Análise dos fundamentos de voleibol feminino das equipes participantes dos 24º Jogos da Juventude do Paraná, 2010 Análisis de los fundamentos del voleibol femenino de los equipos participantes de los 24º Juegos de la Juventud de Paraná, 2010 |
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Curso Educação Física Faculdade União das Américas. Foz do Iguaçu (Brasil) |
Djéssica Regina Martins Josemir Zucco de Jorgi Ellen Vaz Elis Marina da Vitória Fernando Guilherme Priess |
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Resumo
O voleibol no Brasil vem conquistando espaços ano a ano e
atualmente é uma das modalidades esportivas coletivas mais praticadas entre os
jovens e adolescentes. E Através
dessas grandes conquistas brasileiras, a prática ao esporte pelas categorias de
base vem crescendo muito, aumentando os número de
praticantes da modalidade O presente artigo buscou identificar quais foram os
fundamentos mais eficazes para um bom desempenho nas disputas de voleibol
feminino dos 24º Jogos da Juventude do Paraná, contabilizando o número de
acertos e erros dos principais fundamentos da modalidade,
fazendo uma relação com os resultados obtidos nas
partidas da final, semifinal divisão “A” e “B”.Para facilitar a coleta
dos dados e as análises, os jogos foram filmados e. posteriormente foram
transcritos para uma tabela de scout, para análise estatística, com
seis itens de classificações de execuções de jogadas, onde foram observados
os erros e acertos de cada item. Com o objetivo de conhecer melhor os
procedimentos de treinamento das equipes participantes, foram entregues para os
técnicos, questionários elaborados pela pesquisadora a fim de identificar as
principais características dos treinamentos. Entre os dados coletados,
destacam-se a grande importância da eficiência nos fundamentos do saque e do
passe para as equipes vencedoras, tendo as mesmas em todas as situações
valores superiores aos das equipes que foram derrotadas. Concluindo observou-se
que no voleibol moderno competitivo, para equipes que almejam se destacar nas
competições, é imprescindível uma rotina organizada de treinamentos,
buscando uma eficiência técnica em todos os fundamentos da modalidade, sendo
necessário para isso, uma freqüência de treinos de 5 a 6 vezes por semana. Unitermos: Voleibol. Fundamentos do voleibol. 24º Jogos da Juventude do Paraná.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 162, Noviembre de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O voleibol no Brasil vem conquistando espaços ano a ano e atualmente é uma das modalidades esportivas coletivas mais praticadas entre jovens e adolescentes. Com a evolução da modalidade, aumentaram o número de praticantes e consequentemente os resultados positivos começaram a surgir, estando o Brasil nos últimos anos no topo do ranking das maiores competições da modalidade.
A modalidade no Brasil ampliou o império de conquistas pelo mundo em 2010. A seleção masculina conquistou o tricampeonato mundial, na Itália. Antes, a equipe dirigida por Bernardinho faturou pela nona vez a Liga Mundial. Com esta conquista, o Brasil tornou-se o maior vencedor da história da competição, ultrapassando a Itália, que acumulava oito conquistas. A seleção feminina, comandada por José Roberto Guimarães, terminou o ano com duas medalhas de prata, uma no Grand Prix e outra no Campeonato Mundial (CBV, 2011).
O Estado do Paraná sempre foi considerado um “celeiro” de atletas nas categorias menores, mas, até 1986, os atletas com melhor rendimento esportivo nestas categorias, contavam apenas com os Jogos Colegiais e algumas competições das Entidades de Administração do Desporto.
Quando da criação da Fundação de Esportes do Paraná em 1987, o esporte já estava sendo enfocado de maneira diferente, indicando uma nova visão sobre o esporte de rendimento, era o início de um processo que visou à qualidade e não a quantidade de participantes (PARANÁ ESPORTE, 2011).
Tendo como principal objetivo procurar ser o elo entre a oportunidade e o rendimento, completando o trabalho de desenvolvimento esportivo do estado, preenchendo o espaço que existia entre os Jogos Colegiais e os Jogos Abertos do Paraná, e também atendendo a solicitação da comunidade esportiva paranaense, foi criado os Jogos da Juventude do Paraná, destinado àqueles atletas com melhor rendimento esportivo, que após suas participações nos Jogos Colegiais, muitas vezes deixavam a carreira esportiva de lado por falta de competições de um nível mais elevado, pois era muito difícil competir com equipes adultas, nos Jogos Abertos principalmente (PARANÁ ESPORTE, 2011).
O estudo foi considerado como descritivo, que preocupa-se em proporcionar maior familiaridade com o problema pesquisado, com vista de torná-lo mais explícito (GIL, 2002). Destaca-se que, neste tipo de análise, os problemas podem ser resolvidos e as práticas melhoradas por meio da observação, análise e descrição objetivas e completas (THOMAS; NELSON, 2002).
A população pesquisada foi constituída por equipes femininas de voleibol, com atletas nascidas até o ano de 1993, participantes dos 24º Jogos da Juventude do Paraná, que ocorreu na cidade de Foz do Iguaçu nos dias 19 a 28 de novembro de 2010.
A pesquisa compreendeu a observação direta das ações das jogadoras nos jogos, avaliando as capacidades de eficiência e eficácia dos fundamentos em situações de jogo de voleibol. Os procedimentos de avaliação exigiram que os jogos fossem filmados, por meio de uma filmadora colocada em ponto estratégico da quadra de voleibol. Posteriormente os dados foram transcritos para uma tabela de scout para análise estatística, com seis itens de classificações de execuções de jogadas, onde foram observados os erros e acertos de cada item, entre eles: saque, passe/recepção, ataque e bloqueio nos jogos da semifinal e final das divisões “A“ e “B“ do campeonato.
1. História do voleibol: a invenção da modalidade
O voleibol teve origem nos Estados Unidos da América em 1895, na cidade de Holyoke, Massachusetts, com o nome de Minonette. Seu idealizador foi o diretor de Educação Física da Associação Cristã de moços (ACM) local, William George Morgan. O surgimento do esporte ocorreu diante da necessidade de motivação dos associados – os exercícios calistênicos não eram suficientemente aprazíveis – da faixa etária compreendida entre quarenta e cinqüenta anos, conhecido como “homens de negócios”. Também foi considerado a improvisação de uma atividade mais suave, que fosse desenvolvida na forma de um jogo de quadra, porém sem o contato físico do voleibol.
Foi em Springfield, após constantes análises sobre as formas e o objetivo do jogo, que o Dr. A. T. Halstead sugeriu a mudança do nome Minonette para volleyball.
Segundo Gerardo, citado por Marchi (2004, p.87), no Brasil há indícios de que a modalidade foi praticada pela primeira vez no ano de 1915, no Colégio Marista de Recife-Pernambuco. Mas Daiuto citado por Marchi (2004, p. 87) afirma que em fontes oficiais indicam que o voleibol foi introduzido no Brasil em torno de 1916/1917 na Associação Cristão de Moços de São Paulo.
O voleibol no Brasil, com períodos de mais ou menos aceitação, foi conduzido ao cenário esportivo nacional firmando-se como esporte mais jogado no país depois do futebol, e nas cidades de Belo Horizonte e Brasília o futebol ocupava o segundo posto.
2. Importância do treinador, professor da escola e dos pais
A importância do treinador e professor na vida de seus alunos e atletas é gigantesca. Geralmente, as crianças e os adolescentes vêem nessas pessoas com profunda admiração e carinho, respeitando e seguindo suas instruções e orientações. Mesmo sem se dar conta, seus treinadores e professores estão diariamente em contato com essas crianças por vários anos de suas vidas, normalmente no período de sua formação física, humana e cidadã. Esse processo causa um impacto enorme, pois o contato entre ambos se torna algo mais profundo do que um simples trabalho de formação, atingindo um grau de convivência de importância familiar. O treinador e o professor acabam desempenhando a “função “de pais por estarem em maior contato com seus alunos do que seus próprios pais.
Muller (2009, pg. 120) afirma que “O apoio dos pais é fundamental e muito importante na prática desportiva, mas com olhar crítico. Em outras palavras, se o filho é o melhor jogador da cidade, isso não garante que ele seja o melhor do mundo.
Bernardinho (2007, p.105), ressalta que lidar com gente não é como lidar com máquinas, pois:
Com a experiência de Bernardinho (2007, p. 166), ele comenta o que é essencial no treinador:
Em primeiro lugar despertar e alimentar no jovem atleta a paixão pela atividade, pela modalidade que escolheu. Levá-lo a vestir a camisa daquele esporte, da equipe, do projeto. Transformá-lo, vamos dizer assim, com alguma força de expressão, num quase dependente daquela atmosfera.
3. Iniciação e a prática dos esportes coletivos
As modalidades esportivas coletivas, dentre elas o voleibol, são consideradas por crianças e adolescentes, como uma das mais interessantes atividades recreativas. Além da carga física, exigem habilidades e a interação, companheirismo e rivalidade, técnica e coordenação, tática e estratégica, incerteza e emoção (GRECO, 1998).
Por esse e outros motivos que devemos preservar a boa prática dos esportes coletivos nas escolas, não apenas ensinar como se faz e sim mostrar as várias maneiras de execução para que cada aluno sinta essa emoção da brincadeira e emoção de um jogo propriamente dito.
A principal característica que identifica o desenvolvimento de um esporte, segundo Marchi (2001), é a sua capacidade de manter na prática, um equilíbrio entre as tensões, as emoções, o limite da violência ou os possíveis danos aos seus participantes sem, contudo perder a sensação prazerosa da disputa. Esse é considerado um nível de maturidade esportiva refletido pela condição do processo de civilização de determinada sociedade.
Um aspecto importante, apontado por Shigunov e Pereira (1993), é que as primeiras séries de escolaridade devem ser o ponto de partida para a prática das modalidades esportivas coletivas. Os autores destacam que a iniciação é favorecida pelo uso da bola, mais do que outros fatores de motivação, por tratar-se do implemento material preferido pelas crianças desde os estágios iniciais de idade.
As características específicas do voleibol o transformam em um esporte altamente competitivo, possibilitando também que passasse a se constituir em uma excelente opção de lazer. Além disso, Odeneal e Kellam (1971) também classificam como um esporte altamente educativo, podendo ser jogado por toda a vida, por ambos os sexos e idades diferentes, proporcionando amizades e companheirismo.
A metodologia tradicional de ensino das modalidades esportivas coletivas, segundo Reis (1994), procura fragmentar o conteúdo do jogo e utilizar seqüência pedagógica de exercícios divididos por níveis de dificuldade, do mais simples ao mais complexo e do fácil ao difícil. O processo de ensino-aprendizagem-treinamento é dividido em três momentos, geralmente utilizando-se dos métodos global, parcial ou misto (XAVIER, 1986). No primeiro momento, ensina-se a ação técnica (método parcial), e no segundo momento ensina-se a ação tática (método misto) e no terceiro momento procura-se juntar os fundamentos técnicos e táticos no jogo propriamente dito (método global).
4. Estruturação de equipes, jogos e treinamentos no voleibol
É fundamental estruturar o voleibol como um processo de preparação de muitos anos, assegurando atenção especial não só para as seleções adultas que representam uma equipe em eventos de alto nível, mas garantir tratamento para as categorias de base (infantil, infanto-juvenil e juvenil) responsáveis pela sustentação do constante processo de renovação do voleibol nacional.
Segundo Hernandes (2002), para que possamos realizar um treinamento dentro dos padrões científicos é necessário dividir este treinamento em aspectos e partes que confluam na performance motriz humana; essa divisão ocorre da seguinte forma: preparação física, preparação técnica, preparação tática e preparação psicológica.
No momento de mudança para a categoria adulta, os jovens voleibolistas devem dominar perfeitamente todos os fundamentos técnicos do voleibol moderno. Esta tarefa é cumprida sucessivamente nas diferentes faixas etárias (SUVOROV e GRISHIN, 2002, p.15).
A compreensão da função dos processos cognitivos, percepção, atenção, conhecimento, memória, pensamento, inteligência, representações mentais, entre outros, bem como das formas de aquisição e modificação dessas estruturas simbólicas e os modelos mentais necessários ao resgate da informação têm dado suporte aos pesquisadores do comportamento do ser humano em situação de jogo para a compreensão e análise do comportamento tático nas diferentes modalidades esportivas (GRECO, 2006b).
5. O voleibol e a análise dos seus fundamentos
O voleibol se constitui em um dos esportes coletivos que mais evoluiu técnica e taticamente desde sua criação. Tal evolução é resultado de adaptações constantes no seu regulamento, no aperfeiçoamento dos fundamentos básicos e na forma das equipes apresentarem-se taticamente.
Os esportes coletivos possuem características que não são totalmente previsíveis, os acontecimentos não se repetem sempre na mesma ordem cronológica, fazendo com que atitudes tático-estratégicas sejam requeridas ao jogador (GARGANTA, 2001). Dessa forma, a estruturação de um modelo de jogo, previamente estabelecido, pode facilitar o processo de tomada de decisão.
Para Mesquita (1991), o voleibol apresenta quatro aspectos fundamentais: a ausência de contato direto entre os adversários, a impossibilidade de se agarrar ou derrubar a bola e a obrigatoriedade de execução correta dos fundamentos básicos. Além disso, apresenta também dificuldades inerentes ao processo de aprendizagem, como a dificuldade de sustentar a bola no espaço aéreo, devido fundamentalmente à grande extensão do espaço de jogo.
Para Freire citado por Lucas Leonardo (2005, p.13), “existe no jogo uma lógica inexorável, comum a todos os jogos e, portanto, ao se conhecer essa lógica, permite-se um maior entendimento do jogo, possibilitando também uma intervenção mais precisa neste”.
6. Análise e discussão dos resultados
A partir das observações e filmagens feitas nos jogos de voleibol, foram analisados os dados e quantificados por equipes. Esses dados foram passados separadamente por seis itens e colocados a uma tabela de scout. Esses itens caracterizam-se em: Ponto de saque (PS), Ponto de ataque (PA), Erro de saque (ES), Ponto de bloqueio (PB), erro de passe (EP) e Contra ataque (CA) das equipes finalistas.
Conforme o quadro abaixo destaca-se o ponto negativo em três das equipes vencedoras que foi a maior pontuação no jogo em erro de saque, todos os demais foram vantajosos as equipes vencedoras, contabilizando maior pontuação total.
Figura 1. Quadro de Scout dos jogos das equipes da final e semifinal da divisão “A “e “B”
Figura 2. Tabela de Siglas
Conforme feita a análise dos dados na tabela de scout, observa-se o grande número de pontos de ataque e contra ataque em todas as equipes, tanto porque trata-se de jogos femininos juvenis, onde a agressividade dos ataques não sejam tanto quanto em um jogo masculino, por isso a grande quantidade de contra ataques das equipes perdedoras também, apesar da derrota. Existe uma importância em definir os critérios de avaliação dos fundamentos para que pudessem ser anotados a essa tabela de scout, mas antes analisaremos a tabela de respostas dos questionários feitos a alguns técnicos de equipes participantes para chegarmos a uma conclusão sobre a importância de cada fundamento e de execução.
Segue a tabela com seis perguntas e percentual de respostas dos técnicos:
Figura 3. Tabela de resultados dos questionários aplicados aos técnicos
As perguntas feitas no questionário aplicado para 10 técnicos com equipes participantes no campeonato as quais houveram maiores resultados foram as opções de Freqüência semanal de treinos em cinco vezes ou mais por semana com 56%, Duração aproximadamente dos treinos em três horas por dia com 56%, Tempo de treinamento juntas em um a dois anos com 67%, Equipe de apoio sendo auxiliada por preparador físico com 40%, Local de treinamento sendo duas alternativas importantes ginásio esportivo coberto com 69% e treinos em academia com 23%, e por último os Fundamentos mais importantes ficaram o passe/recepção com 37% e saque com 25%.
Podemos observar que para ser um atleta, participar de campeonatos oficiais, fazer parte integrante de uma equipe, deve ter um ritmo constante de treinamentos diários com grande intensidade.
E o segundo maior percentual no fundamento de saque todas as equipes não tiveram número de erros significativos, apesar de que são erros individuais e por mais que sejam poucos, os técnicos devem levar em consideração e darem mais ênfase nesses fundamentos nos treinamentos assim como o passe/recepção.
Nas palavras de Bernardinho (2007), comenta sobre o atleta que deixa de se dedicar diariamente aos treinos, de acumular muitas vitórias e achar que não precisa saber mais nada:
O jovem atleta, depois de algumas conquistas, passa a ser reconhecido e a ter seus feitos enaltecidos. Está a um passo de cair no que chamo de armadilhas do sucesso. Se der esse passo, se afasta dos princípios que o levaram até ali, sua vaidade se eleva de tal maneira que passa a imaginar que tudo lhe é devido. Agora é o campeão, não apenas está, e por isso passa a achar que já tem alguma vantagem nas próximas competições. Deve-se adverti-lo com a máxima segundo a qual “o sucesso do passado não garante nada no futuro”. Imaginar que as conquistas tenham lhe dado uma condição especial, que foram as grandes responsáveis pelas vitórias, enaltecer-se exageradamente por elas, pode lhe custar caro, trazendo-lhe de saída dificuldades de relacionamento no meio, onde tais arroubos serão condenados. Se começa, como é provável, a negligenciar no treinamento e na preparação, por acreditar que, vencedor e campeão, não precisa mais de tanto esforço, tanto sacrifício, engana-se brutalmente. Não é tão extraordinário que uma equipe mais forte seja derrotada por um time, em tese, mais fraco. Antes da competição, o time mais forte acha que não pode perder, porque, aparentemente, é melhor. Mostra que não entendeu a questão: simplesmente, por falta de humildade, não se preparou para o embate. Para bater o adversário, o time considerado forte terá de ter a humildade de se utilizar de todas as suas qualidades. Não poderá permitir que o ambiente de justificado ou suposto favoritismo o leve a desconectar o fio terra, a perder o contato com o chão. Quando isso acontece – digo-o sempre aos meus atletas, especialmente aos mais jovens -, a queda de performance é imediata.
A tática Coletiva pode ser entendida como agregação total das capacidades individuais dos jogadores, relacionadas com a condição técnica, física, tática, intelectual e psicológica, organizando-as e fortalecendo-as entre si, com o sólido objetivo de minimizar as deficiências individuais e sobrepor-se coletivamente para induzir o erro ou a falha adversária (COSTA, 2009).
Então finalizando este estudo, podemos concluir que qualquer fundamento depende do outro, por mais que na prática o saque e o passe/recepção seja o mais importante para uma vitória, não é realmente o que acontece, como foram os resultados desta análise estatística. Na literatura vê-se que se não houver um bom passe, não haverá uma boa finalização de ataque, e se não houver um bom saque, a equipe corre risco de levar um ponto, ou diminuir as possibilidades de um contra ataque.
Considerações finais
Espera-se que a presente pesquisa possa ajudar a ampliar e despertar o espírito de conhecimento, este mesmo, que nos eleva gradualmente a nos doarmos àqueles que nos auxiliam em nossa caminhada voleibolística, oferecendo melhores recursos e condições de aprimoramento, tanto na referência de atletas de voleibol, como na posição de ser humano.
Neste artigo, buscou-se apresentar dados sobre a modalidade de voleibol, mostrando um pouco sobre a história do esporte no Brasil, e o valor dos professores das escolas que são os grandes responsáveis em motivar crianças e jovens à pratica regular de atividades físicas e esportivas, e os técnicos desportivos, que tem a missão de através do esporte, auxiliar no desenvolvimento integral dessas jovens atletas, trabalhando além dos aspectos técnicos da modalidade, outros valores como, ética, responsabilidade, cooperação, espírito de equipe, perseverança, auto confiança entre outros.
A realização deste estudo possibilitou avaliar o nível das capacidades técnico-táticas da modalidade do voleibol feminino no que diz respeito ás tomadas de decisões, ajustamento, eficiência e eficácia. O objetivo proposto no artigo foi realizado com sucesso, de contabilizar os erros e acertos dos jogos da final e semifinal podendo analisar onde há falhas nos treinamentos das equipes e também de mostrar aos técnicos a importância da análise estatística, não só nos jogos como nos treinamentos e também, aprimorar as táticas de jogo, fazendo observações de equipes adversárias para aplicar nos treinamentos com sua equipe para melhores resultados.
Acreditávamos que conforme os autores, os fundamentos de passe/recepção e saque fossem apresentar uma maior diferença total de erros e acertos, implicando nos resultados dos jogos, mas não foi um número significante, talvez por nosso sistema de critérios de não considerar todos os passes errados, foram considerados errados aqueles que realmente não tiveram condições de levantamento, ou aquelas recepções de saque onde a bola foi quinada.
Por se tratar de equipes femininas, houve bastante contra ataque, pois as meninas não são tão agressivas no ataque quanto os homens, nem tão fortes e altas e, todas as bolas recuperadas do lado adversário foram considerados contra ataque.
Acredita-se que os resultados desse estudo possam contribuir principalmente no desenvolvimento do Voleibol amador, ampliando de alguma forma o conhecimento de técnicos, atletas e profissionais das áreas de educação física e outras, que lidam direta e indiretamente com atletas amadores, podendo dessa forma, cada vez mais exaltar a modalidade, tornando-a uma prática comum entre crianças e adultos e, melhorando cada vez mais os níveis de seus praticantes.
Referências
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GARGANTA, J. A análise da performance nos jogos desportivos: Revisão acerca da análise do jogo. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 1: p. 57-64, 2001.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GRECO, P. J. Iniciação Esportiva Universal 2: Metodologia da iniciação esportiva na escola e no clube. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
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XAVIER, T. P. Métodos de ensino em Educação Física. São Paulo: Manole, 1986.
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