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Uma visão dos pais quanto ao rendimento de escolares do ensino

fundamental participantes de atividades extra-escolares

Una visión de los padres en cuanto al rendimiento de escolares de enseñanza básica participantes de actividades extraescolares

A vision of parents on the yield of elementary school students participating in extra-school activities

 

*Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física, FAUM

**Professor Especialista da disciplina

Núcleo de estudos e práticas pedagógicas III, FAUM

(Brasil)

Bruno Costa da Silva*

Francieli Araujo*

José Roberto da Silva Junior*

Rayani Campos Vital*

Roberto Pereira de Oliveira**

robertopeoli@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente artigo trata de analisar um tema preocupante no contexto escolar e familiar, que vem a se o Rendimento Escolar das crianças e Jovens. Buscando compreender a relação se as influências das atividades recreativas extra escolares podem ou não contribuir no rendimento escolar dos mesmos. Realizando um estudo, das opiniões e analise dos pais, objetivando no resultado encontrado das questões apresentadas, e mediante ao questionário respondido pelos pais e também por pesquisas de diversos especialistas, concluímos que as atividades extracurriculares exercem uma influência significativa no desenvolvimento de crianças e adolescentes.

          Unitermos: Rendimento escolar. Atividades extra-escolares. Desenvolvimento.

 

Abstract

          The present article is to analyze an issue of concern in the school and family, coming to the School Performance of Children and Youth. Trying to understand the relationship between the influences of after-school recreational activities may or may not contribute to the academic performance of the same. Conducting a study of parents' views and analysis, aiming to results found in the issues presented, and through a questionnaire answered by parents and also by studies of several experts, we concluded that extracurricular activities have a significant impact on the development of children and adolescents.
          Keywords: School performance. Extra-curricular activities. Development.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 166, Marzo de 2012. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    O Rendimento Escolar é um tema que preocupa pais e professores, tais preocupações se dão por uma serie de fatores aos quais nossos jovens estão expostos, mediante ao meio em que vivem. As influências das atividades recreativas realizadas no contra turno das aulas por alunos do ensino fundamental, poderia ou não influenciar no que diz respeito ao rendimento escolar dos mesmos, as investigações será necessária para obtermos respostas sobre este assunto. Objetivou-se analisar o ponto de vista dos pais a influência atribuída a atividades extra-escolares praticadas por alunos do ensino fundamental em horários alternativos (Sábado e Domingo), no rendimento escolar dos mesmos.

2.     Desenvolvimento

    Existem diversas teorias de vários especialistas que definem o desenvolvimento humano em diversas perspectivas, dentre estas definições, se destacam os estudos apontados por quatro grandes pesquisadores deste assunto sendo eles; o psicólogo e biólogo suíço Jean Piaget, Henri Wallon, Lev Semenovich Vygotsky e o psicólogo Howard Gardner, sendo que estes pesquisadores contribuíram em muito para o entendimento do desenvolvimento humano seja ele motor ou cognitivo, a partir de seus exemplos e suas explicações de fácil entendimento (FONSECA, 2008). Neste tópico do artigo tentou se fazer uma conexão entre as teorias destes autores e o rendimento escolar dos alunos segundo seus pais em razão da realização de atividades extra-escolares.

    Piaget diz que a criança constrói o conhecimento a partir de estímulos recebidos por ela através do meio (externo), e que sendo assim esses estímulos são de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo da criança (FONSECA, 2008). Fazendo então uma comparação com a opinião dos pais a cerca do que as crianças aprendem em sua atividade extra-escolar podemos observar que a maiorias dos pais acreditam, segundo o questionário, que seus filhos aprendem mais quando inseridos nessas atividades, sendo assim os estímulos a que Piaget se refere podem ser atribuídos não somente a escola mais também a essas atividades uma vez que inseridos nela, essas crianças recebem estímulos aos quais iram se desencadear em um novo conhecimento ao qual ela utilizara na escola melhorando assim seu rendimento escolar.

    Segundo Piaget existem dois componentes que explicam o desenvolvimento cognitivo do ser humano sendo eles; a assimilação e a acomodação. Sendo que um componente complementa o outro, a assimilação seria estímulos recebidos pela criança do mundo exterior, já a acomodação se trata da resposta da criança á esses estímulos recebidos do mundo exterior (FONSECA, 2008). Tendo por base as afirmações de Piaget já citado neste tópico, entende se que a criança que participa de atividade extra-escolares recebe mais estímulos positivos do meio.

    As atividades realizadas no clube de desbravadores (grupo pesquisado neste artigo) são atividades onde estão inseridos crianças de diversas faixas etárias, favorecendo a integração entre essas crianças com níveis diferentes de aprendizagem, o que pode ser um estimulo a mais para as crianças que estão nas series iniciais do ensino fundamental pois esse contato com crianças de outras faixas etárias favorece seu desenvolvimento bem como afirma Gardner “crianças de uma determinada faixa etária podem estar em diferentes níveis de desenvolvimento, nas diversas áreas do conhecimento”. (GARDNER, 1994). Sendo assim, escolares que tem contato com crianças de outras faixas etárias podem ter um desenvolvimento melhor do que aquelas que não apresentam esse perfil. Por estarem em contato direto com crianças em um estagio de desenvolvimento mais elevado, levando em conta que o meio também influencia o individuo como ressalta Wallon, “a sociedade é para o homem uma necessidade orgânica que determina o seu desenvolvimento e, portanto, a sua inteligência”. (FONSECA, 2008, p.15)

2.1.     Clube dos Desbravadores

    Os desbravadores são orientados por líderes que normalmente são jovens com idade acima de 16 anos, Usam um uniforme com emblemas que representam o treinamento, e marcha sob uma bandeira que simboliza tudo o que eles sonham: o ideal de desenvolvimento físico, mental e espiritual, com muita coragem, pureza e lealdade. Tendo como filosofia as vertentes cristãs, anunciando assim a esperança de um mundo melhor através da prática do ensino Cristão. Não proporciona somente divertimentos e tampouco é um serviço semanal para cuidar de menores. E se desenvolveu com a única idéia de educar e formar o caráter. Ensinam prontidão, limpeza, destreza física, mental, espiritual e serviço à comunidade. São Crianças que lutam também em combates, ao uso de drogas, fumo e álcool.

    Trabalham em equipe procurando sempre ser úteis à comunidade. Prestam, também, socorro em calamidades e participamos ativamente de campanhas comunitárias para ajudar pessoas carentes. Em tudo que fazem procuram desenvolver amor a Deus e à Pátria e, além disso, formam muitos amigos. Para que isso aconteça é realizadas atividades ao ar livre pára ajudar essa sociedade como: acampamentos, caminhadas, escaladas, explorações nas matas e cavernas. Aprende cozinhar ao ar livre, fogo sem fósforo, habilidade com a disciplina através de ordem unida, criatividade despertada pelas artes manuais. O Clube de Desbravadores oferece idealismo, aventura e amizade do jeito que os jovens gostam. Oferecem variedade de experiências e oportunidades. É um serviço educacional, feito para formar belos caracteres juvenis. Não fazem distinção de raça, crença ou classe social, mas é uma organização internacional de jovens cristãos idealistas, sempre ao seu dispor.

2.2.     Atividades extracurriculares

    Hoje em dia, cada vez mais jovens praticam atividades extracurriculares, uns por prazer, outros porque estão a beneficiar a sua saúde, outros por gosto desportivo e competitivo, etc. Entende-se por atividades extracurriculares ações programadas por orientadores, realizadas após o horário escolar, em que há a preocupação com o desenvolvimento de habilidades e competências. São programas que oferecem oportunidades de assistência acadêmica, recreação e aprendizagens enriquecidas (Mahoney & cols., 2006), envolvendo encontros regulares em contextos específicos como salas de aula, quadras, ginásios, Grupo de Atividades, Projetos sociais, auditórios e salas de música.

    Na concepção de Carvalho e Azevedo (2005), ações sócio educativas são ações que conjugam educação e proteção social, isto é, duas dimensões da proteção integral à infância e à juventude. São atividades que atendem crianças, adolescentes e jovens no período alternado ao escolar que, junto com o processo de escolarização, investem no desenvolvimento integral das crianças e dos jovens que fazem da educação para o convívio em sociedade. Atualmente, as ações sócio educativas são avaliadas para que sejam inseridas no âmbito da política pública no Brasil. Há, sobretudo, uma necessidade de se discutir o sentido destas ações que produzem oportunidades de aprendizagem sem ser repetição do espaço escolar. Não possui um currículo e uma programação pedagógica padrão. Ao contrário, sua eficácia educacional está apoiada num currículo-projeto que nasce das demandas, interesses, particularidades e potencialidades da comunidade e por sua própria iniciativa. (...) Garante proteção social (...) (que) é política pública necessária a (...) cidadãos desprotegidos porque não estão incluídos e usufruem precariamente dos serviços das políticas básicas (saúde, educação, habitação). Estão desprotegidos porque estão fora das malhas de proteção alcançadas pela via do trabalho, ou estão fora porque perderam relações e vínculos socio familiares que asseguram pertencimento. (CARVALHO & AZEVEDO, 2005, p.28)

    Destaca-se que o foco das ações sócio educativas não se limita apenas as questões que decorrem a situação social dos envolvidos. Estas atividades impactam, em certa medida, sobre o seu processo de desenvolvimento de forma integral. A partir disso, vê-se a necessidade de se investigar de que maneira isso acontece, quais são os impactos das ações fora da escola sobre o desenvolvimento infantil e adolescente e em que âmbito isso se destaca. A premissa é de que estes programas possam atingir a todos, independentemente do estrato social. De que forma essas crianças e adolescentes utilizam seu tempo livre fora da escola, e como estas atividades interferem em suas habilidades sociais, nos relacionamentos ao logo da vida, nas atitudes e comportamentos com outras pessoas e até mesmo no desenvolvimento escolar (ECCLES & COLS., 2003; HUSTON, WRIGHT, MARQUIS & GREEN, 1999; MAHONEY & CAIRNS,1997; MCHALE, CROUTER & TUCKER, 2001; POLETTO & COLS., 2004).

    Autores como Holland e Andre (1987), vieram afirmar que as atividades extracurriculares promovem as experiências para o desenvolvimento pessoal e social do aluno, onde também se inclui o aumento de aspectos tais como auto-estima, auto-conceito acadêmico, identificação com a escola entre outro.

    Com tudo o conceito dessas atividades Extracurriculares são Programas extracurriculares organizados com encontros regulares, conduzidos por um adulto competente, contendo atividades com objetivos claros, que podem surtir efeitos positivos a seus participantes. Os sucessos dessas atividades extracurriculares podem mostrar ao jovem que este tem talento e capacidades, impedindo que se sinta fracassado e criando objetivos a atingir. É essencial que se saiba transferir essas competências para o domínio acadêmico, podendo o aluno observar que o seu desenvolvimento nesta área acarreta uma maior eficácia de estudos, fazendo prever um maior sucesso tanta acadêmico quanto social.

2.3.     A influência das atividades extracurriculares no rendimento escolar

    Estudos elaborados mostram que as atividades extracurriculares são uma maneira de promover a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno, O modo como essas praticas podem ou não moldar a personalidade de um jovem no contexto escolar, ainda é uma incógnita. Porem esses estudos apontam que as atividades extracurriculares podem gerar benefícios indiretos para a formação dos alunos, como maior participação dos mesmos na vida escolar. Como essa participação se tem efeitos positivos sobre o desenvolvimento da criança, não só nas atividades extracurriculares ou nas ações sócio educativas, mas o que crianças e adolescentes fazem fora do ambiente escolar mostram-se como um campo de pesquisa com inúmeras questões a serem respondidas, tais questões são as influências das ações extraclasses para o ajustamento emocional, na relação com a instituição escolar, desempenho acadêmico e desenvolvimento cognitivo, entre outras.

    Para Marques (2002), a participação em atividades de complemento curricular está associada a uma percepção positiva de si próprio e do meio escolar, ao elevado nível de motivação, ao baixo nível de absentismo, bem como a resultados acadêmicos prósperos.

    Na concepção de Marsh (1992), afirma que as atividades extracurriculares levam, a um aumento do interesse do aluno face á escola e aos valores da escola, o que conduz indiretamente a um melhor rendimento acadêmico. Este afirmou igualmente que as atividades promovidas pela escola podem contribuir para um maior envolvimento nesta, desenvolvendo atitudes mais favoráveis em relação ás aprendizagens escolares.

    Posner e Vandell (1999) destacam que crianças e adolescentes que participam de atividades extracurriculares apresentam melhor ajustamento emocional quando comparadas às que não participam, assistem a menos televisão, fazem poucas atividades não estruturadas e gastam menos tempo em atividades caracterizadas como trabalho infantil.

    Esses estudos apontam que crianças e adolescentes que freqüentam atividades extracurriculares apresentam ganhos significativos no desenvolvimento cognitivo, nas atividades acadêmicas (Mahoney, Lord & Carryl, 2005), e também nas relações interpessoais (Cooper & cols., 1999; Eccles & Taempleton, 2002). Estas extracurriculares. Mahoney e cols. (2006) afirmam que a participação em atividades organizadas após o período escolar traz conseqüências positivas em atividades escolares, educacionais, sociais, cívicas e no desenvolvimento físico dos participantes.

    Os autores destacam ainda que crianças participantes de programas extracurriculares podem ter melhor desempenho em leitura com relação àquelas que não realizam tais ações (Mahoney & cols., 2005). Além disso, participar de uma atividade estruturada, fora da escola, pode proporcionar um aumento de boas interações com parceiros sem comportamentos agressivos, na ampliação deste tipo de relação, bem como contribuir na construção de planos positivos para o futuro (Mahoney & cols., 2003). Também se Destaca a importância desses e de outros achados:

    O impacto das atividades extracurriculares para o desenvolvimento integral da criança e do adolescente é extremamente relevante e frisa o quanto elas podem ser importantes ao se pensar em uma educação de tempo integral. Faz-se importante enfatizar que os estudos sobre atividades extracurriculares apresentados mostram dados de contextos diferenciados. Diante disso, surgiu o objetivo desse estudo, que foi o de pesquisar o que tem sido produzido sobre atividades extracurriculares e educação em tempo integral na área da Psicologia e quais as contribuições desses trabalhos para se pensar em políticas públicas para a infância e adolescência, tanto na educação como no desenvolvimento humano. (PIERCE, HAMM & VANDELL, 1999; MATIAS, 2007)

    Contudo é possível afirmar, a partir de estudos realizados por diversos pesquisadores, que as atividades extracurriculares exercem uma influência significativa no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Com base na socialização dos adolescentes, no desenvolvimento acadêmico, na motivação, no auto-conceito e auto-estima dos mesmos.

2.4.     Procedimentos metodológicos

    O presente estudo descritivo obteve a participação de quinze (15) pais de crianças em idade escolar (de 06 á 16 anos), do ensino fundamental; participantes de um grupo de escoteiro a mais de um (01) ano, denominados “Scorpion do Clube de Desbravadores” da Igreja Adventista do 7º Dia. Os pais se proporão a participar do estudo de forma espontânea, respondendo um questionário contendo seis (06) perguntas, sendo cinco (05) de respostas fechadas e uma (01), a última, de resposta aberta. O objetivo dos questionamentos era justamente coletar informações das observações dos pais, sobre a participação dos filhos em atividades extracurriculares. Foram questionados: 1) Você acha que atividades extra-escolares auxiliam a criança no seu rendimento escolar? 2) Você percebeu alguma mudança positiva no comportamento do seu filho depois que ele começou a participar de atividades extra-escolares? 3) Antes de participar da atividade extra-escolar o seu filho tinha problemas em relação ao seu desenvolvimento escolar? 4) Como você avalia as atividades desenvolvidas por seu filho contra turno da escola? 5) Você percebeu alguma mudança no comportamento disciplinar do seu filho na escola e em casa, após sua participação nas atividades extra-escolar? 6) O que levou você a permitir seu filho a participar de atividades extra-escolares?

2.5.     Resultados e discussão

    Após aplicação dos questionários, obtivemos os seguintes resultados:

Figura 01. Resultados estatísticos em percentuais da pergunta 01

    Na primeira figura fica claro que 100% dos pais acreditam que as atividades desenvolvidas por seus filhos fora da escola auxiliam essas crianças no seu desempenho escolar, tendo isso por unanimidade entre estes pais.

Figura 02. Resultados estatísticos em percentuais da pergunta 02

    Encontramos entre as respostas do segundo questionamento, 93% dos resultados respondendo sim, que observou mudanças positivas no comportamento do seu filho; em contra partida 07% não observaram mudanças.

Figura 03. Resultados estatísticos em percentuais da pergunta 03

    Já no terceiro questionamento feito aos pais obtivemos 47% das respostas positivas em apresentar problemas no seu desenvolvimento escolar e 53% resposta negativas no desenvolvimento escolar.

Figura 04. Resultados estatísticos em percentuais da pergunta 04

    O resultado encontrado no quarto questionamento nos mostra que 93% das respostas foram positivas, ou seja, aprovam a participação dos seus filhos nas atividades e 07% mostro-se indiferente na opinião.

Figura 05. Resultados estatísticos em percentuais da pergunta 05

    Analisando as respostas do quinto questionamento, observamos que 93% dos pais mudanças no comportamento disciplinar do seu filho na escola e em casa, e apenas 07% não observou estas mudanças.

    A pergunta de número seis (06) é uma pergunta dissertativa onde se tentou saber dos pais; “O que levou você a permitir que seu filho participasse de atividade extra-escolar? Dentre as respostas dos pais destacam se quatro respostas que se encaixa muito bem no tema do artigo. Por uma questão de ética o nome dos pais não serão mencionados, sendo apenas identificados por um numero. Pais1- “por saber que poderia oferecer um algo a mais de atividades, tanto física, como mentais e principalmente espirituais”. Pais2- “já conhecendo o projeto da igreja, coloquei meu filho mesmo antes da idade, pois sabia que ele iria se desenvolver muito mais”. Pais3 – “por saber que o programa só ensina coisas boas”. Pais4- “por ser teimoso e desobediente eu queria que ele aprendesse além da minha educação e lá eu sei que ele mudou muito”. Estas respostas deixaram claro que em uma perspectiva dos pais o comportamento dos filhos mudou a partir do momento em que eles começaram a participar de atividade extra-escolar.

    Segundo os pais participantes desta pesquisa, as atividades desenvolvidas por seus filhos estão diretamente ligados a esfera religiosa por ser um trabalho realizado pela igreja, evidenciando a partir desta informação o grupo social aos quais essas crianças estão inseridas. Para Vygotsky esse grupo social é quem vai determinar o processo de desenvolvimento cultural destas crianças, já que o meio também determina este aspecto do desenvolvimento, sendo o individuo um agente modificador do meio assim como o mesmo também o modifica.

    Segundo Vygotsky, “ao mesmo tempo em que o ser humano transforma o meio para satisfazer as suas necessidades de sobrevivência, de prazer e de utilidade, ele se transforma a si mesmo, com uma maior integração e interações sensoriais, uma organização neuronal transcedente, desde a atenção até o processamento e o armazenamento de estímulos e de situações e até a planificação e a seguencialização espaço- temporal intencional das suas respostas motoras adaptativas”. (VYGOTSKY apud FONSECA, P.378, 2008)

    De acordo com os resultados os pais acreditam que atividade extra-escolar auxiliam sim no desempenho do seu filho ao que se refere á seu rendimento escolar assim como o desenvolvimento de suas capacidades motoras e mentais, como se poderá analisar melhor no seguinte tópico do artigo.

3.     Conclusão

    A partir dos dados analisados constatou mudanças positivas no desenvolvimento do rendimento escolar de crianças matriculadas no ensino fundamental regular, com base em atividades desenvolvidas por elas é muito difícil dado as varias vertentes que podem influenciar a criança no seu desenvolvimento sendo a fase infantil oportuna para novas descobertas e a construção de conceitos próprios a partir das experiências as quais essa criança está exposta a todo o momento pelo meio em que esta inserida. O que se tentou fazer nesta pesquisa foi realizar uma analise qualitativa a partir de um questionário entregue aos pais de quinze crianças participantes de atividade extra-escolar e a partir destes dados entendeu se que a atividade extra-escolar contribui para o desenvolvimento da criança o que se verificou nos dados apurados na pesquisa.

Referências

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  • COOPER, H., VALENTINE, J. C., NYE, B., & LINDSAY, J. J. Relationships between five after-school activities and academic achievement. Journal of Educational Psychology, 1999.

  • ECCLES, J. S.; BARBER, B. L.; STONE, M. & HUNT, J. Extracurricular activities and adolescent development. Journal of Social Issues, 2003.

  • FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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  • MARQUES, João Baptista. A escola e a pratica desportiva dos estudantes. Disponível em: http/www.motricidade.com/contributos/escolaeotempolivres.htm, Acesso em 12 nov 2011.

  • MARSH, H.W. Extracurricular activities: Beneficial extension of the traditional curriculum or subversion of academic goals? Journal of Educational Psychology, 1992.

  • PIERCE, K. M., HAMM, J. V., & VANDELL, D. L. Experiences in after-school programs and children’s adjustment in first- grade classrooms. Child Development, 1999.

  • POLETTO, M.; WAGNER, T. M. & KOLLER, S. H. Resiliência e desenvolvimento infantil de crianças que cuidam de crianças: uma visão em perspectiva. Psicologia: teoria e pesquisa, 2004.

  • POSNER, J. K., & VANDELL, D. L. After-school activities and the development of low-income urban children: A longitudinal study. Development Psychology, 1999.

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