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Perfil epidemiológico e fatores relacionados à lombalgia 

em um grupo de costureiras da empresa textil Marka da Paz

Perfil epidemiológico y factores relacionados con la lumbalgia en un grupo de costureras de la empresa textil Marka da Paz

Epidemiological profile and related indicators low back pain in a group of dressmaker of Marka da Paz textile company

 

*Acadêmicas do curso de Fisioterapia da PUC-Goiás

**Fisioterapeuta, Educador Físico, Mestre em Fisioterapia UNITRI

Doutorando em Ciências da Saúde UFG, Docente do curso

de Fisioterapia da PUC-Goiás

(Brasil)

Andressa Costa Cardoso*

Mariane Lopes Leite Batista*

Renato Alves Sandoval**

rasterapia@ig.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo teve por objetivo identificar o perfil epidemiológico e fatores relacionados ao aparecimento da lombalgia em costureiras do setor têxtil da empresa Marka da Paz em Goiânia-Goiás. Os instrumentos utilizados para coleta dos dados foram a planilha Rula de risco no trabalho, Escala Visual Analógica, questionário Roland Morris de incapacidade causada pela lombalgia e análise dos dados da lombalgia e os fatores associados. Identificou-se na amostra composta por 10 costureiras do sexo feminino, que a média de idade é de 34,5 ± 8,24 anos e cumprem uma jornada de 8,45 horas diárias de trabalho. Segundo a EVA 70% referiram sintomatologia dolorosa, com intensidade média de 6,57 ± 2,44. Destas 71,4% apresentaram lombalgia, e apenas 10% da amostra já necessitou de licença por motivos ortopédicos. Na aplicação do questionário Roland Morris, encontrou-se uma media dentre as funcionárias que apresentavam sintomas dolorosos de 4,7 ± 3,95, podendo ser considerada incapacidade leve. O escore obtido pela análise dos riscos segundo a planilha Rula de acompanhamento do funcionário, demonstrou que 50% das costureiras apresentaram escore 7, o qual refere-se a necessidade de investigação e mudança imediata da rotina de trabalho. Concluiu-se que o perfil epidemiológico da lombalgia das costureiras da empresa têxtil Marka da Paz é predominantemente do sexo feminino, com idade média de trinta e quatro anos e meio, uma jornada de trabalho de mais de oito horas diárias. Setenta por cento apresentavam sintomatologia dolorosa de moderada a forte, sendo a região lombar a mais prevalente e apenas uma necessitou de licença por motivos ortopédicos. A incapacidade medida pelo questionário Roland Morris, foi considerada leve e a análise dos riscos segundo a planilha Rula, cinqüenta por cento apresentaram riscos com necessidade de investigação e mudança imediata na rotina de trabalho.

          Unitermos: Costureiras. Lombalgia. Indústria têxtil. Doenças ocupacionais.

 

Abstract

          This study aimed to identify the epidemiological profile and factors related to the onset of low back pain in dressmakers in the textile sector company Marka da Paz in Goiânia-Goiás. The instruments used for data collection were the worksheet Rula risk at work, Visual Analogue Scale, Roland Morris disability questionnaire for low back pain caused and data analysis of low back pain and associated factors. It was identified in the sample composed by 10 female dressmakers, that the average age is 34.5 ± 8.24 years and meet a journey of 8.45 hours of work. According to VAS, 70% reported pain symptoms, with an average intensity of 6.57 ± 2.44. Of these 71.4% had low back pain, and only 10% were already required license for orthopedic reasons. When applying the Roland Morris questionnaire, we found an average among the employees who had painful symptoms from 4.7 ± 3.95, can be considered mild disability. The score for the assessment of risk according to the Rula worksheet accompanying the employee, showed that 50% presented score seven, which refers to the need for research and immediate change of routine work. It was concluded that the epidemiological profile of low back pain of dressmakers in textile company Marka da Paz is predominantly female, mean age of thirty-four and a half years, a workday of more than eight hours daily. Seventy percent had painful symptoms of moderate to strong, and the lower back the most prevalent and only needed a license for reasons orthopedic. The disability measured by Roland Morris questionnaire, was considered mild and risk analysis according to the Rula worksheet, fifty percent presented risks in need of immediate change in research and routine work.

          Keywords: Dressmaker. Low back. Textile industry. Occupational diseases.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 162, Noviembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A partir dos séculos XVIII e XIX houve a consolidação da sociedade industrial e foram introduzidas mudanças significativas no ambiente de trabalho, ferramentas, máquinas, equipamentos, jornada, tipo e forma de organização. Mudanças estas que acarretaram em impactos substanciais na saúde da população, em especial dos trabalhadores, tornando-se mais numerosos os quadros clínicos relacionados ao sistema osteomuscular, decorrentes em especial, da elevada sobrecarga estática e dinâmica (MUROFUSE; MARZIALE, 2001).

    As lesões por esforços repetitivos (LER) também conhecidos, no Brasil, como distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), aparecem significativamente relacionadas a aspectos da organização laboral como o trabalho repetitivo, longas jornadas sem pausas e/ou insuficientes, alta velocidade, pressão constante, intensificação e uniformização da forma de produção, vibração, tensão mecânica, aspectos ambientais, equipamentos e mobiliários que não respeitam as diferenças antropométricas dos trabalhadores, levando a movimentos e posturas inadequadas. Com isso há o surgimento de dores e uma grande dificuldade no desempenho de seu trabalho ao trabalhador. Consequentemente tem-se às empresas, problemas onerosos, como despesas médicas, ações trabalhistas, gastos com recrutamento e seleção de pessoal, pagamentos de seguros, significando em redução dos níveis de produtividade e diminuição dos lucros (FALCHI; SILA; SOLZA, 2004; CARDOSO; POPOLIN, 2006; NEVES, 2006; MACIEL; FERNANDES; MEDEIROS, 2006; SERRANO; SANDOVAL, 2010).

    Estes fatores, atualmente, são um dos principais problemas de saúde pública e os responsáveis por quase 90% dos afastamentos do trabalho, sendo que, sua prevalência vem atingindo proporções epidêmicas, tornando-se um grave problema de saúde de difícil abordagem, reabilitação e prevenção (MACIEL; FERNANDES; MEDEIROS, 2006; FORMIGONI; VALENTE; BARBOSA, 2008).

    A categoria têxtil-confecção, principalmente no setor de costura, está entre as profissões que tem em sua essência uma organização de trabalho que oferece riscos à saúde dos trabalhadores. A operação de máquinas de costura requer o uso repetitivo e coordenado do tronco, extremidades superiores e inferiores das operárias que trabalham em postura sentada prolongada, levando a elevada sobrecarga física, expondo os trabalhadores a sintomatologias dolorosas, fadiga muscular, e até lesões, principalmente na região lombar e nos membros inferiores (MORAES; ALEXANDRE; GUIRARDELLO, 2002; AMBRIOSE; QUEIROZ, 2004; OLIVEIRA; BERTO; MACEDO, 2004; CARDOSO; POPOLIM, 2006; MACIEL; FERNANDES; MEDEIROS, 2006; PERREIRA; LÓPEZ; LIMA, 2009).

    No simples fato de passar da postura em pé para a sentada há o aumento da pressão no disco intervertebral, gerado pela transmissão do peso do tronco para a coluna lombar, sobretudo quando se associa a flexão anterior de tronco, levando a desgastes dos discos intervertebrais. Além disso, a postura sentada, adotada pelas costureiras, favorece o estiramento das estruturas da parte posterior da coluna, como ligamentos, nervos e pequenas articulações (MORAES; ALEXANDRE; GUIRARDELLO, 2002; OLIVEIRA; BERTO; MACEDO, 2004; JORGUE JUNIOR; VIEIRA; SANDOVAL, 2010; MARCHAND, 2010).

    Assim sendo, o corpo não consegue adaptar-se ao estresse cumulativo da força aplicada repetidamente, e o trauma repetitivo é maior do que a capacidade do tecido regenerar-se. Isso somado às disfunções anatômicas e ao estresse emocional, ocasiona o aumento da tensão muscular, acarretando em excessiva contração ou postura inadequada, tornando-se um ciclo vicioso que leva ao desenvolvimento de distúrbios musculoesqueléticos, dentre eles a lombalgia (OLIVEIRA; BERTO; MACEDO; 2004).

    Lombalgia é definida como todas as condições de dor, com ou sem rigidez do tronco, localizadas na região inferior do dorso, em uma área situada entre o último arco costal e a prega glútea, podendo ser acompanhada ou não de irradiação para os membros inferiores. A dor lombar acomete ambos os sexos, tendo predileção por adultos jovens em fase economicamente ativa, sendo considerada a principal causa de incapacidade nas faixas etárias abaixo de 45 anos, além de se tornar a primeira causa de afastamento do trabalho entre os segurados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Cerca de 80% da população relata já ter apresentado pelo menos um episodio de dor lombar em algum momento da vida, porém com níveis de recorrência em 30% a 60% quando relacionados ao trabalho (POLITO, MARANHÂO NETO; LIRA, 2003; oliveira, BeRto; Macedo, 2004; SILVA; FASSA; VALLE, 2004; GUIMARÃES; ALMEIDA, 2004; CARAVIELLO et al, 2005; BRIGANÓ; MACEDO, 2005; SALVADOR; DAHER NETO; FERRARI, 2005; FIGUEIRÊDO NETA; LEAL; MEIRELLEES, 2008; RIBEIRO, et al., 2008; FREITAS; GREVE, 2008; PIRES; DUMAS, 2008; SOUZA et al., 2008; OCARINO et al., 2009; MONERRAT; PERREIRA, 2009; SANTOS; ZANOLINI; DUTRA, 2009).

    A alta prevalência da dor lombar ocorre devido a sua multicausalidade, em que, diversos fatores contribuem para a sua instalação e/ou perpetuação. Dentre suas causas, estão os acometimentos degenerativos ou traumáticos no disco intervertebral ou no corpo intervertebral, elevada sobrecarga nas atividades laborais, movimentação excessiva dos mecanismos flexor e rotador da coluna, fatores psicológicos, inatividade física, flexibilidade e força reduzida, obesidade e fumo. Sendo mais prevalente as causas mecânicas de origem postural, que, associadas aos fatores biopsicossociais, podem levar a lombalgia crônica (POLITO, MARANHÂO NETO; LIRA; 2003; SILVA; FASSA; VALLE, 2004; FREITAS; GREVE, 2008; PIRES; DUMAS, 2008; RIBEIRO et al., 2008; SOUZA et al., 2008; OCARINO et al., 2009; JORGUE JUNIOR, VIEIRA, SANDOVAL, 2010).

    A lombalgia ocupacional é um dos principais causadores de morbidades e incapacidades dentre os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Sua alta prevalência na população resulta num expressivo impacto socioeconômico negativo por acometer 60 a 80% da população economicamente ativa, o que resulta em um déficit no desempenho dos trabalhadores, refletindo-se em sua atividade laboral através do aumento do absenteísmo e da diminuição na produtividade (SILVA; FASSA; VALLE, 2004; OLIVEIRA; BERTO; MACEDO, 2004; BRIGANÓ; MACEDO, 2005; GUIMARAES; ALMEIDA, 2008; JORGE JUNIOR; VIEIRA; SANDOVAL, 2010).

    Buscando enfrentar esses problemas, a fisioterapia tem se dedicado cada vez mais à área da saúde do trabalhador, ao inserir tecnologias e recursos que proporcionem prevenção e tratamento adequado, mediante abordagem dos aspectos ergonômicos, biomecânicos e exercícios laborais. “A especialidade Fisioterapia do Trabalho, em processo de legitimação, preconiza a atuação do fisioterapeuta na prevenção, resgate e manutenção da saúde do trabalhador”. Por meio de métodos e técnicas que determinam o diagnóstico da incapacidade, a avaliação fisioterapêutica, torna-se um instrumento valioso no fornecimento de dados para detecção dos riscos ocupacionais e extralaborais, sendo possível descreve-los de acordo com o arsenal epidemiológico (MARTINEZ; IKARI; LOFFREDO, 2005; FERNANDES; ASSUNÇÂO; CARVALHO, 2010).

    Visto que a indústria do vestuário é responsável por 60% dos empregos na cadeia produtiva de têxteis e confecções e sabendo-se que as doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho, dentre elas a lombalgia, acometem trabalhadores da indústria têxtil, o presente estudo teve por objetivo identificar o perfil epidemiológico e fatores relacionados ao aparecimento da lombalgia em costureiras do setor têxtil da empresa Marka da Paz em Goiânia-Goiás através da aplicação da planilha Rula de risco no trabalho, Escala Visual Analógica (EVA), questionário Roland Morris de incapacidade causada pela lombalgia e análise dos dados da lombalgia e os fatores associados, com intuito de prevenir suas possíveis complicações e consequências para as costureiras, assim como para a empresa.

Métodos

    Trata-se de um estudo epidemiológico observacional transversal, com amostra de conveniência. A amostra analisada foi constituída por 10 costureiras com idade variando entre 21 a 48, com média de 34,5 ± 8,24 anos, todas do sexo feminino. Foram excluídos quatro costureiros por serem do sexo masculino.

    Os dados foram colhidos na indústria têxtil Marka da Paz situada na cidade de Goiânia-Go. Após agendamento foi realizada uma visita à fábrica, onde ocorreram as entrevistas, a aplicação do instrumento Rula para análise de risco, escala visual analógica numérica (EVA) e índice de incapacidade por lombalgia de Roland Morris.

    Durante a entrevista foram colhidos os dados pessoais das costureiras, como o tempo que presta serviço à empresa, se sente alguma dor ou desconforto devido ao trabalho realizado e qual o local e a intensidade da dor, qual a carga horária de trabalho e se já necessitou de licença por motivos ortopédicos.

    A análise dos riscos segundo a planilha Rula de acompanhamento do funcionário observa a posição dos membros, da coluna, a freqüência dinâmica do uso dos músculos e a força/carga imposta para realizar a atividade, que resultam em um escore final (1 ou 2 aceitável, 3 ou 4 investigar, 5 ou 6 investigar e mudar logo e 7 investigar e mudar imediatamente).

    O Questionário de Roland Morris de incapacidade causado pela lombalgia, consiste em 24 itens, os quais descrevem sobre a interferência das dores nas costas nas atividades da vida diária e da vida prática do paciente, que são assinalados se presentes no cotidiano deste, sendo auto-aplicável e podendo ser completado em torno de 5 minutos. O escore final foi calculado pela somatória do total de perguntas ticadas, variando de zero (ausência de incapacidades) até 24 (incapacidade severa), e um resultado a partir de 14 respostas ticadas é considerado incapacidade moderada.

    A EVA é uma escala semelhante a uma régua, numerada de 0 a 10, sendo 0 sem dor e 10, a dor mais insuportável sentida pelo paciente. Este assinalou a nota da dor nas costas no dia da avaliação.

    Após autorização do local de trabalho, todas as voluntárias assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).

    Foi realizada uma análise estatística descritiva com medidas de tendência central como: média, mediana e moda e medida de variabilidade como: desvio padrão.

Resultados

    A análise do tempo de serviço prestado à indústria mostrou uma média de 5,2 ± 3,16 (mediana 4,5 e moda 2). Quanto à jornada de trabalho, detectou-se a rotina corresponde a 8,45 horas diárias para todas as funcionárias entrevistadas.

    Quanto à presença de dor, 3 (30%) funcionárias relataram ausência de quadros álgicos, enquanto 7 (70%) referiram sintomatologia dolorosa. No que diz respeito à intensidade da dor segundo a EVA, encontrou-se uma média de 6,57 ± 2,44 (mediana 7 e moda 5) entre as funcionárias que relataram dor. Em relação às regiões de maiores queixas de dor, a porção lombar é referida por 71,4% das entrevistadas, seguidas da porção cervical e MMII, com 14,2% cada. Destas apenas 1 (10%) já necessitou de licença por motivos ortopédicos.

Figura 1. Média, desvio padrão, mediana e moda encontrados na escala visual analógica

 

Figura 2. Distribuição regional das queixas dolorosas

    Sobre as variáveis da interferência das dores nas costas nas atividades da vida diária e da vida prática das pacientes, obtidas pela aplicação do questionário Roland Morris, encontrou-se uma média dentre as funcionárias que apresentavam sintomas dolorosos de 4,7 ± 3,95 (mediana 6 e moda 8), podendo ser considerada incapacidade leve.

Tabela 1. Análise sobre a interferência das dores nas costas nas atividades da 

vida diária e da vida prática do paciente segundo questionário de Roland Morris

 

Figura 3. Média, desvio padrão, mediana e moda obtidos com o Roland Morris de acordo com as incapacidades

    No escore obtido pela análise dos riscos segundo a planilha Rula de acompanhamento do funcionário, observou-se que 20% das funcionárias necessitam de investigação (escore 4), 30% de investigar e mudar logo a rotina de trabalho (escore 5 entre 6) e 50% de investigar e mudar imediatamente essa (escore 7).

Tabela 2. Análise dos riscos segundo a planilha Rula de acompanhamento do funcionário

 

Figura 4. Porcentagem dos riscos do trabalho segundo a planilha Rula de acompanhamento do funcionário

Discussão

    Ao analisar a faixa etária das funcionárias com sintomatologia lombar percebeu-se uma predominância entre as idades de 37 a 41 anos, o que corresponde a 80% destas. Resultados que confrontaram com os encontrados por Oliveira; Berto; Macedo (2004), que em estudo da prevalência de lombalgia em 26 costureiras, a média de idade encontrada nas que apresentavam lombalgia foi de 25,21 anos em comparação com a média deste estudo que foi de 33,14. Já Jesus; Marinho (2006); Kleinpaul et al. (2008) afirmam que os picos de dores lombares ocorrem entre os 35 e 55 anos de idade, como foi encontrado neste estudo. Ambos correlacionam às médias encontradas ao fato de ocorrer associado ao envelhecimento, à diminuição da flexibilidade, da potência muscular e perda de massa óssea, reduzindo a função de sustentação. Somando-se a isso, a média encontrada deve-se provavelmente ao fato de estarem dentro do seu período produtivo, visto que a lombalgia se torna incomum acima dos 60 anos, e por apresentarem maior tempo de serviço na área (JESUS; MARINHO, 2006).

    A força de trabalho da indústria têxtil analisada neste artigo é predominantemente do sexo feminino, assim como descrito nos estudos de Ambroise; Queiroz (2004); Maciel; Fernandes; Medeiros (2006); Freitas et al. (2009); Souza et al. (2010), em que as mulheres tradicionalmente dominam a operação de máquinas de costura. O que para Freitas et al. (2009) “esse fato era esperado, pois tal tipo de atividade profissional depende significativamente de mão-de-obra e participação feminina”. Provavelmente esse fato se deve às indústrias têxtil-confecção terem sido pioneiras em abrigar a mão-de-obra feminina durante a distribuição sexual do trabalho na revolução industrial.

    Na análise das condições de trabalho, 50% das costureiras trabalham nesse ofício a mais de cinco anos, e as demais apresentam o tempo mínimo dois anos de serviços prestados a empresa têxtil.

    De acordo com a jornada de trabalho, pôde-se constatar que todas as funcionárias cumprem uma jornada de oito horas e 45 minutos em cinco dias da semana. O que corresponde aos resultados encontrados por Souza et al. (2010) em que 93,8% dos trabalhadores de pequenas indústrias têxteis cumprem uma jornada correspondente a mais de 8 horas diárias de trabalho e por Freitas et al. (2009), o qual se constatou que a carga horária dos costureiros industriais foi de 8,7 ± 0,9h, por dia. Maciel; Fernandes; Medeiros (2006) observaram em seu estudo que em 79,6% dos profissionais da indústria têxtil a realização de horas extras era comum. Segundo Metzner; Fischer (2001) a maior duração da jornada diária de trabalho pode provocar aumento considerável na carga de trabalho, influenciando a percepção do trabalhador sobre a capacidade para o trabalho, a fadiga e as alterações do sono.

    Quanto a análise da presença de dor, sete costureiras (70%) referiram sintomatologia dolorosa, o que corresponde aos altos índices encontrados nos estudos de Freitas et al. (2009) em que 94% dos costureiros industriais apresentavam-se sintomáticos, já nos estudos de Moraes; Alexandre e Guirardello (2002) todas as costureiras, num total de seis, referiram dores relacionadas ao sistema osteomuscular nos últimos 12 meses, e nos resultados de Souza et al. (2010) 89,65% dos trabalhadores de pequenas empresas do setor têxtil analisados por ele referiram presença de sintomas como dor, desconforto ou dormência por seguimentos corporais. Maciel; Fernandes; Medeiros (2006) também apresentaram em seu artigo que 62,3% dos profissionais da industria têxtil analisados referiram sintomatologia dolorosa em até mais de uma região corporal. Conforme Freitas et al. (2009) e Souza et al. (2010) os valores encontrados só confirmam a elevada sobrecarga laboral e os movimentos repetitivos e inadequados, os quais estes trabalhadores estão expostos.

    No preenchimento da EVA, referente à intensidade das queixas álgicas, encontrou-se uma média de 6,57 ± 2,44 entre as funcionárias sintomáticas, dentre elas 85,71% sentem dor igual ou superior a cinco. Na pesquisa de Freitas et al. (2009) a intensidade média de dor na coluna vertebral foi de 7 ± 2,3.

    Em relação às queixas de dores, a região lombar é a mais citada (71,4 %) pelas costureiras sintomáticas. Esses dados correspondem aos encontrados por Oliveira; Berto; Macedo (2004) em que 19 (73,07%) das 26 costureiras analisadas demonstram queixa de dor lombar e com os estudos de Moraes; Alexandre; Guirardello (2002) em que 100% das costureiras de um hospital universitário apresentam queixa de dores lombar, o que segundo Jesus; Marinho (2006) deve-se ao fato das vértebras lombares serem responsáveis por suportar a maior carga do corpo. Somando-se à isso, a manutenção da postura sentada por períodos prolongados pelas costureiras associada à elevada sobrecarga nas atividades laborais e movimentação excessiva dos mecanismos flexores e rotadores da coluna ocasiona estiramento excessivo e prolongado dos ligamentos e tecidos moles que envolvem as articulações (OLIVEIRA; BERTO; MACEDO, 2004).

    Já em outros estudos encontrados, os dados não corresponderam à presente casuística da prevalência da localização sintomática, como na pesquisa de Maciel; Fernandes; Medeiros (2006), em que as regiões com maiores queixas de dor encontradas nos 162 profissionais da indústria têxtil analisados foram as porções cervical e torácica da coluna cervical, e por Freitas et al. (2009) que também encontrou predominância de sintomas álgicos em outras regiões como membros inferiores (40%) e superiores (29%) nos 34 costureiros industriais questionados.

    A média obtida de 4,7 com a análise da incapacidade através da aplicação do questionário Roland Morris, correspondeu com a media encontrada por Oliveira; Berto; Macedo (2004) de 4,74 para o grupo de costureiras com dor lombar e por Santos; Zazoline; Dutra (2009) que encontrou uma média de 5,75 após aplicar o questionário em operadores de telemarketing de uma empresa de São Paulo. Tais estatísticas demonstram que as dores nas costas não estão interferindo de maneira significativa nas atividades da vida diária e da vida prática dos trabalhadores pesquisados. Provavelmente, esse índice deve-se ao fato desta lombalgia ser crônica, e as costureiras terem aprendido a lidar com os sintomas dolorosos, visto que, na análise da média de tempo de serviço prestado pelas costureiras nesta mesma função mostrou-se relativamente alta.

    Quanto a análise dos riscos segundo a planilha Rula de acompanhamento do funcionário 50% das costureiras obtiveram escore sete, o que significa a necessidade de uma investigação e de mudança imediata da rotina de trabalho. Quando associamos ao alto índice de lombalgia encontrado nessas servidoras, observamos que 70% destas realizam inclinação anterior de tronco até 60 graus para executar a costura, associada ainda, a rotação do mesmo para pegar camisetas a serem trabalhadas, que são colocadas em cavaletes situados lateralmente a cada uma das costureiras. Para Moraes; Alexandre; Guirardello (2002), a transferência dos cavaletes com roupas em outra posição, evitaria estes movimentos de rotação, e a exposição ao risco de forças compressoras e tensão muscular.

    Já a flexão exagerada de tronco certamente acontece principalmente por trabalharem com costuras minuciosas como a costura de golas e mangas de camisetas, necessitando de uma inclinação para melhor visualização das tarefas, como deve ao caso das costureiras analisadas neste.

    Segundo Pompeo (2001) apud Oliveira, Berto; Macedo (2004); Prado (2006) a pressão intradiscal, aumenta mais de 30% quando associamos à postura sentada a inclinação anterior de tronco ou torções do tronco, podendo chegar até 185kg, além disso, os músculos paravertebrais desenvolvem uma contração estática antigravitária levando a altas tensões musculares.

    Outro fator associado à sintomatologia dolorosa, deve-se ao fato de o período do ciclo de atividade realizada por elas ser de aproximadamente 20 segundos. O que, de acordo com Macedo (2000), Prado (2006), pode-se considerar como sendo movimentos repetitivos, por se caracterizarem por um tempo de ciclo de repetição inferior a 30 segundos, isso, para Ambroise; Queiroz (2004) levará à ocorrência de dores e até mesmo poderá gerar uma inflamação nos tendões e nas bursas das articulações envolvidas, podendo levar, segundo Moraes; Alexandre; Guirardello (2002), ao aparecimento das alterações músculo-esqueléticas, especialmente quando associados a movimentos considerados biomecanicamente inadequados.

    Ao considerar que a postura das costureiras é predominante sentada, pode-se dizer que, apesar da atividade realizada ser repetitiva, elas se mantêm em uma postura estática para a realização destas. Posturas que se tornam lesivas quando associadas às amplitudes de risco (FREITAS et al, 2009), provocando segundo Maciel; Fernandes; Medeiros (2006), Moraes; Alexandre; Guirardello (2002), Prado (2006), o desenvolvimento de processos inflamatórios nas estruturas osteomusculares.

    Para Jorge Junior, Vieira, Sandoval (2010), Prado (2006), isso pode ser evitado, promovendo-se a alternância de posturas das costureiras, principalmente entre a postura em pé e sentado, com objetivo de aumentar a nutrição do disco intervertebral, a qual é dependente do movimento e da variação da postura. O que para Prado (2006), torna-se um fator determinante para diminuir a incidência de dores lombares.

    Para isso ser possível, preconiza-se a existência de curtos períodos de elevada freqüência de pausa para repouso, a fim de garantir a recuperação física da fadiga muscular e prevenir microtraumas de estruturas como tendões, bainhas e bolsas sinoviais. Segundo as costureiras analisadas, estas pausas não acontecem na industria, onde existem apenas três pausas para alimentação durante toda a jornada diária de trabalho (MACIEL; FERNANDES; MEDEIROS, 2006; MORAES; ALEXANDRE; GUIRARDELLO, 2002).

    Considerando todos os aspectos relacionados ao perfil epidemiológico e os fatores relacionados à lombalgia dessas mulheres, pode-se verificar que existem inúmeras variáveis que estão corroborando, provavelmente, para o surgimento da sintomatologia dolorosa na região lombar.

    Através dos resultados obtidos nesse trabalho tornou-se possível detectar a necessidade de elaboração de um programa de estratégias de prevenção e intervenção precoce na lombalgia nesse grupo de costureiras, tendo como principais bases, o alto índice de dor lombar encontrando entre as costureiras analisadas e o risco elevado do trabalho desenvolvido pelas mesmas, segundo a aplicação da planilha Rula, além de todos os aspectos associados à sobrecarga lombar verificados.

Conclusão

    Concluiu-se que o perfil epidemiológico da lombalgia das costureiras da empresa têxtil Marka da Paz é predominantemente do sexo feminino, com idade média de trinta e quatro anos e meio, uma jornada de trabalho de mais de oito horas diárias. Setenta por cento apresentavam sintomatologia dolorosa de moderada a forte, sendo a região lombar a mais prevalente. Apenas uma costureira necessitou de licença do trabalho por motivos ortopédicos. A incapacidade medida pelo questionário Roland Morris, foi considerada leve e na análise dos riscos segundo a planilha Rula, cinqüenta por cento apresentaram riscos com necessidade de investigação e mudança imediata na rotina de trabalho.

Referências

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