Estado nutricional de escolares matriculadas em escola publicaEstado nutricional de escolares matriculados en la escuela pública |
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*Especialista em Psicomotricidade **Especialista em Fisiologia do Exercício (Brasil) |
Cláudio José Kröitts Silva* Valéria da Rosa Alano** |
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Resumo Introdução: é grande a preocupação de escolares com estado de peso corporal elevado e é nesta fase que se devem tomar as iniciativas para o controle do peso corporal. Objetivos: Avaliar o estado nutricional de escolares matriculadas em escola pública. Materiais e métodos: Amostra foi composta por 160 escolares com idades entre 5 a 10 anos (pré-escolar a 4ª série) de ambos os sexos sendo 80 meninas e 80 meninos, foi realizada as medidas antropométricas (peso e altura), utilizando os critérios do CDC (2000) para caracterização do estado nutricional. Para a apresentação dos dados foi utilizada a estatística descritiva através de médias, valor mínimo, máximo e desvio padrão. Dentre os resultados dos dados antropométricos, verifica-se a média de (x=28,01±6,87) para o peso corporal com valor mínimo de 16,30 e máximo 54,10. Para a altura verifica-se (x=1,28m ± 095) tendo o valor mínimo de 1,03 e máximo de 1,56. Com relação aos valores do IMC, pode-se observar valor mínimo de 1,58 e máximo de 27,30 com média (x=16,82±2,468) classificada como peso normal segundo os critérios do CDC (2000). Conclusão: pode-se concluir que de acordo com os resultados do estado nutricional, 79,4% encontram-se no percentil entre P5 e <P85, 9,4% estão com percentil de P95 ou +, 6,9% entre P85 e < P95, e menor classificação com 4% abaixo de P5. Unitermos: Estado nutricional. Escolares. Escola publica.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 162, Noviembre de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A inatividade tem sido sem dúvida uma das grandes causas do aumento do peso corporal devido ao desequilíbrio no balanço energético, isto devido à ingestão ser maior do que o gasto calórico, levando como conseqüência ao estado de obesidade. Obesidade é o excesso de gordura corporal no peso corporal total do indivíduo. Ela é determinada pela porcentagem de tecido adiposo que o indivíduo possui (BOUCHARD, 2003).
Existem evidências de que a obesidade infantil tem tomado proporções epidêmicas, e sua prevalência vem aumentando (ASSIS et al., 2005). Em todo o mundo aproximadamente 22 milhões de crianças maiores de 5 anos demonstram sobrepeso. Esse dado é alarmante, principalmente porque se estima que 80% das crianças obesas tornam-se adultos obesos (WATTS et al., 2005).
Outra conseqüência da obesidade que está fortemente relacionada ao desenvolvimento psicomotor, diz respeito aos transtornos no esquema corporal, que são caracterizados por distúrbios no reconhecimento das medidas e funções corporais. Assim, uma característica importante em obesos é, geralmente, a depreciação da própria imagem física, demarcada pela insegurança em relação aos outros (CONTI et al, 2005).
Bruche (1940), Mayer (1970) Apud Parískovä (1982) chamaram a atenção para o fato de que uma característica freqüente na criança obesa é a redução da atividade motora e a falta de interesse pelo exercício físico.
Parece que a criança obesa quando participa de um jogo ou exercício, sua atividade é acentuadamente mais baixa do que a de uma criança com peso normal sob as mesmas condições. Toda a atividade física representa um esforço muito maior para a criança obesa, isso reduz o prazer da atividade (MAYER, 1970 apud PARÍSKOVÄ, 1982). Essa diminuição da atividade física, pode estar relacionada a prejuízos no desenvolvimento motor do indivíduo.
Portanto o objetivo deste estudo é avaliar o estado nutricional de escolares matriculadas em escola pública da rede estadual do município de Lages/SC.
Procedimentos metodológicos
Amostra foi composta por 160 escolares sendo 50% meninas e 50% meninos devidamente matriculados em uma escola da rede estadual de ensino do município de Lages/SC. Inicialmente foi encaminhada uma carta a diretora da escola solicitando permissão à realização da pesquisa com os escolares. Após a confirmação do aceite, iniciou-se a coleta de dados através das medidas antropométricas (peso e altura) dos alunos.
O procedimento para medida da estatura (Est.) e da massa corporal (MC) foi realizada com os alunos da seguinte maneira:
o aluno deveria estar descalço, com os calcanhares encostados na parede, na posição de costas para a parede em posição ortostática, sem movimento com os braços ao longo do corpo.
O IMC foi calculado pela divisão da estatura em metros ao quadrado pela massa corporal em kilogramas, utilizando os critérios do CDC (2000) para caracterização do estado nutricional.
Quadro 01. Classificação em percentil para o IMC em crianças e adolescentes
Procedimentos estatísticos
Para a apresentação dos dados foi utilizada a estatística descritiva através de médias e desvio padrão. Para a verificação do estado nutricional, o grupo foi dividido em dois: com excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e sem excesso de peso. Foi utilizado o teste U de Mann Whithey (dados assimétricos), com p<0,05.
Resultados e discussão
Foram pesquisados 160 escolares, com idades entre 5 e 10 anos.
Na tabela 01, estão apresentados os dados referentes às medidas antropométricas.
Tabela 01. Descrição dos resultados das medidas antropométricas
Dentre os resultados dos dados antropométricos, verifica-se a média de (x=28,01±6,87) para o peso corporal com valor mínimo de 16,30 e máximo 54,10.
Para a altura verifica-se (x=1,28m ± 095) tendo o valor mínimo de 1,03 e máximo de 1,56.
Com relação aos valores do IMC, pode-se observar valor mínimo de 1,58 e máximo de 27,30 com média (x=16,82±2,47) classificada como peso normal segundo os critérios do CDC (2000).
Tabela 02. Classificação do estado nutricional
De acordo com os resultados do estado nutricional, 79,4% encontram-se no percentil entre P5 e <P85, 9,4% estão com percentil de P95 ou +, 6,9% entre P85 e < P95, e menor classificação com 4% abaixo de P5.
Existem evidências de que a obesidade infantil tem tomando proporções epidêmicas, e sua prevalência vem aumentando (ASSIS et al., 2005). Em todo o mundo aproximadamente 22 milhões de crianças maiores de 5 anos demonstram sobrepeso. Esse dado é alarmante, principalmente porque se estima que 80% das crianças obesas tornam-se adultos obesos (WATTS et al., 2005).
Conclusão
Apesar da pesquisa mostrar que os escolares encontram-se dentro da normalidade, é importante enfatizar a pratica de atividade física regularmente, bem como o consumo alimentar equilibrado com dietas balanceadas e ricas em nutrientes para o bom funcionamento do organismo em geral.
Pode-se concluir que de acordo com os resultados do estado nutricional, 79,4% encontram-se no percentil entre P5 e <P85, 9,4% estão com percentil de P95 ou +, 6,9% entre P85 e < P95, e menor classificação com 4% abaixo de P5.
Nosso estudo não mostrou diferença entre os grupos de obesos e não obesos.
Referencias
ASSIS, A.M.O.; GOMES, G.S.S.G.; PRADO, M.S.; BARRETO, M.L. Duração do aleitamento materno, regime alimentar e fatores associados segundo condições de vida em Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública vol.21, n.5, Rio de Janeiro Sept./Oct. 2005.
CDC CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION; NATIONAL CENTER FOR HEATH STATISTICAL. CDC Growth charts: United States, 2000. Disponível em: http://www.cdc.gov/growthcharts.
BOUCHARD, C.; SNYDER, E.E.; WALTS, B.; PÉRUSSE, L.; CHAGNON, Y.C.; WEISNAGELl, S.J. Tuomo Rankinen: The Human Obesity Gene Map: The 2003 Update. Disponível em: http://www.nature.com/oby/journal/v12/n3/abs/oby200447a.html, acesso em 28/02/2009.
CONTI, MA; FRUTUOSO, MFP; AMBARDELLA, AMD. Excesso de peso e insatisfação corporal em adolescentes. Revista da Nutrição, 2005, vol.18, no.4, p.491-497.
PARÍSKOVÁ, J. Gordura Corporal e aptidão física. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1982.
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