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Estudo da agilidade motora em praticantes de 

basquetebol nas categorias mirim e infantil

Estudio de la agilidad motora en practicantes de basquetbol en las categorías infantiles

Study of motor speed in practicing in basketball and child categories

 

Grupo de Pesquisa em Envelhecimento, saúde

e Motricidade Humana, Gpesam

Universidade Estadual da Paraíba, PB

(Brasil)

Andrée Philippe Pimentel Coutinho

Prof. Dr. Josenaldo Lopes Dias

andreeroyal@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do estudo foi avaliar e classificar o nível de agilidade dos alunos de basquetebol na categoria mirim e infantil. A pesquisa quantitativa. Participaram 21 alunos, sendo 13 da categoria mirim e 8 da categoria infantil. Como instrumentos foram utilizados um cronômetro, um giz e dois blocos de madeira. A coleta dos dados foi feita pelo teste de agilidade. Os resultados obtidos na categoria mirim, 23% enquadram-se dentro da média, 46,3% abaixo da média e 30,7% fraco. Na categoria infantil, 44,4% inseriram-se na média e 56,6% abaixo da média ambos na tabela proposta por Kiss (1987). Portanto com base em estudos recentes as diferenças ao nível da maturidade influenciam no desempenho físico especialmente na pré-adolescência

          Unitermos: Basquetebol. Agilidade. Alunos escolares.

 

Abstract

          The aim of this study was to evaluate and classify the level of agility of basketball student in Bantam category and child. The quantitative research. 21 students participated, 13 mirim and 8 of the children's category. The present study used a stopwatch, a chalk and two blocks of wood. Data collection was done by the agility test. The results in Bantam category, 23% fall in the average, 46.3% below average and 30.7% weak. In the child category, 44.4% were inserted on average and 56.6% below the average both in the table proposed by Kiss (1987). So based on recent studies the differences in the maturity influence on physical performance in especially pre teens.

          Keywords: Basketball. Agility. School children.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 164, Enero de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O jogo de basquetebol requer uma série de capacidades físicas, técnicas, mentais e táticas. A capacidade física exerce efeitos marcantes no nível de habilidade dos jogadores e também na tática da equipe porque o jogo de basquetebol demanda a repetição máxima de movimentos como as corridas e os saltos. Portanto, os jogadores devem ter a habilidade para executar movimentos rápidos e potentes, e capacidades aeróbia e anaeróbia para que possam realizar manobras ofensivas e defensivas prolongadas. Tais habilidades são importantes para que o jogador possa realizar uma boa performance e vencer a partida.

    Competições envolvendo categorias menores são bastante comuns e refletem uma situação de realização por parte dos participantes, pais e técnicos. No entanto nesse período de vida, mudanças dramáticas estão ocorrendo, associadas ao estado de maturação biológica, como tamanho, constituição física, composição corporal, força e desempenho motor, podendo, portanto interferir no sucesso futuro dos atletas.

    Tem-se considerado que em pessoas já adultas as alterações que eventualmente possam ocorrer se caracterizam como uma resposta ao processo de adaptação ao estresse imposto pelo esforço físico. Entretanto, em se tratando de crianças e adolescentes, as modificações que presumidamente ocorrem até que se atinja o estágio de maturidade, podem ser tão grandes ou maiores do que as próprias adaptações resultantes de um programa de atividade física.

    Devido ao fato do estado de crescimento e maturação exercer um impacto importante na performance de diversos esportes e no processo de seleção, um número considerável de pesquisas tem sido conduzidas no intuito de examinar o crescimento e a maturação de jovens atletas (Buenen & Malina, 1996; Malina, 1994, 2002; Malina & Buenen, 1996)

    De acordo com Oliveira (2004) o treinamento de crianças e jovens deve ser diferenciado dos adultos, tendo em vista que cada faixa etária possui determinada função didática e pedagógica para o desenvolvimento. O treinamento físico do basquetebol para adultos envolve várias metodologias e etapas.

    A valência motora agilidade é desenvolvida com velocidade máxima em um espaço de, no máximo, 30 metros tendo em vista as características da quadra e a especificidade do jogo de basquetebol, portanto, trata-se de desenvolver a maior velocidade para tais distâncias tendo o cuidado de não utilizar métodos de treinamento de velocidade de outras modalidades esportivas, por exemplo, o atletismo (OLIVEIRA, 2004).

    O treinamento de velocidade se divide em três etapas que são: velocidade cíclica, velocidade acíclica e velocidade de reação. Oliveira (2004) relata que a velocidade de reação ou tempo de reação é desenvolvida para que possibilite ao jogador de basquetebol reagir ao estímulo provocado pelo jogo no menor tempo possível.

    De acordo com Schimidt (2001) o tempo de reação é uma situação que não se consegue antecipar, não se pode saber quando vem o estímulo (± 180ms), porém é algo treinável, mas depende do número de escolhas a que se deve reagir. O tempo de resposta é a somatória do tempo de reação e do tempo do movimento.

    O tempo de reação é influenciado por alguns fatores com, por exemplo: número de alternativas, compatibilidade entre estímulo e resposta, quanto à prática e a tentativa de antecipação. Oliveira (2004) destaca que a velocidade cíclica é a capacidade de realização motora com a máxima intensidade e tempo mínimo. Ela pode ser treinada com corridas em linha reta, sem obstáculos, com máxima rapidez, com ou sem bola.

    A velocidade acíclica pode ser desenvolvida com a mesma rapidez com ou sem bola, porém utilizando diferentes obstáculos. O treinamento da velocidade no basquetebol depende da força da técnica da tática e do volume de repetições relacionado à resistência muscular (OLIVERIA, 2004).

    O propósito deste estudo foi avaliar e classificar o nível de agilidade dos alunos de basquetebol na categoria mirim e infantil. Na Perspectiva de entender os efeitos causados pelo treinamento especializado na aquisição e melhoria da performance motora.

Procedimentos metodológicos

    O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, do tipo descritivo. Tendo como intenção avaliar e classificar o nível de agilidade dos alunos de basquetebol na categoria mirim e infantil da escola CERC na cidade de Campina Grande – PB.

    O estudo foi desenvolvido com participantes institucionalizados da escola CERC residente na cidade de Campina Grande-PB. Os indivíduos foram selecionados dentre o universo de 30 alunos participantes da equipe de basquete nas categorias mirim e infantil. Sua amostra foi composta 21 sujeitos unicamente do gênero masculino, sendo 13 da categoria mirim na faixa etária entre 10 a 12 anos e 8 da categoria infantil tendo entre 12 a 15 anos.

    Os instrumentos de pesquisa foram utilizados: um cronômetro, um giz e dois blocos de madeira (5 cm de largura por 5 cm de altura por 10 cm de comprimento).

    Os critérios de seleção foram: ter idade entre 10 e 15 anos, só no gênero masculino, serem matriculados na equipe de basquete nas categorias mirim e infantil e desejaram participar do estudo.

    Todos os participantes assinaram o termo de participação consentida conforme a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. O estudo teve seu projeto de pesquisa submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade estadual da Paraíba - PB.

    O procedimento utilizado inicialmente foi convidar cada aluno a participar do estudo, explicando-lhes como se realizará o estudo, apresentando-lhes o termo de consentimento livre e esclarecido e aplicando-lhes os procedimentos necessários para a avaliação e classificação do nível de agilidade dos alunos, caso aceitem participar. De cada participante, foram registrados num formulário os seguintes dados: idade e status da agilidade.

    A coleta de dados aconteceu durante os meses de fevereiro e março de 2010. A avaliar e classificar o nível de agilidade por meio do teste de agilidade de 9,14 metros. Segundo Kiss (1987). Ao sinal do professor o aluno corre em direção a um dos blocos, o pega e volta para a linha inicial, colocando-o atrás da linha; em seguida corre imediatamente de volta para pegar o segundo bloco e carrega-o até a linha de partida Foram tomadas 2 repetições de cada teste, sendo que era considerado o menor tempo conseguido em cada teste.

Resultados

Tabela 1. Resultado variável motora agilidade nas mirins e infantis praticantes de basquetebol

    Podemos perceber que a categoria mirim apresentou uma maior percentual maior de atletas abaixo da média (46,3%) e um número significativos de alunos fracos (30,7%). Sobretudo, o número de atletas nos quais estão com um grau de significância na valência motora agilidade gira em torno de (23%).

    Os atletas da categoria infantil em grande sua maior ficaram abaixo da média (56,6%). O número de alunos na categoria infantil nos quais ficaram dentro um valor tolerável chegou a (44,4%)

Discussão

    Segundo o mesmo autor (1991), o forte aumento de altura e peso, que às vezes leva a uma piora acentuada das proporções peso-força, causa geralmente uma diminuição da capacidade coordenativa, o que pode explicar a redução da agilidade ao longo do crescimento, dos atletas utilizados na amostra do presente estudo.

    Ao longo do estudo, demonstram claramente que sistema neuromuscular que leva a informação (aferente) ao cérebro no qual detecta, processa e encaminha (eferente) à mensagem correspondente ao que foi solicitado está plenamente em desenvolvimento, podendo também ter havido a contribuição de fatores somáticos ou maturacionais, não analisados neste estudo, como um dos fatores que interferiram na não existência de diferenças significativas nessas variáveis ao longo do crescimento.

    De acordo com Bergamo (2004), estudos demonstram que pouca melhora ocorre após a maturação na agilidade e o treinamento pouca influência produz, justificando haver uma maior participação do fenômeno crescimento do que do fenômeno treinamento.

Conclusão

    A contribuição dos fatores biológicos na performance precoce de uma equipe ou de um indivíduo na modalidade de basquetebol, professores e treinadores devem ser cautelosos na utilização do tamanho corporal e da idade cronológica como fatores primários na seleção de jovens jogadores. A motivação para a prática e para a melhoria da performance ao longo do período de crescimento é provavelmente mais importante para o desenvolvimento das habilidades do que desenvolve-las precocemente, talvez obter uma vantagem temporária que uma pequena diferença no tamanho corporal e maturação fornece durante a participação precoce.

Referências bibliográficas

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