Presença de fatores de risco para doenças cardiovasculares em usuários de transporte fretado entre os municípios de Jundiaí e São Paulo, Brasil Presencia de factores de riesgo en enfermedades cardiovasculares en usuarios de transporte de puerta a puerta entre los municipios de Jundaí y Sao Paulo, Brasil |
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*Graduandas em Nutrição pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo **Nutricionista, Profª. Drª. em Ciências Endocrinológicas pela UNIFESP/EPM; docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie ***Nutricionista, especialista em Nutrição Clínica Mestre em Epidemiologia pela UNIFESP e doutora em Ciências pela UNIFESP; docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie (Brasil) |
Tânia Maria Marsulo Franciozi* | Alessandra Varanda Picchi* Jacqueline Maria Coelho* | Luiza Scanavini* Marina Brosso Pioltine* | Tamiris Gaeta* Rosana Farah Simony** Vera Lucia Morais Antonio de Salvo*** |
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Resumo Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são enfermidades silenciosas que se instalam no organismo demorando muitos anos para se manifestarem. Normalmente não há cura, pois as lesões são irreversíveis, podendo levar a complicações com graus variáveis de incapacidade ou morte. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar a existência de fatores de risco para doenças cardiovasculares e perfil nutricional em usuários de transporte fretado entre os municípios de Jundiaí e São Paulo. Métodos: Estudo transversal descritivo, realizado com usuários de transporte fretado, entre as cidades de Jundiaí e São Paulo. Foi aplicado questionário composto por 24 questões em adultos de ambos os sexos sobre perfil nutricional e estilo de vida. Resultados: Participaram do estudo 34 indivíduos com idade superior a 18 anos. O consumo alimentar indicou risco aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, com relatos de elevado consumo de alimentos aterogênicos: fast food, frituras, manteigas, doces e açúcares. Levou-se em consideração a presença de excesso de peso, história familiar positiva para doenças cardiovasculares, sedentarismo, estresse e tabagismo para o risco de doenças cardiovasculares, sendo que todos participantes apresentaram pelo menos um fator de risco para DCV. Conclusão: Evidenciou-se práticas dietéticas inadequadas, o uso de tabaco e de outras substâncias nocivas, além de sedentarismo. Programas de educação e estratégias pedagógicas devem ser incentivados para conscientização dos indivíduos sobre estilo de vida saudável e risco de surgimento de doenças para o futuro. Unitermos: Avaliação nutricional. Doenças cardiovasculares. Perfil nutricional.
Trabalho de Pesquisa em Nutrição Clínica do curso de nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, Brasil.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são enfermidades que se instalam no organismo geralmente com alterações, sem que o indivíduo perceba, demorando muitos anos para se manifestarem. Normalmente não há cura, pois as lesões causadas são irreversíveis, podendo levar a complicações com graus variáveis de incapacidade ou morte. As principais DCNT são as relacionadas ao aparelho circulatório como a hipertensão arterial, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, os diversos tipos de câncer, o diabetes, as doenças pulmonares obstrutivas crônicas como o enfisema e bronquite crônica, as doenças osteoarticulares como a osteoporose e as artroses, a obesidade e as dislipidemias (RÊGO, 2006).
Essas enfermidades levam cerca de 300 pessoas diariamente a óbito somente no estado de São Paulo e cerca de 40% não chegam a completar 60 anos de idade. Os principais fatores e os riscos associados às DCNT são hábitos de vida que incluem o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, alimentação inadequada, sedentarismo, estresse, assim como fatores genéticos e ambientais. No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 250.000 mortes por ano (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
1.1. Doenças Cardiovasculares
As doenças cardiovasculares (DCV) constituem uma importante causa de morte em países desenvolvidos e também em desenvolvimento. Segundo dados do Atlas de Doenças Cardíacas e Derrames da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2004), a cada ano morrem 17 milhões de pessoas em todo o mundo devido às doenças cardiovasculares. No Brasil, em 2002, tais doenças foram responsáveis por cerca de 268.773 mortes (OMS, 2004).
1.2. Dislipidemias
As dislipidemias são distúrbios metabólicos que ocorrem nos lipídios circulantes no sangue. O aumento do colesterol sérico pode levar ao desenvolvimento da placa de ateroma, a formação de trombos e lesões nos vasos sanguíneos. Estudos experimentais e epidemiológicos estabelem a associação entre dislipidemia e aumento do risco de morte. A elevação dos níveis plasmáticos de colesterol de baixa densidade (LDL-c), a redução dos níveis de colesterol de alta densidade (HDL-c) e também o aumento de triglicérides (TG) são fatores de risco para eventos cardiovasculares, sendo a principal causa de morte em todo mundo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).
1.3. Hipertensão Arterial
As VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial apontam que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada pela elevação da pressão arterial. Freqüentemente ocorrem alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e alterações metabólicas com conseqüente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais (SBC, 2010).
São considerados fatores de risco para a HAS a idade, gênero, etnia, excesso de peso, elevada ingestão de sal e álcool, sedentarismo, fatores sócio-econômicos e genéticos. No Brasil, cerca de 75% da assistência à saúde da população é feita pela rede pública do SUS, enquanto o Sistema de Saúde Complementar assiste cerca de 46,5 milhões (WILLIAMS, 2010).
A prevenção primária e a detecção precoce são as formas mais efetivas de evitar as doenças e devem ser metas prioritárias dos profissionais de saúde (SBH, 2010).
1.4. Diabetes mellitus
A prevalência do diabetes mellitus vem aumentando em todo o mundo. Em 1985 havia 30 milhões de indivíduos portadores, e atualmente, estima-se que este número tenha atingido 200 milhões de pessoas. Contudo, o sedentarismo, o aumento da obesidade e a alimentação inadequada também são responsáveis por toda essa expansão global, atribuindo 9% das internações e gastos hospitalares do SUS ao diabetes mellitus (ROSA; SCHMIDT, 2008).
1.5. Obesidade
Estudos estatísticos do Ministério da Saúde mostram que atualmente a obesidade, principalmente a abdominal, é responsável por cerca de 50% dos casos de diabetes, 30% de hipertensão arterial, e alguns tipos de câncer. Sua prevalência vem crescendo acentuadamente nas últimas décadas, inclusive nos países em desenvolvimento, o que levou a doença à condição de epidemia global (MS, 2002).
A obesidade, compreendida como doença multifatorial, é constatada quando ocorre um desequilíbrio entre o consumo alimentar e o gasto energético. Nos últimos anos, o excesso de gordura corpórea representa o problema nutricional de maior ascensão entre a população cada vez mais jovem (JUSTEN; ROGRUIGUES, 2010).
1.6. Sedentarismo
Este fator tem uma forte correlação com o aparecimento de DCNT, assim uma atividade física habitual tem sido reconhecida como um componente importante de um estilo de vida saudável (OLIVEIRA et al., 2008).
Sugere-se que os efeitos da prática de atividade física sobre a prevenção de DCNT, estejam relacionados ao melhor condicionamento cardiovascular e ao aumento do gasto energético, com redução de pressão arterial e elevação da lipoproteína de alta densidade (RÊGO, 2006).
1.7. Hábito de Fumar
O tabagismo responde por 30% de todos os tipos de câncer, sendo que é responsável único por 90% dos casos de câncer de pulmão, 25% dos casos de doença isquêmica do coração e 95% dos casos de enfisema pulmonar. Estes dados mostram que o problema destes riscos na população é grave e precisa ser controlado e evitado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
1.8. Consumo de Álcool
Segundo a OMS, em 2004, dados apontam que, aproximadamente 2 bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas. Seu uso indevido é um dos principais fatores que contribui para a diminuição da saúde mundial, sendo responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de todos os anos perdidos de vida útil (INCA, 2002, 2003).
O alto consumo de bebidas alcoólicas pode lesar órgãos como o cérebro, o coração, o fígado e o pâncreas, além de provocar o aparecimento de hipertensão arterial (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
1.9. Hábitos alimentares associados a outros fatores
Os hábitos alimentares da população brasileira têm mudado ultimamente. O consumo de alimentos industrializados e ricos em açúcares aumentou consideravelmente, ao passo que o consumo de arroz, feijão, frutas, legumes e verduras diminuíram. Assim, é possível verificar que a qualidade da alimentação do brasileiro está se tornando inadequada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Alguns destes comportamentos agregados seria o indício de compulsão alimentar em alguns indivíduos, que ansiosos devido à correria do dia-a-dia e falta de horas sono, podem transformar a alimentação em uma “válvula de escape”, para situações de estresse físico e mental (MARCONDELLI; COSTA; SCHMITZ, 2008).
As situações do meio acadêmico podem resultar em omissão de refeições, consumo de lanches rápidos e ingestão de refeições nutricionalmente desequilibradas (PETRIBU et al., 2009).
Diante disto, e, levando em consideração o modo de vida urbana, caracterizado pela escassez de tempo para o preparo e consumo de alimentos, fazendo com que as pessoas se dediquem mais às atividades laborais e estudantis, é importante que a população seja orientada para a prevenção dos fatores de risco, como a obesidade, excessiva ingestão de sal e sedentarismo, evitando, assim, problemas de saúde no futuro (COUTRIM; CARIOCA; DULCI, 2010).
2. Objetivo
Verificar a existência de fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV) e perfil nutricional de usuários de transporte fretado entre os municípios de Jundiaí e São Paulo.
3. Metodologia
Estudo transversal descritivo, realizado com usuários de transporte fretado, entre as cidades de Jundiaí e São Paulo, Brasil, desenvolvido no período de fevereiro a junho de 2011.
Foram convidados a participar, os usuários do transporte fretado com idade superior a 18 anos de ambos os sexos, e que faziam uso deste diariamente, em diversos horários do dia.
Os Termos de Consentimento Livre e Esclarecidos (TCLE) foram distribuídos juntamente com uma Carta de Informação ao Sujeito de Pesquisa, com esclarecimentos gerais sobre os procedimentos da pesquisa para a assinatura dos indivíduos interessados em participar. Nestes termos foi explicado que todas as informações coletadas seriam utilizadas apenas para fins acadêmicos, guardadas sob sigilo profissional.
A pesquisa foi realizada no período do transporte de Jundiaí a São Paulo, sendo entregue aos participantes um questionário elaborado e adaptado pelas alunas, com questões sobre perfil nutricional e estilo de vida, com perguntas sobre: sexo, idade, histórico de DCV na família, horas de sono diárias, atividade física, hábito de fumar, ingestão alcoólica, consumo de alimentos ricos em açúcares, gorduras e sódio, estresse, peso e altura (auto referidos), e distribuído aos participantes para que os próprios respondessem.
Após responderem os questionários, estes foram devolvidos às alunas pesquisadoras para a análise de todas as questões respondidas para verificação de riscos para DCV. Analisou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) por meio da divisão entre o peso e a altura elevada ao quadrado, classificados de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1998).
Os dados foram tabulados no Microsoft Excel, versão 2007. As variáveis categóricas foram demonstradas em número e porcentagem e as variáveis numéricas, segundo medidas de tendência central e dispersão.
Após o término da pesquisa, os participantes receberam uma cartilha com informações sobre a prevenção de DCV e seus fatores de risco, assim como a importância dos hábitos alimentares saudáveis, segundo os dados dos “Dez passos para uma alimentação saudável” do MS (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).
4. Resultados e discussão
A amostra do presente estudo foi composta por 34 participantes de ambos os sexos, que faziam uso diário de transporte fretado entre os municípios de Jundiaí e São Paulo, Brasil.
Realizou-se a análise dos dados gerais da população em estudo como pode ser verificado na Tabela 1. Nesta Tabela também observa-se que as mulheres, comparativamente aos homens eram, em média, mais jovens, tinham menor peso, altura e IMC e tinham mais horas de sono.
Tabela 1. Variáveis numéricas em média e desvio padrão segundo sexo, São Paulo, 2011
Estudos prévios disponibilizados na literatura procuram descrever estimativas quanto à prevalência de fatores de risco predisponentes às DCV em populações jovens. No entanto, enquanto alguns desses estudos têm enfocado unicamente indicadores de natureza biológica, outros concentram suas informações somente em indicadores comportamentais agressivos à saúde cardiovascular (COUTRIM; CARIOCA; DULCI, 2010). Já o presente estudo oferece informações descritivas conjuntas de natureza nutricional em relação à composição corporal pelo IMC e o consumo de alimentos potencialmente aterogênicos.
Em relação às características gerais da população pode-se verificar que dos 34 participantes, vinte e cinco se apresentam eutróficos e sete com sobrepeso, onde catorze relataram ter mais fome no período da noite. Também se nota que apenas um não estudava e nove trabalhavam, além de vinte e três indivíduos possuírem história de DCV na família. Demais fatores descritivos da amostra estudada podem ser verificados na Tabela 2.
Tabela 2. Variáveis categóricas, em número e porcentagem, segundo o sexo, São Paulo, 2011
Por outro lado, o consumo alimentar indica risco aumentado para o desenvolvimento de DCV, uma vez que muitos participantes relataram consumir alguns alimentos aterogênicos como pode ser verificado na Tabela 3.
Tabela 3. Consumo de alimentos aterogênicos para doença cardiovascular por usuários de transporte fretado entre Jundiaí e São Paulo, Brasil, 2011
Em relação à alimentação pode-se destacar o elevado consumo de temperos prontos, uso de saleiro de mesa, consumo de doces, açúcares, bolachas recheadas, sorvetes cremosos, manteiga e leite e derivados integrais. Verificou-se o elevado consumo de fast food na população. O consumo de frituras não foi diário na população estudada, no entanto o consumo semanal e eventual foi elevado. A ingestão de refrigerante normal foi maior do que o consumo em suas versões isentas em açúcares.
O fato dos participantes apresentarem consumo elevado de refrigerantes e alimentos ricos em açúcar e gordura, principalmente nas refeições intermediárias, assemelha-se às constatações de demais estudos realizados com o público jovem, onde verifica-se que este comportamento é usual nesta população (SARNO, 2009).
O consumo excessivo de sal está relacionado ao desenvolvimento de DCNT e estima-se que a diminuição na quantidade de sódio consumida diariamente se traduziria em redução da pressão arterial sistólica (PAS) e na prevalência de HA. Além disso, haveria também substanciais reduções na mortalidade por DCV. O consumo excessivo de sal também está associado ao câncer gástrico e o desenvolvimento de osteoporose (SARNO et al., 2009).
Os carboidratos simples (açúcares simples) são fontes de energia e devem compor a alimentação em pequenas quantidades, o seu consumo excessivo está relacionado com o aumento de DCNT (MS, 2006).
Quanto à freqüência do consumo alimentar diário, a ingestão de uma ou duas refeições foi observada em 5,9% dos indivíduos em cada refeição (dados não descritos na Tabela). Três e quatro refeições foram informadas por 32,3% dos indivíduos em cada refeição. Cinco refeições são realizadas por 20,6% dos entrevistados e apenas 2,9% realizam seis refeições.
Com base nos resultados obtidos observou-se que a quantidade de três refeições diárias recomendadas pelo Guia Alimentar do Ministério da Saúde (MS, 2005), onde estão presentes café da manhã, almoço e jantar foi referida por 52,9% da amostra. A recomendação enfatiza que além das três principais refeições é importante a introdução de lanches saudáveis entre as mesmas.
Em relação aos fatores de risco cardiovascular, levou-se em consideração a presença de excesso de peso, história familiar positiva para DCV, sedentarismo, estresse e tabagismo. A presença destes na população estudada pode ser verificada pela Figura 1.
Figura 1. Presença de fatores de risco, em porcentagem, para doença cardiovascular, segundo o sexo, São Paulo, SP, 2011
Observa-se que todos os participantes apresentaram ao menos um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, onde o mais freqüente é a presença de história DCV na família e o menos comum é a presença de sobrepeso.
Deve-se destacar que o sobrepeso não é considerado um fator de risco biológico imediato para o aparecimento e o desenvolvimento de DCV. Contudo, em geral, o perfil cardiovascular comprometido na idade adulta é acompanhado por excesso de peso corporal instalado e mantido quando criança e adolescente. Assim, mediante ações de controle do peso corporal em idades jovens, pode-se potencialmente minimizar a ocorrência de outros fatores de risco notórios em idades mais avançadas (MARCONDELLI; COSTA; SCHMITZ, 2008).
Embora diferenças metodológicas relacionadas aos instrumentos de medidas empregados na coleta dos dados e aos critérios de interpretação das informações possam comprometer comparações com outros estudos, os resultados apresentados pelos indivíduos aqui analisados apontam uma elevada proporção nos hábitos de vida aterogênicos, principalmente em relação à alimentação (PETRIBU et al., 2009).
Desse modo, denota-se a importância da promoção de educação nutricional entre jovens, com ênfase para a escolha apropriada dos alimentos, a fim de evitar o surgimento de DCV.
5. Conclusão
Diferentes fatores de risco estiveram presentes entre os universitários, destacando-se a história familiar e o estresse, além do consumo alimentar rico em açúcar, sódio e gordura saturada.
Assim, torna-se importante ressaltar que programas de educação para a saúde devem contemplar estratégias pedagógicas para auxiliar os jovens a se conscientizarem da nociva influência dos comportamentos de risco, a fim de que adotem hábitos saudáveis, evitando-se assim, o surgimento futuro de doenças cardiovasculares.
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