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A dança como prática regular de atividade física 

e sua contribuição para melhor qualidade de vida

La danza como práctica regular de actividad física y su contribución para una mejor calidad de vida

 

*Discente **Orientadora e Docente

Faculdade de Educação Física

da Universidade de Santo Amaro, UNISA

(Brasil)

Maria Gabriela Bernardo da Silva*

Thais Marques Valente*

Profª. Ms. Solange de Oliveira Freitas Borragine**

thais_marques7@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Esta pesquisa tem o objetivo de discutir os efeitos da dança como prática regular de atividade física para melhor qualidade de vida de seus praticantes. Para tanto buscamos estudar, por meio da revisão bibliográfica, a evolução da dança até a sua realização como prática regular em academias e clubes para a melhor qualidade de vida; discutir como a dança pode melhorar a saúde das pessoas independentemente de faixa etária e combater o sedentarismo, problema cada vez mais visível na sociedade atual. A busca por uma boa qualidade de vida está cada vez mais evidenciada, uma vez que o avançado desenvolvimento tecnológico propicia o sedentarismo e esse é considerado hoje um comportamento de risco e visto como um preocupante problema de saúde pública. Devido aos benefícios que pode trazer, a dança é uma atividade física que quando praticada regularmente, se transforma em um exercício físico que proporciona saúde e qualidade de vida aos seus praticantes.

          Unitermos: Dança. Sedentarismo. Atividade física regular. Qualidade de vida.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 166, Marzo de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Desde os primórdios da humanidade, antes mesmo da escrita, há registros de danças nas figuras e desenhos encontrados nas paredes das cavernas, mostrando que já havia movimento corporal e que o homem se utilizava destas para atender suas necessidades, além de demonstrar suas emoções e sentimentos para se comunicar por meio de gestos rítmicos e repetitivos. Ao longo da história a expressão corporal foi evoluindo e ampliando as suas práticas em diversos lugares do mundo tornando-se, nos dias atuais, uma prática de atividade física realizada em instituições como clubes e academias, dentre outros espaços.

    Diante das questões relativas à saúde e qualidade de vida exaustivamente discutidas na mídia em geral, e as preocupações e problemas atuais de um grande número de pessoas devido ao estresse, inatividade, obesidade dentre outros sintomas da vida moderna, sugerimos a prática regular da dança.

    A dança pode intervir positivamente nos aspectos sócio-afetivos, motores e cognitivos do praticante, além de estimular a criatividade podendo alcançar, como produto final, inúmeros objetivos.

    Como prática regular de atividade física, a dança pode ser uma ferramenta importante para a manutenção de uma vida saudável e conseqüentemente de melhor qualidade, pois proporciona um bom condicionamento físico, auxiliando no desenvolvimento das capacidades físicas. Traz benefícios a nível cardiovascular, além de possibilitar maior flexibilidade e coordenação, sem contar com os benefícios psicológicos, já que é uma atividade muito prazerosa, que pode incentivar inclusive os indivíduos mais sedentários.

    A dança pode se tornar um exercício físico benéfico à saúde e qualidade de vida de seus praticantes, uma vez que a formação corporal a qual integra os seus fundamentos técnicos envolve a força, potência, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, agilidade, resistência muscular e cardiovascular, dentre outros e, se trabalhados de forma adequada, possibilitarão resultados cada vez mais eficientes.

A evolução da Dança

    A dança, de acordo com Toneli (2007), faz parte da natureza do ser humano por ser uma manifestação instintiva, e pode ser definida como a “arte de mover o corpo em um determinado ritmo, expressando sentimentos e emoções através de movimentos” (p. 13).

    Coletivo de Autores (1992) considera dança uma expressão representativa de inúmeros aspectos na vida do homem. Pode ser caracterizada como linguagem social que possibilita a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra, etc.

    Já para outros autores, de acordo com Carbonera e Carbonera (2008), “o conceito de dança só poderá ser descrito e compreendido pela experiência estética em dança, ou seja, o próprio ato de dançar, não negligenciando o histórico da dança, mas sim querendo dar o significado de dançar, como forma de expressão humana” (p.17)

    Podemos constatar, de acordo com Ossona (1998), que a dança se manifestou antes mesmo da fala. Inicialmente, mesmo ainda sendo realizada de forma desorganizada, o homem primitivo já dançava, movimentando seu corpo com simples manifestações rítmicas. Antes mesmo da escrita, encontramos registros da dança nos desenhos e figuras nas paredes das cavernas, mostrando que já havia um movimento corporal, onde o homem expressava suas emoções e sentimentos para se comunicar, e como formas de sobrevivência utilizavam gestos rítmicos e repetitivos em aquecimentos antes da caça. A partir daí, como afirma Ossona (1998), se originou a primeira forma de dança. Por meio do convívio social podemos identificar as diferenças da linguagem oral e corporal do homem e a dança foi e é uma das formas dessa linguagem que vem sendo utilizada ao longo da história.

    Na vida do homem primitivo a dança tinha muito significado, porque fazia parte de todos os seus acontecimentos como: nascimento, casamento, mortes, caça, guerras, inicio da adolescência, fertilidade e acasalamento, doenças, cerimônias, colheitas. (CARBONERA e CARBONERA, 2008)

    A dança expressou magia, ritual, cerimonial, expressão popular e também o prazer e diversão por todas as suas transformações, caminhando juntamente com as manifestações das vivências humanas no mundo e das influências que lhes apresentavam. Durante a evolução observou-se que ela contribuía com a saúde física, espiritual e mental, e como afirma Ossona (1998), a dança era considerada um ato sagrado, um ritual, uma vez que fazia parte do cotidiano dos homens, estando presente nos ritos religiosos, nas cerimônias cívicas, na educação de crianças e no treinamento militar.

    Como característica cultural comum de um povo de caráter racial e religioso, a dança passa a perder força com o passar dos anos, ocorrendo modificações como, por exemplo, na roda coletiva, que passa a ser realizada de uma forma alternada: um homem e uma mulher. Ao final da Idade Média passa a invadir os palácios e os bailes das cortes surgindo as Danças de Máscaras que, tomando formas mais espetaculares, deu origem ao ballet. Este, por sua vez, passa por várias transformações e entra na fase moderna, criando em Paris a partir de 1909, uma fusão de estilos. (OSSONA, 1998)

    O autor também registra que nos últimos anos do século XIX e no início do século XX, Isadora Duncan foi a grande percussora da dança moderna, no entanto Martha Graham foi quem realmente a estruturou com movimentos mais livres, embora respeitando uma técnica mais fechada, com bailarinos dançando descalços, desenvolvendo contrações, torções e desencaixes. Em relação a dança clássica, a dança moderna chegou como uma forma de libertação do bailarino, que passou a expressar melhor os sentimentos.

    O surgimento da dança contemporânea, cita Ossona (1998), veio em seguida e caminhou paralelamente à moderna. Apesar disso, essa não obedeceu as técnicas específicas impostas por coreógrafos da época, caracterizando-se por uma maior liberdade de expressão, sem mecanismos definidos, mas processos e formas de criação desenvolvidos pelos bailarinos como improvisação para uma construção personalizada, tendo esse um papel mais autônomo e interventivo nas ações coreográficas.

    O autor complementa relatando que, com o passar dos anos, diante das mudanças do tempo e espaço e da introdução e utilização da tecnologia, a dança se espalhou pelo mundo, sendo praticada não apenas de forma profissional, mas também como atividade física regular, ganhando espaço em clubes, academias e escolas, uma vez que utiliza o conhecimento do próprio corpo, desenvolvendo a coordenação motora, a flexibilidade, a percepção rítmica e a força muscular, dentre outros aspectos

    A dança, portanto como registra Laban (1990) citado por Garcia et al (2009) retrata ansiedades, idéias, necessidades e interesses de toda uma época, juntamente a grande necessidade do ser humano de se movimentar e extrapolar a sua essência.

Sedentarismo x prática de atividade física

    O tempo de vida do ser humano tem aumentado significativamente e recentes pesquisas confirmam um potencial genético de que o homem poderá viver por mais de cem anos. Para o benefício desses resultados são comprovados por pesquisadores da área da saúde que a inatividade com a baixa aptidão física são prejudiciais a saúde, como citado por Araujo e Araujo (2000).

    Todas as facilidades que a vida moderna proporciona às pessoas, a primeira vista parecem ser uma grande vantagem, no entanto, se analisarmos mais profundamente a relação custo-benefício podemos verificar que a médio e longo prazo as conseqüências não são muito interessantes, e até podem ser consideradas bastante perigosas, uma vez que as pessoas, a cada dia, realizam menos movimentos. (LIMA, 2003)

    Se preservarmos uma criança e adulto ativos fisicamente, estaremos conseqüentemente proporcionando um melhor envelhecimento, diminuindo os índices de sedentários e idosos com problemas de osteoporose, pressão arterial, depressão, números de quedas e fraturas, entre outros, uma vez que, como cita Lima (2003), o sedentarismo é considerado hoje um comportamento de risco e visto como um problema de saúde pública.

    Conforme Ghamoum (2009) o sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física e já é considerada a doença do milênio. Na realidade, o conceito não é associado unicamente à falta de uma atividade esportiva, do ponto de vista da medicina atual, o sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais.

    Segundo um trabalho realizado com ex-alunos da Universidade de Harvard, como apresenta Lee e Paffenbarger citado por Nascimento et al (2006) o gasto calórico semanal define se o indivíduo é sedentário ou ativo, assim, para deixar de fazer parte do grupo dos sedentários, o indivíduo necessita gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas.

    O sedentarismo é um dos principais fatores causadores das doenças cardiovasculares, provocando uma má qualidade de sono, tornando as pessoas mais agressivas, menos tolerantes, mais ansiosas, levando-as a comerem mais e ganharem peso, o que conseqüentemente resulta, no mínimo, em obesidade e aumento de pressão arterial. A prática de exercício físico ameniza o stress, dá equilíbrio mental e corporal, podendo colaborar de forma bastante significativa para uma vida com mais saúde.

    De acordo com Araujo e Araujo (2000) atividade física é considerada qualquer movimento corporal com gasto energético acima dos níveis de repouso produzido pelos músculos esqueléticos que resultem em gasto energético, não se preocupando com a magnitude desse gasto de energia. Já a atividade física regular, é a pratica de exercícios diários ou pelo menos a maioria dos dias da semana.

    O exercício físico, segundo os autores, é considerado um subgrupo da atividade física, onde é repetitivo, planejado e estruturado, tendo como finalidade a manutenção ou a otimização do condicionamento físico além de melhorar um ou mais componentes da aptidão como a condição aeróbica, força e flexibilidade.

    Hoje, como registram os autores, as pessoas têm conhecimento que o exercício físico faz bem a saúde, no entanto se observarmos o número de pessoas que praticam exercício físico regular, constataremos que ainda são bem pequenos. Estudos comprovam que a pratica regular de atividade física está associada a uma menor mortalidade e maior qualidade de vida em população adulta, relacionando-a com a prevenção, com a reabilitação e está associada positivamente com a saúde mental.

    Há mudanças positivas quando as pessoas passam a adotar um estilo de vida mais ativo fisicamente, praticando exercícios físicos regularmente, incluindo sensação psicológica de bem-estar, função física, cognitiva, social e relatos de sintomas físicos evidenciando a redução de níveis de ansiedade e de depressão e a melhora de aptidão física nos indivíduos. (REJESKI et al. apud ARAÚJO e ARAÚJO, 2000)

Qualidade de vida e prática regular de atividade física

    Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial. Está relacionada à auto-estima e ao bem-estar pessoal e abrange uma série de aspectos como a capacidade funcional, o nível sócio econômico, o estado emocional, a interação social, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o próprio estado de saúde, os valores culturais, éticos e a religiosidade, o estilo de vida, a satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias e o ambiente em que se vive (FLECK, 2003).

    De acordo com Devide (2002) a busca por uma boa qualidade de vida tem aumentado na sociedade partindo de indicadores econômicos, taxa de natalidade, mortalidade infantil, esperança de vida, alfabetização, consumo alimentar, prática de atividade física, entre outros aspectos, onde caminham juntas com questões de ordem social, meio-ambiente, educação, segurança e promoção da saúde.

    O autor ainda complementa que, para se obter uma boa qualidade de vida é necessário primeiramente que o indivíduo esteja bem consigo mesmo, com a vida, com as pessoas que o cercam, isto é, estar em equilíbrio. Equilíbrio este que diz respeito ao controle sobre aquilo que acontece a sua volta, como por exemplo, os relacionamentos sociais. Deve-se também procurar manter hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter tempo para o lazer e vários outros hábitos que tenham boas conseqüências, como usar o bom humor para lidar com situações de stress, definir objetivos de vida e sentir que tem controle sobre a sua vida, podendo ser esse o mais importante.

    Cramer e Spilker apud Araujo e Araujo (2000) apresentam que a qualidade de vida pode ser classificada em dois tipos: a qualidade de vida não relacionada à saúde inclui quatro domínios: interno pessoal, pessoal social; meio ambiente natural externo e meio ambiente social externo, e esses domínios subdividem-se em diferentes componentes que dependem de fatores individuais. Também temos a qualidade de vida relacionada a saúde que está ligada diretamente com a saúde do indivíduo. Há fatores internos e externos que afetam a percepção, a função e sensação de bem estar de uma pessoa.

    Nos dias atuais a qualidade de vida relacionada a saúde é aceita como uma medida apropriada para o somatório do tratamento e eficácia em pesquisas clinicas, observando-se que participar de atividades físicas com a família, no trabalho e na comunidade, inclui a capacidade de realizar-las resultando na relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida (ARAUJO e ARAUJO,2000).

    Portanto, podemos considerar que a pratica de atividade física regular causa uma melhor qualidade de vida para a sociedade, melhorando a visão clinica, prevenindo vários tipos de doenças como cardiovasculares, depressão, diabetes, entre outras e fazendo com que uma pessoa saia da condição de sedentário.

A dança como prática regular de atividade física para melhor qualidade de vida

    Analisando as discussões anteriormente apresentadas, podemos questionar: por que não utilizar a dança como uma atividade física regular para melhor qualidade de vida? A dança é uma atividade que envolve o indivíduo de forma global, nos aspectos físicos, psicológicos e sociais, podendo ser praticada regularmente, prevenindo o sedentarismo e aumentando a qualidade de vida das pessoas.

    Definida como a arte de mover o corpo em um determinado ritmo, expressando sentimentos e emoções por meio de movimentos, a dança é uma forma de manifestação instintiva. (TONELI, 2007). Ela está em contínuo desenvolvimento, uma vez que a cada momento surge um novo estilo, evoluindo e progredindo junto com a humanidade. Sua prática proporciona vários benefícios, ajudando na melhora da qualidade de vida, pois é uma atividade física que freqüentemente se utiliza de baixos impactos, melhora a auto-estima e contribui para a socialização e integração do indivíduo.

    Segundo Cêpa, dançarino e professor de dança de salão citado por Toneli (2007), a prática da dança como atividade física regular tem ganhos psicológicos, emocionais, além de melhorar o sistema cardiovascular e respiratório, aumentar a circulação sanguínea, manter a pressão arterial controlada, ativar o sistema linfático, liberar endorfina, proporcionar fortalecimento muscular, auxiliar no emagrecimento, melhorar a coordenação motora, minimizar a depressão, aumentar a auto-estima, possibilitar a disciplina, recuperar a confiança, reduzindo a tensão e a timidez.

    Considerando que a dança é uma atividade que envolve os três domínios da natureza humana (fisiológica, afetiva e cognitiva), é um ótimo instrumento para a melhora da qualidade de vida. Além de ser um meio de prática de atividade física auxiliando na saúde, a dança possibilita ao praticante se conhecer melhor, proporcionando uma melhor consciência corporal, auxiliando na aprendizagem de fatores como o de lidar melhor com os erros dos outros e com os seus próprios erros, rompendo preconceitos, melhorando a integração e comunicação.

    O objetivo da dança, conforme registro de Goobo e Carvalho (2005) é o de trabalhar com um mecanismo harmonizador, respeitando as emoções, os estados fisiológicos, desenvolvendo habilidades de movimentos, exercendo possibilidades de autoconhecimento, possibilitando benefícios como a prevenção e combate de situações estressantes, estimula a oxigenação do cérebro, melhora o funcionamento das glândulas, reforça os músculos e protege as articulações, proporciona conhecimento corporal, melhora a capacidade motora, melhora o desempenho cognitivo, melhora a memória, concentração e atenção, proporciona cooperação e colaboração, contato social, criatividade, melhora a auto-estima e auto-imagem e estimula o resgate cultural.

    Camello apud Toneli (2007) registram que a pessoa que pratica a dança começa a romper padrões de comportamentos, preconceitos hierárquicos, posturas físicas e psicológicas rígidas, as dificuldades e os empecilhos vão diminuindo e desaparecendo, quebrando assim o preconceito e a idéia de que as pessoas não possuem a capacidade de entrosamento.

    Conforme pesquisa realizada por Tonelli (2007), ao questionar fisioterapeutas sobre uma atividade física que ajudasse na melhora da qualidade de vida, eles citaram, além da ginástica laboral, a dança e a prática de esportes e alongamentos. Outra pesquisa realizada com psicólogos relacionou questões referentes aos problemas mais freqüentes em trabalhadores, e o resultado apontado foi o desgaste físico, mental e emocional, pressão por excesso de trabalho e sintomas psicossomáticos. Para que esses sejam amenizados sugeriu-se a dança, pois é uma atividade que pode ser trabalhada em grupo, que pode ajudar não só na comunicação e integração no ambiente de trabalho agradável, como também na boa saúde, maior companheirismo e satisfação, pois é uma atividade que descontrai, quebra a rotina e auxilia na melhora do humor, do stress e da depressão, prevenindo doenças, mas sendo indispensável que o indivíduo goste desta atividade para que possa ter bons resultados.

    Segundo o professor de dança Cristiano Cêpa citado por Toneli (2007), após alguns meses participando da dança, a postura do praticante, no sentindo de como enfrentar a vida, se torna diferente. Os alunos ficam mais desinibidos, mais confiantes e sociáveis, existe uma superação de desafios, modificações corporais e emocionais, proporcionando uma melhora do raciocínio, criatividade, socialização, integração, diminuição do stress e melhor aceitação às mudanças.

    Nanni (1998) citado por Grego et al,(2006) complementam que os fundamentos técnicos da dança para a formação corporal envolvem a força, potencia, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, agilidade, resistência muscular e cardiovascular, afirmam também que se estas capacidades físicas forem trabalhadas adequadamente, os movimentos de dança podem ser realizados repetidamente com eficiência e sem fadiga excessiva.

    A dança favorece a melhora do rendimento dependendo da base formativa do aluno, e o trabalho se torna eficiente quando desenvolvido sem a preocupação com a coordenação geral, com a faixa etária ou provocando movimentos naturais do individuo (CLARO, 1995 apud GREGO et al., 2006).

Considerações finais

    A pesquisa nos possibilitou constatar que a dança é capaz de se tornar uma atividade física regular para qualquer pessoa, em qualquer idade, uma vez que envolve o individuo por inteiro, combatendo o sedentarismo e conseqüentemente, melhorando a qualidade de vida.

    A dança é uma atividade física que proporciona ganhos em todos os aspectos do indivíduo como: melhora a auto-estima, minimiza a depressão, possibilita a disciplina, recupera a confiança reduzindo a tensão e o stress, contribui para uma melhor socialização, como também melhora o sistema cardiovascular e respiratório, aumenta a circulação sanguínea, possibilita a manutenção da pressão arterial controlada, ativa o sistema linfático, libera endorfina, proporciona fortalecimento muscular, auxilia no emagrecimento, melhora a coordenação motora, dentre outros benefícios. Ela possibilita que o praticante conheça melhor seu corpo, melhore sua flexibilidade, equilíbrio, rompa preconceitos e aumente a integração e a comunicação.

    A prática de atividade física regular proporciona uma melhor qualidade de vida, melhora a visão clinica do indivíduo, prevenindo vários tipos de doenças, possibilitando-o sair da condição de sedentário de forma bastante descontraída e prazerosa. Logo, diante do grande leque de práticas possíveis, é importante que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer e praticar a dança, passando a incorporá-la como atividade física regular para a melhora da qualidade de vida, e conseqüentemente, da boa saúde.

Referências bibliográficas

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