Avaliação da sensibilidade cutânea plantar e teste Timed ‘Up & Go’ (TUG) em idosas não institucionalizadas Evaluación de la sensibilidade cutánea plantar y el test Timed ‘Up & Go’ (TUG) en mujeres mayores no institucionalizdas Evaluation of plantar cutaneous sensitivity and test timed Up & Go (TUG) in non institutionalized elderly |
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*Fisioterapeuta, Mestre e Doutora em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília, UCB, Brasília-DF. Docente do curso de Enfermagem da Faculdade LS, Taguatinga, DF, e da Facultade FACESA, Valparaíso, GO **Fisioterapeuta formada pelo Unieuro Centro Universitário, Brasília-DF, Brasil. ***Fisioterapeuta, Mestre e Doutor em Ciência da Saúde pela Universidade de Brasília, UNB. Docente do curso de fisioterapia e orientador do programa de Doutorado/Mestrado em Educação Física e no Mestrado em Gerontologia da UCB. Fisioterapeuta da Câmara dos Deputados Federais, Brasília ****Fisioterapeuta formada pelo Unieuro Centro Universitário, Brasília, DF Fisioterapeuta do Hospital de Santa Maria, Distrito Federal *****Educadora Física, Mestre e Doutora em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília, UCB, Brasília, DF. Docente do Unieuro Centro Universitário e da Faculdade LS, Taguatinga |
Georgia Danila Fernandes D’Oliveira* Loiane Menezes Silva** Gustavo de Azevedo Carvalho*** Viviane Tobias Albuquerque**** Lidia Mara Bezerra***** (Brasil) |
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Resumo A maioria dos idosos da população brasileira apresenta doenças ou limitações funcionais. A presença de múltiplas doenças associada ao declínio funcional inerente ao processo de envelhecimento favorece a alta incidência de quedas. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de predição entre a sensibilidade cutânea plantar e o teste Timed UP & Go (TUG) em idosas não institucionalizadas e, analisar possíveis correlações entre as variáveis idade, Indice de Massa Corporal, TUG e sensibilidade cutânea plantar. Materiais e Métodos: participaram do estudo 41 idosas, avaliadas quanto à mobilidade funcional e a capacidade de equilíbrio por meio do teste de TUG, e a sensibilidade cutânea plantar com o auxílio do estesiômetro Siemmens Weistein. Para análise de dados utilizou-se o programa: Statistical Package for Social Science para Windows (SPSS 17.0). Resultados: Na avaliação da sensibilidade cutânea 90% das idosas perceberam o estímulo do estesiômetro. A média te tempo do TUG foi de 10,79 ± 2,57. Não houve correlação significativa entre TUG e sensibilidade (p= 0,34). Não houve correlação entre TUG e IMC. Houve correlação positiva entre TUG e idade. Conclusão: No presente estudo a sensibilidade do membro inferior não é fator determinante na mobilidade funcional e no equilíbrio das pacientes avaliadas. Em contrapartida, a idade parece influenciar negativamente estes fatores no grupo estudado. Unitermos: Idoso. Equilíbrio. TUG. Sensibilidade.
Abstract Most of elderly Brazilian population presents diseases or functional limitations. The presence of multiple diseases associated with functional decline in the aging process favors the high incidence of falls. The aim of this study was to examine the prediction of the plantar skin sensitivity test and Timed Up and Go (TUG) in non-institutionalized elderly and to examine possible correlations between the variables age, body mass index (BMI), TUG plantar skin sensitivity. Materials and Methods: 41 elderly participated in the study, evaluated for functional mobility and ability to balance through the TUG test, sensitivity and plantar skin with the help of esthesiometer Siemmens Weistein. For data analysis we used the statistical program: Statistical Package for Social Sciences for Windows (SPSS 17.0). Results: In the evaluation of plantar cutaneous sensitivity was noted that 90% of the women perceived the stimulus. The average time on the TUG test was 10.79 ± 2.57. There was not a significant relationship between the TUG and the sensitivity (p = 0.34), as between age and TUG results were positive (p = 0, 001). It is with this study that there was no prediction between TUG and plantar cutaneous sensitivity in elderly non-institutionalized. There was no correlation between BMI and TUG. There was a positive correlation between the variables and age and TUG. Conclusion: In this study the sensitivity of the lower limb is not a determinant in functional mobility and balance of the patients evaluated. In contrast, age seems to negatively these factors in the study group. Keywords: Eldery. Balance. Timed Up & Go. Sensibility.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 167, Abril de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
No Brasil, as modificações demográficas se dão de forma radical e bastante acelerada, observando um crescimento da população idosa. Com a redução nas taxas de fecundidade e mortalidade, houve um aumento da expectativa de vida [1,2]. As projeções mais conservadoras indicam que, em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas [2].
No processo de envelhecimento ocorrem alterações físicas (postura e equilíbrio corporal), fisiológicas, psicológicas (declínio cognitivo) e sociais, bem como o surgimento de doenças crônico-degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados, interferindo na realização das atividades de vida diária [3] e refletindo diretamente na qualidade de vida do idoso.
A presença de múltiplas doenças associadas ao declínio funcional no processo de envelhecimento, como o aumento do tempo de reação e diminuição da qualidade das coordenações motoras e do equilíbrio corporal favorecem a alta incidência de quedas [4].
A Qualidade de Vida tem sido uma preocupação constante para as pessoas. Com isso, diante do envelhecimento populacional, o objetivo deixa de ser apenas o de prolongar a vida, mas a manutenção da capacidade funcional, isto é, as habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida independente e autônoma [5,6].
A maioria dos idosos incorporados à população brasileira, a cada ano, apresenta doenças crônicas ou limitações funcionais [4].
Dados do Ministério da Saúde (2007) demonstram que quase 50% das internações hospitalares de indivíduos com 60 anos ou mais, por causas externas, são devido a quedas, sendo a freqüência maior em mulheres (53,36%) [7].
As causas das quedas em idosos podem ser classificadas como intrínsecas -decorrentes de alterações fisiológicas- e extrínsecas, como os fatores ambientais [8]. Alguns fatores de risco determinantes são: a idade igual ou maior a 75 anos, sexo feminino, inatividade física, fraqueza muscular, distúrbios do equilíbrio corporal, da marcha ou de mobilidade [9].
Entre os distúrbios progressivos do equilíbrio corporal advindos do processo de envelhecimento, podemos citar: a perda progressiva das células nervosas, distúrbios proprioceptivos e músculo-esqueléticos, diminuição da sensibilidade dos barorreceptores à hipotensão postural, processos degenerativos de estruturas do ouvido interno, deformidades nos pés e sedentarismo [10,11].
Vários testes são utilizados para avaliar funcionalmente o equilíbrio estático e dinâmico e a presença de fatores de risco de quedas em idosos, com o objetivo de encontrar uma correlação entre esses fatores e o risco ou o número de quedas. Entre eles: o teste “Timed Up and Go” (TUG) [12-14].
O teste TUG avalia a mobilidade funcional e a capacidade de um indivíduo equilibrar-se mediante um esforço físico com mudança de direção, sendo mensurado em segundos [15].
Para a estabilidade postural, o trabalho em conjunto do sistema sensorial com o músculo-esquelético é de grande importância [16]. A estimulação sensorial propicia um feedback necessário para monitoração do desempenho funcional durante a realização de uma tarefa. Existem diversas fontes, sendo os receptores de tato, uma delas [17].
A informação sensorial proveniente de receptores cutâneos plantares é imprescindível para o controle postural e manutenção do equilíbrio [18].
As alterações na sensibilidade tátil podem ser verificadas através dos monofilamentos de Semmes Weinstein (estesiômetro), que avalia e quantifica o limiar de percepção do tato e sensação de pressão profunda do pé [19].
Vários fatores interferem na estabilidade da manutenção do equilíbrio corporal, o índice de massa corporal (IMC) é um deles [20]. Ele é amplamente utilizado como indicador do estado nutricional, por sua boa correlação com a massa corporal (r≈0,80) e baixa correlação com a estatura [21].
O objetivo do presente estudo foi avaliar se há predição entre a sensibilidade cutânea plantar e o TUG em idosas não institucionalizadas, e analisar se há correlação entre as variáveis: idade, IMC, TUG e sensibilidade cutânea plantar.
Materiais e métodos
Trata-se de um estudo transversal, cuja amostra foi composta por 44 idosas, com idade entre 60 e 88 anos, completada no ano da pesquisa, residentes no Distrito Federal, sem distinção de raça ou classe socioeconômica. Foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da UNIEURO sob o protocolo número 90/9000.
Os critérios de exclusão definidos neste estudo foram: incapacidade funcional em membros superiores (MMSS) e/ou inferiores (MMII), idosas com déficit no cognitivo, que foi avaliado através do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) de acordo com protocolo de Almeida 1999 [22], onde os valores de referência para o estudo foram que as participantes tivessem um score > 26 pontos.
Do total de voluntárias, 3 foram excluídas. Obtendo-se, portanto, uma amostra total n = 41 participantes.
O peso e estatura foram verificados por meio de uma balança e estadiômetro da marca Filizola® previamente calibrada. A pressão arterial (PA) foi aferida com um aparelho esfignomanômetro da marca Misouri® e por um estetoscópio da marca/modelo Litmann® classic II. A seguir, cada participante foi submetida à aplicação do TUG e avaliação da sensibilidade cutânea plantar.
O teste TUG foi aplicado em local pré-determinado, seguindo as definições de Podsiadlo e Richardson, 1991 [23]. O teste é mensurado em segundos, avaliando o tempo gasto por um idoso para levantar-se de uma cadeira, andar uma distância de 3 metros, dar a volta, caminhar em direção à cadeira e sentar-se novamente [15]. Foram utilizados um cronômetro digital comum da marca Polar®; uma cadeira de 45 cm de altura para o assento e 65 cm de altura para o apoio dos braços com encosto para as costas, marca Grosfillex®, certificada pelo instituto nacional de metrologia, normalização e qualidade industrial – INMETRO, com capacidade de suporte de até 150 kg. A demarcação no chão do percurso de 3m foi feita com uma fita métrica comum, cones de sinalização e fita adesiva branca colada ao chão. Os resultados do teste e os dados coletados foram anotados conforme Perracini [24].
Para a análise dos dados do teste de TUG , a amostra foi dividida em 3 grupos pelo tempo de execução: as que realizaram o teste em até 10 segundos foram consideradas independentes para a realização de AVD; as que realizaram em um período entre 10.01 e 20 segundos foram consideradas parcialmente dependentes para algumas atividades e por fim as que efetuaram a tarefa em mais de 20 segundos foram consideradas dependentes para atividades diárias [23].
Na aplicação do teste de sensibilidade cutânea plantar foi utilizado o monofilamento de cor laranja de Semmes-Weinstein, da marca Bauru®, com pressão de 10,0 g [19]. Os pontos testados foram às falanges distais dos 1º, 3º e 5º dedos e as cabeças do 1º, 3º e 5º metatarsos.
O IMC foi calculado a partir da estatura e peso mensurados de cada idosa. Os valores foram expressos em centímetros (cm) para estatura, e o peso expresso em quilogramas (kg). Utilizando a seguinte fórmula: IMC = Peso corporal (kg) / (estatura)2 (m).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) [25] considera como parâmetros para o IMC os seguintes valores: baixo peso < 18,5kg/m2; para peso normal o IMC > 18,5 e < 24,9 kg/m2; sobrepeso IMC > 25 kg/m2 e < 29,9 kg/m² e obesos com valores acima de 30,0 kg/m².
Para realizar as análises, os dados foram importados para planilha do programa estatístico Statistical Package for Social Science para Windows (SPSS 17.0). Sendo realizadas as análises descritivas para caracterização da amostra e a correlação de Pearson e Spearman para verificar a relação das variáveis, com o nível de significância p≤ 0,05.
Resultados
A caracterização da amostra, composta por 41 idosas, encontra-se na tabela I.
Tabela I. Caracterização da amostra
Ao avaliar a sensibilidade cutânea plantar observou-se que 90% das idosas perceberam o estímulo e somente 10% não perceberam. No exame mini mental a média de pontuação foi de 26,46 ± 2,68 pontos. No teste de TUG a média de tempo das idosas foi de 10,79 ± 2,57 segundos.
Os resultados da correlação do TUG com a idade, pontuação do mini mental e IMC encontram-se na tabela II.
Tabela II. Análise de TUG com a idade, mini mental e IMC
A análise demonstrou uma correlação positiva e moderada entre TUG e idade (p=0,001), logo, quanto maior a idade maior o tempo para realizar o TUG.
Figura 1. Correlação entre a idade e o teste TUG
Foi realizada uma análise entre TUG e o IMC, demonstrado na tabela III. Sendo desconsiderado o TUG em indivíduos dependentes das AVDs, pois dentro da amostra nenhuma participante obteve um score maior que 20 segundos de realização do teste.
Tabela III. TUG e IMC
A análise não demonstrou relação significativa entre a classificação do TUG e o IMC (p=0,47). A tabela IV observa-se a análise da sensibilidade cutânea plantar e TUG.
Tabela IV. TUG e Sensibilidade Cutânea Plantar
A análise não demonstrou relação significativa entre a classificação do TUG e a Sensibilidade (p=0,34).
Discussão
Segundo Chaimowicz [26], o envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, no qual ocorrem modificações morfológicas e funcionais, assim como modificações bioquímicas e psicológicas, causando uma redução da reserva funcional dos órgãos e aparelhos. No presente estudo, observa-se um maior tempo para realização do TUG pelas idosas com o aumento da idade. Entretanto, Parahyba et al [27] revela que o envelhecimento não é sinônimo de incapacidade funcional, tendo visto em seu estudo, que entre as mulheres de 85 anos ou mais, muitas reportaram não ter nenhuma dificuldade para caminhar mais de um quilômetro.
A OMS [25] sugere a adoção dos mesmos valores de corte do IMC utilizados para adultos, em idosos, pois não há IMC específico para essa população. Neste estudo o IMC médio encontrado foi de 28,76 kg/m2, ou seja, prevalência de sobrepeso entre as idosas, de acordo com a classificação da OMS. Porém, valores inferiores foram encontrados nos estudos de Barbosa et al [28], Corish et al [29] e no estudo de Rauen et al [30], onde os indivíduos foram classificados de acordo com os pontos de corte recomendados pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) no projeto Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE): baixo peso (IMC<23kg/m2), peso normal 23<IMC<28kg/m2), pré-obesidade (28<IMC<30kg/m2) e obesidade (IMC>30kg/m2).
No processo de envelhecimento ressaltam-se algumas transformações senescentes como o aumento da gordura corpórea, redução da massa corporal magra, diminuição da quantidade de água no organismo e a diminuição da altura, tendo valores de IMC elevados, como observado na pesquisa [11, 21]. Rauen et al [30] apresentaram valores de IMC para os idosos institucionalizados valores inferiores a 28,76 kg/m2 .
No presente estudo verificou-se que o tempo de realização do TUG foi diretamente proporcional a idade, visto que, as idosas com idade mais elevada obtiveram um baixo desempenho, indicando positivamente uma associação entre o aumento da idade e a perda de equilíbrio, predispondo-as ao risco de quedas. Resultados estes, que corroboram com outros estudos [31-33].
O teste TUG tem sensibilidade e especificidade de 87% para identificar idosos predispostos a quedas [34]. De acordo com a análise dos resultados do TUG, a média de tempo (10,79 ± 2,57 seg) gasto para realizar o teste indica que há dependência parcial para a realização das AVDs na maior parte da amostra deste estudo (51%).
A execução de movimento é acompanhada da necessidade de estabilidade postural. Na pessoa obesa a manutenção do equilíbrio postural e estabilidade corporal são mais difíceis [20]. Porém no presente estudo não houve correlação significativa entre o TUG e IMC. Contrariando este resultado, Rebellato et al.[33] verificou em idosas que o elevado IMC proporcionou um baixo desempenho nos testes de equilíbrio. Já Era P. et al [35] verificaram uma associação negativa entre testes de equilíbrio estático e dinâmico e alto IMC em idosas.
O estudo de Junior et al [12] relata que a queda é um evento multifatorial, no qual estão envolvidos perda do equilíbrio, alterações na marcha, nos sistemas sensorial e musculoesquelético, além de fatores ambientais . Na presente pesquisa a análise da sensibilidade cutânea plantar não apresentou diferença significativa com o TUG.
A informação sensorial é um componente crítico do sistema motor, já que propicia o feedback necessário para a monitoração do desempenho durante a realização de uma tarefa [17]. Evidências demonstram que a sensibilidade dos pés e tornozelos é essencial para o controle do equilíbrio [18]. O estudo em discussão não demonstrou uma relação significativa entre o TUG e a sensibilidade, tendo em vista que, das 41 idosas apenas 4 (10%) não perceberam o estímulo, e dessas, 3 foram classificadas como independentes para a realização das AVDs, mostrando que a sensibilidade diminuída não interferiu na estabilidade postural dessas idosas .
A melhora da sensibilidade tátil favorece a consciência corporal, facilitando a realização das atividades e prevenindo riscos de acidentes, devido à percepção do movimento estar favorecida quando o feedback tátil está disponível [36].Os resultados do estudo em questão mostraram que a diminuição da sensibilidade plantar não interfere no equilíbrio corporal de idosas.
Corriveau H. et al [16], em seu estudo composto por pacientes pós- Acidente Vascular Encefálico , observaram que o sistema sensorial e motor comprometidos causam diminuição na estabilidade corporal e reforça a importância da sensibilidade cutânea plantar para manutenção do equilíbrio. Porém os resultados não permitem uma comparação direta com os resultados da presente pesquisa, já que a mesma foi composta por idosas saudáveis.
Vários estudos têm como foco o desenvolvimento da informação sensorial proveniente do sistema vestibular, visual ou muscular. Contudo, pouco se sabe sobre a informação cutânea proveniente da face plantar [37].
Costa e Victoria [38] afirmam que a queda pode ser caracterizada como problema de saúde pública para o idoso. A análise das condições de vida e saúde do idoso, como as análises funcionais descritas no presente estudo, permitem a implementação de propostas de intervenção, tanto em programas geriátricos quanto em políticas sociais, com intuito de promover o bem- estar dos que envelhecem.
Conclusão
Conclui-se com o presente estudo que não houve predição entre sensibilidade cutânea plantar e o TUG em idosas não institucionalizadas, o mesmo ocorreu com IMC. Pode-se inferir que alterações na sensibilidade não influenciam na mobilidade e no equilíbrio de idosos, e que a idade influencia negativamente na mobilidade funcional e no equilíbrio das participantes. Entretanto, faz-se necessário novos estudos, pois o número da amostra foi limitada.
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