Análise comparativa do desenvolvimento da hipertrofia muscular em adolescentes com faixa etária entre 15 a 17 anos com diferentes concentrações de tipos de fibras musculares Análisis comparativo del desarrollo de la hipertrofia muscular en adolescentes entre 15 y 17 años con diferentes concentraciones de fibras musculares |
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Instituto Federal Catarinense – IFC (Brasil) |
Cleiton Bosio borges_personaltrainer@hotmail.com Dr. Iouri Kalinine Ademar Pinezi Junior |
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Resumo Treinamento prolongado de força sobre fibras do tipo II, apresenta um aumento percentual maior do que as fibras do tipo I. Objetivo da pesquisa foi verificar se existe diferença no desenvolvimento da hipertrofia muscular em adolescentes do sexo masculino com diferentes concentrações de fibras dos tipos I e II na composição muscular durante aplicação da mesma metodologia de treinamento. Amostra inicial foi composta por 40 estudantes do sexo masculino com idade entre 15 a 17 anos. Para a amostra experimental, foi efetuado testes (salto em extensão e caminhada 1609 m). Devido os resultados adquiridos nos pré testes, foi definidos os grupos experimentais, Grupo 1: 9 sujeitos com os melhores resultados para força explosiva e 09 sujeitos com piores resultados de resistência geral (considerado com maior porcentagem das fibras musculares I - glicolíticas) e Grupo 2: 10 sujeitos com os piores resultados para força explosiva e 10 sujeitos com melhores resultados de resistência geral (considerado com maior porcentagem das fibras musculares II - oxidativas). Para comparação do desenvolvimento da hipertrofia foi aplicado treinamento de força (musculação) durante 1 mês, após foi re-aplicado os testes e efetuado a comparação do pré-teste e pós-teste. Os resultados da pesquisa mostraram que nos adolescentes de Grupo I, os membros superiores têm maior aumento das circunferências do que nos adolescentes de Grupo II, (1,2% contra 0,6% para tórax; 4,0% contra 2,1% para braço; 2,3% contra 1,3% para antebraço). Já nos membros inferiores, em média, o efeito na hipertrofia muscular é mesmo (p < 0,05). Conclusão: Hipertrofia muscular em adolescentes do sexo masculino com maior concentrações de fibras dos tipos I na composição muscular durante aplicação da mesma metodologia de treinamento é significativamente maior para membros superiores do que em adolescentes do sexo masculino com maior concentrações de fibras dos tipos II. Unitermos: Metodologias. Desenvolvimento da hipertrofia. Adolescentes.
Abstract Training prolonged of force about fibers of the kind II, presents a bigger percentage increase than the fibers of the kind I. The aim of the research was verify if exists difference in the development of the muscular hypertrophy in adolescents of the male sex with different concentrations of fibers of the I kinds and II in the muscular composition during application of the same methodology of training. Initial sample was composed for 40 students of the male sex with age between 15 to 17 years. For the experimental sample, were performed tests (jump in stretch and walk 1609 m). According results acquired in pre tests, was defined the experimental groups, Group 1: 9 subjects with the best results for explosive force and 09 subjects with worse results of general resistance (considered with bigger percentage of the I muscular fibers - glicolitics) and Group 2: 10 subjects with the worst results for explosive force and 10 subjects with better results of general resistance (considered with bigger percentage of the muscular fibers II - oxidatives). For comparison of the development of the hypertrophy was applied training of force (weight training) during 1 month, after was re-applied the tests and performed the comparison of the pre-test and powders-test. The results of the research showed that in the adolescents of I Group, the upper members have bigger increase of the circumferences than in the adolescents of Group II, (1.2% against 0.6% for chest; 4.0% against 2.1% for arm; 2.3% against 1.3% for forearm). Already in the lower members, on average, the effect in the muscular hypertrophy is even (p <0,05). Conclusion: It overstretches muscular in adolescents of the male sex with bigger concentrations of fibers of the I kinds in the muscular composition during application of the same methodology of training is significantly bigger for upper members than in adolescents of the male sex with bigger concentrations of fibers of the kind II. Keywords: Methodologies. Development of the hypertrophy. Adolescents.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
A metodologia de treinamento de força, apesar de há tempo abordada pelo campo da ciência ainda exige um maior aprofundamento em sua metodologia, pois a prática de sua aplicação nem sempre funciona como desejável. Contudo a atual participação da ciência vem contribuindo para comprovar a eficiência e qualidade de diversos tipos de metodologias e exercícios utilizados na área do treinamento de força. Isto tem dado maior fundamentação científica, proporcionando evoluções no sentido de diminuir o risco de lesões e auxílios nas prescrições.
Com isso, organizações têm produzido posicionamentos indicando que o treinamento de força para jovens é eficaz e seguro quando apropriadamente supervisionado. (ACSM, 2003). Apesar desses posicionamentos, ainda existem questionamentos e dúvidas a respeito do treinamento de força para jovens (FLECK e KRAEMER, 2006). Goldberg et al (2004) aponta que a principal preocupação da adesão de adolescentes ao treinamento com pesos é a possibilidade de lesões nas epífises ósseas, devido à grande vulnerabilidade destas lesões, provocadas por sobrecarga, antes do amadurecimento fisiológico. Mas apesar disso, Weineck (1991) aponta que o treinamento de força deve ser realizado em todas as faixas etárias principalmente em pubescêntes e adolescentes onde a força máxima e rápida faz-se presente, principalmente nos meninos onde a ação da testosterona é evidente e o aumento da força é natural.
Segundo Guyton (1992), um estudo com adolescentes, onde foi aplicado durante 10 semanas, treinamento de força com 3 séries de 6 repetições numa freqüência de 3 vezes por semana, foi observado um aumento na força próxima de 30 % nas primeiras 6 a 8 semanas, após isso ouve uma estabilização nos ganhos. O autor ainda relatou um aumento em proporção semelhante na massa muscular. Dentre as mudanças verificadas nas células hipertrofiadas verificou-se um aumento na velocidade de oxidação e na eficiência das vias metabólicas oxidativas em até 45 %.
Uma das principais diferenças no desenvolvimento do sistema muscular com o treinamento de força em adolescentes, se da pela concentração de diferentes tipos de fibras musculares, que são determinadas geneticamente. A carga genética proporciona um lineamento dos efeitos de cada um dos outros fatores (treinamento e nutrição) sobre o resultado final do aumento da massa muscular e da força (MCARDLE; KATCH; KATCH, 1998).
É de consenso que o impacto do treinamento de força sobre as fibras do tipo II, mediante trabalho prolongado, apresenta um aumento percentual maior do que as fibras do tipo I (KRAEMER et al, 1995; VOLEK et al, 1999). A maior concentração de fibras do tipo II é verificada pela expressão de miosinas de cadeia pesada do tipo IIx. Conforme Fleck e Kraemer (2006), embora não haja conversão para o tipo I, estas fibras também respondem ao treinamento resistido, todavia não com a mesma intensidade que fibras do tipo II.
As proporções nas fibras musculares num músculo esquelético do ser humano podem variar de 20% tipo I e 80% tipo II para 80% tipo I e 20% tipo II. (WEINECK, 2000). Por isso se torna claro que o treinamento da força para adolescentes deve ser diferenciado. Mas em nossa revisão bibliográfica não encontramos nem um trabalho sobre as metodologias de treinamento de força, utilizadas nas salas de musculação, para adolescentes com diferentes proporções de tipos de fibras musculares.
Considerando encima descrito decidimos pesquisar o seguinte problema:
“Existe diferença no desenvolvimento da hipertrofia muscular em adolescentes do sexo masculino com diferentes concentrações de fibras dos tipos I e II na composição muscular durante aplicação da mesma metodologia de treinamento?
2. Objetivos
2.1. Objetivo geral
Verificar se existe diferença no desenvolvimento da hipertrofia muscular em adolescentes do sexo masculino com diferentes concentrações de fibras dos tipos I e II na composição muscular durante aplicação da mesma metodologia de treinamento?
2.2. Objetivos específicos
Determinar força explosiva inicial dos membros inferiores dos sujeitos da amostra inicial;
Determinar a resistência geral dos sujeitos da amostra inicial;
Determinar a circunferência inicial dos membros inferiores dos sujeitos da amostra experimental;
Realizar as sessões de treinamento durante de cinco semanas com sujeitos da amostra experimental;
Determinar força explosiva final dos membros inferiores dos sujeitos da amostra experimental;
Determinar a circunferência final dos membros inferiores dos sujeitos da amostra experimental;
Realizar analise comparativa dos resultados adquiridos.
3. Revisão bibliográfica
3.1. Desenvolvimento da força na adolescência
As diversas fases de crescimento de uma criança possibilitam condições diferenciadas para manifestação e treinamento de algumas variáveis que determinam a aptidão física. Quanto à treinabilidade da força muscular, essa parece ser mais evidenciada a partir do início da puberdade. O motivo principal é que, a partir desse período, os níveis séricos de testosterona, tanto em repouso como após a realização de exercícios, são significativamente maiores. Quanto maior for o estágio de maturação, maior será o nível de testosterona sérica (FAHEY 1979 apud PINTO, R.S, 1999).
É consenso na literatura internacional que, no treinamento, três fatores influenciam a síntese de testosterona: a intensidade, o volume do treinamento e o tamanho da musculatura envolvida no protocolo de exercícios. Portanto, o nível de força do sistema musculoesquelético de meninos é determinado pelos níveis de testosterona sangüínea (Raemer, 1988 apud PINTO, R.S, 1999).
Esse trabalho consiste em um método de treinamento que envolve a ação voluntária do músculo esquelético contra alguma forma externa de resistência, que pode ser provida pelo corpo, pesos livres ou máquinas. Devido seus benefícios, este vem sendo bastante estudado por pesquisadores e apontado como um excelente treinamento no aprimoramento da qualidade de vida de seus praticantes, podendo contribuir em melhora nas mais diversas patologias). Os exercícios de força podem produzir mudanças na composição corporal, no desempenho motor, na força muscular e na estética corporal (FLECK; KRAEMER, 2006, LIMONGI; SOUZA, 2006), sendo um componente atual importante nos programas de treinamento para a saúde pública (WINNET; CARPINELLI apud LIMONGI J.; SOUZA T. P, 2006), onde a principal capacidade física treinada é a força muscular.
3.2. Benefícios e malefícios do treinamento de força na adolescência
Quando se refere a treinamento de força com crianças e adolescentes, conceitua-se em acarretar uma série de lesões ósteo-mio-articulares, que poderiam inibir o crescimento, prejudicando a estatura final (SIEGEL, J, 1989).
Devido à natureza formativa do sistema esquelético das crianças em crescimento, surgem preocupações acerca da possibilidade de ocorrerem lesões em virtude da sobrecarga excessiva no músculo-esquelético (Katch e McArdle, 2003).
Nesse contexto, Oliveira et al (2004) alertam que são necessários cuidados com a sobrecarga ao relacionar o treinamento com o crescimento ósseo, pois este ainda não se encontra em sua formação final.
Para Fleck e Kraemer (2006), “os problemas nas costas podem ser uma das lesões mais comuns em adolescentes e pré-púberes que realizam treinamento de força, causados normalmente pelo levantamento de cargas máximas ou próximas da máxima, e pela execução incorreta de exercícios”. “Assim, grupos musculares adicionais são recrutados, a coluna vertebral é alinhada de forma inadequada, principalmente com arqueamento da região lombar, o que coloca uma sobrecarga nessa região” (KATCH, 1996, apud JESUS e MARINHO, 2006). Por isso da importância do uso da técnica correta para o levantamento de uma carga, especialmente durante a juventude.3.3. Metodologias para prescrição de treinamento de força em adolescente
Atualmente existem vários tipos de treinamento que podem aumentar a estrutura e a composição da fibra muscular. Toda adequação do treinamento deve ser realizada em função dos objetivos da modalidade que é praticada.
A faixa considerada útil para hipertrofia muscular é compreendida entre uma e 20 repetições. Cargas entre 90 - 100% da máxima, executadas de uma a três repetições, estimulam principalmente a hipertrofia, cargas entre 75 - 85% da carga máxima que permita executar de seis a 12 repetições favorece a hipertrofia e melhora a vascularização e cargas entre 60 - 75% da máxima que permita de 15 - 20 repetições favorecem principalmente a hidratação e vascularização, e a hipertrofia em menores níveis (SANTAREM, 1999).
A hipertrofia contribui em menos de 30% para os ganhos de força muscular, a maior contribuição é devido a fatores neurais. (POLLOCK et al., 1986). Os melhores resultados são obtidos quando se aplica sobrecarga tensional, ou seja, baixas repetições (3 - 5) e cargas elevadas (SANTAREM, 1999).
3.4. Fibras musculares e adaptações neuromusculares em resposta ao treinamento
Durante um período contínuo e prolongado de treinamento aeróbio, ocorrem modificações quanto ao tipo e características das fibras musculares. As fibras de contração lenta (tipo I) tornam-se 7% a 22% maiores que as de contração rápida (tipo IIb). A proporção de fibras musculares do tipo I aumenta com o treinamento de endurance crônico. Maratonistas de elite, por exemplo, podem ter 95% de fibras musculares tipo lentas (Bucci, Vinagre, Campos, Curi, Pithon-Curi apud Andersen, JL; Saltin, B, 2005).
Em contrapartida, “o ganho adicional de força verificado com o início de um programa de treinamento de força deve-se à ativação neural, em fibras do tipo IIa, IIb, e até mesmo nas fibras do tipo I”. (SHOEPE; GARNER, 2003).
No treinamento de força, a proporção de fibras musculares tipo II aumenta significativamente. Há um decréscimo de fibras musculares tipo I, bem como da isoforma da miosina de cadeia pesada IIb e das isoformas híbridas, a favor do aumento da proporção de fibras IIa (WILLIAMSON; GALLAGHER, 2001).
Campos apud LUECKE; WENDEIN (2002) observaram, após um treinamento de força intenso, aumento de 12,5%, 19,5% e 26% na área transversa dos três tipos principais de fibras musculares; As fibras tipo I, IIa e IIb, respectivamente. Mccarthy e Agre (2002) demonstraram hipertrofia significativa das fibras do tipo I decorrente do treinamento de força. As fibras intermediárias podem adquirir características que as tornam predominantemente oxidativas ou glicolíticas, semelhantes as tipo I ou IIb, respectivamente.
Entretanto, a interação das atividades no treinamento concomitante poderia comprometer essa adaptação. As fibras intermediárias solicitadas num trabalho de hipertrofia e, posteriormente, no exercício aeróbio, não seriam capazes de se adaptar às duas modalidades, pois as adaptações desses tipos de treinamento são metabolicamente e neurologicamente opostas. O treinamento concomitante aumentaria a proporção de fibras musculares tipo I. (CHILIBECK; SYROTVIK, 2002).
“Tal adaptação é antagônica à observada nos treinamentos de força isolados, visando à hipertrofia muscular, onde é verificado aumento na proporção de fibras musculares do tipo II” (GREEN; GOREHAM, 1998).
4. Metodologia
4.1. População e amostra
População
Adolescentes do sexo masculino com idade entre 15 a 17 anos do Município de Lindóia do Sul – Santa Catarina – Brasil.
Amostra
A amostra inicial da pesquisa foi composta por quarenta adolescentes voluntários do sexo masculino com idade entre 15 a 17 anos do Município de Lindóia do Sul – Santa Catarina – Brasil.
Para amostra experimental foram selecionados de amostra inicial dez adolescentes com predominância de fibras musculares de contração rápida, tipo I, (Grupo 1) e nove adolescentes com predominância de fibras musculares de contração lenta, tipo II (Grupo 2).
A pesquisa foi realizada 10 fases.
Na primeira fase da pesquisa será adquirido a Autorização do Diretor da escola para realização da pesquisa. Na segunda fase serão realizadas as reuniões com a direção da escola, professores, pais e alunos envolvidos na pesquisa com finalidade de informá-los e orientá-los, de forma clara e detalhada ao respeito dos objetivos, justificativa, metodologia da pesquisa e benefícios que eles vão adquirir participando nesta pesquisa. Na quarta fase da pesquisa será determinada a força explosiva dos membros inferiores dos sujeitos da amostra inicial. A metodologia da determinação da força explosiva foi determinada pelo teste de Salto em Extensão (Mathews, 1986, p 116). Na quinta fase será determinada a resistência geral dos sujeitos da amostra inicial. A resistência geral dos sujeitos de amostra será determinada pelo VO2 max. através do Teste de Caminhada de 1609 metros. Na sexta fase foram formados dois grupos experimentais. Grupo 1 de 9 sujeitos com os melhores resultados para força explosiva e piores resultados de resistência geral. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares I - glicolíticas). Grupo 2 de 10 sujeitos com os piores resultados para força explosiva e melhores resultados de resistência geral. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares II - oxidativas). Na sétima fase será efetuada a mensuração inicial das circunferências dos membros inferiores e superiores. Na oitava fase serão realizadas as sessões de treinamento de hipertrofia muscular com sujeitos do Grupo 1 e Grupo 2 durante cinco semanas.
Protocolo de atividade física: Será realizado um mês prévio de treinamento para ajuste do condicionamento físico, em que foi utilizado o mesmo protocolo de estudo. O protocolo de treinamento será de múltiplas séries (3-4), utilizando a metodologia, pirâmide decrescente com 12/10/8 e 6 repetições máximas (RM). Cargas entre 80 a 90 % de 1 repetição máxima (1RM); tempo de recuperação entre 1’00’’ (minuto) a 1’30’’ (um minuto e trinta segundos). O treinamento será de 3 (três) dias por semana, (segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira (sessão de treinamento), terça-feira e quinta-feira (descanso). O protocolo de treinamento foi previamente descrito e seguiu orientações de metodologias para esta finalidade. Após o mês de equalização do condicionamento, serão realizadas mais 5 semanas de treinamento em um total de 15 sessões durante o estudo. Na nona fase será efetuada a mensuração final das circunferências dos membros inferiores e superiores. Na décima fase será realizada a análise comparativa dos dados adquiridos.
4.2. Instrumentos
Na coleta de dados do presente estudo foram utilizados os seguintes instrumentos:
Transmissor Polar, Relógio ACCOREX PLUS, INTERRACE PLUS, MC PENTIUM, Balança de alavanca FilizolaTM com precisão de ±50g, Estadiômetro de madeira com precisão de ±0,5cm, Fita métrica, Pista de atletismo, Ginásio poliesportivo e Equipamentos de academia de musculação.
4.3. Tratamento estatístico
O tratamento estatístico dos resultados adquiridos foi realizado através dos métodos da estatística descritiva (médio, desvio padrão, percentagem) e métodos de estatística analítica (Teste “t” de Student para amostras dependentes). O nível de confiança adotado e α = 0,05.
5. Resultados
Tabela 01. Resultado da formação do Grupo experimental 1. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares I - glicolíticas)
Tabela 02. Resultado da formação do Grupo experimental 2. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares II - oxidativas)
Figura 01. Classificação de salto e extensão. (Encontrado em: www.jefersonvianna.hpg.ig.com.br/grafico6.jpg)
No Salto em Extensão a tabela acima nos mostra que 90% dos adolescentes avaliados têm seu resultado no salto em extensão Fraco, 7,5% resultado Regular e 2,5% tem seu resultado Bom.
Figura 02. Classificação para a capacidade do consumo máximo de oxigênio
previsto (ml . Kg-1 . Min-1) de adolescentes com faixa etária entre 15 a 19 anos
Tabela 03. Dados adquiridos no pré-teste das medidas corporais de adolescentes do sexo masculino com idade entre 15 a 17 anos,
componentes do Grupo experimental 1. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares I - glicolíticas)
Tabela 04. Dados adquiridos no pré-teste das medidas corporais de adolescentes do sexo masculino com idade entre 15 a 17 anos,
componentes do Grupo experimental 2. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares II - oxidativas)
Tabela 05. Resultados adquiridos no pós-teste das medidas corporais de adolescentes do sexo masculino com idade entre 15 a 17 anos,
componentes do grupo experimental 1. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares I - glicolíticas)
Tabela 06. Resultados adquiridos no pós-teste das medidas corporais de adolescentes do sexo masculino com idade entre 15 a 17 anos,
componentes do grupo experimental 2. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares II - oxidativas)
Tabela 07. Análise comparativa dos dados do pré-teste e do pré-teste das medidas corporais de adolescentes do sexo masculino com idade
entre 15 a 17 anos, componentes do Grupo experimental 1. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares I - glicolíticas)
Tabela 8. Análise comparativa dos dados do pré-teste e do pré-teste das medidas corporais de adolescentes do sexo masculino com idade
entre 15 a 17 anos, componentes do Grupo experimental 2. (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares II - oxidativas)
5.1. Discussão dos resultados
Os resultados da pesquisa apresentados nas tabelas 07 e 08 mostram que, tanto para adolescentes do Grupo I como para os adolescentes do Grupo II, a metodologia proposta de treinamento de hipertrofia muscular aumenta significativamente (p < 0,05) as circunferências de seus membros superiores e inferiores e diminui as circunferências de abdominal e cintura. Porem o efeito de treinamento de hipertrofia muscular nos adolescentes do Grupo I é diferente do efeito do treinamento de hipertrofia muscular nos adolescentes do Grupo II.
Nos adolescentes do Grupo I, (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares do tipo I – glicolíticas), os membros superiores tiveram maior aumento das circunferências do que nos adolescentes do Grupo II, (Grupo considerado com maior porcentagem das fibras musculares do tipo II – oxidativas), (1,2% contra 0,6% para tórax; 4,0% contra 2,1% para braço; 2,3% contra 1,3% para antebraço). Já nos membros inferiores, em média, o efeito na hipertrofia muscular é o mesmo. Foi observada maior diminuição das circunferências na abdominal e cintura nos adolescentes de Grupo II (0,42% contra 0,26% para abdominal e 0,51% contra 0,24% para cintura).
Considerando os dados apresentados podemos afirmar que, o treinamento dos adolescentes deve ser planejado e estruturado por profissionais qualificados da Educação Física, com conhecimentos sobre composição muscular dos treinados.
Isto contribui significativamente no desenvolvimento de objetivos e progressões de exercícios nos programas de treinamento, além de garantir que os objetivos sejam alcançados, e a incidência de lesões atenuadas. Por isso da importância de se ter metodologias especificas para cada faixa etária, onde iram influenciar positivamente em todas as situações inerentes aos procedimentos práticos, metodológicos e sistemáticos da prescrição de treinamento com objetivo de hipertrofia.
6. Conclusão
Na base dos resultados da pesquisa podemos fazer a conclusão seguinte:
A hipótese enunciada no início da pesquisa, “Existe diferença no desenvolvimento da hipertrofia muscular em adolescentes do sexo masculino com diferentes concentrações de fibras dos tipos I e II na composição muscular durante aplicação da mesma metodologia de treinamento”, está confirmada.
Hipertrofia muscular em adolescentes do sexo masculino com maior concentrações de fibras dos tipos I na composição muscular durante aplicação da mesma metodologia de treinamento é significativamente maior para membros superiores do que em adolescentes do sexo masculino com maior concentrações de fibras dos tipos II.
O resultado confirma que metodologias de treinamento bem sucedidas, dependem das avaliações que precedem o treinamento e também da percepção e experiência dos profissionais da educação física, que atuam junto aos praticantes de treinamento de força.
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