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Adesão á prática de exercícios físicos em acadêmicos dos 

cursos da Faculdade de Ciências da Educação e Saúde do UniCEUB

La adhesión a la práctica de ejercicios físicos en los estudiantes de los cursos
de la Facultad de Ciencias de la Educación y la Salud de la UniCEUB

 

*Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário de Brasília, UniCEUB

**Graduado em Educação Física pelo Universidade Católica de Brasília, UCB

***Mestre em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília, UCB

****Mestrando em Educação Física pela Universidade de Brasília, UnB

*****Docente da Faculdade de Educação Física

do Centro Universitário de Brasília, UniCEUB

(Brasil)

Renata Aparecida Elias Dantas*****

Francisco Tiago Marcelino dos Santos*

Lucas Cezar Vilela Mendes**

lucasvilelamendes@hotmail.com

Marcelo Guimarães Boia do Nascimento*****

Michel Santos da Silva** ***

michellsantos@uol.com.br

Thiago Santos da Silva** ****

thiaguinho2007@brturbo.com.br

Marcio Rabelo Motta*****

marciormota@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: O exercício físico pode proporcionar diversos efeitos benéficos ao corpo humano, promovendo um estilo de vida mais saudável e menos sedentário. Objetivo: analisar aspectos relacionados à prática de exercícios físicos entre universitários de cursos da Faculdade de Ciências da Educação e Saúde do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Métodos: a amostra foi composta por 183 indivíduos de ambos os sexos, com idade média de (21,9± 2,84 anos e 21,4± 2,05), estudantes de graduação da Faculdade de Ciências em Educação e Saúde do Centro Universitário de Brasília. Foi aplicado um questionário composto de quinze perguntas, fechadas, sobre o tema de investigação, sendo excluídos os estudantes acima de 30 anos de idade. Resultados e discussão: os resultados revelaram que 73% da amostra praticam exercício físico, enquanto 27% não realizam. Outro aspecto importante, 52% dos alunos praticam exercício a mais de um ano, outro dado importante foi o grande número de alunos que praticam mais de um tipo de exercício durante a semana, chegando a 69%. Conclusão: observamos um crescimento na busca pela realização de exercícios físicos pelos estudantes das Faculdades de Ciências da Saúde.

          Unitermos: Exercício físico. Saúde. Qualidade de vida.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 168 - Mayo de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O conceito de saúde envolve vários fatores, desde ações comportamentais a um nível de completo estado de bem-estar físico e social, como também a plena harmonia entre o lado emocional e social (PITANGA, 2002). O fator ambiental é um grande influenciador da qualidade de vida, saúde é viver um estado, ter uma vida mais proveitosa, viver com mais qualidade, podendo estar associada com diversos aspectos (físicos, mentais, sociais e ambientais) (MATOS, 2006).

    O exercício físico tem um importante papel na vida dos indivíduos quanto à aquisição e manutenção da saúde, melhora do condicionamento físico, do bem-estar social, reduzindo os efeitos do envelhecimento, assim, essas contribuições físicas e sociais melhoram o conceito de viver dos indivíduos (FREITAS, 2006). Com o aumento da atividade física pode-se prevenir a obesidade e as doenças associadas: hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, redução das doenças relacionadas com a perda da massa óssea, como a artrite e artrose, e no aspecto psicológico; redução dos níveis de depressão, melhora da auto-estima, controle do estresse e ansiedade, melhor interação com outras pessoas, fatores estes, que contribuem positivamente para uma melhor qualidade de vida (SALVE, 2007). A pratica regular de exercícios geram aumento dos níveis de força e flexibilidade, aumento do gasto calórico, contribuindo para a redução do peso corporal, aumento do volume sistólico, reduzindo a freqüência cardíaca de repouso (MACEDO et al., 2008), esses benefícios são classificados em agudos imediatos, agudos tardios e crônicos (MONTEIRO, 2004).

    Mesmo com varias vantagens o numero de sedentários e muito grande, se esses níveis continuarem a aumentar, em alguns anos uma parte significativa da população poderá alcançar um estado de obesidade (GUEDES, 2002). Aproximadamente 35% das pessoas acima de 20 anos e em torno de 25% das crianças e dos jovens que moram em países desenvolvidos apresentam excesso de peso, e em alguns casos já são considerados obesos, estes altos índices podem estar ligados a uma alimentação inadequada e ao sedentarismo, contribuindo para o aumento de doenças crônicas não transmissíveis (GUEDES, 2002).

    Se uma criança sofre de obesidade, a probabilidade que ela tem de se tornar um adulto obeso é alta, cabendo a esses indivíduos e a seus responsáveis, a tentativa de prevenir que essa doença se estenda ate a fase adulta. Com a mudança dos hábitos alimentares e a realização de exercícios físicos regulares, isso pode ser evitado (MARCONDELLI, 2008).

    Um dos principais motivos para não realização de exercício físico é a falta de conhecimento sobre como executar essas atividades, a maioria dos indivíduos não sabem os benefícios que poderão adquirir, a finalidade de cada exercício, ou seja, são bastante leigos no que se diz respeito ao ato do movimentar-se (DOMINGUES, 2004).

    O aumento do stress nos centros urbanos, a alimentação inadequada, fatores estéticos e psicológicos, tem estimulado as pessoas a tentar minimizar os problemas de saúde, passando a buscar um estilo de vida mais saudável, começando a freqüentar espaços onde esta prática é ofertada com mais abundância. (TEHARA, 2003).

    Sendo assim, este estudo teve como objetivo analisar aspectos relacionados a prática de exercício físico em universitários dos cursos da Faculdade de Ciências da Educação e Saúde do UniCEUB em Brasília-DF.

Objetivo

    Analisar aspectos relacionados à prática de exercício físico em universitários de cursos da Faculdade de Ciências da Educação e Saúde do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) em Brasília-DF.

Materiais e métodos

Amostra

    A amostra foi composta por 183 indivíduos, sendo 59 do sexo masculino e 124 do sexo feminino respectivamente (21,9± 2,84 anos e 21,4± 2,05), estudantes de graduação (dos cursos de Educação Física, Nutrição, Biomedicina e Fisioterapia) da Faculdade de Ciências em Educação e Saúde do UniCEUB. foi aplicado um questionário composto de quinze perguntas, fechadas, relacionadas a prática de exercícios físicos e sedentarismo.

Procedimentos

    Todos os voluntários assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido informando os propósitos bem como os riscos e benefícios para cada participante, respeitando a resolução nº. 196/96, sobre normas e diretrizes regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Foram excluídos da amostra os indivíduos com idade superior a 30 anos. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do UniCEUB -CEP, parecer número CAAE 0137/10 TCC 181/10 .

Tratamento estatístico dos dados coletados

    Foi utilizado tratamento estatístico através da análise descritiva de freqüência, média e desvio padrão, utilizando o one-sample test. O pacote estatístico SPSS 15.0. Os resultados foram obtidos com o tratamento estatístico quantitativo dos dados. Onde o nível de significância adotado foi de p<0,05.

Resultados e discussão

    O objetivo do presente estudo foi analisar aspectos relacionados à prática de exercícios físicos em universitários dos cursos da Faculdade de Ciências da Educação e Saúde do UniCEUB em Brasília-DF. Para tanto, a Tabela 1 mostra o perfil da amostra estudada.

Tabela 1. Perfil da amostra. Valor descritivo, média e desvio padrão (±DP) das variáveis 

antropométricas e do percentual de participantes do sexo masculino e feminino. (n=183).

 

Figura 1. Percentual de praticantes e não praticantes de exercício

    Conforme apresenta a figura 1 observa-se que a maior parte (73%) da população estudada pratica mais de um tipo de exercício físico, enquanto apenas 27% dos indivíduos não aderem a qualquer tipo de exercício físico. No entanto, um estudo realizado por Mello et. al, (1995), na cidade de São Paulo, mostrou que apenas 1/3 da população, ou seja, 31% estavam engajados em algum tipo de exercício físico.

    Em outro estudo, realizado por Salve et. al,. (2007), comparam a prática de exercícios físicos entre universitários de uma universidade de São Paulo, revelando que, somente a turma de Educação Física ultrapassou têm mais de 50% de praticantes regulares chegando a alcançar 89%, enquanto Enfermagem e Biologia atingiram 48% e 38%, respectivamente, sendo que o menor percentual foi obtido no curso de História, apenas 18%.

    No estudo realizado por Madureira (2002) que investigou os hábitos da prática de exercício físico de professores de Educação Física, de ambos os sexos, pode verificar que 73,3% dos indivíduos do sexo masculino praticam exercício físico contra 40% do sexo feminino. Provavelmente esta alta percentagem de aderência, se deve ao fato dos professores possuírem uma grande vivência no meio acadêmico.

    Comparando os estudos citados com o presente estudo, essa diferença de percentual pode ter ocorrido pelo fato da amostra do segundo estudo ser de indivíduos da população geral e possuírem um menor grau de instrução, o que pode ter contribuído para uma possível redução na pratica de exercícios físicos. Já os níveis mais elevados encontrados na população universitária, podem estar relacionados ao conhecimento de hábitos saudáveis, aliados a uma vivência durante a sua formação acadêmica. Esses indivíduos têm mais acesso a informação, o que pode ter contribuído para a adesão de hábitos mais saudáveis.

Figura 2. Percentual da amostra pelo tempo de prática de exercício físico

    Na figura 2, podemos perceber que a maioria dos indivíduos que responderam o questionário, praticam exercício físico a mais de 1 ano, alcançando (52%), outros 25% dos entrevistados praticam exercício a menos de seis meses, e 23% das pessoas pesquisadas disseram que se exercitam na faixa de seis meses a um ano.

    Santos (2006) realizou um estudo comparando o tempo de prática de exercício entre indivíduos ativos, e demonstrou que 86,7% se exercitava a mais de dois anos, e apenas 13,3% praticavam exercícios há um ano. Essa significante elevação no nível de prática de exercício pode estar associada com os inúmeros benefícios que os exercícios podem proporcionar aos indivíduos, tendo a cada dia mais adeptos, e a partir do momento que decidem aderir essa concepção de saúde, alcançam um melhor estilo de vida.

Figura 3. Adesão a diferentes tipos de exercício físico

    De acordo com a figura 3 os indivíduos que participaram da pesquisa praticavam mais de um esporte ou exercício físico (69%), a musculação aparece em segundo lugar na preferência dos entrevistados atingindo 12%, seguida da caminhada e da corrida com 6%, ginástica com 5%, natação 2%, futebol 2% e a dança apenas 1%.

    Esses resultados divergem do estudo realizado por Salve (2007) com universitários dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Biologia e Letras na faixa etária entre 17 a 22 anos. Ele verificou o futebol é modalidade mais praticada com 33,33%, juntamente com outras modalidades. A musculação e o condicionamento físico alcançaram o segundo lugar com 22,22%, escolhidos pelos alunos dos cursos de Biologia, Educação Física e Enfermagem. A corrida de longa duração apareceu com 22,22% da preferência pelos alunos da Enfermagem e Educação Física. Assim como a ginástica localizada que alcançou 22,22%. A caminhada chegou a 11,11% no curso de Enfermagem. O futsal e o basquetebol atingiram 11,11% no curso de Matemática, e a Natação 11,11% no curso de Letras.

    Isso mostra que as pessoas estão buscando hábitos mais saudáveis e prazerosos, e não estão se limitando a uma única modalidade.

Figura 4. Freqüência de prática de exercício físico durante a semana

    Conforme os resultados obtidos na figura 4, é fácil verificar que a maioria dos universitários pratique exercícios físicos entre três a quatro vezes por semana, totalizando 40% da amostra, outros 24% responderam que se exercitam em torno de cinco vezes na semana, enquanto que as pessoas que praticam de uma a duas vezes por semana, foram 20%. Alunos que praticam todos os dias totalizaram 16%.

    Domingues (2004) publicou um artigo onde uma das questões tinha o objetivo de avaliar a freqüência mínima de exercício físico realizada pelos participantes. Os resultados apresentaram que 55,9% dos homens responderam que o ideal seria três vezes por semana com duração de trinta minutos, e as mulheres 59,1%, desta mesma questão. Em segundo lugar com 20,0%, os homens que responderam que o suficiente seria dois dias por semana, já entre as mulheres, 14,6% responderam todos os dias. E ainda, 11,4% dos indivíduos do sexo masculino e 10,4% do sexo feminino, classificaram como boa a realização de dez minutos por dia quatro vezes na semana.

    Os resultados desta pesquisa são semelhantes com o estudo feito por Salve (2007), quando revelou que tanto os alunos das áreas de exatas com os alunos ligados a áreas da saúde praticavam exercícios em média de três vezes por semana, sendo que os universitários dos cursos de Educação Física e Enfermagem alcançaram maiores porcentagens de adesão quanto aos índices de prática, comparado aos alunos de exatas.

Conclusão

    Conclui-se que, há um grande crescimento quanto á busca por hábitos saudáveis através dos exercícios físicos pelos acadêmicos do UniCEUB. Além disso, os indivíduos têm procurado diversificar as modalidades praticadas, aderindo aos exercícios que mais se identificam. Verificou-se também, em outros estudos, que o maior percentual dos praticantes são os acadêmicos da aérea da saúde, provavelmente devido aos conhecimentos adquiridos sobre os benefícios de sua prática.

    Os benefícios dos exercícios físicos são comprovados cientificamente por diversos estudos. A população ativa fisicamente precisa alcançar patamares ainda maiores, isto só será possível depois que as pessoas possuírem um maior conhecimento dos benefícios da sua prática regular.

Referências

  • DOMINGUES, Marlos Rodrigues, ET AL. Conhecimento e percepção sobre exercício físico em uma população adulta urbana do sul do Brasil. Cad. Saúde Pública vol.20 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2004.

  • DOS SANTOS, Glayce Liliane Alves. Perfil do estilo de vida de acadêmicos concluintes em educação física do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Unileste-MG. Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.1 - Ago./dez. 2006.

  • FREITAS, Clara Maria Silvestre Monteiro de; ET AL. Aspectos motivacionais que influenciam a adesão e manutenção de idosos a programas de exercícios físicos. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano ISSN 1980-0037. 2006.

  • GUEDES, Dartagnan Pinto. Programas de controle do peso corporal. atividade física e nutrição. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 64 -90, 2002.

  • MACEDO, Christiane de Souza Guerino. Benefícios do exercício físico para a qualidade de vida. Revista Brasileira de atividade física; Saúde. v.8. n.2.p,19 -27.

  • MADUREIRA, Alberto Saturno. ET AL. estilo de vida e atividade física habitual de professores de educação física. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. 2002.

  • MARCONDELLI, Priscilla. Nível de atividade física e hábitos alimentares de universitários do 3º ao 5º semestres da área da saúde. Rev. Nutr. vol. 21  no.1 Campinas  Jan./Feb. 2008.

  • MATOS, Ana Paula Soares de ET AL. Estilo de vida, percepção de saúde e estado de saúde em estudantes universitários portugueses: influência da área de formação. © International Journal of Clinical and Health Psychology 2006, Vol. 6, Nº 3, pp. 647-663.

  • MELLO, Marco Túlio de, ET AL. Levantamento epidemiológico da prática de atividade física na cidade de são Paulo. 1-Universidade Federal de Uberlândia/UFU-FAEFI/NIFEP;2-Departmento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM);3-Departmento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESPEPM). São Paulo.1995.

  • MONTEIRO, Maria de Fátima; et al. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Ver Bras Med Esporte, Vol. 10, Nº 6 – Nov/Dez, 2004.

  • PIERON, Maurice. Estilo de vida, prática de atividades físicas e esportivas, qualidade de vida. Fitness e Performance Jornal, Rio de Janeiro, 3,1,6. Jan/fev, 2004.

  • PITANGA, Francisco José Gondim. Epidemiologia, atividade física e saúde. Rev. Bras. Ciên. e Mov. 10 (3): 49-54, 2002.

  • SANTOS, Susan Contrim; et al. Motivos de adesão à prática de atividade física na vida adulta intermediária1. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2006 5(1):23-34.

  • SALVE, Mariângela Gagliardi Caro; et al. A prática do exercício físico: estudo comparativo entre os alunos de graduação de uma universidade da cidade de Campinas. O mundo da saúde, São Paulo: out/dez 31(4):478-484, 2007.

  •  TAHARA, Alexander Klein; et al. A prática de exercícios físicos na promoção de um estilo de vida ativo. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 9 - N° 61 – Junho, 2007. http://www.efdeportes.com/efd61/ativo.htm

  • VIEIRA, José Luiz Lopes; et al. A prática de exercícios físicos regulares como terapia complementar ao tratamento de mulheres com depressão. J. Brasileiro de Psiquiatria, 2007.

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