efdeportes.com

Massagem na ginástica laboral

El masaje en la actividad física laboral

Massage in the labor gymnastic

 

*Centro Universitário La Salle

Curso de Bacharelado em Educação Física, Canoas, RS

**Professora dos Cursos de Educação Física e Fisioterapia

Centro Universitário La Salle

Doutora em Ensino de Ciências

Universidade de Burgos, Burgos, Espanha

Diane Pacinato*

didi_pasinato@hotmail.com

Adriana Marques Toigo**

adrytoigo@terra.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A qualidade de vida é um tema freqüente nos projetos desenvolvidos por profissionais da saúde dentro de empresas dos mais diversos segmentos e a ginástica laboral pode ter um papel importante no cotidiano dos colaboradores, embora ainda careça de embasamento científico que corrobore seus benefícios. Uma das estratégias que tem sido incluída nos programas de ginástica laboral é a massagem. O presente estudo apresenta uma análise crítica da literatura sobre ginástica laboral e massagem laboral, bem como busca esclarecimentos sobre a prática de aplicação de massagens por profissionais da Educação Física no contexto da ginástica laboral.

          Unitermos: Ginástica laboral. Massagem. Profissional de Educação Física. Técnicas de relaxamento.

 

Abstract

          Quality of life is a frequent theme in the projects developed by health professionals in companies of different segments and labor gymnastics may have an important role in the daily lives of the employees, although it still lacks a scientific basis to corroborate its benefits. One strategy that has been included in the labor gymnastic programs is the massage. This study presents a review of the literature on labor gymnastics and massage at work, seeking clarification on the practical application of massages by physical educators in the context of labor gymnastics.

          Keywords: Exercise therapy. Massage. Physical educator. Relaxation techniques.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 162, Noviembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    Promover qualidade de vida através de projetos e atividades multidisciplinares, atualmente, é um tema que está sendo amplamente explorado pelos profissionais da saúde. Porém, ainda é possível perceber que existem lacunas teóricas e práticas a esse respeito. Alguns assuntos continuam pouco esclarecidos, ou então, erroneamente compreendidos, o que demonstra a necessidade de pesquisas elucidativas.

    Dentre os assuntos que se acredita estarem carecendo de aprofundamento, figura a ginástica laboral, atividade prescrita, usualmente, por profissionais da Educação Física. Recentemente tem sido observada a utilização de massagem como parte dos programas de ginástica laboral. Entretanto, a massagem, especificamente, não faz parte do conteúdo curricular dos cursos de Bacharelado em Educação Física. Nesse sentido, justifica-se a necessidade da realização de estudos que procurem identificar se esses profissionais têm prerrogativa legal para aplicar e orientar a realização de massagem durante as aulas de ginástica laboral.

    O Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região (CREF2/RS) (2011) apresenta no Capítulo II do seu estatuto esclarecimentos quanto ao exercício da profissão, bem como, campo e atividade profissional, tornando público que é própria do profissional de Educação Física a intervenção na atividade física que compreende a totalidade de movimentos corporais executados em diversas práticas. Entre essas práticas estão compreendidas a recreação, a reabilitação, a ergonomia, o relaxamento corporal, os exercícios compensatórios, a ginástica laboral e outras práticas corporais. Nesse contexto, este estudo procurou verificar se nas atividades definidas como de relaxamento corporal estão subentendidas técnicas como as de massagem.

    Nesse estudo foram revisadas investigações a fim de obter informações a respeito da aplicação de massagem na ginástica laboral. Também se buscou compreender porque diversas formas de massagem (como as aplicadas utilizando materiais como bolinhas de tênis, a massagem manual, a automassagem e a troca de massagem entre colegas essa prática), cada vez mais, vêm fazendo parte do cotidiano profissional dos educadores físicos sendo que essas técnicas não são de seu pleno domínio.

Histórico

    A partir da revolução industrial, o trabalho dos artesãos, que era braçal, tomou novos rumos. Até então, cada indivíduo dominava todas as etapas da produção e, por isso, executava movimentos variados durante toda a rotina de trabalho. Com a da revolução industrial surgiu uma nova forma de trabalho – a produção em série – na qual máquinas começaram a realizar funções antes feitas por trabalhadores. Os trabalhadores passaram a executar movimentos com menor amplitude, porém com maior número de repetições. Surgiram, então, as longas jornadas de trabalho com movimentos repetitivos. Conforme Figueiredo e Mont’Alvão (2008), dando suporte aos princípios lançados por Taylor, no fordismo, o homem deveria permanecer fixo no seu posto de trabalho, executando movimentos mecanizados e que obedeciam a um padrão previamente determinado. Nesse contexto, o contato pessoal entre os trabalhadores era quase inexistente, ou seja, não havia aproximação entre os funcionários para que não perdessem tempo. A insatisfação dos trabalhadores com a organização e a forma de trabalho fez com que acontecesse uma adaptação desse processo a um modo que permitisse a realização social dos trabalhadores. Surgiu, então, a Escola de Relações Humanas no Trabalho, criada por Elton Mayo (op. cit.).

    De acordo com Lima (2005), a ginástica laboral inicialmente foi chamada de ginástica de pausa. A referência inicial dessa prática, ainda que com outra denominação, surgiu na Polônia, datada em 1925, com o livro Ginástica de Pausa, seguida da Holanda e da Rússia. Segundo Alvarez citado por Figueiredo e Mont’Alvão (2008), essa prática passou a ser utilizada no Japão em 1928, já com o nome de ginástica laboral, sendo realizada com funcionários do correio.

    Atualmente, a ginástica laboral, é definida como a prática de atividade física dentro do ambiente de trabalho e durante sua jornada. Ela é uma das alternativas para diminuir a ação das emoções tóxicas do ambiente. É uma prática que deve ser desenvolvida, diariamente, a fim de manter as capacidades e funções orgânicas do trabalhador, bem como minimizar problemas gerados por posturas desconfortáveis e rigidez muscular. Esse tipo de atividade tem como proposta trabalhar o autoconhecimento, a autoestima e melhorar a relação com os demais trabalhadores, atuando de forma preventiva e terapêutica (Martins e Barreto, 2007).

    No Brasil, segundo o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) (2004b), as primeiras práticas de atividade física específicas para funcionários ocorreram em 1901, quando uma fábrica de tecido em São Paulo investiu em atividade física e lazer para os funcionários. Também, a fim de promover a qualidade de vida dos trabalhadores, surgiu algum tempo depois, a Associação Atlética dos Funcionários do Banco do Brasil (AABB), ainda sem a idéia de ginástica realizada durante o horário de expediente. Atualmente, o estatuto da AABB continua com o objetivo de apoiar, promover e incentivar ações para a educação, cultura, saúde, assistência social, recreação e desporto (Associação Atlética Banco do Brasil, 2010).

    No entanto, o início efetivo da ginástica laboral no Brasil ocorreu na Federação de Estabelecimento de Ensino Superior (FEEVALE) em Novo Hamburgo, RS, a qual criou, em convênio com o Serviço Social da Indústria (SESI), na década de 70, um projeto baseado em análise biomecânica, análise compensatória e recreação para o relaxamento da musculatura, denominado “Educação Física Compensatória e Recreação” (Figueiredo e Mont’Alvão, 2008; Lima, 2005).

Relação entre empresa, colaborador e ginástica laboral

    O trabalho é que garante a renda mensal para a maioria dos trabalhadores. Em alguns casos é desenvolvido por indivíduos que julgam fazer dele não uma obrigação, mas um prazer; para outros, manter-se em ambiente com metas e funções a cumprir, representa um sacrifício. Quando o trabalho é desenvolvido de forma tranqüila, sem pressões extremas, com prazer e remuneração de acordo com a função desempenhada, é menos provável que funcionários desenvolvam doenças relacionadas ao trabalho.

    Ainda existe certa resistência por parte de algumas empresas e seus gestores no entendimento de que todo o processo econômico, por envolver pessoas, incorpora à economia características de um sistema vivo. As organizações sociais interagem entre si e também com processos paralelos que envolvem a vida pessoal do trabalhador, o qual, por sua vez, participa de outros núcleos sociais. Então, é necessário entender que para ter uma organização saudável é preciso ter também trabalhadores saudáveis (Alvarez, 2001). Ou seja, a preocupação com a saúde dos colaboradores é uma necessidade da empresa, não só no que diz respeito a fatores ergonômicos ou tensionais referentes ao trabalho, mas também a quantidade e a qualidade do trabalho realizado. Assim, para que uma organização se mantenha saudável é preciso oportunizar que seus funcionários se mantenham saudáveis. Nesse sentido, as organizações precisam ter mecanismos e profissionais que possam ajudar a curar aqueles que lidam com as emoções tóxicas no trabalho (Quick, Macik-Frey, Mack, Keller, Gray e Cooper, 2007), as quais consistem de situações que desencadeiam dor e conflito. Situações que geram stress e conflito entre trabalho e trabalhadores alavancam os problemas relacionados à saúde dos colaboradores, principalmente, quando esses são subordinados a profissionais não aptos a comandar equipes. Nesses casos, o líder não é capaz de filtrar a toxidade do trabalho, portanto, não representando bem sua função dentro da empresa.

    Os líderes que conseguem absorver e metabolizar essas situações reduzem o impacto em toda a organização, inclusive, nos seus subordinados. Entretanto, esses líderes expõem sua própria saúde. A necessidade de programas de saúde e qualidade de vida oferecidos pelas empresas se justifica pelo potencial em proporcionar maior segurança e bem-estar aos funcionários. Por conseqüência, costuma-se notar uma melhora na saúde do colaborador, possivelmente, pelo aumento da resistência ao stress e diminuição de riscos de acidentes (Quick, Macik-Frey, Mack, Keller, Gray e Cooper, 2007). Nesse contexto surge a prática da ginástica laboral como um meio de auxílio nesse processo, fazendo uma espécie de filtragem dos aspectos nocivos ao ambiente de trabalho, tanto por proporcionar a interação entre os colaboradores, quanto por promover o relaxamento dos mesmos.

    A ginástica laboral dentro da empresa passou a ser mais um fator de otimização da produção. Alguns de seus objetivos são introduzir conceitos relacionados à qualidade de vida e prestar esclarecimentos sobre saúde. O incentivo à prática de exercícios e as dicas para o desenvolvimento de atividades que propiciem tanto o bem-estar físico e mental como momentos de lazer, visam o equilíbrio físico e emocional dos funcionários. Esses, por sua vez, quando saudáveis, alavancam o crescimento da empresa através da produtividade no trabalho. A ginástica laboral faz parte do processo produtivo por entender o funcionário como elemento fundamental para a empresa. Quando as necessidades do colaborador são satisfeitas e equilibradas, conseqüentemente, a empresa terá funcionários estimulados para participar do processo produtivo (Marchand e Siqueira, 2008).

    Para que as aulas de ginástica laboral tenham seus objetivos alcançados, é importante que não aconteça apenas a repetição silenciosa dos exercícios que o professor sugere. Tampouco, as práticas podem ser encaradas como mini-palestras, nas quais o funcionário apenas ficará escutando a proposta do professor. As aulas são momentos livres, de interação entre os participantes e não devem ter caráter de obrigatoriedade. Permitir a discussão de assuntos diversos nas aulas é fundamental para aliviar a tensão estabelecida pelo trabalho. Entretanto, é preciso estabelecer alguns limites aos participantes. Ainda que as aulas sejam momentos de descontração, é necessário que se mantenha certo rigor na execução das atividades, para que os exercícios sejam realizados de forma correta. Além disso, a intensidade das aulas deve ser estabelecida de acordo com o rendimento da turma. Caso contrário, pode acontecer a desmotivação dos participantes que apresentam dificuldades na realização de algumas tarefas e, conseqüentemente, o que seria um momento de descontração e lazer, se tornaria mais uma cobrança de rendimento e perfeição.

    Em síntese, para as empresas, o importante são os benefícios relativos à saúde ocupacional, diminuição de acidentes de trabalho e, por conseguinte, diminuição das licenças-saúde e rotatividade. Portanto, o empregador minimiza os gastos trabalhistas e indiretamente aumenta a produtividade.

Tipos de ginástica laboral

    De maneira geral, a ginástica laboral deve ter duração de 8 a 15 minutos, ou seja, configura-se em uma prática de curta duração, e não deve exigir grandes esforços por parte dos colaboradores, eliminando as possibilidades de provocar sudorese ou desconforto.

    Existem diferentes tipos de ginástica laboral. A ginástica de aquecimento ou preparatória é aquela feita pelo funcionário antes ou logo após o início da jornada de trabalho. Progressivamente, ela poderá proporcionar a adaptação dos processos fisiológicos às exigências do trabalho (Martins e Duarte, 2008). Tem como função aquecer e alongar os grupos musculares que serão solicitados durante as atividades, aumentando a circulação sanguínea, lubrificando e aumentando a viscosidade das articulações e tendões.

    A ginástica de pausa ou compensatória é a praticada no meio do expediente de trabalho. É considerada como uma pausa ativa para executar exercícios específicos de compensação, tanto para postura sobrecarregada, como para posturas solicitadas no posto de trabalho. São executados exercícios de descontração muscular e relaxamento. Esse trabalho também visa o fortalecimento muscular e interrupção da monotonia da rotina empresarial (Conselho Federal de Educação Física, 2004a; Oliveira, Oliveira, Santos e Decol, 2007).

    A ginástica de relaxamento é realizada nos últimos 10 ou 15 minutos de expediente e funciona como um relaxamento no encerramento do trabalho. Para Mendes e Leite (2008) os colaboradores necessitam de relaxamento, massagem em todo o corpo e extravasamento das tensões acumuladas nas regiões da coluna, na região plantar dos pés e nos ombros. Essa atividade proporcionará aos trabalhadores o relaxamento muscular e mental para que os problemas e tensões desencadeadas pelo trabalho não sejam levados até a família, a fim de evitar que outros conflitos aconteçam. A conseqüência provável de relacionar problemas pessoais e familiares com profissionais é o desencadeamento de uma série de doenças ocupacionais (Halbersleben e Zellars, 2007). Entre elas, menciona-se a Síndrome de Burnout, que consiste em uma resposta ao estresse crônico, na forma de esgotamento físico e psicológico, aliado a sentimentos de despersonalização e frieza em relação aos demais, insatisfação com o trabalho, entre outras características (Wallau, 2003). Uma alternativa que parece encaixar-se bem nessa categoria de ginástica laboral é a utilização de técnicas de massagem, tema que será abordado a seguir.

Ginástica laboral e massagem laboral

    Durante as aulas de ginástica laboral, são trabalhados exercícios que buscam normalizar as funções e capacidades orgânicas, além de atividades que promovem a relação interpessoal, o autoconhecimento e o aumento da autoestima. Também são incorporados exercícios de alongamento, resistência muscular localizada, exercícios compensatórios, atividades recreativas, jogos cooperativos, relaxamento, massagem e automassagem (Lima, 2005; Marchand e Siqueira, 2008; Martins e Barreto, 2007; Moretti e Lima, 2010).

    Knapp citado por Alter (2010) define massagem como uma manipulação sistemática de tecidos corporais com o propósito de afetar os sistemas nervoso e muscular e a circulação geral. Já para Stephens (2008) a massagem consiste em um exame manual do tecido e no relaxamento de contrações musculares e espasmos. As técnicas de alongamento são reconhecidas por segmentos da massoterapia por ajudarem no relaxamento das contrações musculares, as quais podem limitar movimentos articulares.

    Moretti e Lima (2010) sugerem que dentro da empresa, a massagem seja denominada como massagem laboral. Ela pode realizada sob diferentes aspectos, tais como: eventos, programas de prevenção e reabilitação ou incluída dentro da ginástica laboral (op. cit.). Nesse caso, pode ser trabalhada como um método de relaxamento ou motivacional. Logo, se utilizada como técnica de relaxamento, o professor de educação física tem amparo legal pelo Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região (2011) para desenvolver a massagem na ginástica laboral.

    A massagem é desenvolvida no contexto da ginástica laboral principalmente para o relaxamento e bem-estar dos trabalhadores. As modalidades focadas nesses benefícios são a ginástica laboral compensatória e de relaxamento, sendo essa última, normalmente, realizada no fim do expediente de trabalho. As formas de massagem desenvolvidas na ginástica laboral são caracterizadas como recreacionais e incluem técnicas gerais de massagem. A aplicação da massagem é limitada às pessoas que não apresentam problemas de saúde definíveis, ou seja, apenas pessoas saudáveis. Esse tipo de massagem é responsável por proporcionar ao participante o relaxamento, o divertimento e o repouso como forma de promoção da saúde. Já a massagem terapêutica promove a saúde por trabalhar no tratamento de uma doença já existente e diagnosticada (De Domenico e Wood, 1998). Porém, é importante lembrar que muitas são as pessoas que desconhecem ou omitem algumas questões relacionadas à saúde, inclusive no ambiente de trabalho. Portanto, faz-se necessário, além da realização de uma anamnese, que o professor, antes de aplicar massagem de relaxamento, estabeleça uma relação de confiança e troca com a turma, a fim de evitar problemas futuros por omissão de diagnóstico.

    O prestador de serviço que utilizar a massagem laboral no contexto da ginástica laboral deverá saber identificar as técnicas indicadas, assim como o público e o ambiente corporativo em que está inserido, além das possíveis causas do estresse ocupacional desse ambiente. Após esse conhecimento específico referente à turma, deverá orientar sobre o impacto da massagem, o bem-estar e a qualidade de vida por ela promovidos. O prestador de serviço é um dos responsáveis por identificar quais os principais agentes causadores de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e lesões por esforços repetitivos (DORT/LER), capazes de alterar o rendimento do trabalhador e sua qualidade de vida. Para isso, será necessário trabalhar em conjunto com setores que também tenham dados a respeito dos colaboradores, como recursos humanos, segurança do trabalho e ambulatório da empresa (Moretti e Lima, 2010).

    Para a inclusão de técnicas de massagem no contexto da ginástica laboral, é necessário que o professor identifique como e com que objetivo conduzirá essas práticas com determinado público. O professor tem a responsabilidade de criar um ambiente de participação e cooperação, além de despertar a curiosidade e, ao mesmo tempo, ser facilitador da aprendizagem. Para que as aulas atendam às necessidades dos colaboradores, é importante que o professor conheça diversas técnicas de massagem e seja capaz de orientar de forma verbal e precisa. A promoção do aprendizado das técnicas de massagem, incorporada ao cotidiano, pode ser um agente motivador para a participação e o aprendizado coletivo.

    Algumas das principais técnicas de massagem manuais utilizadas são: a batida, que pode ser realizada de forma profunda ou superficial, com movimentos lentos, rítmicos e delicados; a compressão, que engloba pressão ou aperto e fricção; e a percussão ou tapotagem, que pode ser feita através de golpes ou tapas leves que produzem estimulação.

    A aplicação da massagem na ginástica laboral pode ser realizada em duplas, trios, círculo ou na forma de automassagem (Moretti e Lima, 2010). Fritz citado por Moretti e Lima (2010) argumenta que “massagear a si próprio pode ser muito eficiente no tratamento de estresse e controle da dor”, sugerindo, então, a automassagem como possibilidade de trabalho para disponibilizar aos participantes que tenham alguma limitação para participar das aulas. A troca de massagem (situação na qual um aluno faz massagem em outro), também é uma possibilidade de trabalho para que, em um segundo momento, seja realizada a inversão dos papéis. Essa troca, que também pode ser praticada em trios ou círculos, proporciona um aumento na confiança entre os colaboradores, além de um fortalecimento no espírito de equipe e a descontração no ambiente de trabalho.

    Os procedimentos de massagem, geralmente, são realizados nas regiões dos músculos trapézio, esternocleidomastóideo e deltóide, além das regiões dos braços, antebraços, mãos e pés (Lima, 2005). Provavelmente, essas são regiões e grupamentos musculares escolhidos em função dos relatos de maior desconforto por parte dos participantes dos programas de ginástica laboral (Pereira e Toigo, 2011). Para um indivíduo que recebe boas orientações e tem consciência corporal, as aulas de ginástica laboral promovem ainda mais qualidade de vida. Um dos benefícios posteriores é o autoconhecimento que este aluno terá a respeito dos exercícios de alongamento capazes de aliviar suas tensões diárias, bem como, as técnicas de massagem, aprendidas em aula, que poderão ser utilizadas no seu dia-a-dia.

    Colchonete, música e materiais para massagem, como bolinhas de tênis, ou de borracha devem estar à disposição para as aulas de ginástica laboral (Martins e Barreto, 2007; Mendes e Leite, 2008). Outra alternativa consiste em o instrutor orientar os funcionários a trazerem o material necessário para a prática da massagem (Mendes e Leite, 2008). Os acessórios utilizados durante as aulas de ginástica laboral têm como finalidade facilitar a prática de modo que não exija dos participantes o esforço de grupos musculares que já estão sobrecarregados pela rotina de trabalho. O professor deve incentivar que o colaborador se concentre nas sensações produzidas pela massagem e não nos possíveis desconfortos produzidos pelo trabalho. Entretanto, provavelmente, poucos serão os alunos com disponibilidade para trazer o material para aula, assim sendo, é mais prático que o professor leve aos alunos os recursos necessários. Além disso, no que se refere à higienização dos materiais, podem ser usadas, como nas academias, toalhas de uso individual, ou, então, ter um higienizador à disposição, visto que, em alguns momentos, o material poderá ter contato direto com a pele do aluno.

    A massagem pode ser realizada em momentos distintos dentro da empresa, não sendo restrita a ginástica laboral. Eventos, festas de fim de ano, premiações, semana interna de prevenção de acidentes de trabalho (SIPAT) e ambulatório médico da empresa também são locais que permitem a realização de massagem, mas nesses casos o contexto é diferente, não sendo realizada, então, por profissionais da Educação Física. Nos eventos, geralmente é utilizada a quick massage (massagem sentada), realizada por especialistas nessa técnica. Ela se adapta ao ambiente corporativo e a cadeira é de fácil transporte. A massagem também pode ser feita em local aberto com movimentação de pessoas como: salão, feiras, escritórios e fábricas. Ou, ainda, em locais fechados, como salas de reunião. Quando a massagem é terapêutica, deve ser realizada no ambulatório médico da empresa pelo massoterapeuta (Moretti e Lima, 2010; Stephens, 2008).

    Portanto, os materiais e os métodos, bem como a forma de aplicação da massagem nas aulas de ginástica laboral, podem variar. Os critérios devem ser estabelecidos pelo professor. A fim de promover o engajamento e a satisfação de todos os participantes, os alunos também podem sugerir os materiais com os quais preferem trabalhar.

Possíveis efeitos da massagem

    A massagem, quando adequadamente aplicada, pode trazer vários benefícios. O efeito primário da manipulação dos tecidos moles é mecânico, gerado pela tração, pressão, estiramento, fricção e compressão que desencadeiam respostas fisiológicas e terapêuticas. Além desses, também é possível observar efeitos psicológicos positivos antes mesmo de um tratamento ser finalizado. Talvez, esse, seja um dos principais fatores que motive as pessoas a procurar esse recurso, participando da ginástica laboral como um todo. Alguns desses efeitos serão apresentados a seguir:

  1. efeitos fisiológicos: a massagem permite que a pele e alguns tecidos subjacentes sejam manipulados. Com isso, acontece o aumento do fluxo linfático, sanguíneo e do volume de ejeção cardíaca, além da otimização do fluxo de nutrientes. Essas conseqüências, aliadas à remoção de produtos do catabolismo, aliviam alguns tipos de dores. O estímulo mecânico proporcionado pela massagem acelera o processo de cicatrização, aumenta a extensibilidade do tecido conjuntivo, assim como a amplitude articular. Além disso, pode prevenir tromboses, provoca o estímulo sexual, facilita a atividade muscular e promove o relaxamento geral e local (De Domenico, 2008; De Domenico e Wood, 1998; Goats, 1994);

  2. efeitos psicológicos: para a maioria das pessoas, a massagem é entendida como relaxante, mesmo que não exista dor ou lesão. Esse tipo de massagem é definido como recreacional e o alívio da dor pode ser psicológico, porém, legítimo da massagem (De Domenico e Wood, 1998). É importante que o relaxamento não seja induzido apenas através de técnicas manuais. É preciso trabalhar conhecendo e entendendo o próprio corpo, pois o relaxamento depende tanto de fatores fisiológicos como psicológicos. Aliada ao relaxamento físico, a massagem também pode induzir a redução da ansiedade e da tensão. Por esse motivo, a massagem é instrumento em programas de qualidade de vida e redução de estresse, alavancada por projetos de ginástica laboral que enfatizam a prevenção de DORT;

  3. efeitos terapêuticos: a partir dos dados referentes aos efeitos fisiológicos e psicológicos já citados, tornam-se mais claros os efeitos terapêuticos. Entretanto, De Domenico e Wood (1998) ponderam que manipulações diferentes promovem efeitos diferentes logo, cada técnica aplicada tem funções específicas. Assim sendo, as reações orgânicas relacionadas ao recebimento de uma massagem não podem ser generalizadas, pois existem diferenças fisiológicas e orgânicas entre os indivíduos (Moretti e Lima, 2010).

Contraindicações da massagem

    O objetivo da massagem é promover o bem-estar das pessoas que buscam na mesma, algum tipo de auxílio, sendo considerada um tratamento relativamente seguro (De Domenico e Wood, 1998; De Domenico, 2008; Kavanagh, 2006), o que poderia ser interpretado como justificativa para o surgimento da prática da massagem laboral nos mais diversos eventos e departamentos dentro da empresa.

    A massagem sofreu evoluções e adaptações para muitos estilos diferentes, embora ainda mantenha uma forma reconhecível. Os profissionais que trabalham nessa área costumam conhecer diversas técnicas com origens diferentes e as usam, geralmente, aliadas a alongamentos. Todo esse conhecimento reunido possibilita aos profissionais o diagnóstico das necessidades de cada indivíduo. Em alguns casos, a massagem não pode ser realizada sem antes acontecer uma análise médica capaz de avaliar a condição do paciente (De Domenico e Wood, 1998). Portanto, a partir disso é necessário entender que essa não é uma prática que pode ser realizada livremente.

    Para que a massagem seja aplicada de maneira segura, é preciso considerar alguns aspectos. Para tanto, existe uma classificação que auxilia no diagnóstico das contraindicações subdivididas em absolutas (ou gerais) e parciais:

  1. Contraindicações absolutas ou gerais são algumas situações em que a massagem não é indicada e, se realizada, pode ser prejudicial. A seguir serão apresentadas algumas contraindicações absolutas, ou gerais (De Domenico e Wood, 1998; Kavanagh, 2006; Moretti e Lima, 2010; Stephens, 2008):

    • estado agudo ou ativo de doenças contagiosas, processos inflamatórios ou infecciosos gerais e temperatura alta ou febre;

    • infecções agudas, tanto de ossos, articulações, pele, músculos, como de tecido subcutâneo ou artrite reumatóide (período de exacerbação);

    • doenças auto-imunes e processos inflamatórios agudos durante o período de exacerbação;

    • áreas de hiperestesia grave;

    • embolia (derrame ou acidente vascular encefálico), parada cardíaca, doenças dos vasos sanguíneos;

    • hepatite (durante a fase aguda);

    • lesão recente significativa (nesse caso, deve-se aguardar até 72 horas após a lesão ou até a aprovação do médico);

    • presença de corpos estranhos;

    • indivíduo que não relata o histórico médico básico ou que se nega a realizar a anamnese ou, ainda, qualquer pessoa que estiver sob influência de substancias tóxicas capazes ou não de distorcerem ou limitar a capacidade de fazer comentários quanto à dor ou desconforto;

    • situações nas quais, sem autorização médica, não é possível realizar massagem, tais como: câncer; varizes; diabetes (se grave); cirurgia recente e gravidez. No caso de gravidez, não se deve aplicar a massagem nos três primeiros meses. Nos meses seguintes, deve-se evitar pressionar com profundidade, principalmente, na região lombar e posterior da coxa.

  2. Contraindicações parciais são aquelas que acontecem na maioria dos casos quando a restrição é indicada apenas para uma área definida. Desse modo, áreas com as seguintes características devem ser identificadas, preferencialmente na anamnese, e, então, o toque deverá ser evitado. A seguir, serão apresentadas algumas contraindicações parciais (De Domenico e Wood, 1998; Kavanagh, 2006; Moretti e Lima, 2010; Stephens, 2008):

    • nódulos anormais, cistos;

    • acnes, bolhas ou verrugas;

    • contusões (se ocorridas há menos de 72 horas);

    • herpes simples;

    • inflamação local, ferimentos abertos;

    • espinha bífida e

    • glândulas linfáticas inchadas, queimaduras e abrasões não cicatrizadas.

    A presença de uma dessas contraindicações não significa, necessariamente, que a massagem não possa ocorrer, mas indica a necessidade de cuidados especiais.

    É de comum acordo entre os autores citados que o bom senso deve ser usado na prática da massagem. Caso, em algum momento, o recebedor demonstrar sensibilidade referente a alguma área do corpo, essa deverá ser identificada a fim de evitar ou diminuir a pressão do toque nesse local. Se a queixa persistir, é adequado indicar a consulta a um médico e só voltar a massagear essa região após a liberação.

Considerações finais

    A ginástica laboral parece não atender aos objetivos das propostas de implantação apresentadas às empresas, por não fazer jus, até então, a prevenção das DORT (Maciel, Albuquerque, Melzer e Leônidas, 2005). Além disso, a proposta de ginástica laboral parece identificar-se mais com a empresa, no que tange a um possível aumento da produtividade e provável diminuição de processos trabalhistas, do que, principalmente, com a saúde do colaborador (op. cit.).

    Por outro lado, Pereira e Toigo (2011) verificaram que 93,2% dos colaboradores participantes de um programa de ginástica laboral em um centro universitário acreditavam que a prática proporciona algum benefício. Destes, 27,6% perceberam o relaxamento como o benefício mais importante. Então, se na percepção dos colaboradores a ginástica laboral é eficiente e traz benefícios, principalmente no que se refere ao relaxamento, é preciso dar maior atenção a esse aspecto. Um caminho a ser trilhado é a continuidade das pesquisas que buscam entender como as técnicas de massagem podem contribuir na conquista desse benefício.

    Como se pode verificar em seu estatuto, o Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região (2011) admite que o profissional de Educação Física trabalhe com relaxamento corporal e outras práticas corporais que estejam contempladas nessa perspectiva. Logo, é possível incluir a massagem nas aulas de ginástica laboral como atividade regular. Isso engloba tanto aquela realizada com acessórios, a massagem manual, a automassagem, quanto à troca de massagem entre colegas, sempre, sob a orientação do professor. Todas essas modalidades constituem atividade regular prevista pelo Conselho Federal de Educação Física (2004b) na resolução n° 073/2004, art. 1°, na qual está citado que é prerrogativa privativa do Profissional de Educação Física: planejar, organizar, dirigir, desenvolver, ministrar e avaliar programas de atividades físicas, particularmente, na forma de Ginástica Laboral.

    As sugestões de massagens descritas e demonstradas em diversas das referências relacionadas ao tema são fontes de consulta freqüentes do Educador Físico que, mesmo sem um conhecimento técnico específico, usa métodos de massagem durante as aulas de ginástica laboral. Nessas bibliografias, poucas são as informações referentes a fatores limitantes para a massagem; são apresentadas apenas seqüências prontas que só prevêem a sua reprodução. Logo, uma lacuna a ser preenchida é a do conhecimento específico a respeito desses fatores limitantes.

    Os profissionais de Educação Física atendem a uma demanda de relaxamento corporal e, especificamente, de massagem dentro do mercado de trabalho da ginástica laboral, com respaldo na interpretação do estatuto do Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região (2004a). Contudo, o tema massagem não faz parte do currículo acadêmico dos cursos de Educação Física. Destaca-se que muitas são as dúvidas a respeito do assunto, deflagrando ainda, o frágil amparo técnico e específico, em face de uma escora legal e, principalmente, a uma demanda crescente e exigente de profissionais capacitados.

    Portanto, a massagem laboral em suas diversas formas parece ter amparo legal para ser ministrada pelo professor de Educação Física como técnica de relaxamento durante as aulas de ginástica laboral, embora, em muitos casos, careça de conhecimento técnico. Nesse sentido, se reforça a necessidade de mais estudos e aprofundamento para entender porque esses métodos de relaxamento não têm maior discussão no meio acadêmico, tendo em vista a tendência ao stress que a sociedade, como um todo, vive. Enquanto a massagem não fizer parte do currículo dos cursos de Educação Física, sugere-se que os profissionais interessados em utilizá-la busquem subsídios teórico-práticos em cursos que sejam devidamente regulamentados pelo Ministério de Educação e Cultura.

    Por fim, percebe-se a ginástica laboral como uma prática que envolve conhecimento acadêmico específico, capacidade de lidar com diferentes ambientes e necessidade de conhecimento em outras áreas da saúde. Mas se caracteriza por ser uma atividade que exige, principalmente, aptidão para fazer a combinação desses elementos, montando aulas eficazes e atrativas.

Referências

  • Alter, M.J. (2010). Ciência da flexibilidade. Porto Alegre: Artmed.

  • Alvarez, B.R. (2001). O papel da ginástica laboral nos programas de promoção da saúde. In: Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde (pp. 17-18). Florianópolis, Brasil: Universidade Federal de Santa Catarina.

  • Associação Atlética Banco do Brasil. (2010). Estatuto da Fundação Banco do Brasil. Artigo disponível na internet: http://www.fbb.org.br/portal/pages/publico/pubEstatuto.pdf [15 setembro 2010].

  • Conselho Federal de Educação Física. (2004a). Ginástica Laboral. Revista Web. E.F. Agosto.

  • Conselho Federal de Educação Física. (2004b). Resolução n° 073/2004. Dispõe sobre a ginástica laboral e dá outras providências. Disponível na internet: http://www.confef.org.br/extra/resolucoes/conteudo.asp?cd_resol=127&textoBusca=ginastica laboral. [23 maio 2011].

  • Conselho Regional de Educação Física. 2ª Região. (2011). Estatuto do Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região. Porto Alegre, 2011. Artigo disponível na internet: http://www.crefrs.org.br/legislacao/docs/Resolucao042.pdf [23 maio 2011].

  • De Domenico, G. (2008). Técnicas de massagem de Beard: princípios e práticas de manipulação de tecidos moles. Rio de Janeiro: Elsevier.

  • De Domenico, G., Wood, E. (1998). Técnicas de massagem de Beard. São Paulo: Manole.

  • Figueiredo, F., Mont’Alvão, C. (2008). Ginástica laboral e ergonomia. Rio de Janeiro: Sprint.

  • Goats, G.C. (1994). Massage: the scientific basis of an ancient art: part 2: physiological and therapeutic effects. British Journal of Sports Medicine, 28 (3), 153-156.

  • Halbersleben, J.R.B., Zellars, K.L. (2007). Stress e a interface trabalho-família. In: Rossi, A.M., Perrewé, P.L., Sauter, S.L. (Org.), Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. (pp. 56-72). São Paulo: Atlas.

  • Kavanagh, W. (2006). Exercícios básicos de massagem: como tratar dores, estresse, e falta de energia. Barueri: Manole.

  • Lima, V. (2005). Atividade física no ambiente de trabalho. São Paulo: Phorte.

  • Maciel, R.H., Albuquerque, A.M.F.C., Melzer, A.C., Leônidas, S.R. (2005). Quem se beneficia dos programas de ginástica laboral? Caderno de Psicologia Social do Trabalho, 8, 71-86.

  • Marchand, E.A.A., Siqueira, H.C.H. (2008). Ginástica laboral: uma ferramenta para melhorar a saúde do trabalhador. Vittalle, 20 (1), 15-23.

  • Martins, C.O., Duarte, M.F.S. (2000). Efeitos da ginástica laboral em servidores da Reitoria da UFSC. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 8 (4), 7-13.

  • Martins, G.C., Barreto, S.M.G. (2007). Vivências de ginástica laboral e melhoria da qualidade de vida do trabalhador: resultados apresentados por funcionários administrativos do Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Revista Motriz, 13 (3), 214-224.

  • Mendes, R.A., Leite, N. (2008). Ginástica laboral: princípios e aplicações práticas. Barueri: Manole.

  • Moretti, A., Lima, V. (2010). Massagem no ambiente de trabalho. São Paulo: Phorte.

  • Oliveira, A.S., Oliveira, D.L., Santos, J.F.S., Decol, M. (2007). Ginástica laboral. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, 106. http://www.efdeportes.com/efd106/ginastica-laboral.htm

  • Pereira, A.S., Toigo, A.M. (2011). Percepção de benefícios de um programa de ginástica laboral pelos colaboradores de uma instituição de ensino superior da cidade de Canoas, Brasil. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, 155. http://www.efdeportes.com/efd155/percepcao-de-beneficios-de-ginastica-laboral.htm

  • Quick, J.C., Macik-Frey, M., Mack, D.A., Keller, N., Gray, D.A., Cooper, C.L. (2007). Líderes saudáveis, organizações saudáveis: prevenção primaria e efeitos positivos da competência emocional. In: Rossi, A.M., Perrewé, P., Sauter, S.L. (Org.), Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional (pp. 139-155). São Paulo: Atlas.

  • Stephens, R.R. (2008). Massagem terapêutica na cadeira. Barueri: Manole.

  • Wallau, S.M. (2003). Estresse laboral e Síndrome de Burnout: uma dualidade em estudo. Novo Hamburgo: Centro Universitário Feevale.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 162 | Buenos Aires, Noviembre de 2011
© 1997-2011 Derechos reservados