Estudo de caso: M.A.R. Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquêmico e hemiplegia Estudio de caso: M.A.R. Accidente Cerebro Vascular (ACV) isquémico y hemiplejia |
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*Autora. Graduanda em Educação Física. UFSM, RS Graduanda em Fisioterapia. UNIFRA, RS **Coautor. Pós-graduando Gestão Educacional. UFSM, RS (Brasil) |
Verônica Jocasta Casarotto* veronica_casarotto@hotmail.com Cristian Leandro Lopes da Rosa** |
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Resumo Neste trabalho será exposto um estudo de caso de um paciente com Acidente Vascular Cerebral (AVC), Isquêmico e hemiplegia, tendo em vista sua melhora na qualidade de vida dos membros afetados. O objetivo deste trabalho é melhorar a qualidade de vida e tratar os problemas decorrentes do paciente. Compartilhando as técnicas desenvolvidas do mesmo e trazendo uma prevê descrição do AVC. Unitermos: AVC. Isquemia. Hemiplegia. Qualidade de vida.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Neste trabalho iremos fazer um estudo de caso de um paciente idoso com sequelas de AVC e HAS. Este paciente nos foi apresentado no intuito da pratica da promoção de saúde, maior/melhor qualidade de vida e reabilitação dos membros afetados. O Acidente Vascular Cerebral, que lidera as causas de morte e seqüelas neurológicas em todo mundo. Para se ter uma noção das conseqüências sociais do AVC, em países ocidentais ele é a primeira causa de perda de habilidade física em adultos, a segunda causa de demência e a terceira causa de morte depois do câncer e doenças cardíacas (M. GIROT ET AL., 2003). Além disso, 25% dos sobreviventes a um AVC têm demência (STEPHENS ET AL., 2005). Temos como objetivos utilizar técnicas já estudadas pra melhorar a qualidade de vida e tratar os problemas decorrentes, a grande maioria dos pacientes acometidos pelo AVC apresenta hemiplegias tanto de membro inferior como de superior, grande parte é afetada apenas em um dos lados. O AVC envolve um dos nossos mais importantes órgãos: o cérebro. Este é uma estrutura complexa, extremamente sensível. Ele é o centro de comando da vida sem este não seríamos capazes de pensar, de sentir, de lembrar, não teríamos emoções. Portanto uma doença que envolva este nosso órgão tão importante pode deixar seqüelas irreparáveis e muitas vezes podem ser fatais. A fisioterapia tem um grande papel não só na reabilitação, mas também na prevenção desta doença ajudando a reduzir os fatores de risco para a mesma. Inicialmente apresentaremos nosso paciente logo após iremos conceituar o AVC trazendo algumas curiosidades do mesmo. Depois realizaremos a sistematização de assistência em Fisioterapia buscando assim melhorar consideravelmente a assistência prestada a nossos futuros pacientes.
Desenvolvimento
M. A. R., sexo masculino, 70 anos, relata ter sofrido em janeiro de 2009 um Acidente Vascular Cerebral (AVC), onde ficou no hospital por algumas semanas, e teve acompanhamento de fisioterapeuta, já percebendo as sequelas que tinha ficado do AVC. Outro relato do paciente é que na família tem histórico familiar de AVC os pais e os irmãos. E que antes de acontecer o AVC, a única doença que ele tinha era hipertensão arterial. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) tem alguns fatores de risco que precisam ser considerados como a idade: aumenta os riscos conforme a mesma; sexo: os homens correm maior risco de ter um AVC, embora mais mulheres morram de AVCs, isto ocorre porque os homens têm AVCs mais cedo, tendo maiores hipóteses de recuperação; a raça: as pessoas de origem negra têm maior probabilidade de risco de acontecer um AVC do que as de origem mais clara. Em alguns estudos em Portugal mostra que 30% do doente de AVC tem um historico familiar de AVCs, sendo que este familiar tem mais de um afetado com a doença na familia. E também tem alguns fatores geneticos de risco, como hipertensão, doenças cardíacas, diabetes e malformações vasculares. Como há probabilidade do AVC neste paciente de ser tanto de um histórico familiar como da sua hipertensão, podemos perceber que pessoas com hipertensão (pressão arterial elevada persistente, superior a 140/90 mm Hg) têm um risco de AVC 4 a 6 vezes superior ao das pessoas com pressão arterial normal (pressão arterial de ±120/80mm Hg). A hipertensão acelera o processo de arteriosclerose e pode levar à ruptura de um vaso sanguíneo ou a uma isquemia. Existem dois tipos principais de AVCs o hemorragico e o isquêmico; e este último foi o que aconteceu com o paciente. O AVC define-se como um défice neurológico súbito motivado por isquemia ou hemorragia no sistema nervoso central. Vamos concentrar-nos no AVC isquêmico, o qual contribui para cerca de 75% de todos os casos. O AVC isquêmico é causado por uma oclusão vascular localizada, levando à interrupção do fornecimento de oxigénio e glicose ao tecido cerebral, afetando subsequentemente os processos metabólicos do território envolvido. Decorrente do seu AVC um padrão foi à hemiplegia do paciente. A hemiplegia é uma sequela neurológica grave devida a um comprometimento circulatório no cérebro com consequências e comprometimento em vários níveis. O AVC comprometeu alguma área do cérebro, que é responsável por determinadas funções do corpo sendo as áreas lesadas: o comprometimento sensorial: falhas na degustação, tacto e sensibilidade, olfato, visão e audição; o comprometimento mental: falhas na memória, raciocínio, etc. e o comprometimento físico: em nível de tônus, coordenação, equilíbrio, etc. O campo que mais interessa é o comprometimento físico porque é onde a fisioterapia atua, as lesões no cérebro do hemiplégico atuam no córtex motor. O córtex motor primário normalmente exerce efeito estimulador tônico contínuo sobre os motonerônios da medula espinhal e quando ocorre a lesão do córtex motor primário ou interrupção do feixe piramidal, o que se sucede é uma hipotonia. Mas muitas lesões comprometem, além do córtex motor, estruturas mais profundas, como é o caso dos núcleos de base (gânglios de base). Uma lesão nos núcleos de base causa uma hipertonia na musculatura subordinada. Se a lesão ocorre no lado esquerdo do cérebro a hipertonia ocorrerá na musculatura do lado direito do corpo (todas as vias motoras cruzam para o lado oposto: decussação das pirâmides). Quanto maior a lesão dos gânglios: maior a espasticidade. Conforme avaliação o paciente é hemiplégico à direita, o fisioterapeuta tem que desenvolver certas condutas como; evitar contraturas e deformidades, mantendo e aumentando a ADM: através de mobilizações passivas, alongamentos passivos e ativos (de extensores e flexores de quadril e joelho, abdutores de quadril, de planteflexores, peitoral maior, bíceps e flexores de punho), descarga de peso em MSD. Restaurar os padrões de força no tronco e extremidades, eliminando a fixação de tronco: através de contrações concêntricas e excêntricas da musculatura lateral do tronco (rotação do tronco: oblíquo interno e externo do abdome, reto do abdome, grande dorsal; inclinação do tronco: quadrado lombar, oblíquo interno e externo, íliocostal lombar, transverso do abdome); mobilizações de tronco no plano frontal, sagital e transversal (ativo-assistido e ativamente); proporcionar descarga de peso em M.S.D e M.I.D; movimentos de alcance (no espaço) em busca de objetos nas laterais e na frente. Promover melhora do equilíbrio, fortalecer membro inferior e reeducar a marcha e alinhamento corporal: através de alongamentos, fortalecimento (de quadríceps, glúteos, abdome, tibial anterior, isquiostibiais, paravertebrais, quadrado lombar, oblíquos e transversos do abdome); através de ponte e tentáculo, passagem de pé para sentado, agachamento, em quatro apoios levantar os membros contralaterais mantendo a coluna alinhada. Promover dissociação de cinturas, mobilidade pélvica. Começar treino de marcha em barras paralelas, subir e descer escada e evoluir para sem apoio nas laterais. Melhorar funcionalidade de MSD e AVD’s: com atividades funcionais recriando as atividades de higiene e vestimenta, e os movimentos do MSD com assistência do MSE em linha media e rotações.
Conclusão
Através dos trabalhos realizados conseguimos atingir grandes benefícios com a realização de alguns exercícios e com melhorias no padrão de vida do paciente. Com este estudo podemos ver grandes resultados da melhora no quadro da hemiplegia decorrente do AVC sofrido pelo mesmo. Portanto com este caso podemos aprimorar nosso conhecimentos dos acometimentos, causas e tratamentos do AVC, e com simples exercícios trazer uma qualidade e melhora de vida em suas atividades rotineiras.
Bibliografia
BOBATH, B. Hemiplegia em adultos: avaliação e tratamento. 3. ed. Barueri: Manole, 2001.
TORRIANI, C. et all. Enfaixamento em 8 como recurso fisioterapêutico para o recrutamento muscular dos dorsiflexores durante a marcha. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 20, n.4, p. 31 – 41, 2007.
YONEYAMA, S. M. et all. Validação da versão brasileira da Escala de Avaliação Postural para Pacientes após Acidente Vascular Encefálico. Acta Fisiatr 2008; v.15, n. 2, p. 96 –100, 2008.
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