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Principais patologias responsáveis por internações hospitalares 

em idosos ocorridas nos anos de 1998 a 2002 na cidade de Cruz Alta

Principales patologías responsables por las internaciones hospitalarias de 

personas mayores acontecidas entre los años 1998 y 2002 en la ciudad de Cruz Alta

 

*Fisioterapeuta, Mestranda em Ciências do Movimento Humano, UDESC

**Educador Físico, Especialista em Gestão Escolar, UNOPAR

***Fisioterapeuta, Mestrando do IPA

(Brasil)

Rossana von Saltiél*

Márcio Carré Oliveira**

Cleber Bombardelli***

rossanafisio@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: O crescimento da população de idosos está ocorrendo a um nível sem precedentes. Metodologia: Estudo observacional, descritivo, retrospectivo, baseado em série histórica, utilizando fontes secundárias de informação. O estudo envolve a população idosa acima de 60 anos, de ambos os sexos, que esteve internada nos Hospitais de Cruz Alta. As causas de internação da população desta cidade foram objeto de investigação neste trabalho. Os dados foram coletados utilizando-se os Sistemas de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (DATASUS – SIM) do período de 1998 a 2002, com as causas de internação identificadas pelo CID 10, em cada município. Resultados e conclusão: Os dados indicam um crescimento ordenado, porém, significativo das procuras pelo serviço público de saúde seja para avaliação ou para internação. A maior procura por esse serviço é feita pelas mulheres, ou seja, elas estão mais preocupadas em tratar sua saúde, são menos ativas e possuem uma predisposição fisiológica às doenças no período pós-menopausa. Além disso, deve-se considerar o maior número de pessoas do gênero feminino em relação ao masculino. Deve-se propor políticas públicas mais expressivas para esta parcela da população que necessita de cuidados e de cuidadores especializados a fim de solucionar ou minimizar a morbidade dos idosos do município.

          Unitermos: Idosos. Patologias. Internações.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O crescimento da população de idosos está ocorrendo a um nível sem precedentes. Em 1950, eram cerca de 204 milhões de idosos no mundo e, em 1998, este contingente alcançava 579 milhões de pessoas. Os números mostram que, atualmente, uma em cada dez pessoas tem 60 anos de idade ou mais. No Brasil, a população de idosos representa um contingente de quase 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade (8,6% da população brasileira). As mulheres são maioria, 8,9 milhões (62,4%) dos idosos. Nos próximos 20 anos, a população idosa do Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da população ao final deste período.

    O envelhecimento é um tema que nas últimas décadas tem se destacado pelo grande incremento do número de idosos. A expectativa de vida tem aumentado no mundo e também no Brasil em conseqüência da melhora das condições sócio-econômicas, médicas e ambientais, inerentes ao processo de transição demográfica

    No processo de envelhecimento normal, ocorrem alterações, de alguma maneira, nas reservas funcionais do organismo. Isto se observa em vários sistemas: ósseo, muscular, circulatório, pulmonar, nervoso, entre outros. Estas alterações ocorrem de forma diferenciada em cada indivíduo.

    No último século, com os avanços tecnológicos e da medicina, ocorreu um aumento da expectativa de vida das pessoas, levando a uma maior preocupação com relação ao envelhecimento. Esta conquista é mundial, e no Brasil estima-se que, por volta de 2025, teremos cerca de 34 milhões de indivíduos com 60 anos ou mais (CRUZ & ALHO, 2000). No entanto, Guccione (2000) coloca que as três causas de morte mais comuns para idosos são a doenças aterosclerótica coronariana (DAC), câncer e acidentes vasculares cerebrais (AVC). A DAC é responsável por 31% de todas as mortes, tanto em homens como em mulheres com mais de 65 anos de idade. Acredita-se que o declínio da mortalidade por DAC nos últimos 30 anos deva-se à redução dos fatores de risco mais cedo no curso de vida. Quase 20% das mortes de idosos em geral se devem a neoplasias. É importante, porém, distinguir entre os dados tomados em idosos como um grupo etário único e dados colhidos em grupos de faixas etárias específicas. As mortes por câncer aumentam ao longo da meia idade e diminuem com a idade avançada, de modo que há menos mortes atribuídas ao câncer no grupo de idosos como um todo devido à sobrevivência prolongada de indivíduos com câncer até a idade avançada. Isso contrasta com a morte por causas cardiovasculares, que continua a crescer rapidamente com a idade avançada. As taxas de mortalidade por câncer específicos para a idade, entretanto, mostram um aumento na mortalidade por câncer nas sucessivas faixas etárias. Foram os objetivos de este estudo verificar quais patologias foram responsáveis por internações hospitalares e atendimentos pólo SUS em idosos, ocorridas nos anos de 1998 a 2002 na cidade de Cruz Alta.

    Diante destes fatos, elaborou-se o seguinte problema: Quais as principais patologias que internações e avaliações medicas pelo Sistema Único de Saúde nos idosos durante os anos de 1998 a 2002?

Metodologia

    Esta pesquisa caracteriza-se por ser um estudo observacional, descritivo, retrospectivo, baseado em série histórica, utilizando fontes secundárias de informação. O estudo envolve a população idosa acima de 60 anos que esteve internada nos Hospitais de Cruz Alta, de ambos os sexos. As causas de internação da população desta cidade, para o período de 1998 a 2002, foram objeto de investigação neste trabalho. Os dados foram coletados utilizando-se os Sistemas de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (DATASUS – SIM) do período de 1998 a 2002, com as causas de internação identificadas pelo CID 10, em cada município.

Análise dos dados

    Esta tabela mostra as principais patologias responsáveis pelas internações de idosos no sistema único de saúde onde se pode observar que em 1998 as infecções parasitarias seguidas das doenças de órgãos hematopoiéticos,doenças do sistema nervoso, doenças do sistema articular e tecido conjuntivo e sintomas e sinais anormais em exames laboratoriais formam as principais causa de procura no serviço público.

    Em 2001, podemos perceber que as doenças dos órgãos hematopoiéticos, continuaram aumentando, mas este aumento foi menos brusco, o que nos leva a acreditar em uma futura diminuição destas doenças, o que foi comprovado já no ano seguinte de 2002, este numero cai de forma significativa dando uma diferença estatística de 1.760 casos a menos neste ano. As doenças do sistema nervoso continuam crescendo mas também apresentam redução no seu crescimento. Isto se mostra mais visível no ano de 2002 que apresenta uma diferença de 4.317 casos a menos, em relação a 2001. Em 2001 as doenças do aparelho digestivo tiveram uma pequena queda em relação a 1999. No ano seguinte, em 2002, voltou a aumentar os casos, mas este aumento não ocorreu de forma significativa.

Conclusão

    Ao final, os dados indicam um crescimento ordenado, porém, significativo das procuras pelo serviço público de saúde seja para avaliação ou internação dos sujeitos em estudo. A maior procura pelas mulheres por este serviço nos leva a algumas conclusões bastante significativas: as mulheres estão mais preocupadas em tratar sua saúde em relação aos homens, são menos ativas e possuem uma predisposição fisiológica às doenças no período pós-menopausa. Também deve-se considerar o maior número de mulheres em comparação ao número de homens.

    Para diminuirmos estes dados, devemos propor políticas publicas mais expressivas para esta parcela da população que necessita de cuidados e de cuidadores especializados a fim de solucionar ou minimizar a morbidade dos idosos do município, isto só vem a confirmar o que dizia neto em 2002 “Os múltiplos aspectos que caracterizam o processo de envelhecimento clamam para a necessidade de propiciar à pessoa idosa atenção abrangente à saúde, colocando em prática o preconizado pela Organização Mundial da Saúde. Busca-se com isto não somente o controle das doenças, mas principalmente o bem estar físico, psíquico e social, ou seja, em última análise, a melhora da qualidade de vida”.

Referencias bibliográficas

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