efdeportes.com

Buscando a saúde e plenitude: a experiência de um 

grupo de práticas corporais e práticas integrativas 

e complementares no Sistema Único de Saúde

Buscando la salud y la plenitud: la experiencia de un conjunto de prácticas 

corporales y prácticas integradoras y complementarias en el Sistema Unico de Salud

Searching health and plenitude: the experience of a group of Integral and body practices in SUS

 

Educador Físico do Núcleo de Apoio a Saúde da Família- NASF Sapucaia do Sul

Pós graduando em estudos avançados em Psicologia Transpessoal, Unipaz-Sul-Spei

Graduado em Educação Física, UFRGS

Porto Alegre, RS

Diogo Silveira Heredia y Antunes

diogosha@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente relato de experiência tem por objetivo descrever o processo de implementação e as repercussões nos participantes de um grupo de Práticas corporais e Práticas integrativas e complementares que ocorreu de maio a dezembro de 2010 em um dos Centros de Saúde da cidade de Porto Alegre, através do programa PET Saúde/Saúde da família da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O grupo era compostos por 35 usuários do centro de saúde, de ambos os sexos, com idades entre 10 e 78 anos, sendo a média da idade dos sujeitos igual a 61,5 anos. Entre as práticas realizadas estavam o Tai Chi, Ginástica Chinesa, Dança, dinâmicas de grupo e atividades de meditação. Foram realizadas observações participativas e utilizada a metodologia da Avaliação iluminativa. Os relatos e observações realizados apontam para diminuição de dores, promoção da sensação de bem estar, criação de novos vínculos sociais, insights referentes à história pessoal e significado da vida dos participantes. Dessa forma, o grupo configurou-se como um espaço de promoção do cuidado, saúde, encontro e partilha entre os usuários e facilitadores. Foi também uma experiência da implementação das práticas corporais/atividade física e de práticas integrativas e complementares, incluídas no SUS através das portarias GM/MS nº 154, de 24 de janeiro de 2008 (BRASIL, 2009) e GM/MS nº. 971 de 03 de maio de 2006 (BRASIL, 2006).

          Unitermos: Saúde coletiva. Promoção da saúde. Atividade física. Práticas corporais. Práticas integrativas.

 

Abstract

          The present report has the objective of describing the implementation process as well as the repercussions in over the participants of Body and Integrative Practices promoted from May to December of 2010 at a Community Health Center in the city of Porto Alegre, through the program PET Saúde/Saúde da família of the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS). The group encompassed 35 users of the Health Center of both genders, the age range was 10 to 78 and the mean age 61.5. Among the practices there were Tai Chi, Chinese Gymnastic, Dance, group dynamics and meditation. The reports and observations pointed to a decrease in pain of different origins, better well-being, creation of new social relations, and insights concerning personal biography and meaning of life for the participants. The group was, therefore, a place of health enhancement, gathering and sharing of experiences for participants and facilitators. It was also an experience for the implementation of body practices/physical activities as well as integrative and complementary practices, implemented in SUS by the ordinances GM/MS nº 154, from January, 24th, 2008 (BRASIL, 2009) and GM/MS nº. 971 from May, 3rd, 2006 (BRASIL, 2006).

          Keywords: Public health. Health promotion. Physical activity. Body practices. Integrative practices.

 

          Pesquisa realizada com recursos do próprio pesquisador.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

1.     Introdução

    As práticas corporais/ atividade física (PCAF) e práticas integrativas e complementares (PIC) se resignificam e tomam novas proporções uma vez que foram inseridas no SUS e tornaram-se diretrizes aplicadas em âmbito nacional (Brasil, 2009, 2006a, 2006b).

    As PCAF são uma das ações do plano nacional de promoção de saúde, em conjunto com as PCI criam espaços potentes para a produção do cuidado, promoção de saúde, lazer e cultura, para a reflexão sobre as práticas de saúde em geral, o fortalecimento do controle social, corresponsabilidade social, construção de redes de cuidado integral, integralidade e transversalidade das políticas de saúde (Brasil, 2009).

    A implementação destas políticas tem oferecido a população espaços de promoção da saúde, lazer e cultura através de grupos de PCAF e PCI em todo o brasil. Como exemplo temos as cidades de São Paulo e Suzano (SP) que oferecem à população a prática do Lian Gong (Moretti et. al. 2009; Santos, 2009), Belo Horizonte, através do programa Academia da Cidade (SAÚDE, 2011), Sapucaia do Sul-RS que oferece grupos de caminhada orientada através das equipes de saúde da família e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família- NASF e Porto Alegre pelo PET Saúde/Saúde da família- Educação Física, da UFRGS.

    Este relato de experiência tem como objetivo apresentar a proposta de produção de cuidado e as repercussões observadas em um dos grupos de PCAF e PCI realizado pelo PET Saúde/Saúde da família- Educação Física, da UFRGS, durante o ano de 2010 para usuários deste Centro de Saúde.

2.     Metodologia

    O presente estudo caracterizar-se-á como descritivo qualitativo, utilizando a metodologia de Avaliação Iluminativa (PARLETT & HAMILTON, 1972; LUDKE & ANDRÉ, 1986). Para realizar este estudo, observamos a um grupo de PCAF e PCI realizado em um dos centros de saúde de Porto Alegre, oferecido pelo PET Saúde/Saúde da família- Educação Física (UFRGS), cuja proposta estava pautada em uma abordagem transdisciplinar e integral. Optamos por utilizar a técnica da observação participativa. Para isto, foi utilizado um diário de campo onde todas as atividades ministradas e respectivas reações, atitudes e relatos subseqüentes da turma eram anotados.

    O principal papel do pesquisador ao utilizar a Avaliação Iluminativa é o de “desemaranhar” a situação observada, buscando compreender os elementos importantes, conectando as influências do projeto estudado com as transformações dos sujeitos e a relação da proposta com sua aplicação (PARLETT e HAMILTON, 1972). Salientamos que não foi nossa preocupação usar qualquer meio que nos oferecesse algum dado quantitativo.

    O grupo que participou deste estudo foi composto por 35 usuários do centro de saúde, de ambos sexos, com idades entre 10 e 78 anos, sendo a média da idade 61,5 anos. A escolha dos sujeitos que compuseram o grupo estudado se deu por conveniência, por estarem matriculados na turma da qual participou o autor. As identidades dos depoentes foram mantidas em sigilo trocando-se o nome dos mesmos por uma letra escolhida arbitrariamente. Todos concederam autorização para uso dos depoimentos.

Uma abordagem integral em saúde

    No planejamento das atividades e desenvolvimento deste grupo, assim como na observação das repercussões deste projeto nos sujeitos, utilizamos uma concepção de saúde integral (WILBER, 2000; POZATTI, 2003; 2007). Através do prisma de uma abordagem integral, podemos inferir que o ser humano se manifesta através de quatro quadrantes principais: interior e exterior, individual e coletivo (FIGURA 1). O quadrante individual e interior diz respeito aos aspectos psicológicos, o individual e exterior aos corporais, o coletivo e interior aos culturais e o coletivo e exterior aos sociais (Wilber, 2000; Pozatti, 2003; 2007).

Figura 1 (Adaptado de Wilber, 2000, p.52)

    O quadrante Psicológico está ligado “à experiência íntima, subjetiva, dos seres” (Pozatti, 2007, p.59). Refere-se aos aspectos cognitivos, à autoestima, à habilidade de relacionar-se, aos pensamentos, aos sentimentos, e à intuição, inclui também os estados transpessoais ou espirituais (Wilber, 2000).

    O quadrante corporal diz respeito ao organismo do sujeito, sistema músculo-esquelético, sistema nervoso etc. (Wilber, 2000). Refere-se também à postura, à alimentação, cuidados com o corpo e ao que pode ser percebido através das sensações (somática, comportamental, corporal) (Pozatti, 2007).

    O cultural está relacionado a valores, crenças, visões de mundo, práticas culturais, hábitos e princípios morais compartilhados pelos sujeitos (Wilber, 2000). O social corresponde “às estruturas físicas e instituições, modos tecno-econômicos, [...] estruturas sociais” (Wilber, 2000, p.59), às relações dos sujeitos com o mundo exterior e às repercussões de seus comportamentos no meio em que ele vive, por exemplo com relação à família, à natureza, ao trabalho.

    Outro ponto importante a considerar a partir de uma abordagem integral é a fase do desenvolvimento do ser. A velhice ou ancianidade não é apenas um momento de perda, se o sujeito tomar os cuidados necessários (praticar atividade física, dispuser de momentos de lazer, mantiver-se mentalmente ativo, mantiver uma rede social), as perdas (físicas, psicológicas, sociais) podem ser amenizadas, estancadas ou revertidas, proporcionando ao sujeito uma melhor qualidade de vida. Além disso, a experiência dos anos vividos possibilita o desenvolvimento de uma sabedoria e tranqüilidade para lidar com os desafios impostos, que dificilmente pode ser alcançada nas fases anteriores (Guardini, 1987; Pozatti, 2007).

    Por fim, conceituamos a saúde humana como a consciência de bem estar resultante de um processo contínuo de harmonização entre estes quatro quadrantes, ou seja, dos aspectos físicos, psíquicos (incluindo a dimensão espiritual), sociais, ambientais e culturais (Pozatti, 2007). Uma intervenção integral na busca da promoção de saúde deve se ocupar, dentro de suas possibilidades, em intervir nestes quatro quadrantes.

Instrumentos de cuidado

    Há uma intensa discussão no campo da saúde sobre a necessidade da implementação de uma clinica ampliada, que integre diferentes profissionais do campo da saúde, possibilitando ao usuário um olhar e atenção integrais. O trabalho em saúde deve estar voltado para a produção do cuidado, em defesa da vida e através disso acredita-se ser possível atingir a cura e promover a saúde. A clínica ampliada também proporciona a utilização de “novos” instrumentos ou “meios” de trabalho, a partir da inserção de outros profissionais (como o educador físico) no SUS. (CECCIN; BILIBIO, in FRAGA; WATTS, 2007; BRASIL, 2009).

    Os instrumentos de trabalho utilizados neste grupo envolveram uma dança entre o que Roberto Crema (1989) chama de Holologia – a partilha, o estudo, o ver, onde o foco principal está na palavra e no pensamento –, e a Holopráxis – a vivência, onde o foco principal está na experiência subjetiva, em tomar consciência, acessar e movimentar o corpo, os sentimentos e a intuição, sempre buscando desenvolver os quatro quadrantes citados anteriormente.

    A Holologia envolveu rodas de partilha realizadas ao final de cada encontro, que foram um espaço para que cada um dos usuários pudesse colocar suas percepções a respeito da prática vivenciada e onde os facilitadores puderam relacionar as experiências relatadas por eles com conceitos teóricos das práticas realizadas. As partilhas são um momento muito rico, de troca de experiências, e são fundamentais para auxiliar na significação e integração das experiências vivenciadas (GROF, 2000).

    Nas Holopráxis, foram utilizadas PCAF, PCI, atividades meditativas e dinâmicas de grupo. Entre as PCAF e PCI utilizadas estavam o Tai Chi Chuan, Lian Gong, exercícios de Chi Kung, danças circulares sagradas e ginástica aeróbica.

    As atividades meditativas realizadas eram sessões de jornada, uma prática presente em diversas culturas antigas (Harner, 1986; Arrien 1997) e utilizada na psicologia transpessoal, onde o sujeito é convidado a fechar os olhos e utilizar a imaginação para seguir os comandos do facilitador. Normalmente usa-se música e antes de iniciar a atividade se faz alguma sensibilização, respiração ou movimento corporal, o que provoca uma “alteração da consciência” dos sujeitos, possibilitando que acessem estados holotrópicos ou ampliados de consciência (Grof, 2000). Pode-se dizer também que é uma “viagem ao inconsciente” (Jung, 2005). Nos estados holotrópicos ocorre uma mudança qualitativa de consciência de forma profunda e fundamental. Podem ocorrer insights psicológicos relativos à história pessoal do sujeito, dificuldades emocionais, problemas interpessoais, questões filosóficas e espirituais (Grof, 2000).

    As dinâmicas de grupo visavam desenvolver as relações inter pessoais. Envolviam sensibilizações como, por exemplo, entrar em contato com o outro através do olhar e trocas de abraços.

O andamento do grupo

    O grupo surgiu de um pedido da equipe de saúde responsável pelo cuidado de um (REPETE) dos pacientes hipertensos e diabéticos do ambulatório básico do centro de saúde. Inicialmente a demanda da equipe era a criação um espaço de prática de atividade física visando alterações fisiológicas que contribuíssem no tratamento da hipertensão e diabetes dos usuários (Mercuri; Arecha, 2001; Rondon et. al., 2003).

    Os facilitadores acreditavam ser fundamental que o trabalho realizado tivesse seu foco para além do gasto energético ou do tratamento da hipertensão arterial ou diabetes, buscavam criar um espaço de produção de cuidado e encontro que tivesse um significado profundo para os sujeitos que dele participassem.

    Nas primeiras aulas os usuários foram questionados sobre o porquê da participação deles no grupo. Entre os relatos constou:

    A partir de informações obtidas na literatura e da realidade dos usuários, foi feita a escolha “estratégica” de iniciar o grupo com a prática do Tai Chi Chuan e Lian Gong. Estudos indicam que a prática do Tai Chi Chuan pode melhorar a resposta motora e o equilíbrio em idosos (Pereira et. al. 2008; Wong et. al., 2009), diminui o risco de quedas (Serrano et. al. 2010) e tem efeitos positivos no tratamento de artrite reumatóide, entre eles diminuição de dores e redução de estresse (Gomes, et. al., 2004; Uhlig et. al., 2010). Esta prática tem sido utilizada no tratamento de osteoartrite de joelho e contribuiu para a diminuição da dor (Wang et. al. 2009). Também pode contribuir para a melhora do bem estar psicológico, diminuindo o estresse, a ansiedade, a depressão e melhorando a auto-estima (Barrow et. al. 2007; Wang et. al. 2010). Além disso, o Tai Chi é uma atividade segura para idosos, possibilitando sua prática independente das limitações impostas pela idade (Barrow et. al. 2007).

    O Lian Gong, uma das modalidades da ginástica Chinesa foi implantado no município de Suzano (SP) há mais de 10 anos, e hoje possui 3 mil praticantes nos 40 grupos regulares realizados na cidade, com periodicidade de pelo menos três vezes por semana. Em um questionário aplicado em 2005, revelou-se que os praticantes perceberam a diminuição no uso de medicação, melhora do humor e relações sociais. A prática também favoreceu o vínculo dos praticantes, a maioria com mais de 50 anos, à unidade básica de saúde de sua área de abrangência (Santos, 2009).

    Os facilitadores responsáveis pelo grupo avaliaram também que uma vez que o grupo seria uma atividade de produção de cuidado e promoção de saúde, este deveria ser aberto a todos os sujeitos interessados e não apenas restrito a pacientes hipertensos e diabéticos. A partir das falas dos usuários, foi-se observando que estes estavam abertos a praticar atividades meditativas e davam muito valor às trocas de afeto entre os integrantes do grupo. Foram sendo incluídas, a partir daí, outras atividades como danças circulares, dinâmicas de grupo e seções de jornada.

    O grupo, inicialmente com sete usuários, foi crescendo, chegando a ter trinta e oito inscritos e uma média de dezoito alunos por aula. Criou-se um espaço onde meninas de 10, 12 e 15 anos e adultos de até 78 compartilharam da mesma aula.

Repercussões nos participantes

Quadrante corporal:

    Como vimos anteriormente, já foi observado em diversas pesquisas que o Tai Chi Chuan e a Ginástica Chinesa contribuem para a diminuição das dores dos praticantes. Esse mesmo resultado foi encontrado em nosso grupo, como podemos ver nos relatos dos usuários. A observação de outros elementos como alterações na força muscular, pressão arterial ou níveis glicêmicos dos usuários não foi o objetivo desta pesquisa, mas acreditamos que traria dados complementares relevantes.

Quadrante psicológico

    Em diversas aulas houve relatos de que a aula proporcionou a sensação de prazer, bem estar e paz:

    As seções de jornada trouxeram resultados muito positivos. Entre os relatos dos usuários podemos encontrar conteúdos interessantes, especialmente em relação às sensações e aos insights que está prática lhes trouxe.

    Este relato vai ao encontro do que é trazido por pesquisadores da consciência como Amit Goswami (2006 e 2008), Stanislav Grof (2000), Dean Radin (2008), que trabalham com o conceito de uma consciência não local, o que possibilita, por exemplo, explicar experiências de premonição e visão à distância.

    Na aula seguinte (12/07/2010) a partilha teve como tema a velhice. Alguns dos usuários passaram a trazer a sua visão sobre o significado da vida em sua faixa etária. Naquele momento foi perceptível o grande potencial que este grupo tinha de ser um espaço de troca de experiências.

    Estes relatos indicam como é possível, através de práticas corporais e integrativas, proporcionar profundas transformações nos participantes, que conduzam à sensação de bem estar e maior qualidade de vida. Outra reflexão importante é que a terceira idade é um momento de interiorização, e essas práticas contribuem para que o sujeito explore seu “universo interior”. E como vimos em alguns dos relatos isto pode trazer novos sentidos para o viver (Pozatti, 2003 e 2007).

Quadrante social

    Foram feitos relatos especialmente com relação à importância dos vínculos fraternos que foram sendo criados entre os usuários. É importante perceber que esses vínculos se desenvolveram ao longo de um processo percorrido pelo grupo, onde as dinâmicas de grupo que eram propostas pelos facilitadores tiveram um papel importante para “aproximar” os usuários.

Quadrante cultural

    O grupo foi um espaço de compartilhar e refletir sobre as crenças, hábitos e visões de mundo dos sujeitos que ali estavam. Entre os temas abordados, vieram questões referentes aos hábitos alimentares, à relação com a natureza, à psicologia transpessoal, aos conceitos da medicinal tradicional chinesa, ao significado da vida e da morte.

    Ao final de cada aula, eram compartilhadas as sensações e percepções dos usuários. Neste momento os facilitadores realizavam conexões dos relatos com as teorias da educação física, psicologia transpessoal e medicina tradicional chinesa.

Reflexões finais

    Podemos tomar este grupo como uma experiência da participação do profissional de educação física na implementação de uma clínica ampliada, com novos instrumentos de cuidado no SUS.

    Desenvolver toda a experiência relatada neste artigo foi transformador também para os ministrantes. O encontro entre os sujeitos proporcionado por este grupo e o executar de uma proposta de PCAF e PCI pautada por uma visão integral do ser, buscando a promoção do cuidado e a defesa da vida, confrontando o modelo de saúde biomédico tradicional e de educação física ligado ao combate do sedentarismo, mudando definitivamente nossa maneira de pensar a educação física e o ser profissional de saúde.

    Observamos a partir dos relatos dos usuários que a oferta regular de PCAF e PIC mesmo que realizadas apenas uma vez por semana, proporcionou diversos benefícios a estes sujeitos, repercutindo em seus aspectos corporal, psicológico, social e cultural. Assim, um grupo que inicialmente deveria desenvolver ginástica e caminhada para usuários hipertensos e diabéticos, focando no tratamento dessas doenças, acabou se mostrando um espaço para transcendência do Ser e afirmação da vida de todos os sujeitos envolvidos.

Referências

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 163 | Buenos Aires, Diciembre de 2011
© 1997-2011 Derechos reservados