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Hipertensão arterial: do conhecimento 

à prática de aferição da pressão arterial

La hipertensión arterial: del conocimiento a la práctica de medir la presión arterial

 

*Enfermeira graduada pelas Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros - FIP-Moc

**Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

Professora do Departamento de Enfermagem das Faculdades Integradas Pitágoras

de Montes Claros - FIP-Moc

***Enfermeiro graduado pela Universidade Estadual de Montes Claros, Unimontes

Especialista em Didática e Metodologia pela Universidade Estadual de Montes Claros

Luciene Pereira de Souza*

Ana Augusta Maciel Souza**

José Rodrigo da Silva***

rodrigomaiss@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Atualmente, existe uma preocupação em aperfeiçoar e ampliar os métodos para diagnosticar e tratar a Hipertensão Arterial (HA). Desta forma justifica-se nosso interesse em identificar qual o conhecimento que os profissionais de enfermagem da atenção básica de saúde possuem sobre a HA, tendo em vista o papel dos mesmos no tratamento, controle e prevenção das possíveis complicações da HA. Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter qualitativo, observacional e de natureza descritiva. Participaram desta pesquisa Enfermeiros e Técnicos de enfermagem selecionados em cinco Unidades da Estratégia Saúde da Família, localizadas no Município de Montes Claros, região Norte do Estado de Minas Gerais. Os resultados permitiram conhecer o entendimento dos profissionais de enfermagem sobre hipertensão, fatores de risco, consequências e medidas de educação em saúde frente ao paciente hipertenso. Também foi possível identificar inadequabilidade entre a prática de aferição de Pressão Arterial (PA) realizada pelos profissionais, em relação ao descrito na literatura. Os relatos elucidam a visão de ações de prevenção frente a HA. As orientações e a mudança de comportamento foram citadas como as principais condutas para trabalhar com Hipertensos. Também se evidenciou o conhecimento sobre fatores de risco e consequências HA, embora parte dos profissionais demonstrassem insegurança no que se refere ao conceito de Hipertensão. Foi possível identificar neste estudo que os profissionais não realizam a técnica de aferição adequada, o que contribui para valores imprecisos de pressão arterial.

          Unitermos: Hipertensão arterial. Profissionais de saúde. Enfermeiros.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 164, Enero de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos, conhecida como Pressão Arterial (PA) é um parâmetro fisiológico indispensável na investigação diagnóstica e clínica do indivíduo. Referida em milímetros de mercúrio (mmHg), os níveis pressóricos elevados iguais ou superiores a 140 mmHg de pressão sistólica e/ ou 90 mm Hg de diastólica, em pelo menos duas aferições subseqüentes, obtidas em dias diferentes, ou em condições de repouso e ambiente tranqüilo caracteriza a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (ASSIS; OLIVEIRA, 2003, SOUZA; SILVA, 2004).

    A mensuração indireta da pressão arterial é o procedimento mais realizado por enfermeiros, tanto na assistência primária, secundária, quanto na terciária.

    Estes profissionais desempenham papel importante seja na detecção precoce da hipertensão arterial, controle, acompanhamento ou na orientação dos hipertensos.

    Baseando-se nestes aspectos, justifica-se nosso interesse em identificar qual o conhecimento que os profissionais de enfermagem da atenção básica de saúde, possuem sobre hipertensão e como estão desenvolvendo a habilidade técnica para aferição de PA.

Metodologia

    Trata-se de uma pesquisa de campo, de caráter qualitativo, observacional e de natureza descritiva. A população do estudo compôs-se de 4 enfermeiros e 4 técnicos de enfermagem selecionados de cinco unidades da Estratégia Saúde da Família, localizadas no Município de Montes Claros, região Norte do Estado de Minas Gerais.

    A coleta para aquisição dos dados ocorreu em duas fases, no período de 18/11/2010 a 24/11/2010. A primeira fase consistiu em observar a qualidade das aferições de pressão arterial e registrar em checklist, validado pelo estudo Pró-Saúde em 2001. Já a segunda fase compreendeu a avaliação do conhecimento teórico dos pesquisados através da aplicação de entrevista gravada em CD-R.

Análise e discussão de dados

Conceituando Hipertensão Arterial

    Quando indagado aos entrevistados sobre o que entendem por Hipertensão Arterial, foram obtidas as seguintes respostas:

Enf. 1

    “É o aumento né da pressão arterial que pode ser por vários fatores hereditários, alimentares, atividade física, [...].”

Enf. 2

    “A hipertensão hoje [...] é a pressão alta das pessoas devido a uma má alimentação, falta de exercício físico, estress, tabagismo e alcoolismo [...]. Tem as leves, moderas e graves [...].” 

Tec. 1

    “[...] é um descontrole, pode ser hereditário, pode ser uma pessoa que tem a predisponibilidade de ter hipertensão arterial, hoje o sedentarismo contribui pra pessoa ter PA alta, os hábitos [...].

    Podemos depreender, com base nos resultados obtidos, que o conceito de HA relatado pelos profissionais é limitado á “pressão alta relacionado a fatores de risco”, contudo a HA é uma patologia complexa que além de interação entre genética e fatores ambientais, envolve alterações funcionais do sistema nervoso autônomo simpático, renais, do sistema renina angiotensina, além de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial.

    Nas falas descritas abaixo percebemos uma explicação básica da hipertensão, referida por alguns profissionais:

Enf. 3

    “Hipertensão arterial como a própria palavra diz é um aumento na pressão com que o sangue é bombeado através do coração e que circula por todo corpo [...] acima de 14x9”.

Enf. 4

    “É a pressão que da no vaso sanguíneo, é como se fosse como exemplo uma bomba que agente costuma ate explicar pros hipertensos, porque eles são leigos...”

Tec. 3

    “Hipertensão seria no caso um aumento da pressão sanguínea dentro dos vasos.”

    É importante que todos profissionais de enfermagem definam a hipertensão arterial de forma clara para que possam esclarecer aos pacientes que esta síndrome nada mais é que o aumento da força (pressão) do sangue sobre a unidade de área das paredes do vaso sanguíneo, podendo provocar lesões e/ou rompimentos do mesmo, quando associada a alterações metabólicas.

    Podemos perceber que conceituar, descrever a hipertensão foi uma tarefa que gerou bastante insegurança na maioria dos sujeitos, uma vez que tal pergunta permitiria aos entrevistados relatar com abrangência o que conheciam sobre HA. Não menos relevante poderiam entender a HA como problema de saúde publica, uma patologia que possui alto custo para o tratamento, pode levar a alterações na auto-estima do indivíduo, uma vez que a pessoa hipertensa apresenta uma condição de vida cerceada, necessitando de monitoramentos constantes dos níveis pressóricos.

Conhecendo o valor limiar para hipertensão arterial

    A classificação de valores de pressão arterial utilizada, mais recente, preconizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia é baseada em parâmetros norte americanos. Houve uma simplificação das faixas pressóricas e a categorização de uma situação dita "pré-hipertensão", onde as modificações do estilo de vida devem ser mais que incentivadas, tendo em vista a grande possibilidade de evolução futura para o estado de hipertensão arterial com o avançar da idade (SILVA; SOUZA, 2004).

    De uma maneira prática, aceitam-se atualmente como valores limiar para se desenvolver a Hipertensão às cifras de pressão arterial (PA) igual ou maior 140/90 mmHg, e esta questão foi respondida corretamente pela maioria dos técnicos de enfermagem como exposto.

Tec. 4

    “140x90.”

Tec. 3

    “14x9.”

Enf. 4

    “140x90.”

Considerando os fatores para o diagnóstico de Hipertensão Arterial

    Em relação aos fatores que devem ser considerados para o diagnóstico, as respostas encontradas foram às seguintes:

Enf. 1

    “Varias medidas da pressão arterial, alem da questão de fatores de risco que também tem que ser levada em conta.”

Enf. 2

    “Fazer o controle da pressão pra verificar se ta ficando constantemente a alta...” 

Tec. 1

    “Aferir a pressão várias vezes consecutivas no mesmo horário com a mesma pessoa usar o mesmo aparelho mais ou menos umas cinco vezes agente pode encaminhar pro medico pra ser feito o diagnostico...”

     Podemos perceber que todos entrevistados responderam corretamente, uma vez que a literatura trás a importância de medidas subsequentes de pressão arterial, bem como a investigação de hábitos. Autores como Júnior et al. (1996) informam que o diagnóstico de hipertensão arterial é um ato médico que, baseado num procedimento relativamente simples, a medida da pressão arterial. O diagnóstico é baseado na anamnese, exame físico e exames complementares que auxiliam na realização do diagnóstico da doença propriamente dita, sua etiologia, grau de comprometimento de órgãos-alvo e na identificação dos fatores de risco cardiovascular associados.

Destacando os fatores de risco para hipertensão

    A expressão ‘fatores de risco’ refere-se a um conceito que vem ganhando importância no campo das patologias cardiovasculares. Percebe-se que 80% dos agravos podem ser justificados ou explicados pela presença de fatores de risco intrínsecos ou extrínsecos.

    Verificamos que o conjunto dos fatores de risco identificado pelos entrevistados requer uma mudança no estilo de vida. O único fator não descrito foi relacionado à sexualidade.

Tec. 1

    “Obesidade, sedentarismo entre outros.”

Enf. 3

    “Os principais fatores de risco são tabagismo, sedentarismo, hiperlipidemias [...] estress, aumento da ingesta de sal”.

Enf. 1

    “Tem os fatores modificáveis [...], e os não modificáveis [...]”

Enf. 2

    “[...] o diabetes também influenciam e mais uma serie de coisas”.

Revelando as conseqüências da hipertensão

    Quando perguntado aos enfermeiros e técnicos de enfermagem sobre as principais conseqüências da hipertensão, todos foram unânimes em citar as doenças cardiovasculares e disfunções renais. Apenas um enfermeiro citou alterações nos olhos, como podemos identificar nas falas descritas.

Tec. 1

    “[...] o paciente pode ter um AVC [...].” 

Enf. 1

    “A pressão não controlada atinge os órgãos alvos, rim, coração, os olhos e pode levar ao AVC, infarto”.

Tec. 4

    “Infarto e derrame”.

    Os autores Jacomini; Hannouche (2001) enfatizam que a HA produz alterações na vascularização da coróide, da retina e da papila óptica, as quais dependem da rapidez da instalação, da duração da hipertensão e da idade do paciente. HA leve ou moderada pode estar presentes por vários anos sem qualquer mudança detectada oftalmoscopicamente ou, quando muito, pode notar discreto estreitamento nas artérias retinianas.

    Brito e Freitas (2009) afirmam que a HA é uma doença “silenciosa”, entretanto, pode matar. Quando ocorrem sintomas, já decorrem de complicações. A HA danifica os vasos sanguíneos renais, cardíacos e cerebrais, ocasionando, assim um aumento da incidência dos acidentes vasculares cerebrais, das coronariopatias e da insuficiência renal e cardíaca.

Focando a enfermagem frente à hipertensão como problema de saúde pública

    Magalhães (2010) define prevenção primária como ações e estratégicas de atuação o em etapas que precedem o surgimento de doenças, de forma a impedir ou retardar o seu desenvolvimento. Essas ações incluem, entre outras, medidas gerais de promoção de saúde, tais como campanhas educacionais, recomendações e intervenções ou medidas de proteção especifica, profilaxia medicamentosa, voltadas para populações com maior risco de desenvolver a doenças.

    Foram relatas as seguintes condutas de enfermagem frente à hipertensão como problema de saúde publica:

Enf. 1

    “O enfermeiro na consulta de enfermagem, nos grupos e nas visitas domiciliares trabalha muito a questão da prevenção das lesões dos órgãos alvos, agente tem um grupo de atividade física que ocorre duas vezes por semana que o publico a maioria são hipertensos”.

Tec. 2

    “Agente orienta o paciente a ter hábitos saudáveis, a fazer caminhada, desde que o medico tenha liberado, comer mais verduras e legumes comer carnes magras, no nosso serviço terça e quinta tem o profissional que faz o exercício físico com os idosos na praça”.

    Os relatos apresentados elucidam por parte dos entrevistos a visão de ações de prevenção frente a HA, Ficou evidente, que os profissionais valorizam como conduta ás orientações de educação em saúde e a mudança de comportamento. Contudo é sabido que sempre se deve levar em considerações às condições determinantes de saúde, barreiras socioeconômicas e/ou culturais, condições socioambientais que estão envolvidos nesse processo e que não foram relatadas pelos entrevistados.

    Promover saúde não é um processo de condicionamento. Desta forma faz se necessárias a reflexão e a sensibilização da população, para que a partir de um dado conhecimento sobre saúde/doença, as pessoas conquistem a autonomia necessária para a tomada de decisão sobre aspectos que afetam suas vidas.

Estabelecendo condutas para o paciente hipertenso

    Quanto à conduta a ser aplicada frente ao paciente hipertenso, relatam os profissionais de saúde entrevistados nesta pesquisa:

Enf. 3

    “A conduta de enfermagem seria a aferição da pressão, orientar se não tiver fazendo o uso corretamente, orientar quanto à necessidade de abandonar o sedentarismo abandono do tabagismo e não simplesmente diminuição, diminuição da ingesta de sal, orientar ele qual o risco que ele corre se ele não mantiver a pressão controlada”.

Enf. 4

    “No PSF [...] oferece os exames, afere a pressão, medicação também agente tem o cuidado de não ta deixando eles sem a medicação”.

Tec. 3

    “Encaminhar urgentemente esse paciente ao atendimento médico na unidade básica de saúde, dependendo da situação, encaminhar esse paciente ao serviço de referencia dependendo do estado clinico”.

    Evidenciou o cuidado com os medicamentos, e este é um fator que deve ser prioritário diante de um hipertenso. Isto porque o número de medicamentos que às vezes devem ser associados leva a possibilidade de ocorrência de erros e hospitalizações, principalmente com idosos. A medida de aferição de PA também é uma conduta importante e permite a identificação de alterações de níveis pressóricos e consequentemente intervenções imediatas.

    Nas ações em grupo o enfermeiro tem por responsabilidade abordar temas relativos a medidas preventivas e de controle de pressão arterial, bem como assuntos pertinentes como a fisiopatologia, complicações e tipos de tratamento da HAS.

    Dentre as políticas públicas para o controle da doença hipertensiva, a educação em saúde tem sido apontada como uma das formas para estimular a adesão ao tratamento. Contudo muitas vezes, os costumes sobre as práticas de saúde, os valores e as percepções do paciente em relação à doença e ao tratamento são diferentes daqueles pensados pelos profissionais da saúde. Torna-se, então, necessário conhecer e considerar as práticas populares de saúde, para uma maior efetividade no atendimento ao paciente.

Avaliando a qualidade das aferições da pressão arterial

    Avaliando a aferição de PA por método observacional em formulário próprio, percebemos que os cliente foram recebidos de maneira afável pelos profissionais da saúde entrevistados, em meio a um ambiente tranqüilo e favorável explicaram o procedimento que seria realizado; solicitaram ainda que os clientes se sentassem e expusessem o braço direito livre de roupas. Na seqüência, o profissional escolheu o manguito adequado, elevou o braço do funcionário na altura adequada, ponto médio do esterno, e, evitaram conversas desnecessárias durante o procedimento.

    Dos enfermeiros entrevistados, apenas dois colocaram o manguito adequadamente (método palpatório), apalparam a artéria braquial e utilizaram o método palpatório para estimação da pressão sistólica. Todavia, não desinsuflaram totalmente o manguito e também não esperaram o intervalo de um minuto para continuar o processo da medida da pressão arterial, uma vez que realizaram a medida da pressão arterial diretamente, diferente do que preconiza o Ministério da Saúde, inviabilizaram, assim, a técnica.

    Neste sentido Rabelo et al (2004), informam que a palpação da artéria radial para estimar a pressão sistólica e consequente nível máximo de inflação do sistema é uma etapa do procedimento que quando não realizada contribui para resultados incorretos na medida da pressão arterial. Para tal preconiza-se a palpação do pulso radial e inflação do manguito. No desaparecimento da pulsação, o manguito deve ser desinsulflado rapidamente e o procedimento ser reiniciado após repouso de pelo menos 1 minuto.

    Todos os profissionais colocaram o estetoscópio na artéria braquial, insuflaram rapidamente o manguito e desinsuflaram a uma velocidade uniforme (2 a 3mmHg p/segundo) e registraram os valores das pressões sistólica e diastólica. Contudo frente ao acompanhado podemos concluir que as aferições de pressão arterial eram erroneamente realizadas pelos sujeitos desta pesquisa, não seguindo o preconizado pelas literaturas. Manobra importantíssima como a estimativa da pressão sistólica, além de evitar hiperinsuflação que ocasiona dor ao paciente evita-se hipoestimação da pressão sistólica na presença do hiato auscultatório. Alguns indivíduos podem ter a pressão subestimada diante da técnica de aferição realizada por estes profissionais.

Considerações finais

    Por todo o exposto acima, concluímos que a Estratégia Saúde da Família é a única forma de organização dos serviços na rede básica ou atenção primária, sendo a principal porta de entrada do Sistema único de Saúde (SUS), portanto cabe aos profissionais inseridos nestas unidades de atenção, traçar estratégias visando melhorar a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e o controle da HA.

    Vale ressaltar que a HA é uma doença altamente prevalente, com um custo social elevado, e que, apesar dos avanços no conhecimento da sua fisiopatogenia e tratamento, continua a manter baixas taxas de adesão e controle, com conseqüentes repercussões nos altos índices de morbidade e mortalidade cardiovascular relacionadas à mesma.

    Podemos perceber que conceituar, descrever a hipertensão foi uma tarefa que gerou bastante insegurança na maioria dos sujeitos, notamos que o conceito de HA relatado pelos profissionais é limitado á “pressão alta relacionado a fatores de risco”, contudo a HA é uma patologia complexa.

    Em relação às classificações de valores de pressão arterial, percebeu-se durante as entrevistas que os profissionais não consideram relevante memorizar os valores pra classificação de hipertensão arterial preconizados pelo Ministério da Saúde, já que, sempre que necessário podem recorrer às tabelas.

    Também foi possível perceber o conhecimento dos entrevistados que responderam corretamente, a importância de medidas subsequentes de pressão arterial, bem como a investigação de hábitos para o diagnostico de Hipertensão Arterial. Verificamos que o conjunto dos fatores de risco bem como as consequências da HA é bem identificado pelos entrevistados. Os relatos apresentados elucidam por parte dos entrevistos a visão de ações de prevenção frente a HA. Ficou evidente, nessas falas, que os profissionais valorizam como conduta ás orientações de educação em saúde e a mudança de comportamento.

    O melhor método de prevenção, detecção e tratamento da Hipertensão Arterial é a implantação de um programa de aferição e controle da Pressão Arterial no grupo familiar, incluindo atividades que diminuam o risco de hipertensão, tais como estímulo ao exercício físico e educação nutricional adequada.

    Em relação à técnica errônea de aferição de PA, podemos concluir que a não estimativa da pressão sistólica levam a resultados imprecisos na medida da pressão arterial.

Referências

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