A importância da psicomotricidade para crianças de 0 a 3 anos La importancia de la psicomotriciad para niños y niñas hasta 3 años |
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*Pedagoga formada na Universidade Regional de Blumenau, FURB **Professor Doutor do Curso de Educação Física e História do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, UNIDAVI Professor do Curso de Educação Física da Universidade Regional de Blumenau, FURB ***Professora de Educação Física. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Regional de Blumenau, FURB ****Professor Mestre do Curso de Educação Física da Universidade Regional de Blumenau, FURB (Brasil) |
Carla Zimmermann* Eduardo Cartier** Camila da Cunha Nunes*** Sidirley de Jesus Barreto**** |
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Resumo Neste estudo elaboramos como objetivo central do estudo analisar a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento global de crianças de 0 a 3 anos, tendo como objetivos específicos identificar a psicomotricidade como estratégia de aprendizagem, ainda que alguns autores a sugerem como ciência ou área de conhecimento. O movimento além de ser um elemento essencial no desenvolvimento, é a primeira forma de manifestação de vida num indivíduo. O desenvolvimento motor é um processo extenso e em constante processo evolutivo. A psicomotricidade como estratégia de ensino estabelece por meio de ações que estimulam o movimento espontâneo e as atitudes corporais da criança, favorecendo seu processo ensino aprendizagem. Unitermos: Psicomotricidade. Desenvolvimento humano. Desenvolvimento global.
Abstract In this direction the psicomotricidade appears as a possibility of global development of the human being. In this study we elaborate as objective central office of the study to analyze the importance of the psicomotricidade for the global development of children of 0 the 3 years, despite some authors suggest it as science or area of knowledge. The movement beyond being an essential element in the development is the first form of manifestation of life in an individual. The motor development is an extensive process and in constant evolutions process. The psicomotricidade as education strategy establishes by means of actions that stimulate the spontaneous movement and the corporal attitudes of the child, favoring its process education learning. Keywords: Psicomotricidade. Human development. Global development.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 166, Marzo de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Considerações iniciais
Certamente a psicomotricidade têm em suas concepções teóricas possibilidades de desenvolvimento integral do ser humano. Alves (2007, p. 127) destaca que "a psicomotricidade existe nos menores gestos e em todas as atividades que desenvolve a motricidade da criança, visando ao conhecimento e ao domínio do seu próprio corpo”.
É por meio dele, corpo, que a criança manifesta seus desejos e suas formas de comunicação e sua afetividade. Desde o nascimento a criança interage com o meio em que vive, buscando formar seus próprios conceitos. A psicomotricidade é vista como uma ciência que envolve toda a ação de um indivíduo (LE BOULCH, 1987, FONSECA, 1995, ALVES, 2007).
Chazaud (1987) sinaliza que a psicomotricidade consiste na unidade dinâmica das atividades, dos gestos, das atitudes e posturas, enquanto sistema expressivo, realizador e representativo do “ser - em - ação” e da “coexistência com outrem”, portanto indispensável durante os primeiros anos de vida, pois é um período em que as crianças começam a formar e estruturar todo seu esquema corporal, além de favorecer a socialização, favorece também a aprendizagem, na medida em que favorece o desenvolvimento de capacidades motoras, afetivas e psicológicas indispensáveis ao processo de construção do conhecimento.
Para Wallon (1981) o desenvolvimento do sujeito se dá de maneira integrada ao meio em que está imersa, com os seus aspectos afetivo, cognitivo e motor também integrado. Assim, a ênfase é para a integração entre organismo e meio e entre as dimensões: cognitiva, afetiva, e motora na constituição do indivíduo.
Neste sentido, a motricidade humana oferece condições desta integração e compreensão do estado de consciência humana, pois os elementos que a fundamentam possibilitam a criação de uma identidade sobre o desenvolvimento humano de extrema importância para a vida humana.
Le Boulch (1987) sinaliza que a educação psicomotora pode ser evidenciada como uma educação de base na primeira infância, em que favorece a criança a tomar consciência de seu corpo, no tempo e no espaço, possibilitando assim adquirir melhor a coordenação de seus gestos e movimentos, e se conduzida adequadamente pode prevenir dificuldades de aprendizagem.
A partir destas breves considerações iniciais elaboramos como objetivo central do estudo analisar a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento global de crianças de 0 a 3 anos, ainda que alguns autores a sugerem como ciência ou área de conhecimento.
De maneira a assegurar a proposta de estudo elaboramos como problema de pesquisa, a saber: qual a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento global em crianças de 0 a 3 anos?
Partimos da idéia de que a psicomotricidade possue em seus conceitos epistemológicos totais e materiais condições de oferecer a criança de 0 a 3 anos uma aprendizagem significativa, e a partir disto favorecendo o estabelecimento da consciência corporal, ou seja, todas as dimensões da criança em total harmonia com o processo ensino aprendizagem.
Para Negrine (1995), a fase pré - escolar é a época da aquisição de habilidades motoras básicas e de movimentos fundamentais. Esta capacidade para mover-se cada vez mais autônoma está relacionada com diversos fatores, dentre eles destaca-se a maturação neurológica que permite movimentos mais complexos e crescimento corporal, que ao final deste período vai permitir maior possibilidade de domínio corporal, facilitando o movimento e disponibilidade em realizar atividades motoras.
Mesmo em outra perspectiva teórica Gallahue e Ozmun (2001) evidencia o posicionamento que as experiências motoras, em geral fornecem múltiplas informações sobre a percepção que as têm de si mesma e do mundo que as cerca, portanto condições de consciência corporal.
Este estudo se justifica na medida em que oferece alguns subsídios de ordem imediata na materialização do processo ensino aprendizagem na educação infantil. A consideração da psicomotricidade como estratégia de ensino, bem como na construção da corporeidade permite o desenvolvimento integral do ser humano, pois evidencia o caráter pluralista de sua concepção epistemológica.
As bases teóricas que a consolidam trazem considerações de superação de um paradigma educacional fragmentado oriundo da perspectiva empírico - indutiva que assola os desígnios da escola ao longo do tempo.
Desenvolvemos neste estudo uma pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico.
O estudo qualitativo, por sua vez, tem como características o desejo de conhecer uma comunidade, os traços característicos, as gentes, seus problemas, seus valores, seus cotidianos (TEIXEIRA, 2000). Esta ainda segundo Mynaio (1998) responde a questões muito particulares. Ela se preocupa com um nível de realidade que não pode ser quantificado.
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de um material já elaborado, constituído de livros, artigos científicos e sítios especializados na internet, sistema virtual, que tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno (OLIVEIRA, 2004).
A seleção do material se deu a partir de livros, revistas e periódicos da área de conhecimento estudada. Sustentamos nossa proposta nos estudos principalmente dos autores Vygotsky, Barreto e Fonseca.
Como análise dos resultados optou-se por uma análise que contextualizasse os referenciais teóricos estudados com a problemática de estudo, caracterizando-se como uma análise qualitativa acerca dos fenômenos.
Para melhor compreensão do estudo dividimos o trabalho em três momentos, a saber: psicomotricidade relações entre o jogo e o brincar; importância da psicomotricidade para crianças de 0 a 3 anos; e por fim, as considerações finais.
Psicomotricidade relações entre o jogo e o brincar
A Psicomotricidade pode ser considerada como a ciência ou área de conhecimento que utiliza o indivíduo e seu corpo em movimento como objeto de estudo. A criança, ao se relacionar com o meio, sente vontades, sentimentos e necessidades, e cabe ao adulto proporcionar condições para que ela possa explorar tudo o que a cerca de acordo com seus interesses.
Durante um bom tempo a psicomotricidade era muito utilizada apenas para a correção de algumas dificuldades ou deficiência. Mas hoje, com o avanço desta ciência, está ocupando um lugar especial e muito importante na educação infantil, principalmente nos primeiros anos de vida, pois a uma grande interdependência se tratando de desenvolvimento motores, afetivos e intelectuais.
Através da Psicomotricidade, podemos acompanhar e entender as fases do desenvolvimento infantil auxiliando, se necessário, na promoção de um melhor desempenho das crianças, com estímulos e exercícios corporais apropriados.
Um dos objetivos da prática psicomotora é educar a criança a se movimentar durante todas as fases da sua vida, e com isso contribuir para sua formação e estruturação do esquema corporal. É através do corpo, que a criança descobre o mundo, experimenta diversas situações e sensações, além de ampliar suas possibilidades de ação.
Na menção de Alves (2007, p. 48) a partir do momento que o indivíduo descobre, utiliza e controla seu corpo, o esquema corporal é estruturado e passa a ter consciência dele e suas possibilidades, na relação com o meio ambiente em que vive.
Alguns autores como Alves (2007), Le Boulch (1987), Barreto (2000 e 2010) e Fonseca (2004), defendem a importância de um bom desenvolvimento motor para o desabrochar do desenvolvimento cognitivo, principalmente no que tange às aprendizagens da leitura, escrita e do cálculo.
Para Barreto (2000), o desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas de aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo.
Portanto, parece ser de suma importância que se favoreça o despertar psicomotor das crianças desde a mais tenra idade.
A psicomotricidade é uma das mais importantes linguagens das crianças, e a base para que elas se desenvolvam de maneira integral conseguindo tomar consciência de seu corpo, tempo e espaço, além da coordenação de gestos e movimentos.
Fonseca (1998) afirma que para se ter um desenvolvimento humano saudável é necessário um desenvolvimento psicomotor completo, que por sua vez depende muito de uma boa maturação neurológica.
Uma boa maturação neurológica é a base para dar continuidade ao desenvolvimento psico e motor da criança. Ou seja, um amadurecimento neurológico completo, permite a finalização dos movimentos e o crescimento corporal, que permitirá o seu domínio de corpo, facilitando os movimentos e a realização de atividades motoras.
Através dos jogos e brincadeiras, a criança descobre o mundo, distinguindo a fantasia da realidade, interagindo com o outro e com o meio, além de possibilitar um espaço para a resolução de problemas e conflitos.
O desenvolvimento da atenção, imaginação, linguagem, e outros aspectos fundamentais para o desenvolvimento, também são adquiridos através do lúdico.
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais (BRASIL, 1998, p. 22).
Para Ferreira Neto (2001), o brincar através dos movimentos, permite a criança um conjunto de relações necessárias ao seu desenvolvimento motor, aprendendo a perceber e a interacionar o vívido, o operatório e o mental.
Diante disso, percebemos a importância de se trabalhar as múltiplas linguagens principalmente na educação infantil, considerando a criança como um sujeito ativo, que brinca, corre e pula. É indispensável para um desenvolvimento com qualidade, a promoção de espaços que provoque o corpo todo a experimentar novas situações. Cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e brincadeiras, façam parte do currículo escolar.
Além do desenvolvimento das capacidades motoras, a brincadeira e os jogos reforçam os laços afetivos, sejam com amigos, educadoras, irmãos, pais, avós. É importante a participação do adulto nas brincadeiras das crianças, além de muito prazeroso, tanto para ela quanto para o adulto, a criança se sente muito mais desafiada quando está com um adulto e isso acaba elevando o nível de interesse na brincadeira. Isto, por sua vez leva a criança a fazer descobertas e viver experiências diferentes, que tornam o brincar muito mais empolgante e rico em aprendizado.
Por todos esses motivos, os jogos e brincadeiras devem ocupar um lugar especial no dia a dia das crianças desde muito pequenas, tanto em casa com a família, mas principalmente nas Instituições de educação infantil, para que o desenvolvimento psicomotor aconteça de forma agradável e natural.
Jogos e brincadeiras, além de desenvolver os aspectos físicos, intelectuais e afetivos, também promovem a saúde e compreensão do esquema corporal. Jogando ela aprende a respeitar regras, esperar sua vez, superar limites e aceitar os resultados finais, para elas, o jogar e o brincar, não são apenas um modo de passar o tempo, mas sim um momento sério, de concentração, pois está aprendendo o que ninguém pode lhe ensinar, brincando de descobrir o mundo. Quando a criança brinca, está a todo o momento elaborando hipóteses e realizando seus sonhos.
O aprendizado e desenvolvimento caminham juntos, estando os mesmos inter-relacionados desde o primeiro dia de vida da criança. Podemos perceber a partir da imitação (uma variedade de ações) que a criança faz do adulto, como um processo complexo, na medida, que demanda uma alteração radical de toda a doutrina que trata da relação entre o aprendizado e o desenvolvimento em crianças (VYGOTSKY, 1989).
Vygotsky (1989, p. 110) sinaliza ainda que “a ação numa situação imaginária ensina a criança a dirigir seu comportamento não somente pela percepção imediata dos objetos ou pela situação que afeta de imediato, mas também pelo significado dessa situação”.
Salvador (1999, p. 100) a relação de ser humano com o meio é sempre uma relação ativa e transformadora, e esta relação só é possível pelo uso de instrumentos intermediários, já que a atividade humana é essencialmente uma atividade instrumental.
Devemos sempre nos lembrar, que a vivencia da criança num meio lúdico desde muito pequena, é de extrema importância para seu desenvolvimento, principalmente porque é uma atividade na qual ela já se interessa naturalmente e por ampliar sua inteligência e seus instintos sociais.
Importância da psicomotricidade para crianças de 0 a 3 anos
A psicomotricidade está presente em todas as atividades que desenvolve a motricidade e nos menores gestos da criança. Ela visa o conhecimento e o domínio do próprio corpo, e por isso é indispensável no desenvolvimento global do indivíduo.
O ato precipita a palavra, e a fala é uma importante ferramenta psicológica organizadora, através dela, a criança faz uma integração dos fatos culturais ao seu desenvolvimento pessoal.
A ação e a fala estão totalmente relacionados durante o desenvolvimento, caso ocorra uma falha no desenvolvimento de um fator, o outro será afetado indiretamente também, ou seja, uma falha no desenvolvimento motor, poderá acarretar falhas na aquisição da linguagem verbal e escrita.
A execução de qualquer atividade, é motora. O cérebro, durante a vida, recebe sensações de todo o corpo, ele elabora, planeja e transforma estas sensações em motricidade.
A criança precisa ser muito estimulada durante o período em que está desenvolvendo suas funções motoras (período entre 0 e anos), para não sofrer conseqüências no futuro.
Quando há pouca oportunidade de desenvolver o potencial motor neste período, conforme a criança vai se desenvolvendo há grandes chances de ter uma percepção distorcida da realidade. Poderá ter dificuldades na definição de conceitos verbais, problemas quanto à noção de tempo e espaço, uso restrito do pensamento, além das dificuldades no pensamento abstrato (matemática), leitura e escrita.
Hoje nas escolas deve-se ter uma preocupação muito grande com o desenvolvimento motor, pois ele é a base para que haja um bom amadurecimento intelectual no decorrer do desenvolvimento. Alguns educadores se preocupam tanto com a questão de aprender a ler e escrever logo cedo, que muitas vezes não sabem e não se preocupam, em resolver certas dificuldades apresentadas pelas crianças, e acabam rotulando-os com certos distúrbios.
Algumas vezes são simples dificuldades, como falta de postura e concentração, coordenação motora, capacidade de atenção, entre outras, que poderiam ser evitadas precocemente se houvesse um olhar mais atento para o desenvolvimento psicomotor.
Os primeiros 3 anos de vida é o período que se forma no indivíduo as aquisições mais significativas a nível físico, por isso a importância de desenvolver a motricidade durante este período.
Aos 3 anos, a criança já possui algumas conquistas, como correr, pular, falar, se expressar. Pode-se dizer que as coordenações neuromotoras essenciais já estão formadas, resultado de uma maturação progressiva.
Durante a Educação Infantil, auxiliar a criança na percepção de si mesma é muito importante, ela precisa conhecer suas limitações e possibilidades, além de conseguir se expressar corporalmente com mais liberdade, conseguindo assim novas competências motoras.
A educação psicomotora nas escolas, deve visar um aprendizado de maneira preventiva do desenvolvimento global do indivíduo em várias etapas de crescimento.
Para Le Boulch (1987), na educação infantil, a educação psicomotora possui um papel relevante na prevenção das dificuldades escolares, ou seja, ela promove um desenvolvimento total do indivíduo. Nessa etapa da vida escolar, exercícios corporais e atividades psicomotoras asseguram a noção espacial, o domínio corporal, permitindo que a criança satisfaça sua necessidade do movimento.
A psicomotricidade para Coriat apud Levin (1995) é importante no tratamento de crianças e jovens com problemas corporais vinculados a alterações da afetividade, do esquema corporal, da lateralidade, entre outros, e a utilização na primeira fase da vida diversas experiências, atividades motoras, estimulação, interação, é fundamental para a criança adquirir uma melhor percepção do seu corpo, do espaço e do mundo a sua volta, tendo em vista que através da atividade pode-se melhorar o tônus muscular, as posturas, o gesto, a emoção, entre outros aspectos que subsidiaram o processo de ensino-aprendizagem.
Fonseca (2004) assinala que a atividade ou motricidade é uma forma complexa de relação ser humano – mundo, que envolve finalidades conscientes e uma co-atuação cooperativa e coletiva, em que a atividade humana considera que a atividade de um indivíduo é contextualizada em um grupo de indivíduos, reforçando o papel das interações orientadas entre eles.
A ciência da motricidade humana aponta para o ser humano na sua globalidade, totalidade e não só para o físico, pois o movimento exige a participação de uma complexidade (SÉRGIO, 1995).
O objetivo da psicomotricidade é auxiliar na resolução de problemas que o indivíduo apresente durante seu desenvolvimento. Primeiramente detectando onde está o tal problema: se está no corpo, na inteligência ou na afetividade, e depois então, definir quais atividades devem ser desenvolvidas para superá-lo.
Considerações finais
O presente trabalho, através das pesquisas realizadas, permitiu um maior entendimento sobre a psicomotricidade e toda sua importância para o desenvolvimento global da criança. Através do movimento, as crianças conhecem a si próprias e tomam conhecimento do seu lugar no tempo e espaço.
A psicomotricidade é a relação entre o pensamento e a ação, envolvendo a emoção. Favorece ao indivíduo uma relação consigo mesmo, com o outro e com o mundo, possibilitando um melhor conhecimento das suas possibilidades.
Está muito ligada a afetividade, pois se utiliza do corpo para demonstrar o seu sentir, pensar e agir. Contribui de maneira expressiva para formação do esquema corporal e tem como objetivo principal o desenvolvimento de movimento durante toda a vida.
A psicomotricidade deve ser vista como algo bom pelo educador, pois auxilia o desenvolvimento mental e intelectual da criança, desenvolvimento assim sua boa relação com o mundo que a cerca.
O educador deve ter consciência da importância e da utilidade da psicomotricidade na escola como uma ferramenta, pois a psicomotricidade como estratégia de ensino estabelece por meio de ações que estimulam o movimento espontâneo e as atitudes corporais da criança, favorecendo seu processo ensino aprendizagem.
Referências
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BARRETO, S. J. Psicomotricidade: Educação e Reeducação. 2. ed. Blumenau: Acadêmica, 2000.
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FERREIRA NETO, C. A. Motricidade e Jogo na Infância. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
FONSECA, V. Manual de Observação Psicomotora: Significação psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
---------------. Psicomotricidade: Filogênese, ontogênese e retrogênese. 2. ed. Revista e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
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GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte Ed, 2001.
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LEVIN, E. Clinica psicomotora: o corpo na linguagem. Tradução de Julieta Jeruslinsky. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 1998
NEGRINE, A. Aprendizagem e desenvolvimento Infantil. Porto Alegre: Prodil, 1995.
OLIVEIRA, S. L. Tratado de metodologia científica. Projetos de pesquisa, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2004.
SALVADOR, C. C. Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SÉRGIO, M. Motricidade Humana: um paradigma emergente. Blumenau: Ed. da FURB, 1995.
TEIXEIRA, E. As três metodologias. 2 ed. Belém: Grapel, 2000.
VYGOSTSKY. L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1981.
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