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Hidroginástica na terceira idade: a busca pela qualidade de vida

La gimnasia acuática en la tercera edad: en busca de la calidad de vida

 

*Acadêmico da 6ª fase do Curso de Educação Física

da Universidade do Contestado – UnC – Concórdia

**Professor orientador, mestre em Atividade Física e Saúde Humana

(Brasil)

Gilson Luiz da Silva*

Gerson Angnes**

gilsonlds04@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A cada dia o ser humano busca melhorar sua qualidade de vida. Os idosos, por sua vez, buscam atividades que lhe proporcionem momentos de laser, de saúde e bem-estar. É na hidroginástica que eles encontram a motivação e a saída para resolver parte de seus problemas com a saúde, já que através dela retardarão o processo de envelhecimento e terão benefícios anatômicos, cognitivos e sócio-afetivos. O objetivo do presente estudo foi avaliar e comparar os benefícios da hidroginástica na aptidão física e qualidade de vida de um grupo da terceira idade da cidade de Piratuba-SC, durante quatro meses, tendo como amostra 12 voluntários, sendo seis homens e seis mulheres, com idade igual ou acima de 60 anos. Para avaliar a composição corporal foi utilizado o Índice de Massa Corporal, Relação Abdômen/Quadril e Percentual de Gordura. Para avaliar a flexibilidade utilizamos o Banco de Wells, e na Qualidade de Vida foi realizado o Questionário - Qualidade de Vida Brasil SF-36, traduzido por Ciconelli e Ferraz (1999). Foram observados os seguintes resultados: O IMC masculino, no pré e pós - atividade classificou-se como Obesidade grau II, no feminino mantiveram-se em Obesidade grau I, ocorrendo uma diminuição em ambos os sexos. No IRAQ a média masculina pré e pós foram encontrados um menor risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares; e o feminino pré e pós foram encontrados zona de alto risco, mesmo havendo diminuição pós-atividade em ambos os sexos. No Percentual de Gordura houve declínio da média pós-atividade, Já na Flexibilidade e no Índice de Qualidade de Vida, tanto os homens quanto as mulheres apresentaram um aumento dentro da média. Concluímos então que a prática da hidroginástica pode ter influencia diretamente no bem estar físico, social e emocional dos idosos proporcionando-lhes assim uma melhora na qualidade de vida,

          Unitermos: Hidroginástica. Saúde. Qualidade de vida.

 

Abstract

          Every day the human being seeks to improve their quality of life. The elderly, in turn, seek activities that provide moments of laser, health and wellness. It is in gymnastics; they find their motivation and way to solve some of their problems with health, since through it will slow the aging process and will benefit anatomy, cognitive and social-affective. The purpose of this study was to evaluate and compare the benefits of water aerobics at fitness and quality of life of a group of senior City Piratuba-SC, for four months, with a sample 12 volunteers, six men and six women, aged over 60 years. To evaluate the body composition was used Body Mass Index, abdomen / hip relation and fat percentage. To assess the flexibility we use the Bank of Wells, and Quality of Life Questionnaire was carried out - Quality of Life Brazil SF-36, translated by Ciconelli and Ferraz (1999). We observed the following results: BMI male before and after - the activity was classified as grade II obesity in women remained at grade I obesity, a decrease in both sexes. IRAQ in the average male were found before and after a lower risk for developing cardiovascular disease and women were found before and after high-risk area, even after having decreased activity in both sexes. Percentage of fat was the decline in mean post-activity, have the flexibility and Quality of Life Index, both men and women showed an increase in the average. We concluded that the practice of gymnastics directly influences the physical well-being, social and emotional Well elderly by providing them with an improved quality of life.

          Keywords: Water aerobics. Health. Quality of life.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 166, Marzo de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Cada vez mais o ser humano busca melhor qualidade de vida, e os idosos, por sua vez, estão se conscientizando de que podem e devem praticar atividades físicas para reduzir e prevenir doenças que chegam com a idade. No passado esta busca era mais difícil, por não haver recursos disponíveis, porém, hoje tudo se torna mais prático e fácil para que todos possam ter uma qualidade de vida melhor.

    Atualmente a maioria das pessoas está procurando se expor o mínimo possível a esforços físicos mais intensos ou até mesmo a uma simples caminhada, adotando assim, um estilo de vida totalmente sedentário. O homem moderno vive a fase do pouco movimento, ou seja, tudo é facilitado pelos meios modernos e tecnológicos que o cercam.

    Muito tem se falado nos meios de comunicação sobre a necessidade de uma atividade física, mas essas informações muitas vezes são camufladas e chegam distorcidas aos que realmente precisam saber. A maioria da população brasileira não pratíca nenhuma atividade física, seja pela falta de informação ou até mesmo por não ter acesso a um trabalho orientado. Porém estudos comprovam a importância da atividade física na prevenção e recuperação de doenças como diabetes, doenças cardíacas e principalmente do aparelho locomotor. A hidroginástica vem sendo uma atividade bastante praticada nos dias de hoje, especialmente por idosos, proporcionando ao mesmo tempo momentos de lazer com amigos e exercitando assim o corpo, pois atraves dela que eles podem obter melhoras na qualidade de vida garantindo uma velhice mais saudável. Assim, Este trabalho tem por objetivo avaliar e comparar os benefícios da hidroginástica na aptidão física e qualidade de vida do grupo da terceira idade da cidade de Piratuba-SC.

    Segundo Delgado (2001) pessoas mais idosas procuram a hidroginástica por ser uma atividade de menor impacto, vindo assim, auxiliar nos problemas de coluna, articulações e respiratório; esses exercícios auxiliam também o desenvolvimento da coordenação motora, aumentando a função cardiorespiratória, beneficiando ainda outros aspectos na vida de seus praticantes.

    A hidroginástica é um dos principais programas de atividade física indicado na terceira idade, fazendo com que se movimentem e ocorram mudanças em muitos processos fisiológicos, proporcionando assim muitas modificações no estado psicológico, reduzindo o estresse, a ansiedade, e aumentando a auto-estima da pessoa e melhorando significativamente seu ânimo.

    Desta forma, percebemos que cada vez mais é importante a prática de alguma atividade física como fonte de equilíbrio, mas não esquecendo que as mesmas tomem consciência da importância de ter a orientação de um profissional da área para a execução das atividades, e através dessas orientações a prática de um exercício físico se torna mais seguro e confortável.

    No sentido de trabalhar a parte de esclarecimentos, informação e prevenção, este projeto visa o acompanhamento de um grupo de idosos no município de Piratuba que realizam a atividade da hidroginástica sob orientação de um profissional de Educação Física duas vezes por semana.

Materiais e métodos

    O estudo foi realizado com homens e mulheres voluntários. Sendo eles participantes de hidroginástica no município de Piratuba – SC. A amostra foi composta por seis homens e seis mulheres voluntários com idade igual ou acima de 60 anos.

Etapas da coleta de dados

    O estudo foi dividido em etapas: I: Foram convidados os participantes, de forma voluntária á fazerem parte da presente pesquisa. II: Apresentação do projeto para os voluntários através de uma reunião. Explicação das atividades que serão realizadas com os mesmos, que forma será aplicada, quantas vezes por semana será realizada. E quais os benefícios e a qual importância da participação deles na pesquisa. III: Na terceira etapa, depois de serem esclarecidas possíveis dúvidas dos componentes da amostra, os mesmos por questões éticas, assinarão um termo de consentimento livre e esclarecido. IV: As atividades foram desenvolvidas na Companhia Hidromineral de Piratuba - SC, Av. 18 fevereiro – Balneário. Sendo que os componentes da amostra passaram por uma avaliação física, onde foram avaliados os dados da composição corporal (índice de massa corporal, relação abdômen/quadril e percentual de gordura), e flexibilidade. E também foi aplicado o questionário de CICONELLI e FERRAZ (1999), para identificar os aspectos de qualidade de vida dos mesmos.

    Depois de realizado as avaliações e obtidos os resultados, cada um dos sujeitos da amostra participaram de atividades físicas aquáticas, que foi monitorada por mim, e pelo professor orientador, sendo realizadas duas vezes por semana em um período de quatro meses. Após este período os sujeitos foram reavaliados para analisar se foi obtido resultado positivo ou não em relação aos aspectos da aptidão física relacionada à saúde e qualidade de vida. Os resultados serão repassados para os sujeitos da amostra individualmente no final do segundo semestre de 2011, onde será realizado um comparativo do antes e depois das atividades.

Procedimentos de medidas

    Os parâmetros avaliados incluíram:

1.     Composição Corporal – Para avaliar a composição corporal foram avaliados o Índice de massa Corporal (IMC), Relação Abdômen/Quadril (IRAQ) e o Percentual de gordura (%G). O IMC foi classificado de acordo Siedell (2000). O IRAQ foi classificado de acordo com a tabela adaptada do Canadian Standartized Testo f Fitness (CSFT) Operations Manual (1986). E para a classificação do %G foi utilizada a equação de Petroski (2003), que utiliza quatro dobras cutâneas.

2.     Flexibilidade – Para análise da flexibilidade, o protocolo utilizado foi o teste de sentar e alcançar (Wells).

3.     Qualidade de vida – Será avaliada através do questionário de Qualidade de Vida Brasil SF-36, traduzido por Ciconelli e Ferraz (1999), com perguntas dirigidas.

Resultados e discussão

    O estudo foi realizado com 12 voluntários, entre eles 06 homens e 06 mulheres, para obterem-se os aspectos da aptidão física relacionada à saúde e qualidade de vida, sendo observado os seguintes resultados:

Tabela 01. Demonstrativo da média das variáveis da Composição Corporal (IMC, IRAQ e %G) 

dos indivíduos do sexo masculino, pré e pós-período de atividade física.

    Conforme dados da tabela (01) observamos que os seis indivíduos do sexo masculino com idade entre 60 a 70 anos, no período de pré – atividade a média do índice de massa corporal foi de 33,03 Kg/m2, considerada como Obesidade Grau II, conforme a tabela apresentada por Siedell (2000). No período de pós-atividade observou-se uma diminuição de 0,51 Kg/m2, sendo que a média de 32,52 Kg/m2, ainda se apresenta como Obesidade Grau II. Percebemos assim que o IMC se alterou, com relação à média de 65 anos de idade dos participantes, lembrando-se que o IMC é um importante índice reconhecido pela sua capacidade de prevenção ao risco de doenças (HEYWARD; STOLARCZYK, 2000).

    Ao observarmos a relação entre Perímetros Abdômen/Quadril do grupo masculino, podemos verificar que tanto a média do período pré – atividade, 0,87 e a média pós – atividade 0,85, em relação à média de 65 anos dos participantes se classificam como menor risco para desenvolvimento cardiovasculares, e mesmo com prática de exercícios físicos por alguns meses, estes ainda se encaixam na faixa de risco de desenvolvimento de doenças, e que para a diminuição desta média devem continuar praticando atividades físicas.

    Os perímetros do abdômen e do quadril são um importante indicador de adiposidade subcutânea e visceral, indicando predisposição individual a doenças como diabetes e doenças cardiovasculares (PETROSKI, 2003).

    Nesta faixa etária a redução da gordura corporal é mais difícil, pois o metabolismo é mais lento, e assim retém mais calorias, por este fato se ganha peso e aumenta o percentual de gordura. A média geral no período pré-atividade apresentou-se em 28,53% classificando-se ruim, e no período pós-atividade 26,59%, classificando-se como abaixo da média segundo (Pollock & Wilmore, 1993) com relação à média de 65 anos de idade dos indivíduos participantes.

    Quando um homem atinge percentual de gordura igual ou acima de 25 % e a mulher igual ou acima de 32%, pode ser considerado risco para a saúde (NAHAS 1999).

    Com o passar do tempo ocorrem modificações na composição corporal, uma delas é a diminuição da taxa metabólica basal, ocorrendo assim uma diminuição do peso corporal magro, aumentando ocasionalmente um aumento da gordura.

    Segundo Robergs e Roberts (2002), o principal fator relacionado com a queda da massa corporal magra pode ser considerado a redução da taxa metabólica basal, podendo se elevar de 10 a 20 % conforme com a idade.

Tabela 02. Demonstrativo da média das variáveis da Composição Corporal (IMC, IRAQ e %G) 

de indivíduos do sexo feminino, pré e pós-período de atividade física

    Conforme dados da tabela (02), observamos que os seis indivíduos do sexo feminino com idade entre 60 a 64 anos, no período de pré – atividade a média do índice de massa corporal foi de 29,39 Kg/m2, considerada como Obesidade Grau I, conforme a tabela apresentada por Siedell (2000). No período de pós-atividade observou-se uma diminuição de 0,83 Kg/m2, sendo que a média de 28,32 Kg/m2, ainda se apresenta como Obesidade Grau I. Percebemos assim que o IMC se alterou, com relação à média de 62 anos de idade dos participantes.

    “O peso é a somatória de todos os componentes corporais e reflete o equilíbrio protéico-energético do indivíduo, ou seja, seu estado nutricional.” (NACIF, VIEBIG, 2008, p.12).

    No grupo feminino a relação entre Perímetro Abdômen/Quadril, observamos que a média do período pré – atividade 0,95, quanto à média pós – atividade 0,87, se classifica como fator de alto risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, conforme a tabela adaptada por Canadian Standartized Test os Ftiness apud Fernandes Filho (1999).

    Com os dados coletados verifica-se que é evidente e necessário a continuação da prática de atividades físicas, mesmo com alguns meses praticando às atividades, pois os mesmos ainda se encaixam na faixa de risco para o desenvolvimento de doenças, já que com a idade e falta de atividade física diária a tendência em mulheres é de acumular gorduras nas regiões abdominais e quadril.

    Especialmente na menopausa com o avanço da idade, as mulheres apresentam um aumento progressivo na relação cintura-quadril, que é decorrente de elevação da gordura abdominal (LEY et al., 1992 e TRÉMOLLIERES et al. 1996).

    Verifica-se com os dados da tabela que a média do percentual de gordura no período pré – atividade apresentou-se em 34,89%, e no período pós – atividade 32,75%, se classificando abaixo da média conforme a média de idade de 62 anos dos indivíduos participantes, segundo a tabela de (Pollock & Wilmore 1993).

    Segundo Nahas (1999) a composição corporal pode se modificar através de prática de atividades físicas, vindo a influenciar o metabolismo de transporte, utilização e armazenagem de substâncias energéticas.

Tabela 03. Demonstrativo da média das variáveis da Flexibilidade: Sentar e 

alcançar (wells) de indivíduos do sexo masculino, pré e pós-período de atividade física

    Ao observarmos os dados da tabela (03), podemos verificar que a média da flexibilidade pré-atividade foi de 18,75 cm classificando-se como abaixo da média e pós-atividade 21,55cm classificando-se como média. Pode-se observar que houve um aumento da flexibilidade após o período de atividades, com relação à média de 65 anos de idade dos indivíduos participantes de acordo com a tabela Canadian Standardized Test of Fitness apud Fernandes Filho (1999).

    A flexibilidade esta diretamente ligada com a idade e a atividade física, pois com o passar dos anos as pessoas deixam de ter flexibilidade devido à falta de atividade física, mais do que ao processo de envelhecimento em si. Assim destacamos que com a prática de exercícios e alongamentos, os avaliados do sexo masculino obtiveram um aumento da flexibilidade, do período pré- atividade para o período pós – atividade em 2,80 cm.

    Segundo Santos et al. (2008) a Flexibilidade é uma qualidade física muito importante, e dentre os seus benefícios temos, por exemplo, o aperfeiçoamento motor, tem a eficiência mecânica, expressividade e consciência corporal, sem falar a diminuição do risco de futuras lesões.

Tabela 04. Demonstrativo da média das variáveis da Flexibilidade: Sentar e 

alcançar (wells) de indivíduos do sexo feminino, pré e pós-período de atividade física

    Conforme nos mostra a tabela (04), podemos observar que à média da flexibilidade pré-atividade foi de 27,3 cm classificando-se como abaixo da média, e pós-atividade 30,57 cm classificando-se como média, comparando os dois resultados percebe-se que houve aumento da média da flexibilidade após o período de atividades, com relação à média de 62 anos de idade dos indivíduos participantes de acordo com a tabela Canadian Standardized Test of Fitness apud Fernandes Filho (1999). Se levarmos em consideração o período da pratica de atividade, houve um aumento significativo da flexibilidade.

    Para Robergs e Roberts (2002), um programa de treinamento em mulheres com idade de 57 a 85 anos, onde inclui alongamentos estáticos e amplitude de movimento pode melhorar significativamente seu nível de flexibilidade.

Tabela 05. Demonstrativo da média das variáveis dos Índices de Qualidade de Vida de indivíduos do sexo masculino, pré e pós-período de atividade física

    Em relação à tabela (05), observamos que após o período de atividades, os índices de qualidade de vida foram aumento em todos os domínios. Sendo que a classificação encontra-se numa escala de 0 a 100, onde zero é o pior estado e cem é o melhor, de acordo com Ciconelli e Ferraz (1999).

    Na capacidade Funcional notamos a importância da atividade física devido à relevância em sua média, pois no período pré-atividade era 65,57 e pós-atividade 89,33, sendo que no estado geral de saúde ocorreu um pequeno aumento da média.

    Ao observarmos o domínio Limitação por Aspectos Físicos percebemos que à média obtida no período de pré-atividade foi de 60,33, e após a atividade foi de 98,25, observando assim, um grande aumento nos índices, melhorando a saúde e aspectos físicos dos mesmos, que antes apresentavam limitações devido à falta de atividade física. Os indivíduos apresentaram um aumento de 37,92 na escala, em relação ao período inicial. Assim notamos um aumento nos índices, melhorando os aspectos físicos e a saúde dos indivíduos. Verificando os domínios: Dor, Vitalidade, Aspectos Sociais e Saúde Mental, pode-se observar um aumento das médias após o período de atividades, mostrando que o fato contribui para a diminuição de dores e auxiliando na disposição e ânimo para a pratica da hidroginástica.

    No domínio limitações por aspectos emocionais atingimos grandes índices após o período das atividades físicas, sendo que de 65,67 passou para 99,37, obtendo uma melhora de 33,7 conforme tabela.

    Percebemos que na média geral pré – atividade que era de 68,06 com a média geral pós – atividade passou a 85,07, obtendo um aumento significativo dos índices se comparado a média geral obtida pós – atividade.

    Segundo Nieman (1999), a saúde é definida como um estado completo de bem estar físico, social, espiritual e emocional, e não somente a ausência de doenças ou enfermidades. Com a prática de atividade física os idosos se sentem estimulados a terem uma melhor qualidade de vida e evitam assim risco de doenças que aparecem com o passar dos anos, aproveitando para terem momentos de lazer e descontração especialmente na prática da hidroginástica.

Tabela 06. Demonstrativo da média das variáveis dos Índices de Qualidade de Vida de indivíduos do sexo feminino, pré e pós-período de atividade física.

    Numa classificação de 0 (pior) a 100 (maior), observamos na tabela acima um aumento no índice de qualidade de vida em todos os domínios após a atividade física realizada.

    Percebemos que no domínio Capacidade Funcional houve um aumento na média de 10%, onde na pré-atividade era 83, passou a pós-atividade 94,25. Já no estado Geral de Saúde observa-se que, houve aumento de 14,68 na média pós-atividade, se comparado com a pré-atividade, e com isso percebemos que com a prática da atividade física seus índices aumentaram significativamente, auxiliando no melhoramento das limitações físicas e contribuindo na melhoria da saúde.

    A média obtida no domínio Limitação por Aspectos Físicos era de 92,37 no pré - atividade e 92,87 no pós-atividade.

    Observando os domínios: Dor, Vitalidade, Aspectos Sociais e Saúde Mental, percebemos um aumento das médias após o período de atividades. Sendo assim a atividade física contribui para a diminuição das dores que os mesmos sentiam antes das atividades, possibilitando bem estar e realização pessoal durante o projeto.

    O domínio de maior destaque após o período das atividades foi o de limitação por aspectos emocionais, que passou de 90,53 para 99,87 com a pratica da hidroginástica.

    Comparando-se a média geral pré – atividade 80,41 com a média geral pós – atividade 88,58, podemos concluir um aumento significativo em relação à média obtida no pós atividade.

    Mudar o nosso estilo de vida não é fácil de ser realizado, depende da nossa força de vontade, apoio de familiares, amigos, e principalmente das informações e oportunidades que nos são oferecidas (NAHAS (2003).

Conclusão

    Podemos concluir através dos dados coletados nesta pesquisas, que os resultados com a prática das atividades físicas foram positivos, porem não alcançando índices ideais as faixas etárias. Também podemos destacar uma diminuição no peso e percentual de gordura durante a prática da atividade.

    Foi observado que o IMC do grupo do sexo masculino tanto no período pré e pós - atividade da hidroginástica ficaram classificados como obesidade grau II, e quanto ao grupo feminino em ambas as avaliações mantiveram-se em obesidade grau I. Quanto ao Índice de Relação Abdomen/Quadril (IRAQ), observou-se que a média do grupo masculino do período pré e pós – atividade em relação à média de idade dos indivíduos participantes, classificaran-se em menor risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, e no feminino as avaliações pré e pós mantiveram-se em zona de alto risco, sendo assim tanto os homens quanto as mulheres apresentam risco de desenvolverem doenças cardiovasculares.

    No Percentual de Gordura observou-se que a classificação, ainda que com declínio da média geral pós - atividade continua sendo de risco. Já a flexibilidade foi observado que houve um grande aumento nos dois grupos avaliados, sendo assim podemos demonstrar que a hidroginástica auxilia para uma melhora no condicionamento. Através do questionário de Qualidade de Vida, podemos observar que a atividade da hidroginástica melhora os aspectos físicos, emocionais e sociais dos idosos, tanto para ambos os sexos houve um aumento nos domínios pesquisados: (Capacidade Funcional, Limitação por Aspectos Físicos, Dor, Estado Geral de Saúde, Vitalidade, Aspectos Sociais, Limitação por Aspectos Emocionais e Saúde Mental).

    Apresentados os resultados, percebemos com grande evidência a necessidade contínua da prática de atividade física na terceira idade, especialmente a hidroginástica pelo fato de trazer grandes benefícios a saúde, além de sensação de bem estar e prazer a todos os indivíduos. Comprovamos que a atividade realizada foi extremamente importante para a melhora na qualidade de vida, prevenção e recuperação das doenças que surgem com a idade.

Referências

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