efdeportes.com

Características físicas e desempenho motor no jiu-jitsu 

brasileiro: estudo com iniciantes e experientes na modalidade

Características físicas y rendimiento motor en el jiu-jitsu brasileño: un estudio con novatos y con experimentados en la modalidad

 

*Educação Física, Universidade Federal de Pelotas, RS

**Farmácia e Bioquímica, Universidade Católica de Pelotas, RS

(Brasil)

Victor Silveira Coswig*

vcoswig@gmail.com.br

Arthur Hipólito da Silva Neves**

arthur_hipolito@hotmail.com.br

Fabrício Boscolo del Vecchio*

fabricio_boscolo@uol.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Tendo em vista que o Brazilian Jiu Jitsu (BJJ) é modalidade de combate crescente em âmbito internacional e que evidências acerca das respostas físicas decorrentes da prática são relevantes para qualificar o treinamento, o presente estudo objetiva quantificar alterações de parâmetros físicos em praticantes de BJJ comparando lutadores iniciantes (IN) e experientes (EXP). A amostra foi composta por 14 atletas, 7 IN e 7 EXP, avaliados por antropometria e testes físicos. Não foi encontrada diferença quanto ao percentual de gordura, força máxima de preensão manual, e desempenho no teste de impulsão horizontal. Já quanto ao IMC observou-se valores superiores nos EXP (25,8 ± 1,27 Kg/m² contra 23,3 ± 0,9 Kg/m² dos iniciantes; p=0,001), ainda, quanto ao nível de flexibilidade (EXP= 28,42 ± 2,16 reps e IN= 35,41 ± 3,62 reps; p=0,02) e no teste de resistência de força de membros superiores segurando o Judogi (EXP= 14,7 ± 1,7 reps e IN= 9,7 ± 2,5 reps), lutadores EXP mostraram melhor desempenho (p=0,02). Conclui-se que atletas de BJJ apresentam baixo percentual de gordura. Além disso, a resistência de força de membros superiores pode ser capacidade física fortemente solicitada durante o combate, o que poderia implicar em melhoras decorrentes da prática continuada. Ainda, o teste de resistência de MMSS parece ser eficiente para discriminar atletas pelo tempo de prática.

          Unitermos: Brazilian Jiu Jitsu. Artes marciais. Educação Física. Treinamento. Aptidão física. Desempenho atlético.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 162, Noviembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    Dentre as diferentes modalidades de combate, o Brazilian Jiu-Jitsu (BJJ) é uma das que tem crescido com maior intensidade no âmbito internacional. Sistematizado por brasileiros a partir de diversos esportes, como judô, luta olímpica, jiu-jitsu, e praticado principalmente como luta de solo, tem por objetivo levar o oponente à desistência por meios de técnicas de submissão (SCARPI et al., 2009).

    Durante combate, o lutador busca, após projetar o oponente ao solo, dominá-lo a partir de imobilizações e alavancas biomecânicas tendo, como meta principal, a aplicação de movimentos de finalização, como estrangulamentos e chaves articulares (DEL VECCHIO et al., 2007, IDE & PADILHA, 2005). Assim como as lutas em geral, o BJJ é classificado como acíclico, caracterizado por esforços intermitentes de curta duração e alta intensidade na aplicação dos golpes, seguidos de pequenos momentos de recuperação, em proporção de 170 para 13 segundos, respectivamente (DEL VECCHIO et al., 2007). Por conseqüência destas características, o possível sistema energético determinante do êxito, durante uma luta de BJJ, é o anaeróbio lático ou glicolítico (ARTIOLI; FRANCHINI E JUNIOR, 2006; DEGOUTTE et al., 2003; DEL VECCHIO et al., 2007; FRANCHINI et al., 1999; PAIVA, 2010). Porém, o metabolismo predominante possivelmente seja o aeróbio, já que este apresenta elevada participação na ressíntese de ATP durante combate, os tempos de esforços são superiores a 75 segundos e exibe atividades sucessivas de esforços e pausas (GASTIN, 2001; GLAISTER, 2005).

    Apesar do crescimento internacional expressivo, o BJJ ainda é pouco estudado. A maioria das investigações referentes ao BJJ aborda avaliação de aspectos físicos como, por exemplo, redução do nível de força isométrica de preensão manual ao longo da luta, capacidade aeróbia e flexibilidade (CONCEIÇÃO & SILVA, 2007; COSTA et al., 2009; SOUZA; SILVA E CAMÕES, 2005).

    Dentre as evidências, destaca-se relevância da resistência de preensão manual (RPM), pois a pegada deve ser mantida por quase todo o período de luta (DEL VECCHIO et al., 2007; FRANCHINI et al., 2007; OLIVEIRA et al., 2006); contudo, atletas de BJJ não apresentaram níveis elevados de força máxima de preensão manual (FMPM) (OLIVEIRA et al., 2006). Por outro lado, Franchini et al (2011) evidenciaram que o teste de tempo máximo de suspensão em isometria segurando o Gi (kimono) não diferencia atletas de judô, segundo diferente nível competitivo. Esta discriminação pode ser feita pelo teste dinâmico de resistência de força, realizado a partir da execução de flexões de cotovelo em suspensão, com preensão manual feita no kimono (FRANCHINI et al., 2011).

    O componente aeróbio, por sua vez, torna-se fundamental por auxiliar no desempenho de atividades intermitentes de alta intensidade (FRANCHINI et al., 2007). A relevância da capacidade aeróbia foi observada por Del Vecchio et al. (2007) em lutadores de BJJ, e os autores classificaram esta variável como essencial para manutenção da intensidade ao longo do combate, e possível êxito competitivo.

    A flexibilidade tóraco-lombar tem destaque pela constante utilização de diferentes articulações na luta de solo (SOUZA; SILVA E CAMÕES, 2005). Bons níveis de amplitude de flexão e extensão do tronco são exigidos nos movimentos específicos do BJJ, o que disponibiliza maior campo de ação entre origem e inserção muscular, permitindo maior velocidade de execução dos movimentos (ANDREATO, 2010).

    Entender como o BJJ contribui no aprimoramento da aptidão física de seus praticantes pode auxiliar os profissionais do esporte a delinearem programas de treinamento mais específicos para os lutadores. Ainda, há poucas informações quanto às diferenças, segundo tempo de prática. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi quantificar e comparar parâmetros físicos decorrentes da prática de BJJ, em atletas iniciantes (IN) e experientes (EXP).

Materiais e métodos

    O presente estudo se caracteriza como observacional transversal analítico (THOMAS & NELSON, 2002). Para a amostra, fizeram parte 14 atletas de BJJ voluntários, alocados em dois grupos: (a) iniciantes (INI), com tempo mínimo de prática de três meses e graduação de faixa branca ou azul; e (b) experientes (EXP), com graduação mínima de faixa roxa e nível competitivo nacional. Os participantes têm entre 18 e 29 anos (categoria adulto), massa corporal entre 70 e 90 kg e, no momento da coleta, estavam em atividade de treinamento por pelo menos três meses consecutivos.

    Para mensuração da massa corporal e estatura, os indivíduos estavam descalços, vestindo o mínimo possível de roupa, na posição anatômica com o peso do corpo igualmente distribuído entre ambos os pés, eretos e com a cabeça posicionada no plano horizontal de Frankfurt (MACKENZIE, 2004).

    As circunferências corporais foram medidas de acordo com o sugerido por Heyward & Stolarczyk (1996), com fita métrica metálica, não elástica, marca Cescorf. As circunferências avaliadas foram do braço (brç) e antebraço (ant) direito.

    Foram aferidas as dobras cutâneas do peitoral (pto), abdominal (abd) e coxa (cx) com plicômetro científico Cescorf® sensível em 0,1mm. Realizaram-se três medidas em circuito, todas do lado direito, sendo validada a medida intermediária. Em caso de diferença maior de 5% entre o maior e o menor valor obtido, uma nova série de medidas foi feita (HEYWARD & STOLARCZYK, 1996).

    Estimou-se o percentual de gordura dos atletas de forma duplamente indireta. O valor de densidade corporal foi obtido a partir do protocolo de três dobras cutâneas (JACKSON & POLLOCK, 1978), para que fosse estimado o percentual de gordura usando a equação de Siri (1961). O índice de massa corporal (IMC) também foi calculado.

    Para aferir força máxima de preensão manual (FMPM), utilizou-se dinamômetro manual eletrônico DayHome™, modelo EH101, com sensibilidade de 100g. Foram executadas três medidas de forma alternada com os braços estendidos ao lado do corpo em posição ortostática. Intervalo de um minuto entre as medidas foi utilizado a fim de evitar fadiga muscular durante os testes. Requisitou-se aos atletas que aplicassem a maior força possível em todas as tentativas (OLIVEIRA et al., 2006).

    Avaliou-se a resistência de membros superiores (RMS) a partir de teste específico de pegada com o corpo em suspensão utilizando o Gi (roupa de treino). Para execução deste teste, o Gi foi colocado sobre a barra fixa de forma que o atleta pudesse segurar e se manter em suspensão com os braços totalmente estendidos, caracterizando a fase inicial do movimento. Solicitou-se que o atleta executasse o maior número de flexões de cotovelo em suspensão, da posição totalmente estendido para a posição totalmente flexionado, o maior número de vezes possíveis. Os valores do teste estão expressos de forma absoluta e relativa à massa corporal de cada atleta (FRANCHINI et al., 2011).

    A potência de membros inferiores (PMI) foi obtida a partir do teste de impulsão horizontal. Utilizou-se fita métrica metálica, não elástica, previamente colocada ao solo, perpendicularmente à linha de salto. Foi pedido para o atleta executar três saltos com intervalos de cinco minutos entre eles, objetivando atingir o ponto mais distante possível. Para isto, os lutadores se colocaram atrás da linha inicial e saltaram a frente com impulsão simultânea das pernas e movimentos livres de braços e tronco. A medida validada decorreu da maior distância alcançada, mensurada da linha de salto até o calcanhar mais próximo da mesma. Foram invalidados saltos em que houve deslizes dos pés ou sobrepasso após aterrissagem (MATSUDO, 1995; COTTA et al., 2009).

    Para a avaliação de flexibilidade (FLX), utilizou-se o método linear de sentar e alcançar proposto por Wells e Dillon (1952). Foi empregado o “Banco de Wells”, da marca Cescorf®. Pediu-se aos atletas que mantivessem os joelhos estendidos e os pés apoiados no instrumento; e foram executadas três tentativas, com 30 segundos de intervalo cada. Em cada execução, os indivíduos flexionaram o tronco lentamente, objetivando atingir a maior distância possível na régua. A posição final validada foi a maior medida obtida entre as três tentativas, mantidas por pelo menos dois segundos (MACKENZIE, 2004).

    A freqüência cardíaca de repouso (FC de repouso) foi mensurada com monitor cardíaco de marca Polar® modelo F6. Para tal, os atletas permaneceram sentados por cinco minutos, a fim de caracterizar situação de repouso.

    Durante o processo de coleta de dados houve uma perda amostral no teste de flexibilidade (0,89% do total de dados dos testes físicos), devido a limitações funcionais do avaliado. Para análise dos dados, empregou-se estatística descritiva e inferencial. Após verificação da distribuição normal pelo teste de Shapiro-Wilk, média ± desvio padrão foram utilizados na descritiva e se aplicou análise de variância para comparação dos dois grupos. Os dados foram analisados no SPSS 16.0.

Resultados

    Os dados referentes às características físicas dos lutadores de BJJ iniciantes e experientes são apresentados na tabela 1. Nela, a diferença que classifica os grupos ficou evidenciada pelo tempo de prática dos atletas, com média de 7,71 ± 1,7 anos para EXP e 2,09 ± 1,78 anos para IN. Ainda, observou-se IMC superior nos EXP (25,8 ± 1,27 Kg/m² contra 23,3 ± 0,9 Kg/m² dos iniciantes). Já quanto a massa corporal, estatura e percentual de gordura, não foram identificadas diferenças.

    As medidas das circunferências corporais estão apresentadas na tabela 2. Destaca-se que as circunferências do antebraço direito e das coxas direita e esquerda do grupo EXP são superiores às do grupo IN, com valores de p muito próximos ao nível de significância estatística (p= 0,08, 0,06 e 0,07, respectivamente). Quanto às demais circunferências, não foram identificadas diferenças.

    Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes nas espessuras de dobras cutâneas e nos diâmetros ósseos entre os grupos (tabela 3). Apenas a dobra cutânea subescapular mostrou valor de p próximo à significância (p= 0,07).

    Os resultados referentes ao desempenho dos lutadores em testes físicos estão expressos na tabela 4. Nela, é apresentada diferença significativa no teste de resistência de força de membros superiores segurando o Gi, tanto de forma bruta (EXP= 14,7 ± 1,7 reps contra IN= 9,7 ± 2,5 reps, p<0,001), quanto relativa (EXP= 0,19 ± 0,02 reps/kg MC contra IN= 0,13 ± 0,04 reps/ kg MC, p= 0,01). E no nível de flexibilidade dos atletas, do qual se evidencia melhor desempenho dos EXP (IN= 28,42 ± 2,16 cm vs EXP= 35,41 ± 3,62 cm; p = 0,02).

Discussão

    Quanto à composição corporal, os resultados desta investigação sugerem que lutadores de BJJ possuem baixo valor de percentual de gordura (IN= 8,7 ± 3,8% e EXP= 9,1 ± 3%). O mesmo foi relatado por Del Vecchio et al (2007) com lutadores de elite, por apresentarem valores médios de 9,83 ± 4,17%. Já Franchini et al (2007) encontraram 11,4 ± 8,4% em lutadores de elite de judô. Os valores baixos de percentual de gordura associados ao maior IMC de lutadores experientes podem sugerir que estes atletas buscam reduzir massa gorda e aumentar massa livre de gordura, dentro de determinada categoria de peso (FRANCHINI et al., 2005)

    Não foi encontrada diferença nas medidas de circunferência do braço entre os lutadores avaliados. Porém, a circunferência do antebraço direito parece estar associada ao tempo de prática de modalidades de agarre, pela grande solicitação desta musculatura durante combate (FRANCHINI et al., 2005). Neste estudo, os sujeitos apresentaram circunferência de antebraço de 28,5 ± 1,19 cm e 29,6 ± 1,04 cm para iniciantes e experientes, respectivamente, determinando diferença próxima de 5% (p=0,08). Franchini et al. (2005) classificam a circunferência do antebraço como fator de vantagem em lutadores de judô, a partir da diferença encontrada entre lutadores de judô de elite (29,3 ± 3,7 cm) comparados a lutadores que não eram de elite (26,5 ± 3,0 cm). Em outro estudo, Franchini et al. (2007) não encontraram a mesma diferença entre titulares (31,1 ± 3,6 cm) e reservas (31,6 ± 1,8 cm) da seleção brasileira de judô, estes achados podem ser justificados porque, apesar de reservas, estes lutadores apresentam alto nível competitivo.

    Na perspectiva motora, os resultados deste estudo mostram diferença significante (p= 0,02) entre a flexibilidade de atletas iniciantes 28,4 ± 2,16 cm e experientes 35,41 ± 3,62 cm, com valores semelhantes aos encontrados por Franchini et al. (1997) em atletas da seleção brasileira universitária de judô (36,2 ± 4,7 cm). Del Vecchio et al. (2007) encontraram valores maiores ao avaliarem sete atletas de elite de BJJ no mesmo teste de flexibilidade (42,9 ± 3 cm), comparados aos resultados do presente estudo, 35,41 ± 3,62 cm. Ainda, os achados do presente estudo corroboram com os achados de Souza; Silva e Camões (2005), que indicam que atletas com maior tempo de prática apresentaram maior flexibilidade tóraco-lombar e de quadril, mensurada a partir do teste sentar e alcançar. Os autores ainda justificam estes resultados pela constante utilização destas articulações na luta de solo, sugerindo que esta capacidade física aumenta sob a influência do treinamento.

    Acerca da preensão manual, estudo de Oliveira et al. (2006), que comparou 50 atletas de BJJ com 50 indivíduos sedentários, evidenciou que a prática desta modalidade promove ganhos na resistência de força na preensão manual, isto pode decorrer do emprego da pegada exercida no Gi (roupa da prática, também conhecida como kimono) do oponente de modo constante durante todo o período da luta.

    Porém, a partir de simulações de luta de 5 minutos, Franchini, Takito e Pereira (2003), utilizando testes com dinamômetro, observaram que os atletas de BJJ não demonstraram força máxima elevada nas medidas de preensão manual (54,2 ± 6,7 kgf na mão direita e 51,4 ± 6,1 kgf na mão esquerda), especialmente quando comparados a lutadores de outras modalidades de agarre. No presente estudo, lutadores com maior tempo de prática demonstraram FMPM de 57,01 ± 8,3 kgf para mão direita e 55,6 ± 7,5 kgf para esquerda. Em mesmo teste, judocas da seleção brasileira apresentaram 49,5 ± 12,8 kgf na mão direita e 47,2 ± 12,4 kgf na mão esquerda (FRANCHINI et al., 1997), enquanto judocas belgas de alto nível apresentaram 64,9 ± 8,9 kgf na mão direita e 59,7 ± 8,8 kgf na mão esquerda (CLAESSENS et al., 1984 apud FRANCHINI et al., 1997).

    Quanto ao teste de resistência de força de membros superiores, o presente estudo encontrou valores absolutos de (9,7 ± 2,5 repetições para iniciantes e 14,7 ± 1,7 repetições para experientes, p<0,001) e relativos (IN= 0,13 ± 0,04 reps/kg e EXP= 0,19 ± 0,02 reps/kg) diferentes entre os grupos. Resultados semelhantes foram descritos por Franchini et al. (2011), que identificaram diferença significante em valores absolutos no mesmo teste em lutadores de nível nacional (12 ± 5 reps) e de nível estadual (9 ± 4 reps) de Judô, porém não encontraram diferença quanto aos valores relativos (0.2 ± 0.1 e 0,1 ± 0.1 reps/kg). Os autores sugerem que estas diferenças podem ser decorrentes da grande utilização de movimentos que envolvam flexões e extensões de cotovelo durante as lutas das modalidades de combate com domínio do Gi, o que poderia justificar tais resultados.

    Segundo Preux e Guerra (2006), a potência é fundamental nas lutas de judô por exigir movimentos rápidos para entrada de golpes combinadas com força para finalização de um golpe em pequenas frações de tempo. Em estudo com crianças, Castro-Piñero et al. (2010) evidenciaram que o teste de impulsão horizontal é fortemente associado a outros testes que objetivam mensurar potência de membros inferiores, como salto vertical, salto com agachamento e salto contra-movimento. Neste estudo, os atletas obtiveram valores de 224,9 ± 25,4 cm e 226,3 ± 12,1 cm para iniciantes e experientes, respectivamente. Mais estudos utilizando este teste são necessários para que existam parâmetros que possibilitem comparações, embora nosso estudo tenha evidenciado que o teste de impulsão horizontal não pôde discriminar os atletas pelo tempo e nível de prática.

Conclusão

    O presente estudo demonstrou que atletas de BJJ apresentam baixo percentual de gordura e que os experientes apresentam maior nível de resistência de força de membros superiores, quando comparados aos iniciantes. Pode-se concluir, ainda, que o treinamento desta variável pode ser relevante para otimização no desempenho de lutadores da modalidade e que o teste específico aplicado nesta investigação pode discriminá-los segundo tempo de prática.

    Tais achados identificam que estas adaptações físicas podem ser decorrentes do treinamento e da prática contínua da modalidade; mas estudos adicionais, de acompanhamento ou intervenção, precisam ser conduzidos.

Referências

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 162 | Buenos Aires, Noviembre de 2011
© 1997-2011 Derechos reservados