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Preparação pedagógica em atividade motora adaptada 

e formação profissional do aluno de educação física

Preparación pedagógica en actividad motora adaptada e formación profesional de los estudiantes de educación física

Pedagogical preparation on adapted motor activity and professional training of physical education students

 

Universidade Luterana do Brasil, Torres, RS

Graduada em Educação Física

Mestre em Ciências do Movimento Humano, UDESC, SC

Marinei Lopes Pedralli

marinei.lopespedralli@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do presente estudo é apresentar as contribuições de um Projeto de Atividade Motora Adaptada (AMA) na preparação pedagógica e na formação profissional de Educação Física. Trata-se de uma pesquisa documental, através de dados coletados a partir de registros, proposto e aprovados pelo Comitê de Ética da Universidade Luterana do Brasil conforme resolução CNS 196/96, sob protocolo n° 484H-2010. O projeto AMA vem oportunizando aos acadêmicos e interessados vivências práticas com esta população, estimulando o processo de educação continuada e favorecendo na formação especializada em atividade motora adaptada.

          Unitermos: Preparação pedagógica. Atividade motora adaptada. Educação Física.

 

Abstract

          The aim of this study is to present the contributions of a project on Adapted Motor Activity (AMA) towards pedagogical preparation and Physical Education professional training on adapted motor activity. This is a documentary research, proposed and approved of by the Ethics Committee of the Lutheran University of Brazil in accordance with Resolution 196/96, under Protocol Nº 484H-2010. The AMA project has been offering academics and other interested people practical experience with such population, stimulating the process of continuing education and specialized training in motor activity adapted.

          Keywords: Pedagogical preparation. Adapted motor activity. Physical Education.

 

Resumen

          El objetivo de este estudio es presentar as contribución de un proyecto de Actividad Motora Adaptad (AMA) en la preparación pedagógica y ha formación profesional de la educación física adaptada. Esta es una investigación documental, a partir de datos recogidos de los registros, propuesto y aprobado por el Comité de Ética de la Universidad Luterana de Brasil, de conformidad con la resolución 196/196, en Protocolo n° 484H-2010. El proyecto AMA está dando oportunidades a los académicos e interesados la experiencia práctica con esta población, estimulando el proceso de educación continua y capacitación especializada en la actividad motora adaptada.

          Palabras clave: Preparación pedagógica. Actividad física adaptada. Educación Física.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A preparação profissional refere-se àquelas atividades designadas a desenvolver conhecimentos, habilidades e competências, além de atitudes que são necessárias para atuar dentro de um determinado contexto profissional. Em Atividades Motoras Adaptadas (AMA), os profissionais de Educação Física necessitam desempenhar muitas tarefas de maneira criativa e reflexiva, incluindo avaliação e instrução de pessoas e programas, legislação, consultoria e comunicação (ALMEIDA & OLIVEIRA, 2001). Além disso, as atividades devem ocorrer baseadas em conhecimento tanto numa perspectiva biológica, comportamental, da ciência social e humanitária sobre as incapacidades (MELO & FERREIRA, 2009).

    A Educação Física Adaptada foi inserida oficialmente nos cursos de graduação através da Resolução 3/87 do Conselho Federal de Educação e que prevê a atuação do professor de Educação Física com o portador de deficiência e outras necessidades especiais. Em função disso, muitos professores de Educação Física podem não ter recebido em sua formação conteúdos e/ou assuntos pertinentes a este componente curricular (BRANDÃO, 2005).

    Surgiu na década de 1950 e foi definida pela American Association for Health, Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD), como um programa diversificado de atividades desenvolvimentistas, jogos e ritmos adequados a interesses, capacidades e limitações de estudantes com deficiências que não podem se engajar com participação irrestrita, segura e bem-sucedida em atividades vigorosas de um programa de educação física geral (PEDRINELLI, 1994). Com o objetivo de dar oportunidade ao PNE’s de ter várias opções de esporte e lazer, mostrando o impacto destas atividades na qualidade de vida, nos aspectos físicos, sociais e psicológicos. (MENEZES, 2002).

    O enfoque inicial para a prática dessas atividades foi o médico. Os programas eram denominados ginástica médica e tinham a finalidade de prevenir doenças, utilizando para tanto exercícios corretivos e de prevenção (PEDRINELLI, 1994; ADAMS, 1985).

    Ludwig Guttmann criou o Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville, destinado a tratar homens e mulheres do exército inglês feridos na Segunda Guerra Mundial. A partir desse momento surgem duas correntes de pensamento, uma delas, a já mencionada, com enfoque médico, apresentada por Guttmann, utiliza o esporte como auxílio na reabilitação de seus pacientes buscando amenizar também os problemas psicológicos advindos principalmente do ócio no hospital (COSTA & SOUZA, 2004). O trabalho de reabilitação buscou no esporte não só o valor terapêutico, mas o poder de suscitar novas possibilidades, o que resultou em maior interação dessas pessoas. Através do esporte “reabilitação” estava devolvendo à comunidade um deficiente, capaz de ser “eficiente” pelo menos no esporte.

    Outra corrente, vinda dos Estados Unidos, utiliza o enfoque esportivo como forma de inserção social, dando a conotação competitiva utilizada pelo desporto. Essas correntes, no decorrer da história, cruzam-se formando objetivos comuns. Saindo do componente médico-terapêutico, estendem se à incorporação da prática esportiva e do desporto de rendimento, procurando a integração do atleta e sua reabilitação social (VARELA, 1989).

    A Educação Física é uma das áreas do conhecimento que mais vem se desenvolvendo nos últimos anos, em relação à especificidade de atendimento ao portador de deficiência. Podemos dizer que foi percebendo a diferença e valorizando principalmente a potencialidade dos deficientes que estes avanços puderam ser materializados e, como exemplo, a concretização dos Jogos Paraolímpicos.

    Ainda em relação aos avanços da área de adaptada, outro aspecto a ser evidenciado é o desenvolvimento tecnológico, na construção de próteses, cadeiras de rodas e materiais específicos para uso em jogos e atividades para esses fins.

    Outro aspecto relevante é o aumento da expectativa de vida em indivíduos que apresentam algum tipo de deficiência como, por exemplo, a Síndrome de Down, que tinha em média a expectativa de 12 a 15 anos em (1947), em (1989) a estimativa subiu para 50 anos de idade, e hoje vive - se em média 60 anos de idade (CONNOLLY, 2006). Esse aumento da expectativa de vida vem sendo observado não apenas para o portador de síndrome Down, mas para todos os sujeitos que portam alguma necessidade especial, tanto física, mental ou motora.

    Os objetivos da atividade física adaptada são integrar e aplicar fundamentos teóricos práticos das diferentes disciplinas da motricidade humana e das diversas áreas vizinhas da saúde e educação em diferentes programas educacionais e de reabilitação destinados a indivíduos de todas as faixas etárias que não se ajustem total ou parcialmente as demandas das instituições sociais. (SILVA, 2006).

    Considerando esse contexto o estudo tem como objetivo apresentar as contribuições de um Programa de Atividade Motora Adaptada na preparação pedagógica em atividade motora adaptada e na formação profissional de Educação Física.

2.     Método

    Trata-se de uma pesquisa documental, verificando a preparação pedagógica em atividade motora adaptada na formação profissional de Educação Física. Os resultados poderão contribuir para o desenvolvimento de novos projetos que incentivem a formação profissional mais especializada.

    Para este estudo os dados foram coletados a partir dos registros das aulas feitos através de anotações, fotografias, filmagens, trabalhos de conclusão de curso, publicações, número de atendimentos feitos e a participações dos alunos do curso de Educação Física.

    O programa em Atividade Motora Adaptada (AMA) é organizado dentro de um currículo de formação profissional em Educação Física que está centrado em: bases do crescimento e desenvolvimento humano, e bases neurológicas da função motora; fundamentos biomecânicos, da fisiologia do exercício, e teorias do comportamento motor (controle, aprendizagem, ação-percepção); relações de atitude interpessoal, e teorias da comunicação; direitos humanos e legislação; fundamentos psicossociais; teoria e abordagens para a normalização, integração, inclusão em ambientes restritos; psicologia do esporte; organização e administração do esporte pra deficientes e sua estrutura (BACCIOTTI, 2007).

    Para elaboração e organização do programa de AMA realizou-se uma divisão de áreas de inadaptação ou deficiência com seus respectivos subtipos, assim como os níveis de comprometimentos (Quadro 1). As alterações que ocorrem causando a inadaptação podem acontecer em qualquer fase do desenvolvimento, o que determina, em geral, quadros distintos de comportamentos e níveis funcionais (CASTRO, 2005).

Quadro 1. Divisão de áreas de inadaptação ou deficiência com subtipos

Fonte: Adaptado de (CASTRO, 2005).

    O Projeto AMA é desenvolvido uma vez por semana, com duração de 1h e 30mim por sessão, nos períodos matutinos e vespertinos, de março a primeira quinzena de dezembro, utilizando as dependências do Ginásio da ULBRA-Torres e Laboratório de Fisiologia do Exercício. São realizadas reuniões mensais entre todos os envolvidos para planejamento, das atividades (Quadro 2) e estudos e discussões de caso. A equipe é composta por um profissional de Educação Física, duas profissionais da área de educação especial da APAE de Torres e conta em média com cinco estagiários voluntários do curso de graduação em Educação Física. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Luterana do Brasil conforme resolução CNS 196/96, sob protocolo n° 484H-2010.

Quadro 2 - Atividade Física e desportiva desenvolvidas no projeto AMA

3.     Resultados e discussão

    Os resultados são apresentados de acordo com os temas selecionados previamente. Formação Profissional do Aluno de Educação Física e Preparação Pedagógica em Atividade Motora Adaptada.

3.1.     Formação profissional em atividade motora adaptada

    O programa de AMA, desenvolvido na ULBRA/Torres, vem oportunizando os acadêmicos do curso de Educação Física e interessados, vivências práticas com PNE’s, vem estimulando o processo de educação continuada e desenvolvimento de pesquisa nesta área. A estrutura do programa possibilitou aos acadêmicos passar por diversas etapas de diferentes graus de complexidade.

    O engajamento do acadêmico ao programa se dá quando o mesmo demonstra interesse em trabalhar como voluntário. Esta etapa proporciona a vivência prática, emergindo uma curiosidade sobre temas mais específicos relacionados aos PNE’S. Diante desta curiosidade e havendo disponibilidade, o acadêmico pode passar a um envolvimento mais ativo durante as aulas práticas e iniciação à pesquisa. A formação teórica ocorre durante todo o período de engajamento ao programa.

    Outra etapa do processo de formação inicial envolve a monitoria, que consistiu no acompanhamento do planejamento das aulas, participação nas pesquisas realizadas pelo programa, onde ocorre o aprendizado dos processos de pesquisa (elaboração de projeto, técnicas de coleta de dados, métodos de estudo, análise dos dados, elaboração do relatório científico, publicações e participação em eventos científicos).

    Este processo de formação profissional permite aos acadêmicos formarem-se com bom suporte teórico, segurança para o mercado de trabalho e apto a ingressar em um programa de Pós-Graduação. O trabalho neste programa contribuiu para a formação profissional porque possibilitou atuar de forma sistemática no ensino, pesquisa e extensão.

3.2.     Preparação e processos pedagógicos, abordagens terapêuticas na atividade motora adaptada e no esporte

    O programa de AMA segue alguns princípios que servem para orientar a dinâmica, tanto de escolha de atividades como a sua administração. Estes princípios são: o nível de desenvolvimento, o nível de compreensão, o nível psicomotor, físico, fisiológico, o nível psicológico e o nível social. As atividades seguem uma coerência ecológica no que diz respeito às habilidades associadas às exigências da vida diária (sentar, levantar, subir escadas, segurar e manipular objetos, entrar e sair do carro, deitar-se, vestir-se, etc.); as habilidades básicas (andar, correr, saltar, engatinhar, arremessar, receber, pegar objetos de diferentes tamanhos e pesos); as habilidades esportivas (driblar, quicar, chutar, deslocar-se em diferentes direções, etc.); e as habilidades de lazer (socialização em jogo, diversão, relaxamento, redução do estresse, etc.).

    Desenvolvem-se atividades que promovam a estimulação e a manutenção das habilidades adaptativas como: a comunicação, cuidados pessoais, a independência doméstica, a interação social, a participação na comunidade, a independência em resolução de problemas, saúde e segurança, funcionamento acadêmico, lazer, e trabalho (CORDE, 2004). Para Melo & Ferreira (2009) todo o processo de estimulação e educação deve seguir no sentido de assistir, apoiar e encaminhar o PNE’s nos diferentes ambientes: domésticos, escolar, na comunidade e no trabalho (Figura 1A, B, C, D).

Figura 1. (A) Estabelecendo relações entre o próprio movimento, os objetos e o espaço; (B) Atividade psicomotora de equilíbrio em uma cama elástica de um indivíduo com síndrome

de Down (C) Voleibol adaptado: regras e conteúdos inseridos gradualmente; (D) Caminhada orientada em grupo, promovendo o condicionamento cardiovascular e a inclusão social.

    As estratégias de ensino são adotadas em função das características individuais do grupo (Figura 2) e sua dinâmica geral (grupos homogêneos versus heterogêneos, ou grupos em contexto inclusivos). Ao adotar um ou outro procedimento, ou mesmo a sua combinação, algumas varáveis devem ser consideradas: p. ex: o tempo de aprendizagem que cada aluno leva para dominar uma habilidade; a organização das tarefas no ambiente (p. ex. circuitos) e no formato adotado das instruções (p. ex. cartões, vídeos e o uso de pares assistentes não deficientes).

Figura 2. (A) Tarefa individual com indivíduo com Paralisia Cerebral (PC) em ambiente ao ar livre proporciona um bom visual, mas 

é preciso atenção na execução das atividades; (B) Tarefas de escolhas individuais exigem atenção e equilíbrio em indivíduo com PC.

    Os números de atendimentos realizados desde a criação do projeto até o momento foram aproximadamente de 6411 (TABELA 1). As avaliações sistemáticas permitem acompanhar, o avanço no desenvolvimento motor, social, psicológico, afetivo, cognitivo e no estado geral de saúde dos indivíduos atendidos. A participação e o envolvimento crescente de pessoas com PNE’S neste programa demonstram à sua relevância, não apenas enquanto um serviço de extensão, como também reforçar sua importância como um meio de complementação do ensino ministrado nas disciplinas relacionadas à área, e um potencial campo de investigação científica.

Tabela 1. Número de atendimentos prestados ao longo do projeto AMA

    Ao longo desses cinco anos do Projeto algumas sugestões, orientações e procedimentos para a elaboração de programas de atividade motora adaptada foram observados, entre elas: a) cada aula deve ser cuidadosamente preparada em termos de conteúdo e estratégia além de serem baseada no resultado ou na avaliação das aulas anteriores; b) em todas as aulas, introduzir e manter os procedimentos organizacionais formais; c) as habilidades específicas a serem desenvolvidas nas aulas, devem ser explicadas detalhadamente e se necessário, deve-se prever a demonstração da tarefa; d) a aprendizagem anterior deve estar, de certa forma, incluída na nova atividade para que o conhecimento anterior possa indiretamente ser avaliado; e) plano de ensino e de aula deve ser “articulado” e flexível – a complexidade da tarefa pode ser prevista e ou modificada se os dados da avaliação apontar dificuldade na compreensão e execução da tarefa; f) oferecer ao praticante, uma tarefa concreta, com situações reais a serem desempenhadas por ele; g) oferecer tempo suficiente para que o praticante aprecie as suas dificuldades e possa experimentar soluções; e assim julgue o seu próprio "erro"; h) planejar atividades com seqüência simples de movimento; i) oferecer, a princípio, atividades com atendimento individualizado que permitam a experimentação e participação dos educandos; j) introduzir variações que possibilitem a execução das habilidades fundamentais (e de suas combinações): correr e saltar, saltar e saltitar, driblar e passar a bola, por exemplo; l) posteriormente, possibilitar a integração entre as pessoas - trabalho em duplas, por exemplo, com ou sem a utilização de materiais; m) promover contínua sensação de segurança e de bem-estar entre os participantes do grupo (CIDADE & FREITAS, 2002).

    Quanto aos critérios para a organização dos grupos para as sessões de Educação Física Adaptada, o profissional deve basear-se nas recomendações clínicas e psicológicas e nas observações informais. Somado a isso, o profissional deve valer-se dos resultados das fichas de avaliação cujos itens devem medir a aptidão física, as habilidades motoras amplas, a atitude postural e a tonicidade muscular, além de avaliar o grau de compreensão da instrução dada e o aspecto relacional do indivíduo, por exemplo, (WINNICK, 2004).

    Atualmente, o programa de Educação Física quer na escola ou fora dela, deve estar de acordo com as necessidades de todas as pessoas incluindo-se, aquelas que necessitam de atendimento individualizado (MELO & FERREIRA, 2009). Dentre essas pessoas estão os cegos, os mudos, os que apresentam sobrepeso, os que possuem distúrbios emocionais, os socialmente desajustados, os portadores de retardo mental, os convalescentes, os cardíacos, os diabéticos, aqueles portadores de distrofia muscular, de esclerose múltipla, os portadores de deficiências motoras específicas e os que possuem problemas de percepção motora (BRADOCK, 1999).

    É preciso entender que o objetivo principal da atividade motora adaptada para o PNE’s é melhorar a qualidade de vida do indivíduo, facilitando suas atividades cotidianas. Além do mais, acredita-se que o sucesso alcançado por deficientes que praticam esporte motivará cada vez mais pessoas em situação semelhante, vindo a gerar uma demanda de Profissionais de Educação Física preparados, e também a pressionar o mercado de trabalho. Haverá cobrança sobre as academias, por profissionais e estabelecimentos capazes de atender os adaptados. Como fazer isso cada vez melhor é um desafio posto aos atuais e futuros Profissionais da Educação Física (EVALDT & PEDRALLI, 2008).

4.     Considerações finais

    O projeto de Atividade Motora Adaptada vem contribuindo na formação dos alunos de Educação Física na sua formação profissional para atuar com a pessoa com necessidades educacionais especiais em diferentes contextos educativos e estimular o desenvolvimento da área na região. Desde a sua criação em 2006, têm sido desenvolvidos vários projetos de pesquisa e extensão, envolvendo alunos de graduação, bem como profissionais. Os trabalhos produzidos pelos membros deste projeto têm sido apresentados em eventos regionais, nacionais e internacionais, bem como publicados em periódicos indexados e anais de congresso. As contribuições durante a experiência de cinco anos de trajetória do Projeto na formação profissional do aluno de Educação Física foram sistemáticas tanto no ensino, pesquisa e extensão.

    Algumas sugestões, orientações e procedimentos para a elaboração e organização de programas de atividade motora adaptada foram observados, entre elas: i) para a organização dos grupos para as sessões de Educação Física Adaptada, o profissional deve basear-se nas recomendações clínicas e psicológicas e nas observações informais; ii) valer-se dos resultados das fichas de avaliação cujos itens devem medir a aptidão física, as habilidades motoras amplas, a atitude postural e a tonicidade muscular, além de avaliar o grau de compreensão da instrução dada e o aspecto relacional do indivíduo; iii) em todas as aulas, introduzir e manter os procedimentos organizacionais formais; e por fim, iv) promover contínua sensação de segurança e de bem-estar entre os participantes do grupo.

Referências bibliográficas

  • ALMEIDA, José Júlio Gavião; OLIVEIRA, Filho. A iniciação e o acompanhamento do atleta deficiente visual. In: Sociedade Brasileira de Atividade Física Adaptada. Temas em educação física adaptada. Curitiba, Sobama, 2001, p. 81-5.

  • COSTA, Alberto Martins da; SOUSA Sônia Bertoni. Educação Física e Esporte Adaptado: História, Avanços e Retrocessos em Relação aos Princípios da Integração/Inclusão e Perspectivas para o Século XXI. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 25, n. 3, p. 27-42, maio 2004.

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  • CORDE. Relatório sobre a prevalência de deficiências, incapacidades e desvantagens. Niterói: Ministério da Justiça/CORDE/ AFR, 2004. 53p

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  • CONNOLLY, B.H. Issues in Aging in Individuals with Life Long Disabilities. Rev. bras. Fisioter. São Carlos, v. 10,n.3, p.249-262, jul/set. 2006.

  • EVALDT, Jaqueline. & PEDRALLI, Marinei Lopes. Prevalência das Deficiências no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Monografia (Graduação em Educação Física) – Curso de Educação Física. Torres: Universidade Luterana do Brasil, 2008.

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  • VARELA, Ana. Desporto para as pessoas com deficiência. Revista Educação Especial e Reabilitação, Lisboa, v. 1, n. 5/6, jun. 1989.

  • WINNICK, Joseph. Educação Física e Esportes Adaptados; 2004.

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