Comparação de duas formas de alongamento muscular: facilitação neuromuscular proprioceptiva e alongamento dos sarcômeros em série Comparación de dos formas de elongación muscular: facilitación muscular propioceptiva y estiramiento de los sarcómeros en serie Comparison of two forms of muscle stretching: proprioceptive neuromuscular facilitation and elongation of sarcomeres in series |
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*Professor Mestre de Fisioterapia do Centro Universitário do Cerrado. Patrocínio, Patrocínio, MG **Graduado em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Cerrado. Patrocínio, Patrocínio, MG (Brasil) |
Renato Soares de Melo* renatynn@hotmail.comThiago Resende Pereira** Diogo José da Silveira** |
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Resumo Introduçâo: O alongamento é uma técnica utilizada para aumentar o comprimento de tecidos moles, podendo ser definido também como técnica utilizada para aumentar a extensibilidade musculotendinosa e do tecido conjuntivo periarticular, contribuindo para aumentar a flexibilidade articular. Objetivos: Comparar a eficácia das técnicas de alongamento muscular por Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) e alongamento de Sarcômeros em Série. Metodologia: Para a realização do estudo, foram selecionados 18 indivíduos com faixa etária de 20 a 42 anos de ambos os sexos. Para coleta dos dados o mesmo individuo foi alongado por duas técnicas de alongamento, FNP e alongamento de sarcômeros em série, em que obteve como alvo os músculos isquiotibiais bilateralmente, com uma sessão de cada técnica, com intervalo de 8 dias entre as técnicas, e observadas através de biofotogrametria a resposta (deformação) aguda do músculo imediatamente após o alongamento. Resultados: O resultado agudo entre as duas técnicas foi que o alongamento de sarcômeros em série apresentou maior ganho de amplitude de movimento comparado com o alongamento por FNP com o valor de p= 0,007. Conclusão: Através da comparação das médias dos indivíduos, concluiu-se que o alongamento de sarcômeros em série realizado por três contrações isométricas em amplitude máxima do músculo em evidência obteve melhor efeito terapêutico na melhora da flexibilidade muscular, em comparação com o alongamento por FNP. Como houve uma diferença significativa entre um alongamento e outro, defende-se que o alongamento de sarcômeros em série seja mais eficaz no tratamento terapêutico para o ganho de amplitude de movimento. Unitermos: Sarcômeros em série. Facilitação neuromuscular proprioceptiva. Alongamento.
Abstract Introduction: Stretching is a technique used to increase the length of soft tissue and can also be defined as a technique used to increase the extensibility of musculotendinous and periarticular connective tissue, helping to increase joint flexibility. Objectives: To compare the effectiveness of stretching techniques for muscle proprioceptive neuromuscular facilitation (PNF) and elongation of sarcomeres. Methods: To conduct the study, 18 were individuals aged 20 to 42 years of both sexes. For data collection the same individual was lengthened by two techniques of stretching, and PNF stretching of sarcomeres in series, which had as its target the hamstring muscles bilaterally, with one session of each technique, with an interval of eight days between the techniques, and photogrammetry observed through the response (strain) immediately after acute muscle stretching. Results: The acute outcome between the two techniques was that the stretch of sarcomeres in series showed greater gains in range of motion compared with PNF stretching with p value = 0.007. Conclusion: By comparison of the means of individuals, it was concluded that the lengthening of sarcomeres in series performed three isometric maximal amplitude of muscle on evidence obtained a better therapeutic effect in improving muscle flexibility, compared with PNF stretching. As there was a significant difference between a stretch and also believes that the lengthening of sarcomeres in series is more effective in therapeutic treatment for the gain range of motion. Keywords: Sarcomeres in series. Proprioceptive neuromuscular facilitation. Stretching.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 168 - Mayo de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Os tecidos moles variam em tanto em características físicas quanto em mecânicas. Os tecidos contráteis bem como os não contráteis são extensíveis e elásticos, mas os tecidos contráteis também são contraíveis (CONCEIÇÂO, DIAS, 2004).
Os tecidos moles que podem restringir a mobilidade articular são músculos, tecido conectivo e pele. Cada um tem qualidades próprias que afetam sua extensibilidade, ou seja, a capacidade de se alongar. Quando procedimentos de alongamento são aplicados a esses tecidos moles, a velocidade, intensidade e duração da força de alongamento alteram tanto as suas características mecânicas e não contráteis quanto as suas propriedades neurofisiológicas (BONVICINE, GONÇALVES, BATIGÁLIA, 2005).
O músculo esquelético é dividido em dois tipos de fibras, dependendo de sua atividade metabólica e sua função mecânica. As fibras tipo 1, conhecidas como vermelhas, lentas, têm baixa velocidade de contração e grande força de contração. Elas funcionam aerobicamente e são resistentes a fadiga. As fibras tipo 2, conhecidas como fibras rápidas ou brancas, realizam uma grande força de contração e são subdivididas em dois tipos, de acordo com seu nível de atividade metabólica (GUYTON, HALL, 2006; MARÍN, 2006).
Músculos esqueléticos alteram a sua capacidade de produzir torque ao longo da amplitude de movimento articular. A produção de torque durante o arco de movimento é determinada pela variação do braço de alavanca do músculo (distância perpendicular do vetor de ação muscular ao eixo articular) a medida que a articulação se desloca e pela relação comprimento-tensão muscular (AQUINO et al, 2007).
O tecido muscular possibilita a adaptação de uma deformação com uma determinada estimulação, resultante de plasticidade, isto é, a capacidade do tecido mole em assumir novo comprimento após a força de alongamento ter sido removida (DEMARCHI, 2004).
Pode-se atender a flexibilidade como um mecanismo de movimentações de articulações sem bloqueio ou restrições, sem dor, ao máximo de uma amplitude de movimento dos músculos permitindo um relaxamento e contendo uma força de alongamento (KISNER, COLBY, 1998; COELHO, 2007).
A flexibilidade muscular, por sua vez, tem sido definida como a habilidade de um músculo alongar-se, ao máximo de sua amplitude de movimento permitindo maior movimentação de uma ou mais de uma articulação (ARAÚJO, 2002; BRASILEIRO, FARIA, QUEIROZ, 2007).
Os exercícios de flexibilidade muscular estão entre os mais comumente utilizados na reabilitação e na prática esportiva, com diversos objetivos (HERBERT, GABRIEL, 2002).
Quando uma pessoa inicia um programa de flexibilidade, os possíveis benefícios são ilimitados, podendo ser qualitativos ou quantitativos: relaxamento do estresse e da tensão; relaxamento muscular; autodisciplina; melhora da aptidão corporal, postura e simetria; alívio de cãibras musculares; alívio do sofrimento muscular e risco reduzido de lesão (DEMARCHI, 2004).
Normalmente os seus objetivos incluem reduzir os riscos de lesões, minimizar a dor muscular tardia e melhorar o desempenho muscular geral. A flexibilidade dos isquiotibiais ajuda em um maior equilíbrio postural, em uma maior movimentação do joelho e do quadril, e evita um numero maior de lesões auxiliando assim em uma maior função musculoesquelética (BRASILEIRO, FARIA, QUEIROZ, 2007).
Uma condição de flexibilidade pode ser adquirida através de uma seleção de exercícios de forma correta tendo assim a finalidade de alongar, ligamentos, cápsulas e aumentar a extensibilidade das unidades músculo-tendão aumentado à amplitude de movimento articular (DEMARCHI, 2004).
O mesmo autor relata ainda que durante a contração muscular, os filamentos finos de actina de cada extremidade do sarcômero deslizam na direção uns dos outros. As linhas Z se movimentam na direção das faixas A, que mantêm seu tamanho original, enquanto as faixas I tornam-se mais estreitas e a zona H desaparece (Figura 1).
Figura 1. Esquema da ação das miofibrilas
O músculo se adapta a alterações em seu comprimento por meio da regulação do número de sarcômeros em série, quando imobilizados em posição de alongamento mostram um aumento do número de sarcômeros em série, atrofia moderada ou ausente e não há mudanças significativas no tecido conjuntivo. Esse aumento do número de sarcômeros, e conseqüente aumento do tamanho do músculo, ocorrem principalmente nas duas regiões terminais das fibras musculares. Quanto maior o numero de sarcômeros alinhados em serie maior será o comprimento do músculo (BERTOLINI et al, 2009).
O alongamento produz tensão nos sarcômeros o que pode induzir a pouca sobreposição dos filamentos contráteis, através da adição de novos sarcômeros pode-se resultar em um comprimento ótimo restaurado, portanto, o número de sarcômeros não é fixo. Quanto maior a tensão sobre eles resultara em um maior comprimento muscular (MENON et al, 2007).
Técnicas de alongamento com Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) caracterizam-se pelo uso de contração muscular ativa com o objetivo de ocasionar inibição autogênica do músculo alongado. Quando aplicada, ocorre relaxamento muscular reflexo que, associado com alongamento passivo, promove aumento no ganho de ADM. Após a contração o relaxamento ocorre e aplicado o alongamento ocorrerá uma aumento ou ganho de amplitude de movimento (CONCEIÇÂO, DIAS, 2004; GAMA et al, 2007).
A FNP procura facilitar o órgão tendinoso de Golgi a inibir os músculos nos quais se situa e usa o principio da inibição recíproca. Esta técnica obtém resultados mais satisfatórios que o alongamento estático. A desvantagem em relação a este é que a FNP não só requer um profissional para aplicá-Ia, mas também atenção exclusiva a um indivíduo (SHRlER, GOSSAL, 2000, HALL, BRODY, 2001; ROSÁRIO, MARQUES, MALUF, 2004).
O objetivo deste trabalho foi comparar a eficácia das técnicas de alongamento muscular por Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva e alongamento de Sarcômeros em Série em 18 indivíduos sedentários com idade entre 20 e 42 anos.
Material e métodos
Para este estudo os indivíduos deveriam preencher os seguintes critérios de inclusão: ser voluntario com idade entre 20 e 42 anos, não apresentar problema musculoesquelético que interferisse no resultado do estudo, assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Aqueles que apresentaram fora da idade proposta, dificuldade de entendimento e estavam em tratamento fisioterapêutico foram excluídos.
Para coleta dos dados o mesmo indivíduo foi alongado por duas técnicas de alongamento, FNP e alongamento de sarcômeros em série, em que obteve como alvo os músculos isquiotibiais bilateralmente, com apenas uma sessão de cada técnica, com intervalo de 8 dias entre as técnicas e em ambas foram observadas através de biofotogrametria a resposta (deformação) aguda do músculo imediatamente após o alongamento. Os dados foram colhidos na clinica de fisioterapia PROFISIO, situada no Hospital e Maternidade Provida.
Os indivíduos estavam em decúbito dorsal em um divã. Foi colocado um anteparo de flexão do quadril a 90°, e assim aplicado as técnicas que foram capturadas por uma câmera digital Kodak de 7.1 mega pixels que estava fixada em um suporte de 68 cm de altura e a uma distância de dois metros do divã.
Foram utilizados marcadores visuais colocados em pontos de referência para que pudessem ser feitas as medidas de angulação. Esses pontos eram o trocânter maior, epicôndilo lateral e maléolo lateral (Figura 2).
Figura 2. Posicionamento para medida da amplitude de movimento; pontos de referência
Após serem realizadas as técnicas de alongamento e capturadas as imagens, as mesmas foram analisadas utilizando o Software ALCimagem® que mediu os graus e angulação. Foi utilizado o teste T para avaliação da significância estatística dos resultados onde se estabeleceu o valor significante igual ou menor 0,05.
No alongamento por FNP foi realizado a contração dos músculos isquiotibiais seguida de um relaxamento e alongamento do mesmo. Os indivíduos se encontravam em decúbito dorsal com a perna sobre o ombro do coletor de dados.
No alongamento de Sarcômeros em série só havia a contração dos músculos isquiotibiais. O individuo estava em decúbito dorsal com a perna sobre o ombro do coletor de dados e flexionada no final da amplitude.
Ambas as técnicas realizaram contração ativa dos músculos isquiotibiais bilateral. A duração do alongamento foi de 30 segundos cada técnica. Os alongamentos foram realizados uma vez em cada técnica.
Resultados e discussão
O presente estudo foi realizado com a participação de 18 indivíduos, o qual foi aplicado as técnicas de alongamento por FNP e alongamento de sarcômeros em série. Após a aplicação das técnicas foi comparado o resultado agudo dos alongamentos entre as duas técnicas, observando que o alongamento de sarcômeros em série apresentou maior ganho de amplitude de movimento quando comparado ao alongamento por FNP, com valor de p = 0,007. Contudo notou-se que dentro do grupo estudado, três indivíduos (16,6%) apresentaram mais ganhos de amplitude de movimento com a técnica de FNP e os outros quinze (83,4%) obteve mais ganho com a técnica de sarcômeros em série (Tabela 1).
Tabela 1. Resultado das duas técnicas realizadas em homens e mulheres
Em relação a análise do resultado das duas técnicas realizadas em homens e mulheres observou-se que (tabela 1) o ganho com alongamento por FNP teve uma média de 9,40º, com desvio padrão de 6,53º, e no grupo com alongamento de sarcômeros em série teve uma média de 14,91º, com desvio padrão de 6,32º, sendo assim uma significância estatística com valor de p= 0,007.
Os achados deste estudo contradizem Arango (2009) e Ferreira et al (2009) que tem demonstrado ganhos significativos de flexibilidade com a utilização do alongamento por FNP.
Em um estudo realizado em 2008 por Lima JR, Marchiori, Campesi podemos verificar que de acordo com o treinamento realizado com a utilização da FNP o indivíduo não apresentou melhoras.
Comparando o ganho de amplitude de movimento através do teste T Student entre homens e mulheres, observou que houve maior ganho de amplitude de movimento no grupo feminino quando comparado ao grupo masculino, e dentro dos grupos, observou-se que ambas as técnicas de alongamento foram mais eficazes no grupo feminino (tabelas 2 e 3).
Segundo Casterad, Ostariz, Lanaspa (2004) as mulheres são mais flexíveis do que os homens, as razões são atribuíveis, principalmente devido a diferenças hormonais entre os sexos. Estrógenos em quantidades maiores nas mulheres, produzem retenção de água, mas também o maior percentual de tecido adiposo em mulheres (quase o dobro) e uma menor massa muscular, contribui para essas diferenças.
Tabela 2. Resultado isolado do grupo feminino com as duas técnicas de alongamento
Já em relação a analise do resultado isolado do grupo feminino com as duas técnicas de alongamento, observa-se que o ganho com o alongamento por FNP teve uma média de 12,47º com desvio padrão de 8,13º e no alongamento de sarcômeros em série uma média de 15,36º com desvio padrão de 5,51º, não tendo significância estatística com valor de p= 0,209.
Tabela 3. Resultado isolado do grupo masculino com as duas técnicas de alongamento
Em relação a analise do resultado isolado do grupo masculino com as duas técnicas de alongamento, observa-se que o ganho com alongamento por FNP teve uma média de 6,94º com desvio padrão de 3,76º e no alongamento de sarcômeros em série uma média de 14,55º com desvio padrão de 7,17º tendo significância estatística com valor de p= 0,004.
Os indivíduos nos quais foram mensurados os graus na avaliação inicial e final, apresentaram alteração significativa na ADM com a aplicação das técnicas de alongamento, podendo ser analisada nos resultados obtidos.
Observa-se na tabela 1 que a técnica de alongamento de sarcômeros em série obteve valores mais altos que o alongamento por FNP, e isso pode ter ocorrido devido a melhor eficácia da técnica de alongamento de sarcômeros em série.
A duração do alongamento com certeza influencia muito nas respostas ao treinamento da flexibilidade. As durações dos alongamentos variam consideravelmente e é possível encontrar estudos que aplicam alongamento por 30 segundos (BORMS et aL, 1987; BANDY, IRION; 1994; BANDY, IRION, BRIGGLER, 1997; FELAND et al, 2001; ODUNAIYA, HAMZAT, AJAYI, 2005).
Segundo Coelho et al (2009) não existe ainda uma anuência sobre a duração ótima das técnicas de alongamento, tornando difícil afirmar com exatidão qual o tempo mais indicado.
Através deste programa de alongamento ativo realizado no grupo muscular isquiotibiais, no período de 30 segundos, obteve-se aumento da ADM em graus, observando que ocorreu adaptação plástica no tecido muscular, aumentado assim sua flexibilidade.
Além disso, o número de sarcômeros, o comprimento da fibra e o comprimento do sarcômero demonstram ajustar-se ao comprimento funcional de todo o músculo. Muitos são os estudos abordando a capacidade de adaptação do músculo estriado esquelético, quando mantido em certo grau de extensão (DEMARCHI, 2004).
O tecido muscular é bastante adaptável, o limite teórico do alongamento do sarcômero enquanto ainda se mantêm pelo menos uma ponte cruzada entre os filamentos de actina e miosina excede 50% do seu comprimento de repouso. Dessa maneira, os elementos contráteis de um músculo são capazes de aumentar até 50% do comprimento de repouso, permitindo assim, que os músculos movam-se através de uma grande amplitude de movimento (DEMARCHI, 2004).
A diminuição no comprimento de músculos mantidos encurtados foi devido a perda de sarcômeros em série, e seu aumento, quando mantido em posição alongada, foi por acréscimo desta unidade funcional (SILVA et al, 2008).
Pode se observar nos resultados dos participantes que o ganho de ADM variou de 2,33 a 29,87 graus. O aumento da ADM pode ser observado pelas diferenças das médias inicias e finais de ambos os participantes. A diferença em graus dos participantes apresentou significância estatística.
Com os dados obtidos neste trabalho verificou-se que o aumento da ADM em proporções efetivas é equivalente com o alongamento de 30 segundos, e que a técnica de alongamento de sarcômeros em série é mais eficaz em uma conduta terapêutica.
Conclusão
Pode-se concluir após a coleta e avaliação dos dados, que um alongamento aplicado corretamente é uma técnica muito eficaz para aumentar a amplitude de movimento de uma articulação. Com o presente estudo foi possível observar ganho agudo de ADM no músculo ísquiotibiais unilateral dos participantes que realizaram o alongamento ativo por um período de duas sessões.
Através da comparação das médias dos indivíduos, concluiu-se que o alongamento de sarcômeros em série realizado por três contrações isométricas em amplitude máxima do músculo em evidência, obteve melhor efeito terapêutico na melhora da flexibilidade muscular, em comparação com o alongamento por FNP.
No entanto cabe ressaltar que se observou apenas resposta aguda ao alongamento, não podendo afirmar que as técnicas têm resultado permanente em relação à flexibilidade.
Observa-se que no seguinte estudo houve uma diferença estatística quando comparado o alongamento no grupo feminino e masculino, nota-se que houve um maior ganho de amplitude de movimento no grupo masculino, e que no grupo feminino houve aumento na amplitude, mas não houve resultado significativo.
Sugerimos novos estudos com tempo de tratamento maior para analisar a resposta tecidual sobre músculos alongados, visto ser o alongamento uma prática tão utilizada entre desportistas e sedentários, podendo perceber quais técnicas têm maior eficiência.
Referências
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