se dividem em monogênicas, causadas por mutações em um só gene, e poligênicas, causadas por associações de múltiplas mutações que isoladamente não seriam de grande repercussão; e em fenotípica ou bioquímica, considera os valores do CT, LDL-C, TG e HDL-C (Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, 2007).

    São classificadas em quatro tipos bem definidos: (a) Hipercolesterolemia isolada (elevação isolada do LDL-C sendo ≥ 160 mg/dL); (b) Hipertrigliceridemia isolada (elevação isolada dos triglicerídeos ≥150 mg/dL); (c) Hiperlipidemia mista (valores aumentados de ambos LDL-C ≥ 160 mg/dL e TG ≥150 mg/dL); (d) HDL-C baixo (redução do HDL-C em homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL, isolada ou em associação com aumento de LDL-C ou de TG (SBC, 2007).

    O aumento da pressão arterial é outra conseqüência, sendo a hipertensão umas das doenças com maior prevalência mundial, caracterizando-se pelo aumento da pressão arterial, sendo suas causas atribulidas a aquestões hereditárias ou principalmente ao estilo de vida negativo, como o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo, entre outros (NAHAS, 2003).

    A pressão arterial pode ser aferida com esfigmomanômetro ou tensiômetro, podendo ser identifica hipertensão mediante a verificação da pressão arterial. De qualquer forma, é importante realizar múltiplas determinações da pressão sanguínea e que deva ser da máxima importância a seleção adequada do manguito de pressão. Freqüentemente é verificado casos de indivíduos erroneamente diagnosticados como hipertensos, com base apenas numa única tomada da pressão arterial, ou ainda que foram examinados com um esfigmomanômetro cujo manguito especificamente para esses indivíduos era muito curto ou muito estreito (POLLOCK e WILMORE, 1993).

    Os índices de morbidade e mortalidade decorrentes da doença cardiovascular têm aumentado, principalmente a doença arterial coronariana, sendo a principal conseqüência da doença aterosclerótica. Fatores de forma isolada são os principais responsáveis pela doença arterial coronariana. Esses fatores associados em um indivíduo aumentam significativamente o risco de doença arterial coronariana. O agrupamento de fatores de risco cardiovascular é conhecido pelo nome de síndrome metabólica (LOPES, 2004).

    A síndrome metabólica é uma das maiores responsáveis por eventos cardiovasculares, incluindo aterosclerose e lesões em diversos órgãos (NATIONAL CHOLESTEROL EDUCATION PROGRAM - NCEP-ATP III, 2002; MATOS; MOREIRA; GUEDES, 2003; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO - SBH, 2005; GUYTON E HALL, 2006; AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE - ACSM, 2007). É um conjunto de alterações metabólicas que estão associados com a dislipidemia, diabetes mellitus do tipo 2, hipertensão arterial e excesso de peso ou obesidade num mesmo indivíduo (ZIMMET et al., 1999; ACSM, 2007; POTENZA e MECHANICK, 2009), interligando essas relações está a presença da resistência a insulina (MATOS; MOREIRA; GUEDES, 2003; GRUNDY et al., 2004; GUYTON e HALL, 2006; ACSM, 2007).

    Sua definição quando ao diagnóstico ainda não é unânime, mas têm seguido o protocolo baseado no que NCEP-ATP III (2002), International Diabetes Federation – IDF (2006) e Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC (2007) propõem.

    Nessas propostas, para um individuo apresentar essa síndrome ele requer a presença de obesidade abdominal com perímetro da cintura ≥ 94 cm para homens e ≥ 80 cm para mulheres, podendo variar conforme a etnia (IDF, 2006; SBC, 2007). Além da circunferência abdominal, requer que pelo menos dois destes fatores: Triglicérides ≥ 150 mg/dL, HDL < 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres; pressão arterial sistólica ≥ 130 mm Hg ou ≥ 85 mm Hg ou em tratamento para hipertensão; e glicemia em jejum ≥ 100 mg/dL ou em tratamento para Diabete Mellitus (NCEP-ATP III, 2002; IDF, 2006; SBC, 2007).

Mudanças de comportamento

    As conseqüências de um estilo de vida sedentarismo, além da alimentação inadequada, tabagismo, consumo excessivo de álcool, e stress, tem contribuído para o aparecimento de doenças crônicas degenerativas, além de a falta de atividade física se considerada um fator primário, porém modificável, para doença coronariana (ACSM, 2007). Porém é provável que mudanças no comportamento, alterando para um estilo de vida positivo e ativo, evitem o risco de doenças crônicas degenerativas e conseqüentemente promova maiores benefícios para a saúde.

    A prática de exercícios físicos bem como a adoção de um estilo de vida ativo proporciona ao organismo humano uma série de adaptações desejáveis a nível metabólico, cardiorrespiratório e músculo-ósteoarticular que promovam benefícios ao bom funcionamento geral dos sistemas orgânicos, proporcionando saúde e por conseqüência melhorando a qualidade de vida (SILVESTRE NETTO, 2000; PRADO e DANTAS, 2002; NAHAS, 2003; GUEDES e GONÇALVES, 2007; ACSM, 2007). O melhor procedimento para reduzir e manter os níveis de gordura corporal é realizando modificações comportamentais permanentes, como a combinação de uma dieta apropriada e um estilo de vida mais ativo (NAHAS, 2003).

    A atividade física realizada habitualmente tem recebido notoriedade na área da saúde, não só por prevenção e controle de doenças cardiovasculares, mas também por induzir alteração desejável nos níveis de lipídeos plasmáticos (GUEDES e GUEDES, 2001; GUEDES e GONÇALVES, 2007; SBC, 2007). Além disso, a pratica regular de exercício físico está sendo recomendada como parte integrante do tratamento dessas doenças cardiovasculares, melhorando o perfil lipídico (ZIOGAS; THOMAS; HARRIS, 1997; FAGHERAZZI; DIAS; BORTOLON, 2008) em longo prazo, proporcionando a redução dos níveis plasmáticos de Triglicerídeos, aumento dos níveis de HDL, tendo o exercício aeróbio mais atuante, (SBC, 2007), porém exercícios de flexibilidade e força também são recomendados (SBC, 2001).

    Deve-se destacar que a prática regular de exercício físico promovem melhoras na sensibilidade à insulina em portadores de diabete tipo 2, fato que estudos têm demonstrado melhora em pacientes diabéticos que se exercitam regularmente, acreditando-se ser primeiramente devido à potencialização da ação insulínica na musculatura esquelética (SILVEIRA NETTO, 2000).

    Uma grande quantidade de estudos com bases laboratoriais e populacionais tem apontado muitos benéficos de saúde e aptidão associados à atividade física e o treinamento com exercícios de endurance, tais como em padrões fisiológicos, metabólicos e psicológicos, assim diminuindo os riscos de doenças crônicas e de mortalidade prematura. O exercício e a atividade física previnem efetivamente as ocorrências de eventos cardíacos, reduzem a incidência de acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão, diabetes mellitus do tipo 2, cânceres do cólon e da mama, fraturas osteoporóticas, doença vesicular, obesidade, depressão e ansiedade, além também de retardar a mortalidade (ACSM, 2007).

    Além do fato importante para a prevenção ou tratamento dessas doenças, é importante ressaltar que o exercício físico pode ser eficaz para o controle do peso. O excesso de peso é definido como aquela condição onde o peso do indivíduo excede ao da média da população, determinada segundo o sexo, a altura e o tipo de compleição física (POLLOCK e WILMORE, 1993).

    O melhor procedimento para reduzir e manter os níveis de gordura corporal é realizando modificações comportamentais permanentes, como a combinação de uma dieta apropriada e um estilo de vida mais ativo (NAHAS, 2003).

    Mudanças de hábitos alimentares e a prática regular de atividade física são modificações que podem melhorar de forma significativa os fatores de risco dessas doenças, sendo, além disso, intervenções de custo moderado, quando comparadas a tratamentos e medicamentos dependentes de alta tecnologia (RIQUE; SOARES; MEIRELLES, 2002; NAHAS, 2003).

    O exercício físico regular realizado pelo menos três vezes na semana com mais de 20 minutos pode reduzir tanto diretamente quanto indiretamente o risco de doenças cardiovasculares, tendo influências sobre a obesidade, resistência à insulina e hipertensão (OLIVEIRA-FILHO e SHIROMOTO, 2001). Os benefícios para a saúde significativos podem ser obtidos ao iniciar um programa de atividades físicas moderada, com, por exemplo, 30 minutos de caminhada rápida, 15 minutos de corrida ou 45 minutos jogando voleibol, a maioria ou em todos os dias da semana, sendo suficientes para promover a saúde e prevenir doenças (NAHAS, 2003; ACSM, 2007).

    Outros benefícios adicionais podem ser conseguidos através de maiores quantidades de exercício físico. É provável que pessoas que conseguir manter um programa regular de atividade com maior duração ou intensidade terão maiores benefícios (ACSM, 2007).

    Programas de exercícios físicos que envolvam esforços de baixa e moderada intensidades são mais recomendados, uma vez que se transpõem em inúmeras adaptações fisiológicas relacionadas à melhoria e à manutenção do estado de saúde (SILVEIRA NETTO, 2000).

Considerações finais

    Considerando o sedentarismo como um fator de risco primário para as doenças crônicas, além de outros fatores relacionado, acredita-se que para que o individuo possa ter um estilo de vida mais saudável e ativo é fundamental a inclusão da atividade física como prática diária, além de promover outros hábitos, como uma boa alimentação.

    Estudos de revisão tende a serrem importantes para analisar possíveis causas e conseqüências de comportamentos de risco. Propostas para um estilo de vida fisicamente ativo são mudanças consideráveis para evitar essas doenças. O comportamento contemporâneo do ser humano tem levado a maiores conseqüências, como as doenças crônicas degenerativas associadas a inatividade física e alimentação inadequada. Deve-se destacar que avanços tecnológicos são de grande importância para o desenvolvimento humano, mas nem por isso deve fazer descartar o hábito da utilização do corpo, assim evitando o sedentarismo. Outras questões sociais, de modo geral, podem vir a interferir na realização de hábitos saudáveis na promoção da saúde, como a jornada de trabalho, falta de espaço físico, entre outros. Mas de todo modo, acredita-se que é possível adquirir hábitos saudáveis com um planejamento adequado e a implementação de um programa de incentivo à prática de saúde e atividade física.

Referências

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