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Comparação entre velocidade crítica, limiar 

ventilatório e limiar anaeróbio individual em corredores

Comparación entre la velocidad crítica, el umbral ventilatorio y el umbral anaeróbico individual en corredores

 

Centro Universitário Vila Velha, UVV

(Brasil)

Diogo Grativol Venturi

Miguel Alves Angelo dos Santos

miguel@uvv.br

 

 

 

 

Resumo

          Os índices fisiológicos relacionados ao desempenho em corredores vêm sendo bastante investigados ao longo das últimas décadas. A identificação desses índices depende de aparelhos caros e de pessoal especializado. Como alternativa, protocolos de fácil aplicação têm sido propostos como por exemplo, a velocidade crítica (VC). Os objetivos dessa pesquisa foram: a) comparar a intensidade associada à VC, segundo limiar ventilatório (Lv2) e o limiar anaeróbico individual (IAT) em corredores; b) verificar a validade preditiva da VC, Lv2 e do IAT para determinar o desempenho nas distâncias de 5000 metros (Vm5000), e da velocidade associada ao consumo de oxigênio de pico (vVO2pico) para determinar o desempenho na distância de 1500 metros (Vm15000). Participaram do estudo 10 corredores, com experiência de treinamento em corrida ≥ 3 anos e freqüência semanal de treinamento ≥ 5 vezes, VO2pico ≥ 50 ml(kg.min)-1. Foram realizados 4 testes, primeiramente foi avaliado o vVO2pico e LV2 por meio da ergoespirometria. A avaliação do IAT seguiu os parâmetros propostos por (STEGMANN et al, 1981). Para identificação da VC, foram executados de forma randomizada os testes de Vm1500 e Vm5000 em pista de atletismo de 400m, com um intervalo mínimo entre eles de 48h. A Anova de uma via foi utilizada para comparar os valores das intensidades. O teste t independente foi utilizado para identificar diferenças entre os valores das intensidades. O teste de correlação linear de Pearson foi utilizado para verificar a correlação entre os valores das intensidades. Foi utilizado um nível de significância de p < 0,05. Não foi observada diferença significativa entre VC, LV2 e IAT. Não houve diferença significativa entre VC e Vm5000; LV2 e Vm5000; IAT e Vm5000. Entretanto houve diferença significativa entre o vVO2pico e Vm1500. A correlação entre a VC e Vm5000 (r=0,97); LV2 e Vm5000 (r=0,90) foi alta; e entre o IAT e Vm5000 (r=0,76); vVO2pico e Vm1500(r=0,70) foi moderada. De acordo com os resultados obtidos não foi observada diferença significativa entre a VC, LV2 e o IAT. Além disso, ambos mostraram ser bons preditores de desempenho para a distância de 5000 metros, entretanto o vVO2pico não demonstrou ser um bom preditor de desempenho para a distância de 1500 metros.

          Unitermos: Corredores. Velocidade crítica. Limiar ventilatório. Limiar anaeróbio.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Vários índices fisiológicos relacionados ao desempenho em corredores de endurance vêm sendo investigados ao longo das últimas décadas, ganharam destaque em pesquisas o consumo de oxigênio de pico (VO2pico), velocidade associada ao consumo de oxigênio de pico (vVO2pico), a economia de movimento (EM) ou de corrida (EC)1, limiares ventilatórios [primeiro limiar ventilatório (LV1) e segundo limiar ventilatório (LV2)]2, índices associados a resposta do lactato durante o exercício [limiar de lactato (LL), limiar anaeróbico (Lan), limiar anaeróbico individual (IAT), intensidade de máxima fase estável de lactato (MLSS)]1-3 e a resposta glicêmica durante o exercício [limiar glicêmico individual (IGT)]4.

    A MLSS é considerada o método padrão para determinação da capacidade aeróbica5, é definido como a máxima intensidade de exercício em carga constante onde ainda se observa o equilíbrio entre a taxa de liberação e remoção do lactato sanguíneo, acima dessa intensidade a cinética do lactato sanguíneo apresenta um aumento em função do tempo durante o exercício de carga constante6. Sendo frequentemente indicada para a prescrição do treinamento aeróbico, especialmente em atletas7. Contudo a aplicação deste método supera de 4 a 6 testes de carga constante, neste sentido, acaba por aumentar os custos da avaliação e a dificuldade de avaliar grupos maiores6.

    Alguns autores sugerem métodos indiretos para a identificação dessa variável, ganha destaque o IAT, esse desperta grande interesse, pois leva em consideração a cinética individual do lactato durante o teste incremental8. Nesse método só é necessário um único protocolo de carga progressiva, minimizando os custos quando comparado com a MLSS, entretanto é um teste invasivo3. Outro método utilizado, porém não invasivo são os limiares ventilatórios LV1 e LV2, esse analisa indiretamente a dinâmica do lactato durante o exercício através das trocas gasosas9. Para a identificação desses índices são utilizados métodos diretos, dependendo de aparelhos caros e de pessoal especializado, restringindo sua utilização a um pequeno número de atletas de elite6.

    Como alternativa, protocolos não invasivos e de fácil aplicação tem sido propostos. Um exemplo é a VC, um modelo matemático baseado na relação linear entre distâncias fixas e seus respectivos tempos10. A VC é definida como a mais alta intensidade de exercício que teoricamente pode ser mantida por um longo período de tempo sem exaustão6. A VC tem apresentado boa correlação com os limiares metabólicos6,10 e Lv29.

    Já o VO2max é o índice fisiológico que representa a potência aeróbia, entretanto como a EC, ou seja, custo de oxigênio para uma dada velocidade, pode variar em até 15% entre corredores, a vVO2pico pode ser bem diferente entre atletas que possuem o mesmo VO2pico1. A vVO2pico tem sido bem associado a velocidade média empregada em corrida de 1500 e 3000 metros, podendo ser utilizado para predição de performance nessas distancias, para o acompanhamento e prescrição do treinamento, tendo em vista sua maior sensibilidade ao treinamento que o VO2pico1,10.

    Podemos observar que ocorrem boas correlações entre essas variáveis, porém poucos estudos relacionam diferentes métodos de avaliação IAT, LV, VC, vVO2pico, velocidade media nos 1500 e 5000 metros (Vm1500 e Vm 5000) respectivamente, além disso, na maioria desses estudos foram analisados uma pequena amostra havendo necessidade de maior investigação acerca desse tema.

    Para tanto, o principal objetivo é comparar a intensidade associada a VC, Lv2 e IAT em corredores. E como objetivo secundário: verificar a validade preditiva da velocidade correspondente a VC, Lv2 e ao IAT para determinar o desempenho nas distâncias de 5000 metros, e do vVO2pico para determinar o desempenho nas distancias de 1500 metros.

Método

    Participaram do estudo 10 corredores do gênero masculino (tabela 1), com experiência de treinamento em corrida a mais de três anos e com freqüência semanal de treinamento ≥5 vezes. Cada voluntário foi informado dos procedimentos do experimento e suas implicações, tendo o responsável assinado um termo de consentimento para a participação no estudo. Para a entrada no estudo os voluntários foram submetidos a uma entrevista e uma avaliação médica visando determinar condições físicas adequadas para realização dos testes e aderência ao protocolo experimental, e só foram incluídos corredores com um VO2pico > 50 mlO2(kg.min)-1. Foram excluídos indivíduos em uso crônico de qualquer medicação. Cada participante recebeu a orientação para se hidratar adequadamente e ingerir as refeições no mínimo três horas antes dos testes, além de abster-se de exercícios intensos nas ultimas 48 horas, e de exercícios nas ultimas 24 horas que antecederam a sua participação. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa, segundo regulamento 169/1996 do Conselho Nacional de Saúde.

a.     Avaliação do VO2pico, vVO2pico e LV2

    Foi realizada em esteira ergométrica (Super ATL – INBRASPORT, Brasil), utilizando-se um protocolo progressivo máximo com velocidade inicial de 9 km.h-1, com incrementos de 1 km.h-1 a cada 1 minuto11. A inclinação da esteira foi mantida constante em 1%12. As variáveis ventilatórias foram medidas usando um analisador de gases (Aerosport – VO2000, acoplado ao sistema computadorizado, Ergo PC Elite ® versão 2.0). Os dados foram coletados a cada ciclo respiratório e depois transformados para uma média de 10 s. Antes de cada teste, os sistemas de análise do O2 e CO2 foram calibrados usando o ar ambiente como referência. O VO2pico foi considerado como o valor obtido no pico do exercício calculado em médias de 10 s. A vVO2pico foi considerada como a velocidade mínima em que o VO2pico foi alcançado e mantido por pelo menos 1 minuto, quando o VO2pico não foi sustentado por 1 minuto a velocidade do estágio anterior foi assumida como a vVO2pico6. O Lv2 foi identificado em duplicada mediante o uso do VE/VO2 e do VE/VCO2, considerando o aumento abrupto do VE/VCO213.

b.     Avaliação do IAT

    Foi realizado no mínimo 48 horas após o teste para a identificação do VO2pico, vVO2pico e LV2. Seguindo a metodologia utilizada por Denadai et al1, o teste foi realizado em esteira ergométrica (Super ATL – INBRASPORT, Brasil), a 1% inclinação, velocidade inicial 12 km.h-1, com incrementos de 1 km.h-1 a cada 3 minutos até à exaustão voluntária. Nos 30 segundos finais de cada estagio houve uma pausa para a coleta de 25 ml de sangue na falange distal do dedo indicador. Amostras de sangue também eram coletadas a cada três minutos durante 12 minutos de recuperação pós-exercício para a analise da cinética do lactato e identificação do IAT3. Para determinação do lactato sangüíneo, o sangue era coletado por uma pipeta de 25 ml, e a analise do lactato foi realizada através de um analisador portátil (Accusport-Roche).

c.     Avaliação da Velocidade Critica

    Os protocolos de campo foram executados na pista de atletismo da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), com medida de 400m. Foram realizados os testes Vm1500 e Vm5000 de forma randomizada com um intervalo mínimo entre eles de 48h. A Vm1500 e Vm5000 foram obtidas após os atletas percorrem essas distâncias no menor tempo possível. A VC foi determinada através do modelo linear utilizando-se da relação distancia tempo a partir do desempenho nos testes de Vm1500 e Vm5000, onde a inclinação da reta de regressão linear definiu a VC, conforme proposto por Hill14. Os testes foram realizados sempre nos mesmos horários e com as mesmas instruções pré-teste das medidas clínicas.

d.     Análise estatística

    A Anova de uma via foi utilizada para comparar as intensidades referentes a VC, Lv2 e o IAT (tabela 2). O teste t independente foi utilizado para identificar diferenças entre Vm1500 e o vVO2pico (tabela 3), VC com o Vm5000 (tabela 4), Lv2 e Vm5000 (tabela 5), IAT e Vm5000 (tabela 6). O teste de correlação linear de Pearson foi utilizado para verificar a correlação entre VC com o Vm5000, Lv2 e Vm5000, IAT e Vm5000, Vm1500 e o vVO2pico(tabela 7). Foi estabelecido um nível de significância de p < 0,05. Os dados obtidos dessa análise estão apresentados com média ± desvio padrão.

Resultados

    As características físicas dos indivíduos estudados encontram-se na (tabela 1). Não foi observada diferença significativa entre VC, LV2 e IAT (tabela 2). Também não houve diferença significativa entre; VC e Vm5000 (tabela 3); LV2 e Vm5000 (tabela 4); IAT e Vm5000 (tabela 5); foi observada diferença significativa entre vVO2pico e Vm1500 (tabela 6). A correlação entre a VC e Vm5000; LV2 e Vm5000 foi alta; e entre o IAT e Vm5000 (r=0,76); vVO2pico e Vm1500 foi moderada. (tabela 7)

Discussão

    O principal objetivo desse estudo foi comparar a intensidade associada à VC, Lv2 e IAT em corredores, e não observamos diferença significativa entre eles. Verificamos também a validade preditiva da velocidade correspondente a VC, Lv2 e ao IAT para determinar o desempenho na distância de 5000 metros. Entretanto observamos diferença significativa entre a intensidade associada ao vVO2pico e a Vm1500.

    Nossos achados em relação a VC e Lv2 , corroboram com os achados de Poole et al9 onde analisaram o efeito de 7 semanas de treinamento sobre a Lv2 e VC, observaram boa associação entre essas variáveis, porém uma maior sensibilidade do Lv2 ao treinamento que a VC, com valores de aumento de 24% e 15% respectivamente. Em relação a VC e ao IAT nossos achados divergem com os de Silva et al10, onde compararam um grupo de 11 jovens estudantes ativos do gênero masculino em protocolos de corrida, observaram uma alta correlação (r=0,97) entre a intensidade associada ao IAT e a VC, entretanto eram significativamente diferentes.

    Toda via Denadai et al6, observaram não haver diferença significativa entre as intensidades correspondentes ao Lan e a VC em um grupo de 17 corredores. Levando em consideração que o Lan reflete o mesmo parâmetro que o IAT, essas diferenças entre os estudos podem estar associadas as suas diferentes metodologias, amostras e distâncias empregadas para identificar a VC.

    Em relação ao Lv2 e IAT a semelhança encontrada está de acordo com os achados por Okano et al13, onde também não observaram diferença significativa entre a intensidade correspondente a essas variáveis em um grupo de 8 ciclistas treinados. Já Mclellan15 observou que o IAT era significativamente inferior ao Lv2, essa divergência pode estar associada a metodologia empregada para identificar o Lv2 nesse estudo, onde considerou como Lv2 a mudança no padrão de VE/VCO2 após a ocorrência do Lv1.

A VC, Lv2 e o IAT demonstraram ser bons preditores de performance para distância de 5000 metros, esse achado corrobora com o de Haverty et al2, onde observou que a Lv2 assim como a MLSS era um bom preditor de performance para os 5000 metros. Da mesma forma Denadai et al1, observaram que o Lan era o único preditor de performance nos 5000 metros, nesse estudo eles relacionaram o vVO2max e o Lan. Hughson et al16, encontraram uma correlação moderada (r=0,69), entre a VC e a performance nos 10 mil metros, que apesar de ser uma distancia diferente, demonstra ter o mesmo percentual de participação do metabolismo aeróbico (95%) que a distância de 5000 metros para corredores1.

    Diferente dos nossos achados Billat et al17 observaram que o vVO2pico explicava 95% da variação na performance dos 1500 metros, assim como Denadai et al1, onde vVO2pico explicou 88% da performance nessa distancia. Sugerindo que a Vm1500 possa ser usada como uma estimativa do vVO2pico, essa afirmativa deve ser vista com cautela tendo em vista os resultados do presente estudo. Essa diferença pode estar associada ao numero da amostra, tipo e fase do treinamento e a motivação para a realização do teste em campo.

Conclusão

    Portanto, parece que a VC pode ser usada como estimativa do Lv2 e do IAT, tendo em vista não termos encontrado diferença significativa entre elas. Assim como, ambos demonstraram ser bons preditores de performance para a distância de 5000 metros. Entretanto a relação do vVO2pico e o desempenho na distância de 1500 metros precisa der melhor investigado, pois apesar da literatura sugerir uma boa associação o mesmo não foi observado em nosso estudo. Cabe ressaltar que devido ao reduzido número de voluntários não é possível extrapolar os resultados obtidos por esse estudo para a população de corredores em geral.

Referências

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  4. Simões HG, Campbell CSG, Kokobun E, Denadai BS, Baldissera V. Blood glucose responses in human mirror lactate responses for individual anaerobic threshold and for latate minimum in track tests. Eur J Appl Physiol Occup Physiol 1999; 80: 34-40.

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  10. Silva LGM, Pacheco ME, Campbell CSG, Baldissera V, Simões HB. Comparação entre protocolos diretos e indiretos de avaliação da aptidão aeróbia em indivíduos fisicamente ativos. Rev Bras Med Esporte 2005; 11 (4):219-223.

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  15. Mclellan TM. Ventilatory and plasma lactate response with different exercise protocols: a comparison of methods. Int J Sports Med 1985; 6: 30-35.

  16. Hughson RL, Orok CJ, Staudt LE. A high velocity treadmill running test to assess endurance running potential. Int J Sports Med 1984; 5: 23-25.

  17. Billat V, Beillot J, Jan J, Rochcongar P, Carre F. Gender effect on the relationship of time limit at 100% VO2max with other bioenergetic characteristics. Med Sci Sports Med 1996; 28: 1049-55.

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