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Análise estatística dos campeonatos nacionais de basquetebol (1996-2010): reflexões e projeções para o futuro do basquetebol brasileiro

Análisis estadístico de los campeonatos nacionales de basquetbol (1996-2010):

reflexiones y proyecciones para el futuro del basquetbol brasileño

 

Centro Universitário Vila Velha
Curso de Educação Física, Esporte e Lazer

(Brasil)

Luiz Felipe Faria de Azevedo Filho
Aldo Vieira Machado Junior

lfelipefilho@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo analisa a evolução das estatísticas oficiais dos Campeonatos Nacionais de Basquete (CBB e NBB) durante o período de 1996 a 2010. Reflexões também são feitas objetivando a compreensão das variações ocorridas no período e projeção de um padrão de jogo adequado ao basquetebol brasileiro. Os resultados mostram que no decorrer das 15 edições analisadas, o basquetebol praticado no Brasil passou a apresentar placares mais baixos, sendo que a pontuação é alcançada, cada vez mais, por meio de arremessos de 3 pontos e menos por meio de arremessos de 2 pontos e lances livres. O número de assistências registradas, após certa inconstância no critério de aplicação desta variável, também apresenta atual tendência de queda. Concluímos desta forma que no decorrer do período analisado, as estatísticas refletem a implantação de um padrão de jogo mais controlado, armado, defensivo, ao basquetebol brasileiro, padrão este que é historicamente característico do esporte praticado em países europeus.

          Unitermos: Basquetebol. Novo Basquete Brasil. NBB. Análise estatística.

 

Abstract

          This paper examines the development of official statistics of the National Basketball Championships (CBB and NBB) during the seasons of 1996 to 2010. Reflections are also made ​​with the goal of understanding the variations of the period and the projection of an appropriated standard for playing Brazilian basketball. The results show that in the course of the 15 editions analyzed, basketball played in Brazil began to produce lower scores, and the score is achieved, increasingly, through 3-point shots and fewer pitches through two points and free throws. The number of assistances registered - after a certain inconsistency in the applicability of the variable, it also presents a downward trend currently. Thus, we conclude that in this way, during the period analyzed, the statistics reflect the use of a Brazilian basketball with a more controlled pattern of playing, armed, defensive, which is a pattern that historically reflects the characteristics of that sport as practiced in European countries.

          Keywords: Basketball. New Brazil Basketball. NBB. Statistical analysis.

 

          Monografia apresentada ao Curso de Educação Física, Esporte e Lazer do Centro Universitário Vila Velha, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Educação Física. Orientador Prof. Esp. Aldo Vieira Machado Junior.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 162, Noviembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    Qualquer que seja a modalidade esportiva em questão é certo que quanto maior o profissionalismo e competitividade envolvidos, maior a atenção necessária com detalhes técnicos e táticos do esporte. No esporte de alto rendimento, um fato que reflete a constante busca pela excelência e provoca aumento da competitividade é a busca incessante dos técnicos por conhecer profundamente sua própria equipe e os seus adversários, já que, aspectos desconhecidos no momento da partida podem ser determinantes para a derrota.

    Segundo Rose Júnior, Gaspar e Assumpção (2005), estatística é o retrato numérico da atuação de um atleta ou equipe, cujo foco não é a “qualidade” da ocorrência, e sim a quantidade. Com o objetivo de estudar fenômenos aleatórios, dados estatísticos serão sempre expressos através de números, tabelas e gráficos.

    Outro termo freqüentemente encontrado no meio esportivo é “scout”, palavra inglesa que tem significado próximo de “explorar, verificar, examinar” e neste caso, não há consenso entre os autores. É possível encontrar o termo scout sendo empregado para identificar a simples estatística esportiva, porém scouting moderno está comumente relacionado a uma análise mais subjetiva, direcionada não apenas para a quantidade, mas também para a qualidade dos acontecimentos. Este pode ser considerado um mapa técnico/tático do jogo e representa, por exemplo, as movimentações ofensivas e defensivas do adversário e características específicas dos jogadores como em qual local da quadra um lateral tem melhor aproveitamento nos arremessos ou para que lado o pivô tem mais facilidade para realizar um giro e finalizar.

    O interesse pelo tema se dá pela minha vivência como atleta profissional, atualmente defendendo a equipe do Vila Velha/Basquetebol no Novo Basquete Brasil (NBB) e, sobretudo pelo fato de, durante grande parte da minha vida, ter acompanhado de maneira muito próxima as ligas nacionais, seja na atualidade como atleta, seja durante a década de 90, período em que meu pai (Luiz Felipe Faria de Azevedo foi atleta profissional no período de 1984 a 1998, representando a seleção brasileira de basquete em diversas competições incluindo os Jogos Olímpicos de Seul, 1988) atuou nas mesmas. Desta forma, a seguinte questão me surgiu:

    O que nos mostra e que análise podemos fazer dos dados estatísticos nos últimos 15 anos da competição nacional de basquetebol (1996 a 2010)

    O objetivo do presente estudo é identificar a evolução das estatísticas oficiais referentes à produção ofensiva nos campeonatos nacionais masculinos de basquete (CBB e NBB) durante o período de 1996 a 2010. Reflexões também serão feitas objetivando a compreensão das variações ocorridas no período e projeção do comportamento futuro dos agentes que atuam com o basquetebol.

2.     As estatísticas no basquetebol

    A análise de estatísticas no basquetebol, amplamente utilizada por profissionais ligados ao esporte, representa um importante instrumento para compreensão do jogo, avaliação do trabalho realizado e adequações visando um melhor desempenho futuro. Este tipo de análise também se destaca cada vez mais, como balizador determinante antes de contratações e direcionamento financeiro por parte de equipes nacionais ou estrangeiras (Azevedo, 2010). É importante também destacar a importância das estatísticas para os meios de comunicação. Estes, além de realizarem a divulgação dos números, utilizam-nos como subsídios para as análises e comentários técnicos e táticos do jogo por parte dos comentaristas contratados para este fim (De Rose, 2005).

    O retrato numérico da performance de um atleta ou equipe, por apresentar em sua essência apenas dados quantitativos, pode gerar distorções no desempenho (Neto, 2007), sendo importante a correta interpretação dos dados obtidos, para não provocar equívocos. Buscando melhor esclarecer a contribuição das estatísticas dos jogadores e equipes nas vitórias e derrotas, Grabiner (1999) propõe a reflexão em torno de três questões:

  • A estatística avalia uma importante contribuição para aquele objetivo?

  • O quão bem a estatística mensura a contribuição do jogador?

  • Existe uma maneira melhor para mensurar a mesma coisa?

    A partir desta problemática, novos índices estatísticos têm sido propostos para o entendimento do jogo como a medição da eficácia coletiva, expressa pelo coeficiente de eficácia ofensiva (CEO) e coeficiente de eficácia defensiva (CED), porém é importante citar que a produção científica referente à estatística no basquetebol tem sido muito limitada e carente de rigor matemático, não produzindo os efeitos desejados (Sampaio & Janeira, 2001).

    Uma infinidade de fatores pode ser analisada por meio de estatísticas sendo que a maioria dos estudos centra-se nas seguintes ações: arremessos tentados e convertidos (lances-livres, e arremessos de 2 e 3 pontos), rebotes ofensivos e defensivos, faltas cometidas e sofridas, assistências, bloqueios de ataque, roubos de bola e perdas de bola.

    Sobre a importância das estatísticas no basquetebol, Garganta (2006) coloca que por se tratar de uma modalidade situacional, as competências dos jogadores e equipes de basquetebol se reportam às vastas categorias de problemas e diferentes níveis de organização que respondem aos diferentes sinais de envolvimento. Sendo assim, a necessidade de compreender o jogo em toda sua relação de forças e complexidade passa invariavelmente por testemunhar a eficiência e a eficácia dos jogadores e equipes nas diferentes fases do jogo.

    Também sobre o tema, no trabalho “A importância dos indicadores estatísticos para a obtenção da vitória no Campeonato Mundial de Basquetebol adulto masculino 2006”, o autor José M. D. Neto constata que o percentual de arremessos de 2 pontos, percentual geral de arremessos, lances livres convertidos, o número de faltas sofridas e o número de assistências se mostraram os indicadores estatísticos mais importantes para a obtenção da vitória no campeonato em questão. Segundo este mesmo autor, estes resultados reafirmam a importância de agressividade ofensiva, eficiência nos lances livres, jogo coletivo e da correta seleção dos arremessos para o sucesso no basquetebol.

    Marcio Faria de Azevedo (2010) em seu estudo “Análise Estatística Entre CETAF e Flamengo em Relação ao Desempenho no Novo Basquete Brasil 2009” realiza um comparativo entre os indicadores estatísticos do CETAF (10º colocado) e Flamengo (1º colocado) e desta forma justifica as colocações obtidas e indica aspectos a serem trabalhados para melhora do desempenho do CETAF em competições futuras.

    No artigo “Campeonato Nacional de Basquetebol: Equilíbrio de Forças ou Nível Técnico em Queda?”, de José Marinho Dias (2005) foi realizado um estudo comparativo entre estatísticas coletadas entre 1996 e 2003. Analisando os números obtidos, o autor identificou visível queda do nível técnico da competição e expôs uma série de fatores que contribuíram para esse declínio apresentado no período.

    Diferente dos demais artigos citados, o presente estudo analisa dados estatísticos de 15 edições de campeonatos nacionais masculinos de basquetebol (1996 – 2010). Nesse período, profundas transformações ocorreram no cenário do esporte, partindo da visível queda do nível técnico, prestígio, investimentos e público, apontada por Marinho (2004) até a fundação da Liga Nacional de Basquete (LNB), em 2008. A nova Liga surge com uma proposta de gestão semelhante ao consagrado modelo da Liga Norte-Americana (NBA), lança o Novo Basquete Brasil (NBB) e marca o ressurgimento do basquetebol brasileiro apresentando novamente médias animadoras de público e investimento.

    A evolução nos métodos de coleta e apresentação dos dados estatísticos também foi considerável nesse período. O surgimento dos vídeo-gravadores foi um fato marcante, proporcionando um enorme incremento na coleta de dados (Sampaio, 2001) e a revolução da informática levou o trabalho que era realizado com papel e lápis a um moderno sistema envolvendo programas de computador em que hoje, treinadores e torcedores podem verificar online, em tempo real os números e gráficos referentes à partida, além de acompanhar a cada lance a descrição da jogada realizada.

    No presente vivemos mais um momento marcante e revolucionário representado pela integração dos sistemas de mineração de dados (data mining) ao esporte. Com a evolução da informática, entramos na era dos “gigabytes”, “terabytes” e bancos de dados tão grandes que se tornou extremamente difícil prover algum sentido à informação recolhida (Sampaio, 2001). Como solução a este problema surge o data mining, sistema que executa análise, cálculos e tratamento estatístico sobre grande quantidade de dados, identificando padrões de comportamento implícitos nos mesmos. Esta técnica pode realizar uma análise antecipada dos eventos, possibilitando a previsão de tendências, comportamentos futuros e permitindo ao treinador tomar decisões baseada em fatos e não apenas em suposições. (Cardoso; Machado, 2008). Cabe ressaltar que apesar de toda a tecnologia envolvida, para garantir a qualidade e credibilidade dos dados registrados e futuramente dos padrões encontrados, o responsável pela criação do banco de dados deverá sempre ser um profundo conhecedor da modalidade esportiva em questão e um exímio conhecedor de informática. Isto ocorre, pois a tarefa de análise de jogo é dificultada pelo grande número de elementos a se observar, pela imprevisibilidade e variabilidade de comportamentos e ações durante a partida e pela multiplicidade de critérios assumidos na definição e identificação dos elementos. (Matias & Greco, 2009)

    No basquetebol a NBA foi pioneira quando em ainda na temporada 1995-1996, apresentou às equipes o software “Advanced Scout”, que utilizando a mineração de dados identifica padrões interessantes nos jogos da Liga, oferecendo aos treinadores informações precisas e valiosas.

3.     Metodologia

    Tendo como referência Gil (2007) podemos classificar este estudo como quantitativo de caráter descritivo, pois tem como objetivo primordial a descrição das características de determinado fenômeno ou o estabelecimento de relação entre variáveis. Uma das características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário e a observação sistemática.

    O instrumento utilizado para a coleta de dados foi o acervo de estatísticas oficiais das competições, disponível para consulta no site da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e Liga Nacional de Basquete (LNB). Uma vez coletados, os dados das diversas temporadas foram comparados e analisados.

    Com o objetivo de permitir a comparação entre dados estatísticos de diferentes temporadas nacionais e internacionais (utilizando como referência internacional o campeonato norte americano da NBA e a liga européia Euroliga), o presente estudo centra-se em ações ofensivas comumente registradas: arremessos tentados e convertidos (lances-livres, e arremessos de 2 e 3 pontos) e assistências.

4.     Análise dos dados

    Nesta seção do artigo, apresenta-se o retrato numérico referente à produção ofensiva nos campeonatos nacionais masculinos de basquetebol (CBB e NBB) durante o período de 1996 a 2010. Reflexões também são feitas objetivando a compreensão das variações ocorridas no período. Para melhor entendimento, os dados são apresentados em gráficos e analisados em 5 blocos, sendo estes: Pontuação Geral, Arremessos de 3 pontos, Arremessos de 2 pontos, Lances Livres e Assistências.

4.1.     Pontuação geral

    Talvez este seja o medidor estatístico mais importante em qualquer esporte, pois o número de vezes em que o objetivo é atingido além de determinar o resultado da partida é fator determinante para o interesse do público, da imprensa e dos investidores pelo evento. A própria história esportiva do Brasil ratifica a importância deste marcador, visto que, culturalmente o país tende a supervalorizar aspectos ofensivos em detrimento dos defensivos, bem como admirar a criatividade e habilidade dos atletas. Neste sentido, segundo Soares e Lovisolo (2003 p.131) “Os jogadores preferidos, os craques, possuiriam um dom ou talento que combina habilidade, astúcia, sagacidade, capacidade de simulação, improvisação e criatividade.”

Gráfico 1. Média de pontuação alcançada por cada equipe em uma partida

    Ao analisarmos o Gráfico 1, notamos uma acentuada queda na produção ofensiva das equipes até o ano de 2000. No ano seguinte, a diminuição do tempo limite para definição ofensiva (de 30 para 24 segundos), gerou maior velocidade ao jogo, maior volume ofensivo e conseqüente recuperação do índice que novamente atingiu os 90 pontos. Porém a tendência de queda na pontuação se concretizou, apresentando seu mais baixo indicador na temporada de 2007 (79,7 pontos), 18% abaixo dos 97,25 pontos apresentados no ano de 1996.

    Se Marinho (2005) cita o pouco compromisso com a seleção dos arremessos e a queda do nível técnico dos arremessadores como causas para a queda na pontuação geral dos campeonatos ocorrida no período de 1996 a 2003, hoje presenciamos um aumento significativo nos investimentos das equipes, que têm representado clara elevação técnica do basquetebol brasileiro, contando com o repatriamento de diversos atletas que atuaram no basquetebol europeu além de atletas estrangeiros de bom nível atuando nas 2 primeiras edições do NBB.

    Entretanto, essa elevação técnica não representou aumento significativo na pontuação das equipes, certamente porque a evolução técnica e tática inclui aspectos ofensivos e defensivos que somados promovem certa estabilidade aos indicadores. Os baixos números na produção ofensiva dos campeonatos nacionais se aproximam cada vez mais com os números apresentados pelo basquetebol europeu (média de 74,08 pontos na temporada 2009/10 da Euroliga), modelo que apresenta resultados expressivos internacionalmente e que é defendido por grande parte dos profissionais da área no Brasil. Essa afirmação pode ser comprovada pela crescente tendência de contratação de técnicos estrangeiros para dirigirem a seleção brasileira principal e algumas das principais clubes equipes do basquetebol brasileiro.

4.2.     Arremessos de 3 pontos

    O primeiro indicador (Gráfico 2) se refere à quantidade de pontos alcançados pelas equipes através de arremessos de 3 pontos, enquanto no Gráfico 3, podemos acompanhar a eficiência nos arremessos de 3 pontos, representada pelo percentual de acerto dos mesmos.

Gráfico 2. Média de pontos alcançados por cada equipe através de arremessos de 3 pontos em uma partida

 

Gráfico 3. Percentual de acerto dos arremessos de 3 pontos.

    Ao observarmos o Gráfico 2, notamos uma pequena variação ao longo das temporadas, com destaque para o período compreendido entre 1999 e 2003, onde ocorre um aumento de 15,8% na pontuação.

    Apesar da maior diferença registrada no período ser de 5,47 pontos, quando relacionamos esses números com a pontuação geral do campeonato, percebemos uma mudança expressiva na característica de jogo nos campeonatos nacionais. Enquanto em 1996 as bolas de 3 pontos representavam 21,34% do total de pontos alcançados, em 2010 representaram 31,61%.

    Já no Gráfico 3 nota-se que a maior pontuação da linha de 3 pontos não é proveniente de uma maior eficiência nos arremessos, mas pelo contrário, o índice apresentou queda significativa no período estudado, partindo de 39,9% em 1996 até atingir 34,1% em 2008.

    A procura pela definição distante do aro, tal qual a queda na porcentagem de acerto dos arremessos em parte se explica pelo notável aumento da agressividade defensiva ao longo dos anos. A defesa que outrora se posicionava a certa distância do adversário, permitindo maior visão de jogo e liberdade para as penetrações e arremessos longos com o passar do tempo se tornou mais pressionada. A permissividade no que se refere ao contato físico no jogo também mudou o perfil dos atletas de basquetebol que passaram a se apresentar cada vez mais altos e atléticos, porém nem sempre a técnica acompanhou essa evolução. Vale ainda frisar que se por um lado, como já citado anteriormente no trabalho, o pouco compromisso na seleção dos arremessos é um ponto a ser trabalhado no basquete brasileiro, ainda assim os números apresentados não fogem da realidade encontrada na Euroliga (competição européia de clubes mais importante da modalidade), que em sua versão finalizada em 2008, apresentou 32,7% de acerto nos arremessos de 3 pontos que representaram uma média de 22,3 pontos por partida enquanto no mesmo ano o campeonato brasileiro apresentou 34,1% e 21,6 pontos.

    Comparações anteriores envolvendo o aproveitamento de arremessos no campeonato brasileiro e demais campeonatos ao redor do mundo têm sua credibilidade comprometida visto que apenas no ano de 2008 com o surgimento da LNB, a liga unificou os aros utilizados no campeonato e passou a exercer moderada fiscalização quanto à maleabilidade dos mesmos.

    Historicamente as posições com maior representatividade nos arremessos de 3 pontos são armadores e laterais como demonstrado, por exemplo, em estudo de De Rose Junior et al (2004) em que armadores e laterais respectivamente tentam em média 4,5 e 4,6 arremessos de 3 pontos por jogo contra apenas 1,2 tentativas de pivôs. É certo, porém, que a estrutura de jogo apontada nesse estudo de 2004 sofreu alterações. Se o estudo se refere a dois pivôs atuando próximos à cesta e com aproveitamento apenas nos arremessos de curta distância, o que se observa cada vez mais a partir desta data são equipes optando por apenas um pivô de força atuando próximo à cesta, enquanto o outro pivô é utilizado mais distante, sendo por muitas vezes um especialista em arremessos de 3 pontos. Com atletas cada vez mais altos e fortes, essa nova estrutura de jogo com 4 jogadores abertos visa descongestionar o garrafão, proporcionando mais espaço tanto para penetração dos jogadores externos quanto para 1x1 do pivô de força.

    Com a mudança no regulamento para a temporada de 2011 em que a distância do aro para a linha de 3 pontos aumenta em 50 cm (6,75m no lugar de 6,25m) espera-se certa variação no volume e porcentagem de acerto nos arremessos de 3 pontos.

4.3.     Arremessos de 2 pontos

    O Gráfico 4 retrata a quantidade de pontos oriundos de arremessos de 2 pontos que são alcançados por cada equipe em uma partida. O Gráfico 5 se refere ao percentual de acerto dos mesmos arremessos.

Gráfico 4. Média de pontos alcançados por cada equipe através de arremessos de 2 pontos em uma partida

 

Gráfico 5. Percentual de acerto dos arremessos de 2 pontos

 

    Ao contrário do que se constata nos arremessos de 3 pontos, a pontuação alcançada por meio de arremessos de 2 pontos (Gráfico 4) segue tendência de queda, como já apontado por Marinho (2005).

    No ano de 2001, com a adoção dos 24 segundos de posse de bola, houve uma recuperação significativa dos números, porém estes voltam a cair drasticamente após esse período. Se na primeira temporada estudada, foram alcançados em média 55,65 pontos através de cestas de 2 pontos, em 2009 registra-se apenas 40,1 pontos. No que se refere ao percentual de acerto (Gráfico 5) também houve considerável queda, acumulando 10,63% no período compreendido entre 1997 a 2010

    Contribuem para a presente variação dos números a evolução defensiva das equipes e o abuso das tentativas de 3 pontos, que por muitas vezes é encarada como primeira opção ofensiva. As tentativas de 2 pontos envolvem a chamada “cesta fácil”, situação com alto índice de aproveitamento, proporcionada por jogos de transição e contra-ataque, onde geralmente se define a jogada em condição de superioridade numérica (Azevedo, 2010), devendo por esta razão ser a primeira opção de ataque.

    A procura em primeira instância pelo jogo interno também tem relação direta com a qualidade e aproveitamento dos arremessos longos, visto que a busca por infiltrações exige “ajuda” e rotação defensiva, podendo gerar no momento de desequilíbrio defensivo a assistência para um arremessador em boas condições para a tentativa de 3 pontos.

    Pivôs e laterais são os maiores responsáveis pelas tentativas de 2 pontos, os primeiros pelo fato de atuarem mais próximos à cesta e possuírem maior estatura, já o volume dos laterais é oriundo principalmente de penetrações e jogo de transição.

4.4.     Lances livres

    Dias Neto (2007) em seu estudo “A importância dos indicadores estatísticos para a obtenção da vitória no Campeonato Mundial de Basquetebol adulto masculino 2006” aponta o número de lances livres convertidos como indicador mais importante para obtenção da vitória quando a diferença final entre as equipes não supera 12 pontos.

    Sampaio (1998) também cita os lances livres como um dos indicadores mais associados às vitórias e derrotas nos jogos. Sendo que, as equipes que vencem mais jogos, convertem mais lances-livres e com maior eficácia.

Gráfico 6. Média de pontos alcançados por cada equipe através de lances livres em uma partida

 

Gráfico 7. Percentual de acerto dos lances livres

    Durante o período analisado nota-se queda tanto na quantidade de pontos alcançados por meio de lance livres (Gráfico 6) quanto na porcentagem de acerto dos mesmos (Gráfico 7). Neste segundo índice se destaca o período compreendido entre 2004 e 2009 onde houve queda de 4% no aproveitamento (75,1% em 2004 até a marca de 71,1% em 2009). Em 2010 o índice marca 72,3% e volta a crescer após 5 anos de queda.

    A preferência pelos arremessos de 3 pontos, por representar um jogo de menos contato físico, tende a dificultar a marcação de faltas e cobrança de lances livres, porém não há fatores que justifiquem a queda no aproveitamento dos lances livres cobrados senão um declínio técnico nesse fundamento. Como já citado anteriormente, no período estudado os atletas de basquetebol passaram a se apresentar cada vez mais altos e atléticos, mas a técnica nem sempre acompanhou essa evolução física. Vale ainda citar como referência as duas principais ligas do basquetebol mundial, a Euroliga e a NBA, que apresentaram na temporada 2009/10 respectivamente 73,7% e 75,9% de acerto nos lances livres, contra apenas 71,1% no NBB.

    Além dos aspectos gerais do jogo, lances livres assumem importância particular nos momentos decisivos de jogos equilibrados, sendo, portanto, importante destacar que além dos fatores técnicos, lances livres em especial são indicadores do preparo psicológico e emocional do atleta.

4.5.     Assistências

    Utilizando como referência Rose Júnior, Gaspar e Assumpção (2005) este marcador se refere ao último passe antes de um arremesso convertido, desde que o arremessador demonstre ação imediata em direção da cesta. A assistência também deverá ser computada quando o passe é feito a um jogador que, no ato do arremesso, sofre a falta e converte ao menos um dos lances livres.

Gráfico 8. Média de assistências alcançadas por cada equipe em uma partida

    O número de assistências registradas em uma partida é considerado um indicador da qualidade de passe e seleção dos arremessos de uma equipe. Melnik (2001) citado por De Rose Jr e Lamas (2006), realizou análise dos jogos da NBA (liga profissional norte-americana) nas temporadas de 1993 a 1998 e encontrou forte relação entre o número de assistências e a obtenção da vitória nos jogos.

    A adoção de um estilo de jogo aberto, em transição, favorece a ocorrência das assistências visto que, em situação de contra ataque com superioridade numérica ofensiva há maior possibilidade de um passe decisivo seguido de cesta.

    O Gráfico 8 mostra uma grande discrepância nos números registrados de 1996 a 1999, representando um crescimento de 121,4% do número de assistências. Essa grande variação, como já citado por Dias (2005), se deve principalmente a inconstância no critério de aplicação dessa variável no período.

    De 1999 a 2002 nota-se um discreto aumento nos valores seguindo a tendência de maior velocidade do jogo com a adoção dos 24 segundos de posse de bola. Após esse período nota-se uma alarmante queda de 20,79% até o ano de 2010.

    Os armadores, principais responsáveis pela organização das jogadas ofensivas e controle do jogo são os jogadores que detêm a bola por maior tempo durante a partida. Esses fatores apontam naturalmente para o armador como maior responsável pela distribuição de passes decisivos durante o jogo. Desta forma, a queda apresentada por esse índice indica a necessidade de atenção especial na preparação dos armadores. Estes necessitam de ótimo controle de bola e domínio das técnicas de passe. Jogadores desta posição também devem ter boa visão e leitura de jogo além de capacidade de decisão.

5.     Considerações finais

    Os campeonatos nacionais analisados, sejam eles organizados pela CBB (1996 – 2008) ou pela LNB (2008/09 – 2009/10) representaram sempre a competição mais importante do basquetebol nacional e nelas, presume-se encontrar o que existe de melhor no basquetebol brasileiro: os melhores atletas, treinadores e comissões técnicas, os esquemas táticos mais modernos, as melhores estruturas para a preparação física e prática do esporte (Dias, 2005). Sendo assim entende-se que essa competição deva ser utilizada como parâmetro para aferição das estatísticas e análise do basquetebol brasileiro, de modo que, enquanto as estatísticas nos permitem identificar as características assumidas pelo basquetebol nacional ao longo dos anos, a análise dos dados nos leva à causa-efeito dos resultados obtidos e nos permitem projetar um possível padrão futuro para jogo.

    Devido à grande evolução na coleta e apresentação de dados, impulsionada pela utilização de vídeo-gravadores e recursos de informática, cabe às comissões técnicas constante busca por capacitação, de forma que, através das ferramentas disponíveis, seja possível avaliar de maneira cada vez mais objetiva e estruturada o processo de tomada de decisão. Uma vez que o profissional se encontra preparado para se apropriar e beneficiar de novos conhecimentos teórico/práticos e recursos tecnológicos, este estará apto a elaborar treinamentos que potencializam as maiores qualidades dos jogadores enquanto aprimoram as ações de baixa eficácia. Desta forma, são desenvolvidos métodos de treinamento que asseguram maior especificidade e possibilitam superior transferibilidade para o jogo (Matias; Greco, 2009). Taticamente, os novos recursos representam um incremento à construção prévia de estratégias e principalmente à elaboração e adaptação de planos táticos durante as partidas.

    Quanto à pontuação média apresentada pelas equipes nos campeonatos nacionais, a queda de 17,55 pontos registrada no período compreendido entre 1996 e 2007 é impressionante, porém há um esboço de reação quando a partir de 2008 é registrado crescimento quase linear da pontuação. O mesmo acontece com o percentual de acerto dos arremessos de 3 pontos e também com o total de acerto dos mesmos.

    A recuperação dos índices citados acima, tal qual a simples estabilização das estatísticas relacionadas a arremessos de 2 pontos são bons indícios, porém por si só, ainda não traduzem o impacto positivo que o surgimento da LNB teve sobre o basquetebol brasileiro. Grandes mudanças administrativas, como a que ocorreu em 2008, certamente refletem no nível técnico da competição, porém a realização desta análise através de comparação estatística se torna mais difícil a partir de 2011, visto que uma série de mudanças no regulamento passam a vigorar nesta temporada e por si só, tendem a promover alterações no padrão de jogo.

    Nos lances livres, fundamento citado em 2004 por José M. Dias como destaque do basquete brasileiro, os baixos índices atuais são preocupantes e como já citado anteriormente, não há fatores externos que justifiquem esta queda de aproveitamento senão o declínio técnico neste fundamento. Desta forma, um trabalho específico deve ser realizado nos treinamentos, em busca de um aproveitamento próximo ao apresentado na NBA por exemplo. Cabe ressaltar que a busca pela equiparação do índice norte americano (75,9% na temporada 2009/10) que para alguns pode parecer utópica, não representa nada mais que o retorno a nossos próprios índices de 2000 ou 2001, por exemplo (75,5% e 75,8% respectivamente).

    Em suma, no decorrer das 15 edições analisadas podemos observar que o basquetebol praticado no Brasil apresenta placares mais baixos, sendo que a pontuação é alcançada cada vez mais através de arremessos de 3 pontos e menos através de arremessos de 2 pontos e lances livres. Sendo assim concluímos que com o passar do tempo, o jogo se tornou mais periférico, entenda-se arremessos lançados atrás da linha de 3 pontos.

    Ao considerarmos as assistências, mais uma vez os resultados são preocupantes. Os índices, próximos aos encontrados na Euroliga, remetem a um estilo de jogo fechado, armado, defensivo. Este modelo está historicamente relacionado ao basquetebol europeu, porém pouco representa a beleza, emoção e ofensividade exaltadas por Freyre (1945)

    Há de se refletir muito quanto à atual tendência de implantação de um padrão de jogo característico de países europeus ao esporte brasileiro. Prova de que esta tendência não se aplica apenas ao basquetebol é o padrão de jogo e comportamento imposto à seleção brasileira de futebol enquanto comandada pelo técnico Dunga (2006 - 2010). Sobre a seleção brasileira convocada para a Copa de 2010, Florenzano (2010) afirma que “... não resta dúvida, revelava a prevalência da força como princípio ordenador da máquina de guerra montada por Dunga...” (FLORENZANO, 2010)

    Especificamente no basquetebol, é fato que seleções européias como Espanha, Grécia, Lituânia, Turquia e Sérvia apresentam bons resultados internacionais e grande representatividade em campeonatos mundiais e olimpíadas, porém quando refletimos acerca da validade desse padrão para o basquetebol brasileiro, outros fatores devem ser considerados. O estilo de jogo deve refletir aspectos culturais do país, a personalidade dos jogadores e o próprio perfil somatotipológico dos atletas. Utilizando como referência a definição generalista de Edward B. Tylor apud Fleury (2002) entende-se cultura como todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Daolio e Veloso (2008) reforçam que o esporte deve ser compreendido como fenômeno sociocultural e não somente como conjunto de técnicas táticas e regras específicas. Não sendo possível separar a técnica esportiva dos significados culturais, dos rituais, das características de seus praticantes, das especificidades do contexto, etc. Para DaMatta (1989), enquanto a identidade dos países europeus foi construída através da história política, ordem financeira, sistema universitário, entre outros; a identidade brasileira foi construída a partir de instituições secundárias como o carnaval, samba, religiosidade, futebol. Ou seja, no Brasil, as esferas do esporte e lazer não apenas refletem a identidade do país, como são a própria identidade nacional.

    Se historicamente o povo brasileiro é conhecido por sua alegria, criatividade e até mesmo certa irreverência, não há como renegar essas características no esporte, mas utilizá-las ao nosso favor. Incorpora-se ao basquetebol o pensamento de Freyre acerca do futebol brasileiro.

    O mesmo estilo de jogar futebol me parece contrastar com o dos europeus por um conjunto de qualidades de surpresa, de manha, de astúcia, de ligeireza e ao mesmo tempo de brilho e de espontaneidade individual em que se exprime o mesmo mulatismo de que Nilo Peçanha foi até hoje a melhor afirmação na arte política. Os nossos passes, os nossos pitus, os nossos despistamentos, os nossos floreios com a bola, alguma coisa de dança e capoeiragem que marcam o estilo brasileiro de jogar futebol, que arredonda e às vezes adoça o jogo inventado pelos ingleses e por eles e por outros europeus jogados tão angulosamente (Freyre, 1945: 432).

    Desta forma não é incentivada uma prática irresponsável do esporte, baixo compromisso na seleção dos arremessos ou qualquer decisão ofensiva inconseqüente, apenas o respeito e a utilização inteligente das características físicas e culturais brasileiras.

    Quando somos confrontados com a busca por melhores resultados internacionais, independente da modalidade em questão, é necessário que haja respeito à história do esporte brasileiro, afinal, uma cultura não termina sem justificativa histórica, e a história dos melhores resultados nacionais se deram em condições que valorizaram o modo de jogar citado por Freyre. Como não citar os resultados de Wlamir Marques, Amaury Passos, bi campeões mundiais em 1959 e 1963 ou mais recentemente, o Pan-Americano de Indianápolis (1987) no qual a seleção Brasileira sagrou-se campeã ao vencer a equipe dos EUA em solo norte-americano? Ainda podemos citar o campeonato mundial feminino conquistado pela geração Hortência e Paula em 1994 e outros inúmeros fatos esportivos consideráveis para questionar as novas propostas de jogo. Insistir pela implantação de um modelo que potencialize nossas características culturais e minimize o impacto de nossas principais deficiências, parece mais lógico e razoável do que considerar que resultados internacionais serão alcançados por meio de um padrão de jogo historicamente europeu. Afinal, é coerente pensar que em competições mundiais, algumas seleções estarão sempre melhor preparadas para atuar em um padrão europeu, a saber, as européias.

    Entende-se, desta forma, que existe, e sempre existirá espaço para a expressão da identidade nacional através do esporte, não obstante o quão moderno e globalizado este se torne. É importante que experiências e modelos internacionais de sucesso sejam estudados, valorizados e na medida certa, incorporados. Porém, reflexões e adaptações são sempre necessárias, entendendo que o esporte é, invariavelmente, local de afirmação das singularidades. O basquetebol brasileiro deve buscar representatividade através de um modelo à sua feição e cultura. Rompendo o paradigma do “esporte arte”, da “malandragem” e da “ginga”, um modelo de jogo que seja, criativo, ofensivo e ainda assim responsável taticamente e comprometido com a seleção dos arremessos. Modelo no qual a individualidade dos jogadores é preservada e incentivada sem que se perca o entendimento coletivo do jogo. Conceitos aparentemente antagônicos, mas que podem coexistir de forma harmônica. Essa fusão de características espelha o processo singular de nossa formação cultural e nos remete a um estilo condizente com a miscigenação racial e cultural brasileira. Nos remete novamente ao Basquetebol Brasileiro.

Anexo: Estatísticas Oficiais dos Campeonatos Nacionais Masculinos de Basquete (1996 – 2010)

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