Nível de flexibilidade e imagem corporal de idosas praticantes de exercícios aeróbicos e de jovens sedentárias Nivel de flexibilidad e imagen corporal de mujeres mayores que realizan ejercicios aeróbicos y de jóvenes sedentarias |
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*Graduação em Fisioterapia Faculdades Unidas do Norte de Minas, Funorte **Graduação em Educação Física Universidade Estadual de Montes Claros, Unimontes ***Profª. Ms. Docente do curso de Fisioterapia Faculdades Unidas do Norte de Minas, Funorte (Brasil) |
Elayne Marya Rodrigues Duarte* Mateus Vinícius Veloso* ** Rodrigo Gonçalves da Silva* ** Juliano Gonçalves da Silva* Luciane Vieira Ramos do Rosário*** |
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Resumo O objetivo do estudo foi comparar o nível de flexibilidade e o grau de insatisfação da imagem corporal de idosas praticantes de exercícios físicos e de jovens sedentárias. A amostra foi composta por 40 mulheres, sendo 20 idosas com idade média de 65,9 ± 4,5 anos, praticantes de exercícios regularmente (G1) e 20 jovens sedentárias com idade de 23,5 ± 1,9 anos (G2), que foram submetidas à mensuração da flexibilidade através do teste de Sentar e Alcançar, além de análise da imagem corporal com utilização da escala da silhueta da imagem corporal. A interpretação dos dados foi de forma descritiva. O estudo baseou-se na comparação dos grupos com utilização do teste não-paramétrico de Mann-Whitney com intervalo de confiança de 95% (p ≤ 0,05). A flexibilidade média do G1 foi de 30,3 ± 6,2 e do G2 de 23,8 ± 4,9, ocorrendo diferença significativa entre elas (p=0,002). Quanto à classificação da flexibilidade, no G1 prevaleceu o escore ‘Ótimo’ (40%) e no G2 o escore fraco (65%). A média da insatisfação corporal foi de 1,7 ± 1,9 no G1 e 1,3 ± 1,3 no G2, onde os valores foram considerados relativamente baixos. A prática de exercícios físicos exerceu influência positiva na flexibilidade das idosas, que foi superior a das jovens sedentárias e o nível de insatisfação da imagem corporal foi, relativamente, baixo nos dois grupos. Unitermos: Flexibilidade. Imagem corporal. Exercício físico.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Durante o último século a estrutura etária da sociedade mudou, de modo que a proporção de pessoas idosas hoje é mais alta que anteriormente, gerando demanda por novos serviços, principalmente na área da saúde (FERREIRA et al., 2008). No Brasil a população considerada idosa vem crescendo de forma exponencial e a estimativa para o ano de 2025 é que os idosos atinjam 14% do total da população (MONTEIRO e ALVES, 1995 apud CARVALHO e COUTINHO, 2002).
O processo de envelhecimento caracteriza-se pelo declínio gradual das reservas fisiológicas (MCARDLE, KATCH e KATCH, 1998; PIMENTEL et al., 2003; REBELATTO et al., 2006), ocorrendo inúmeras alterações e, para Bonzentka (2002), uma dessas principais alterações é a diminuição gradual da flexibilidade, que ocorre com a rigidez e endurecimento dos tendões que de acordo com Matsudo et al. (2000), deve-se, entre outros fatores, a falta de atividade física e a doenças degenerativas.
Dantas et al. (2002) afirmam que o comprometimento da flexibilidade deve-se, mais, à diminuição da elasticidade muscular do que à mobilidade articular, prejudicando a autonomia funcional do idoso. No entanto, estudos apontam correlação positiva entre a prática de atividades físicas e a manutenção e/ou melhoria da flexibilidade em idosos, favorecendo assim, a autonomia dos mesmos (VALE et al., 2002).
A prática regular de exercícios físicos tem ganhado destaque dentre as alternativas de tentar minimizar, retardar ou evitar os efeitos deletérios do envelhecimento (AHA, 2004). Conforme Okuma (1998) apud Tribess (2006), o idoso fisicamente ativo é capaz de superar as exigências impostas pela atividade física (auto-eficácia), resgatar a autovalorização e a autoconfiança, o que irá interferir positivamente na autopercepção da imagem corporal que segundo Seidel e Becker Júnior (2008) pode ser definida como uma representação interna, mental, ou auto-esquema da aparência física de uma pessoa.
Ao contrário do idoso ativo, idosos sedentários são mais vulneráveis a diversas patologias e, nesse sentido, Hallal et al. (2006) afirmam que embora a maioria das doenças associadas ao sedentarismo somente se manifeste na vida adulta, é cada vez mais evidente que seu desenvolvimento se inicie na infância e adolescência e que a prevalência de sedentarismo é elevada entre jovens.
Visto isso, o objetivo do estudo foi comparar o nível de flexibilidade e o grau de insatisfação da imagem corporal de idosas praticantes de exercícios físicos e de jovens sedentárias.
Metodologia
O experimento foi caráter descritivo, quantitativo e de corte transversal. A população estudada foi composta por idosas integrantes do Projeto Viver Bem das Faculdades Unidas do Norte de Minas – Funorte e por jovens acadêmicas do curso de Fisioterapia, também, da Funorte, sendo divididas em dois grupos distintos: G1, de idosas ativas e G2, de jovens sedentárias.
O G1 foi compreendido por mulheres com idade igual ou superior a 60 anos, que tivessem bom estado geral de saúde e que estivessem a pelo menos 6 meses freqüentando regularmente o Projeto Viver Bem da Funorte. Foram exclusas aquelas que possuíssem qualquer patologia que pudesse alterar os resultados de estudo.
O grupo Viver Bem, realiza três sessões de exercícios semanais com duração de 40 – 50 minutos, onde são praticados exercícios físicos, predominantemente aeróbios e alongamentos, orientados por profissionais e acadêmicos da área competente.
Já no G2, foram inclusas as estudantes com idade compreendida entre 18 e 29 anos, com bom estado de saúde e que foram consideradas sedentárias de acordo com a classificação do IPAQ versão curta (GUEDES et al., 2005). Também foram exclusas as que possuíssem qualquer tipo de patologia ou sintomatologia que pudesse influenciar nos resultados do estudo.
Desta forma totalizou-se uma amostra de 40 mulheres, sendo 20 idosas praticantes de exercícios físicos regularmente (G1) e 20 jovens sedentárias (G2).
O experimento foi composto de duas etapas: A) avaliação da flexibilidade e B) análise da imagem corporal.
Na etapa A, foi realizada a avaliação da flexibilidade através do teste de sentar e alcançar (Seat and Reach Test) de acordo com (JOHNSON; NELSON, 1979 apud MARINS e GIANNICHI, 1998) com utilização do Banco de Wells, que consiste em uma caixa com profundidade de 35cm, largura de 45cm e altura de 32cm. Sobre essa caixa existe uma tampa com 50 cm de profundidade e 45cm de largura, com uma escala métrica aplicada sobre ela. Este teste verifica a flexibilidade da cadeia muscular posterior, mais especificamente os músculos para-vertebrais lombares, ísquio-tibiais e tríceps surais, tendo também uma influência significativa dos grandes dorsais.
Cada voluntária foi posicionada sentada no chão, com os joelhos estendidos e as plantas dos pés encostadas na caixa. As mãos ficaram sobrepostas com os cotovelos estendidos. Adotada a posição correta a avaliada era orientada a deslizar suas mãos sobre a caixa, realizando o movimento de flexão do tronco, o máximo de distância que conseguisse, sem flexionar os joelhos, em três tentativas consecutivas, das quais foi recolhido o melhor resultado.
Na etapa B, foi realizada a análise da imagem corporal, onde utilizou-se a escala da silhueta da imagem corporal proposta por Stunkard et al. (1983) apud Damasceno et al. (2005) (Figura 1).
Figura 1. Escala de Silhuetas da imagem corporal
Fonte: Damasceno et al. (2005)
Foi solicitado que as sujeitas da amostra indicassem qual silhueta correspondia ao seu corpo atual e qual gostaria de possuir. Para isso, as silhuetas foram mostradas e realizadas as seguintes perguntas: Qual é a silhueta que melhor representa a sua aparência física atualmente? Qual é a silhueta que você gostaria de ter? Para verificar o nível de insatisfação corporal, utilizou-se a diferença entre a silhueta atual (SA) e silhueta ideal (SI), apontadas pela voluntária, conforme, também, utilizado no estudo de Damasceno et al. (2005).
Todas as coletas foram realizadas pelo mesmo avaliador e no mesmo horário do dia, sendo este experiente e treinado.
A interpretação dos dados obtidos foi realizada no programa de análises estatísticas SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 17.0 sendo os dados interpretados de forma descritiva. O estudo baseou-se na comparação entre os dois grupos (G1 e G2) onde foi utilizado o teste não-paramétrico de Mann-Whitney com intervalo de confiança de 95% (p ≤ 0,05).
Resultados
Como a amostra do estudo foi formada de modo intencional por conveniência, os dois grupos abordados no experimento, idosas praticantes de exercícios físicos e jovens sedentárias, foram compostos pelo mesmo número de participantes.
A média de idade da amostra foi de 44,7 ± 21,8 anos, no qual a média do G1 foi de 65,9 ± 4,5 anos e do G2 de 23,5 ± 1,9 anos.
Na tabela 1 estão apresentados os valores referentes à percepção da imagem corporal quanto à silhueta atual e silhueta ideal segregados de acordo com os grupos.
Tabela 1. Análise da Silhueta Atual (SA) e Silhueta Ideal (SI) nos grupos de idosas e jovens
Verifica-se que houve prevalência da silhueta número 6 como SA (40%) e na SI ocorreu empate entre a prevalência das silhuetas 2, 3 e 5, com 20% cada uma no grupo das idosas. No grupo das jovens a SA mais prevalente foi a de número 4 e na SI prevalecerem a número 3 e 4, ambas com 35% das respostas.
Não sendo comprovada a normalidade dos dados pelo teste de Kolgomorov-Smirnov, utilizou-se o teste não paramétrico de Mann Whitney com intervalo de confiança de 95% (p<0,05) para comparar a flexibilidade e a insatisfação da imagem corporal entre as jovens sedentárias e as idosas ativas, conforme pode ser observado na tabela 2.
Tabela 2. Comparação do nível de flexibilidade e insatisfação da imagem corporal – G1 x G2
Foi verificada diferença estatisticamente significativa entre os grupos, onde a flexibilidade das idosas praticantes de exercícios físicos foi superior a das jovens sedentárias. Já o grau de insatisfação da imagem corporal os valores se mostraram discretamente superiores nas idosas, porem sem diferença significante.
Analisando a média da flexibilidade dentre os grupos de acordo com a média de idade dos mesmos, as integrantes do G1, quanto à flexibilidade se enquadram na classificação de ‘Bom’, enquanto as integrantes do G2 se enquadram na classificação de ‘Fraco’.
Em relação a essa classificação a figura 2 ilustra os achados na amostra total e entre os grupos.
Figura 2. Classificação da flexibilidade dentre os grupos e na amostra total
Verifica-se que houve prevalência do escore de flexibilidade ‘Ótimo’ no grupo das idosas (40%), correspondente a 8 voluntárias, enquanto no grupo das mulheres jovens prevaleceu o escore ‘Fraco’ (65%), correspondente a 13 indivíduos, além disso, nesse último grupo não houve incidência dos escores ‘Bom’ e ‘Ótimo’.
Discussão
O presente estudo se propôs verificar e comparar duas variáveis aparentemente sem relação uma para com a outra, flexibilidade e imagem corporal, no entanto as duas representam aspectos condicionantes e indicadoras de saúde e qualidade de vida, pois como pode ser observado em inúmeros autores, como Moreira (2001), Dantas et al. (2002), Zago e Gobbi (2003), Farinatti e Lopes (2004), Rebelatto et al. (2006), dentre outros, a diminuição da flexibilidade associa-se a limitação funcional e conseqüente comprometimento da qualidade de vida e saúde dos indivíduos.
Do mesmo modo, Federici (2004) descreve que a imagem corporal sofre alterações devido a problemas vivenciados como patologias, limitações de movimento e a influência de estereótipos e que as alterações e distorções da imagem corporal estão ligadas, principalmente, segundo Johnston, Reilly e Kremer (2004) apud Tribess (2006) a distúrbios psicológicos e desordens alimentares, como também a insatisfação do peso, tamanho e aparência corporal. Tais distúrbios afetam a convivência e as representações sociais do indivíduo, assim como sua integridade fisiológica, comprometendo a qualidade de vida e saúde.
Além disso, Peterson, Ellenberg e Crossan (2003) indicam que a técnica de silhueta, da imagem corporal, apresenta boa relação com os indicadores de estado nutricional, provê informação segura, podendo ser utilizada na comunidade para medir riscos à saúde.
Estabelecida a conexão entre as duas variáveis pode-se, então, discorrer sobre os resultados do estudo.
Em relação às silhuetas corporais mais almejadas pelas mulheres, ocorreu uma tendência das jovens preferirem as silhuetas 3 e 4, 35% de prevalência cada. Damasceno et al. (2005) estudou 186 pessoas adultas, onde 87 eram mulheres como idade de 28,70 ± 12,6 anos e verificou uma preferência pela silhueta 3 como SI em 55% de sua amostra, seguida pela silhueta 4 em 21%.
Já no grupo das idosas, parece não haver consenso quanto a SI, onde as respostas variaram da silhueta 1 até a 6, com predominância da 2, 3 e 5. No estudo de Tribess (2006) com 265 mulheres idosas, diferente do nosso achado, houve prevalência da silhueta 4 como SI em 31,7%, seguida pela 5 em 21,5% das respostas.
Verificou-se que o grau de insatisfação da imagem corporal foi discretamente superior nas idosas e apresentando valores, relativamente baixos, dentre os dois grupos (tabela 02), pois, a escala das silhuetas da imagem corporal proposto por Stunkard et al. (1983) apud Damasceno et al. (2005) varia de 1 a 9, em que a verificação da insatisfação da imagem corporal se faz através da diferença entre o corpo percebido e o corpo almejado. Sendo assim, o valor máximo que se pode obter dessa diferença é 8 e o mínimo é -8 (menos oito). Nesse sentido, quanto mais próximos de 0 (zero) forem os resultados, menos insatisfeita, ou mais satisfeita, estará à pessoa com o seu próprio corpo.
Visto isso, pode-se afirmar que a amostra estudada, tanto o G1 quanto o G2, apresentam baixos níveis de insatisfação corporal.
Damasceno et al. (2005) afirmam que o processo de formação da imagem corporal pode ser influenciado por, dentre outros fatores, a idade e Gallahue e Ozmun (2001) apud Matsudo et al. (2007) citam que nos idosos este parece ser um desafio, visto que o envelhecimento na sociedade atual está carregado de estereótipos associados apenas aos declínios físicos. A imagem corporal durante a velhice pode sofrer então distorções devido à visão negativa em relação à velhice, baseada na falsa idéia de que envelhecer gera sempre incompetência (GALLAHUE; OZMUN, 2001 apud MATSUDO et al., 2007).
No entanto, estudos de Federici (2004), Balestra (2002) apud Matsudo et al. (2007), OKUMA, 1998 apud TRIBESS, 2006, dentre outros, descrevem relações entre prática regular de atividade física e modificações positivas na imagem corporal.
Com relação à flexibilidade, o grupo das idosas apresentou nível superior ao das jovens, com diferença significativa, com o valor médio de 30,3 ± 6,2, correspondente ao escore ‘Bom’ de acordo com a classificação proposto por Wells e Dillon (1952) conforme a idade. Nesta mesma classificação o G2 apresentou escore relativo a fraco, com média de 23,8 ± 4,9.
A média de flexibilidade das idosas encontrada no presente estudo vai de encontro ao achado de Silva e Rabelo (2006), que compararam a flexibilidade de idosas praticantes de exercícios físicos a pelo menos 6 meses, com 2 sessões semanais, constituídas exercícios aeróbios alongamentos e atividades lúdicas, com idosas não-praticantes de exercícios, onde as idosas ativas apresentaram média de flexibilidade no teste de sentar e alcançar de 30 ± 6,5, em contra-partida as não-praticantes apresentaram média de 22,7 ± 83.
Corredor (2006) realizou um estudo comparando a flexibilidade de mulheres idosas como média de idade de 61,58 anos e mulheres adultas com 43,13 anos, submetidas a um protocolo de condicionamento físico aeróbio associado a trabalho de alongamento com duração de 4 meses e observou ganhos de flexibilidade tanto nas mulheres idosas, quanto nas mais jovens, porém a proporção do incremento foi superior nas mulheres idosas. Após o protocolo de treinamento essas idosas apresentaram uma flexibilidade de 29,84 cm no teste de sentar e alcançar.
No entanto, Rebelatto et al. (2006) avaliou a flexibilidade de idosas de 60 a 80 anos, utilizando do teste de sentar e alcançar, submetidas a um programa de atividade física de longa duração, que constava, predominantemente de exercícios aeróbios e trabalho de flexibilidade e não verificou incrementos na flexibilidade das mesmas.
De acordo com Zago e Gobbi (2003) estudos têm demonstrado que o processo de envelhecimento é um dos principais determinantes na diminuição da flexibilidade, estes autores afirmam que dos 20 aos 60 anos a amplitude articular tende a diminuir de 20% a 30%, caindo drasticamente depois dos 80 anos e essa diminuição ocorre em maior proporção nas articulações da coluna, quadril e joelhos, o que compromete a realização das AVDs. Todavia o presente estudo não corrobora com esses achados, visto que a flexibilidade das idosas foi significativamente superior a das jovens universitárias.
Porém a flexibilidade das idosas abordadas nesse estudo parece ter sido influenciada pela pratica dos exercícios físicos e pelo trabalho de alongamento muscular. Bozentka (2002) refere que a diminuição da flexibilidade deve-se, entre outros fatores, a falta de atividade física e a doenças degenerativas.
Vale et al. (2002) verificaram melhorias na flexibilidade de idosos após um programa de atividade física e com os resultados refletindo na maior facilidade para realização de tarefas cotidianas, favorecendo assim, a autonomia dos mesmos.
Na mesma perspectiva, Hessert; Gugliucci e Pierce (2005) demonstraram em estudos, que 10 meses a 1 ano de condicionamento físico, composto de exercícios de alongamento, coordenação, resistência muscular e equilíbrio, são suficientes para melhorar significativamente a flexibilidade de idosos.
Está comprovado que o exercício físico exerce influencia positiva nos componentes da aptidão muscular, como força e flexibilidade e, consequentemente no desempenho funcional, mesmo de indivíduos idosos, em que as alterações do processo de envelhecimento favorecem, justamente, ao contrário.
Alfieri et al. (2009) comparou a mobilidade funcional de idosos ativos, idosos sedentários e adultos sedentários e verificou que idosos que realizam atividade física regular apresentam mobilidade funcional superior a de idosos sedentários e também superior a de adultos sedentários. Neste estudo a média de idade dos idosos ativos foi de 67,4 ± 5,2 anos e dos adultos sedentários de 28,2 ± 6,7 anos.
Conclusão
A pratica regular de exercícios físicos exerceu influência positiva nos níveis de flexibilidade das idosas, que foi significativamente superior a de jovens sedentárias e, de maneira inversa, o sedentarismo exerceu ação negativa sobre essa variável, em que as jovens apresentam baixos índices.
O nível de insatisfação da imagem corporal foi, relativamente baixo, sendo discretamente superior nas idosas, em que os padrões de corpo ideal não se apresentam homogêneos neste grupo.
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