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Relação do equilíbrio dinâmico de crianças de 5 e 6 anos 

de idade nascidas com baixo peso e peso adequado das 

escolas públicas do município de Cascavel, Paraná

Relación del equilibrio dinámico entre niños de 5 y 6 años de edad nacidos con bajo peso 

y con el peso adecuado de las escuelas públicas del municipio de Cascavel, Paraná

 

*Graduanda em Educação Física pela Faculdade Assis Gurgacz

**Licenciada em Educação Física pela Faculdade Assis Gurgacz

***Licenciado em Educação Física pela Faculdade Assis Gurgacz

Especialista em Educação Física Escolar Lazer

e Recreação na Faculdade Assis Gurgacz

****Mestre em Ciência do Movimento Humano

pela Universidade Federal de Santa Maria

Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente

pela Faculdade de ciências medicas, UNICAMP

Docente da Faculdade Assis Gurgacz, PR

Camila Justino de Oliveira Barbeta*

Valquiria Vieira da Rosa**

Marcos Robson Silva***

Débora Bourscheid****

professormarcosrobson@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A atividade motora tem fundamental importância para o desenvolvimento infantil, visto que a prática psicomotora deve ser entendida como um processo de ajuda que acompanha a criança em seu próprio percurso maturativo, quanto mais estimuladas forem, maior será o número de habilidades por ela desenvolvidas. A criança que nasce com peso baixo (>2500g) pode ter seu desenvolvimento mais lento do que aquelas que nascem com peso adequado (<2500g). Objetivo: Para tanto o objetivo do presente estudo foi comparar o equilíbrio dinâmico de crianças nascidas com baixo peso e peso adequado em idade pré-escolar. O presente estudo foi descritivo de maneira transversal, sendo realizado com uma população de 2.053 crianças de 5 e 6 anos de idade de ambos os sexos de 48 escolas municipais da zona urbana da cidade de Cascavel. A amostra contou com 11 escolas públicas, sendo 111 crianças de 5 anos e 278 de 6 anos de idade, perfazendo um total de 389 crianças, divididas em dois grupos, crianças nascidas com baixo peso e adequadas ao peso de nascimento. A seleção da amostra foi a partir do peso da criança ao nascer, considerando a referência de Gallahue, (2005), de 2500g, indicado pelas mães e/ou responsável, através da ficha de Anamnese Social e Gestacional desenvolvido pelos pesquisadores e sua orientadora. Como instrumento de pesquisa para a verificação do desenvolvimento neurofuncional foi utilizado os testes padrões do (ENE) Exame Neurológico Evolutivo (LEFÉVRE, 1972), conforme idade. Foram utilizadas as provas de equilíbrio dinâmico. Para a análise dos dados utilizou-se o programa SPSS versão 13.0 for Windows (Statistical Package of Social Sciences). Para todas as variáveis foi adotado um nível de significância de 5% realizado o teste qui-quadrado. Resultados: Como resultado do teste qui-quadrado para verificar se existe associação entre o equilíbrio dinâmico e o peso ao nascer das crianças de 5 anos, obteve-se p<valor=0,27, ou seja, não há associação significativa ao nível de 5%. Para as crianças de 6 anos, obteve-se p<valor=0,50, ou seja, não há associação significativa ao nível de 5%. Conclusão: Desta forma concluí-se que o peso não corresponde na definição ou indefinição do equilíbrio dinâmico visto que as crianças consideradas com peso adequado para a idade também apresentaram índice abaixo do adequado de equilíbrio seguindo a referência de Lefévre (1972).

          Unitermos: Prematuridade. Baixo peso ao nascer. Desenvolvimento motor.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 165, Febrero de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Segundo Vitolo (2003), a desnutrição materna pode ser decorrente de condições sociais e econômicas precárias, causando assim uma série de complicações durante a gestação sendo uma o baixo peso, e, consequentemente afetando no desenvolvimento motor da criança. Esse quadro reflete-se nos elevados índices de mortalidade infantil, que podem se tornar mais alarmante quando a desnutrição continua no período pós-natal.

    A nutrição adequada talvez seja a condição mais importante para o desenvolvimento normal no período pré-natal. A criança que nasce com peso baixo pode ter seu desenvolvimento mais lento do que o daquelas que nasce com peso adequado. (CTENAS, 1999).

    Contudo a “estimulação desenvolvimentista” é uma forma de intervir em bebês de alto risco, fornecendo estímulos por meio de várias modalidades sensoriais. Faz-se isso na tentativa de contrabalancear condições adversas que podem interferir no potencial dos bebês para vidas plenas e produtivas, em outras palavras, implementam-se certos programas para evitar que fatores associados aos bebês de alto risco, prejudiquem gravemente o desenvolvimento posterior destes. (GALLAHUE, OZMUN, 2003).

    O equilíbrio envolvendo o controle postural revela o nível de integridade de importantes centros e circuitos neurológicos, sem os quais nenhuma atividade pode ser realizada. Isso porque são estruturas de base do cérebro, como o tronco cerebral e o cerebelo, suas funções de amplo passado filogenético preparam as primeiras aquisições, sobre as quais serão construídos os sistemas funcionais mais complexos. (FONSECA, 2004).

    Rosa Neto (2002), explica que toda criança está em uma luta constante, mesmo que inconsciente contra o desequilíbrio, resultando assim em uma fatiga corporal, mental e espiritual, aumentando o nível de estresse, ansiedade e angústia do indivíduo.

    Gallahue e Ozmun (2003) diferenciam equilíbrio estático do dinâmico sendo que o estático mantém o próprio equilíbrio enquanto o centro de gravidade permanece estacionário, e equilíbrio dinâmico, mantém o próprio equilíbrio conforme o centro de gravidade se desloca.

    De uma forma esquemática, o equilíbrio envolve vários centros de trabalho, seja no nível inferior (modulares), seja no intermediário (tronco cerebral e cérebro), ou no superior (córtex). Os níveis mais baixos, isto é, os inferiores e intermediários são exatamente aqueles que tentamos estudar com o fator equilíbrio, pois são eles que mantêm a postura a tonicidade que, no desenvolvimento da criança, assumem as primeiras aquisições e mais tarde preparam e facilitam os processos de aprendizagem complexos. (FONSECA, 2004)

    O desenvolvimento motor representa um aspecto do processo desenvolvimentista total e está intrincadamente inter-relacionado às áreas cognitiva e afetiva do comportamento humano, sendo influenciado por muitos fatores. A importância do desenvolvimento motor ideal não deve ser minimizada ou considerada como secundária em relação às outras áreas desenvolvimentistas. (GALLAHUE, OZMUN, 2003).

    Segundo Le Boulch (1987) é o cerebelo que ajusta permanentemente o tônus postural em combinação com o desenvolvimento do ato motor. Por exemplo, certas crianças têm um equilíbrio normal quando em contato com o solo, mas quando se defrontam com situações que devem se deslocar sobre obstáculos elevados acaba perdendo o equilíbrio, isso porque ocorre uma sensação de angústia, que desequilibra os mecanismos de regulação tônica comandados pelo cerebelo.

    Para a organização destas estruturas, seguindo o pensamento desses autores podemos dizer que a estimulação precoce, principalmente em crianças nascidas pré-termo e com baixo peso, pode fazer a diferença em uma idade mais avançada da criança, sendo que o direcionamento motor é o ponto de partida de todo o desenvolvimento da criança, possibilitando a independência na locomoção e a manipulação de objetos, ampliando a visão de mundo e contribuindo ao desenvolvimento constante.

    Segundo Eckert (1993) no período dos 2 a 6 anos de idade todos os padrões locomotores usuais da criança estão adaptados em uma variedade de coordenação e devem ser influenciados pela instrução e encorajamento, para que ela seja capaz de participar de atividades junto com outras aumentando cada vez mais seu desenvolvimento motor.

    Diante da literatura levantada, percebe-se que a atividade motora tem fundamental importância para o desenvolvimento infantil, visto que a prática psicomotora deve ser entendida como um processo de ajuda que acompanha a criança em seu próprio percurso maturativo, quanto mais estimuladas forem, maior será o número de habilidades por ela desenvolvido.

    Portanto o objetivo deste estudo foi comparar o equilíbrio dinâmico de crianças nascidas com baixo peso e peso adequado em idade pré-escolar.

Materiais e métodos

    O presente projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética (CEP) UNIOESTE, onde foi avaliado e aprovado conforme o Protocolo 13762/2004, para pesquisa com seres humanos. Após a aprovação, foi enviado a Secretaria de Educação do município de Cascavel, uma carta solicitando a realização da pesquisa nas escolas municipais da cidade de Cascavel Paraná. No segundo momento, assim da autorização da secretaria do Município, foi encaminhada uma carta informativa para as escolas explicando os reais objetivos da pesquisa. Após ser aceita, foi encaminhado a cada criança devidamente matriculada nas escolas, um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que foi devidamente preenchido e assinado pelos pais ou responsável pela criança como critério primordial para a participação no estudo.

    Todos os procedimentos da pesquisa estão de acordo com as técnicas adequadas descritas na literatura e não implicaram em qualquer risco físico, psicológico ou moral ou prejuízo aos indivíduos participantes. Portanto, o estudo cumpriu as “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos” (196/96) editadas pela Comissão Nacional de Saúde.

    O presente estudo foi descritivo de maneira transversal, sendo realizado com crianças de 5 e 6 anos de idade de ambos os sexos de 11 escolas públicas da zona urbana do Município de Cascavel – Paraná. A amostra foi composta por 111 crianças de 5 anos e 278 de 6 anos de idade, perfazendo um total de 389 crianças, divididas em dois grupos, crianças nascidas com baixo peso e adequada ao peso de nascimento. A seleção da amostra foi a partir do peso da criança ao nascer, considerando a referência de Gallahue, (2005), de 2500 Kg, indicado pelas mães e/ou responsável, através da ficha de Anamnese Social e Gestacional desenvolvido pela pesquisadora e sua orientadora.

    Para a verificação do desenvolvimento neurofuncional foi utilizado o Exame Neurológico Evolutivo de Lefévre, (1972). O teste conta com 124 provas que foram divididas em blocos que compuseram os exames da fala, do equilíbrio estático, do equilíbrio dinâmico, da coordenação apendicular, da coordenação tronco-membro, das sincinesias, da persistência motora, do tono muscular e da sensibilidade. Em cada exame as provas foram distribuídas desde as de mais fácil execução às mais difíceis, sendo divididas em grupo por idade, subentendendo-se que a criança conforme sua idade era capaz de realizar todas as provas selecionadas. A avaliação é realizada individualmente, com a criança vestida e sem sapatos, recebendo os escores de: eficaz quando conseguiu realizar o que foi solicitado ou ineficaz, quando não foi capaz de realizar a solicitação (LEFÉVRE, 1972).

    Neste estudo utilizou-se as provas do equilíbrio dinâmico com as provas para a idade de 5 de número 31, 43, 44, 45, 46, 47, 50 e 6 anos as de número 32 e 48.

    Os dados foram coletados nas dependências das escolas participantes do estudo, localizadas no Município de Cascavel – Paraná. A avaliação ocorreu de forma individual, pelos pesquisadores e por acadêmicos de educação física vinculados ao grupo de pesquisa Saúde da Criança e do Adolescente que foram brevemente treinados pelos pesquisadores.

    Os dados foram armazenados e avaliados utilizando-se o programa SPSS versão 13.0 for Windows (Statistical Package of Social Sciences). Para todas as variáveis foi adotado um nível de significância de 5%. Inicialmente realizou-se uma análise descritiva dos dados com cálculos de freqüência absoluta e relativa das variáveis motoras dos indivíduos do grupo normal e do grupo de indivíduos que nasceram com baixo peso. Foi empregado o teste de Qui-Quadrado para verificar se a distribuição das freqüências observadas se desvia significativamente das freqüências esperadas.

Resultados

    Foram pesquisadas 111 crianças de 5 anos (Tabela 1). Verificou-se a associação entre o equilíbrio dinâmico e o peso ao nascer, sendo que crianças nascidas com menos de 2500g são consideradas com baixo peso e crianças nascidas com peso maior ou igual a 2500g são consideradas normais. (GALLAHUE E OZMUN, 2005).

    A porcentagem de crianças de 5 anos com o equilíbrio dinâmico indefinido é de 56%. Entre as crianças com baixo peso 80% possui o equilíbrio dinâmico indefinido e 20% possui o equilíbrio dinâmico definido. Entre as crianças com peso adequado para o nascimento, 55% possuem o equilíbrio dinâmico indefinido e apenas 45% possui o equilíbrio dinâmico definido, conforme idade cronológica.

Tabela 1. Relação entre o equilíbrio dinâmico e o peso ao nascer de crianças de 5 anos

    Realizado o teste qui-quadrado para verificar se existe associação entre o equilíbrio dinâmico e o peso ao nascer (abaixo e acima de 2500g) das crianças de 5 anos, obteve-se p<valor=0,27, ou seja, não há associação significativa ao nível de 5%.

    Foram pesquisadas 278 crianças de 6 anos (Tabela 2). A porcentagem de crianças de 6 anos com o equilíbrio dinâmico indefinido é de 46%. Entre as crianças com baixo peso ao nascer 40% possui o equilíbrio dinâmico indefinido e 60% possui o equilíbrio dinâmico definido. Entre as crianças adequadas para o peso de nascimento, 47% possuem o equilíbrio dinâmico indefinido e apenas 53% possui o equilíbrio dinâmico definido.

Tabela 2. Relação entre o equilíbrio dinâmico e o peso ao nascer de crianças de 6 anos

    Realizado o teste qui-quadrado para verificar se existe associação entre o equilíbrio dinâmico e o peso ao nascer (abaixo e acima de 2500g) das crianças de 6 anos, obteve-se p-valor=0,50, ou seja, não há associação significativa ao nível de 5%.

Discussão dos resultados

    De acordo com a literatura existem muitos fatores que podem ter interferido no desenvolvimento das crianças tendo como os principais, falta de estimulação, nutrição deficitária, condições ao nascer, fatores ambientais e familiares, assim como SACCANI, BRIZOLA, GIORDANI, BACH, RESENDE, ALMEIDA, 2007, relatam que existem diversos fatores de risco interferindo na primeira infância e que determinam o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, sendo eles de ordem biológica, social ou familiar ambiental e principalmente a desnutrição sendo este o fator mais alarmante.

    Esses mesmos autores fizeram um estudo comparativo entre crianças desnutridas e com peso adequado para a idade, tendo 20 crianças desnutridas e 16 com peso adequado, sendo que os dois grupos apresentaram atraso no domínio da área motora ampla, mas o grupo com desnutrição teve uma maior porcentagem sendo 68,75% no grupo controle e 80% no grupo das desnutridas.

    De acordo com um estudo realizado por AGUIAR, REIS, FURIERI, ROYER, NEVES, SALLES, CORRÊA, FERREIRA, 2007, em 37 centros Municipais de Educação Infantil com 101 crianças na cidade de Vitória (ES), observaram que todas as crianças avaliadas foram consideradas crianças com desenvolvimento típico sem necessidade de atenção ou acompanhamento do desenvolvimento, no entanto, 14,8% das crianças avaliadas apresentaram alguma alteração no desenvolvimento neuropsicomotor. Consideradas com desenvolvimento questionável 10,9% crianças e 3,96% com desenvolvimento atípico. Em relação à variável peso ao nascer à maior parte das crianças 84,16% nasceram com peso considerado adequado para idade gestacional entre 2500g a 4000g.

    Quando comparado ao estudo observa-se que os dados encontrados foram demasiadamente maiores do que o estudo de AGUIAR, REIS, FURIERI, ROYER, NEVES, SALLES, CORRÊA, FERREIRA, 2007, acredita-se que a falta de estimulação das crianças de cascavel está comprometida, devendo ser cercado em novos estudos equivalentes do estado nutricional.

    Entre todos os elementos psicomotores este estudo em específico definiu o equilíbrio como meio de verificação do desenvolvimento motor por ser, segundo Rosa Neto (2002), a base primordial de toda ação diferenciada dos segmentos corporais. Quanto mais defeituoso é o movimento mais energia consome. É o estado de um corpo quando forças distintas que atuam sobre ele se compensam e anulam-se mutuamente

    O mesmo autor relata que do ponto de vista biológico, a possibilidade de manter posturas, posições e atitudes indica a existência de equilíbrio, como a marcha bípede que constitui uma queda controlada, combinando funções cerebelares e cerebrais que integram aspectos do equilíbrio, o controle do próprio corpo e da coordenação motora.

    Em outro estudo realizado por GUARDIOLA, EGEWARTH, ROTTA, 2001, com crianças de 1ª série, observaram que, para os testes de equilíbrio dinâmico, 423 crianças foram avaliadas sendo que apenas 61 (12,6%) destas estavam abaixo do nível adequado.

    Em relação ao baixo peso ao nascer, a literatura aponta sobre o desenvolvimento, que ao intervir precocemente e positivamente no desenvolvimento motor de um bebê de risco pode-se estar remediando eventuais deficiências no desempenho motor, auxiliando a criança a desenvolver suas capacidades de forma plena, estimulando- a na época em que ocorre o maior desenvolvimento neuronal, limitando seqüelas e invalidez. (GARCIA, FREITAS, LINHARES, FORMIGA, 2005).

    A estimulação das crianças nos primeiros anos de vida é fundamental, pois é nessa fase que ocorre a maior maturação do sistema nervoso central. Crianças que possuem carência de estímulos corporais e ambientais nessa fase podem apresentar dificuldades no decorrer de outros estágios do desenvolvimento (MASTROIANNI, BOFI, CARVALHO, SAITA, CRUZ, 2005).

    No entanto este estudo, tanto para a idade de 5 e 6 anos não foi encontrado significativa na relação do peso ao nascer com o desenvolvimento do equilíbrio. O que pode ser ressaltado é o baixo índice encontrado em relação ao equilíbrio dinâmico, de acordo com a idade, pois as crianças apresentaram percentuais elevados de não adequação desta aptidão física. Obteve-se um índice de baixo peso maior em crianças com 6 anos de idade com um total de 25 crianças, comparadas com as de 5 anos totalizando apenas 05 crianças. Para as nascidas com peso adequado para a idade obteve-se um total de 359 crianças, sendo 106 de 5 anos e 253 com 6 anos de idade, destas, 177 crianças, obtiveram seu desenvolvimento do equilíbrio dinâmico indefinido, sendo 119 (47%) com 6 anos de idade e 58 (55%) de 5 anos de idade consideradas com peso adequado para idade.

    Este estudo, tendo como resultado a inadequação do equilíbrio dinâmico em ambos os casos, torna-se um tanto quanto preocupante, sendo que isso pode ser decorrente da falta de profissionais formados na área de Educação Física, sendo que os mesmos poderiam dentro de suas aulas estarem realizando atividades que estimulassem não só o equilíbrio, mas todo o processo de desenvolvimento da criança, visto que a falta de estimulação pode ser um dos fatores principais para esse atraso motor.

Conclusão

    Quanto ao objetivo do estudo que foi comparar o equilíbrio dinâmico de crianças nascidas com baixo peso com as de peso adequado para o nascimento, constatou-se que a porcentagem total de crianças de 5 anos com o equilíbrio dinâmico indefinido é de 56%, tendo 80% nascidas com baixo peso e 20% com peso adequado para a idade e as crianças de 6 anos um total de 46%, tendo 40% nascidas com baixo peso e 47% com peso adequado a idade.

    Entende-se também que a diferença de idade, foi determinante para os resultados assim acredita-se que as crianças com maior idade têm um maior entendimento do que o teste exige.

    Entretanto, o estudo demonstrou que nas pré-escolas públicas do Município de Cascavel, que fizeram parte da pesquisa, constata-se que o baixo peso não é um fator influenciador no atraso do desenvolvimento do equilíbrio dinâmico, pois tanto as crianças nascidas com baixo peso, quanto às consideradas com peso adequado para o nascimento apresentaram desvios. Porém observa-se que as crianças do presente estudo encontram-se todas, com déficit no quesito equilíbrio, fator preponderante para o desenvolvimento motor. Conclui-se que a necessidade de melhor cercar os motivos deste déficit motor torna-se relevante em novos estudos.

    A identificação precoce de alterações no desenvolvimento dessas crianças é uma tarefa muito importante, principalmente para profissionais que atuam no meio em que as mesmas passam metade de seus dias, sendo assim, este é mais um motivo para que essas crianças sejam mais estimuladas, tanto na escola, como pelos familiares.

    Torna-se necessário que esse tipo de avaliação seja repetida, principalmente durante os primeiros anos de vida, pois é nessa fase que o desenvolvimento é mais acelerado e o efeito do atraso é mais importante.

Referências

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