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A Educação Física ensina o que? Um estudo das aprendizagens 

relatadas por estudantes de escolas públicas estaduais, BA

¿Qué enseña la Educación Física? Un estudio de los aprendizajes reportados por los estudiantes de escuelas públicas estatales de Bahía

 

*Licenciado em Educação Física – UNIRB (Faculdade Regional da Bahia)

Pós Graduado em Metodologia do Ensino e da Pesquisa em Educação Física

e Esporte Escolar – FSBA

Professor de Educação Física rede Estadual da Bahia em Salvador

**Licenciada em Educação Física – UNEB (Universidade do Estado da Bahia)

Pós Graduada em Metodologia do Ensino e Pesquisa em Educação Física, Esporte

e Lazer Escolar - FSBA

Marielson Nascimento Alves*

marielsonalves@gmail.com

Roberta Gonçalves de Macêdo Santana**

robertademacedos@bol.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A presente pesquisa tem como objeto de estudo “as aprendizagens dos elementos da cultura corporal em aulas de Educação Física na rede público Estadual da Bahia”, para isso recorre ao relato de aprendizagens de alunos concluintes do ensino médio na cidade de Salvador, ano de 2010. Trata-se, portanto, de um estudo de natureza quali-quanti, que teve o questionário como instrumento de coleta de dados, aplicado a uma amostra de 235 estudantes, em seis escolas públicas de salvador. Através dos relatos dos estudados sobre os assuntos já vistos, e/ou vivenciados nas aulas de Educação Física, encontramos que durante a escolarização os alunos tiveram acesso a conteúdos eminentemente esportivos e relacionados à saúde e qualidade de vida. Conclui-se que com todas as dificuldades enfrentadas pela área os alunos reconhecem que obtiveram aprendizagens nas aulas de Educação Física, essa estão atreladas há um privilégio e exclusividade do ensino do esporte como conteúdo da cultura corporal, principalmente em sua dimensão procedimental e do ponto de vista conceitual e atitudinal há uma forte relação das aprendizagens aos conhecimentos relacionados ao campo da saúde e qualidade de vida.

          Unitermos: Aprendizado. Ensino Médio. Educação Física Escolar.

 

Abstract

          This research aims to study "the learning of the elements of physical culture in physical education classes in public schools in Bahia," for this report uses the learning of students graduating from high school in the city of Salvador, in 2010. It is therefore a study of qualitative and quantitative nature, which had the questionnaire as an instrument for collecting data, applied to a sample of 235 students in six schools of savior. Through the reports of the subjects already studied on visas, and / or experienced in physical education classes, we find that during the school age students have access to content and eminently sporting and health-related quality of life.

          Keywords: Learning. Teaching. Middle School Physical Education.

 

          Artigo científico apresentado junto ao Curso de Metodologia do Ensino e da Pesquisa em Educação Física e Esporte Escolar da Faculdade Social, como parte dos requisitos para aquisição do título de Especialista em Educação física Escolar na linha de pesquisa História, memória, corpo e cultura da Educação Física e esporte escolar. Orientador Profº Dr. João Danilo Batista.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 162, Noviembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    O panorama atual da Educação Física escolar expõe um cenário de transição nas suas ações pedagógicas, as quais foram influenciadas por tendências histórico - críticas durante anos, porém ela vem rompendo, ainda que com timidez, o tradicionalismo reforçado por argumentos do censo comum. Desta forma abre espaços para entendimentos acerca de uma proposta culturalista1 da Educação Física, buscando fortalecer a relação entre corpo, movimento e simbologias que o homem utiliza no seu mundo, superando então concepções reducionistas do ser humano. Neste sentido, não basta somente experimentar as propostas, é importante também conhecer o que está sendo realizado e refletir em torno das experiências que foram vivenciadas.

    Na escola (considerada elemento significativo no processo de reprodução ou transformação social, ou transmissão e aquisição de cultura), a Educação Física atualmente usa como referência a cultura corporal, com a intenção de possibilitar aos alunos a percepção crítica sobre os elementos produzidos em torno dos eixos “corpo” “movimento” e “cultura”. Desta forma apresentando importantes influências nos aprendizados dos estudantes inseridos neste processo, o qual busca a formação de sujeitos autônomos.

    Sobre as aprendizagens em Educação Física, já se encontra na literatura científica da área alguns estudos sobre o tema, no entanto poucos destes estudo apresentam são centrados em investigar o que os alunos estão aprendendo, normalmente discute-se o que a disciplina tem a ensinar. Talvez identificando essa realidade e nos utilizando dela, a Educação Física conseguirá se afirmar como área de conhecimento e componente curricular importante para a formação do indivíduo. E foi partindo deste pensamento, que decidimos pôr em prática a presente pesquisa. Para tanto consideramos relevante focar no grupo de estudantes do ensino médio, especificamente do terceiro ano, pois acreditamos que estes apresentariam elementos significativos na busca de respostas à problemática e no alcance do objetivo deste estudo, devido ao fato de estarem concluindo o ensino básico e terem todo um histórico de escolarização nas aulas de Educação Física.

    Para trazer contribuições nesse sentido a questão que se coloca neste trabalho é a seguinte: Quais aprendizagens obtidas em aulas de Educação Física, são relatadas por estudantes concluintes o ensino médio em escolas públicas da rede estadual da Bahia, em Salvador?

    De forma mais específica e delimitada, a intenção do estudo foi contextualizar e analisar os conteúdos da cultura corporal, aos quais os alunos da rede pública estadual da Bahia, de um conjunto de seis escolas públicas de Salvador, estão tendo vivências e obtendo aprendizagens nas aulas de Educação Física.

    A análise das aprendizagens em Educação Física relatadas pelos estudantes das escolas públicas estaduais da Bahia, buscou realizar uma conexão entre a realidade no ambiente escolar e de algumas literaturas da área. Para isso, nos baseamos em alguns referenciais pertinentes, tais como: Brasil (2006), Breda et. al. (2010), Darido (2004), Albuquerque, Montes e Vianna (2010), Rosário e Devide (2008), Kunz (2004), Ferreira (2001), Freire (2001), Guedes (1999), Menezes e Silva (2001), Oliveira e Paes (2011) e Taffarel (2010). Desta forma devidamente fundamentados nos autores supracitados, fazemos considerações sobre a importância dos conteúdos encontrados nos relatos dos educandos, o que tornou-se possível apresentar proposições razoáveis para o caminho de melhoria e afirmação da Educação Física no Ensino Básico.

2.     Fundamentos e procedimentos metodológicos

    Considerando que cada indivíduo tem as suas particularidades e compreendendo que cada qual tem um entendimento e uma apropriação de conteúdos diferenciada, por este motivo, fizemos uso de uma abordagem quali-quanti, tomando como base Silva e Menezes (2001, p. 20), pois afirmam que a mesma “[...] considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito [...]”, porém ao mesmo tempo utiliza-se de números para traduzir informações e opiniões, classificando-as e analisando-as, permitindo assim uma melhor visualização e compreensão dos dados.

    Visando o aprofundamento e contemplação da resposta para a problemática do estudo, nos utilizamos da pesquisa de campo. Quanto à coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário estruturado, o qual foi empregado no final do período letivo de 2010, para que assim pudéssemos buscar e apresentar um recorte da construção histórica do aprendizado específico (dos estudantes) da Educação Física em seis escolas da rede estadual de Salvador, localizada em regiões diversificadas.

2.1.     Amostra

    A composição da amostra se dá através de educandos do terceiro ano do ensino médio dos turnos matutino e vespertino, todos estudantes de escolas públicas estaduais localizadas na cidade de Salvador.

    Segundo a Secretaria de Educação da Bahia, a cidade conta com 142 escolas que trabalham especificamente com o ensino médio. De acordo com o Censo 2010 realizado pelo IBGE, foram matriculados 126.063 estudantes no ensino médio. Para fins deste estudo foram selecionadas 11 escolas estaduais2 (5 localizadas no centro da cidade e 6 em locais que um dos pesquisadores tinha fácil acesso). Sendo que apenas 6 escolas (1 localizada no centro3 e 5 nos locais onde um dos pesquisadores tinha fácil acesso4) ofereceram condições para a realização desta pesquisa.

    Deste modo foram distribuídos aproximadamente 260 questionários aos estudantes que se dispuseram a preenchê-los, retornando para a análise 240, sendo que foram aproveitados para a sistematização dos dados apenas 235, os quais nos apresentaram os direcionamentos necessários para a materialização do aprendizado em Educação Física. Vale salientar que foi considerado importante aplicar o questionário no final do ano letivo, pois acreditamos que esse é o período em que os estudantes possuem maior acúmulo de conhecimentos, pois não há mais perspectivas para a continuidade dos estudos no nível da educação básica.

2.2.     Material

    As questões5 contidas no questionário procuraram abordar os seguintes temas: a) Interesse pelas aulas de Educação Física; b) Acesso às praticas corporais fora da escola; c) Conteúdos e vivências tidos nas aulas de Educação Física; e d) A importância da Educação Física, no ponto de vista dos estudantes. Desta forma, procurou-se ter uma amplitude nas questões relacionadas à prática da Educação Física na escola.

    É importante frisar que, nas respostas obtidas através do questionário, buscamos verificar o contexto de experiências de práticas corporais e os assuntos aprendidos nas aulas de Educação Física de cada aluno.

2.3.     Procedimentos

    Primeiramente os pesquisadores verificaram no site da secretaria de educação da Bahia quais escolas oferecem o Ensino Médio e selecionaram as seis escolas que um deles tem fácil acesso (por ser perto do trabalho ou da residência onde mora) e que possuem turmas de terceiro ano. Posteriormente, incluíram na seleção as cinco escolas que contém estudantes em fase de conclusão do Ensino Médio localizadas na região central de Salvador.

    Foi solicitada às direções das escolas incluídas na amostra, após contatos telefônicos e pessoais, autorização para aplicar os questionários. Das escolas contatadas duas haviam terminado o ano letivo antes do calendário proposto pela Secretaria de Educação do Estado (desta forma foi impossível encontrar alunos para participar da pesquisa), em outras três houve dificuldades em agendar uma data para a aplicação do questionário, pois o diretor de uma destas escolas não se encontrava presente e não foi atribuída a responsabilidade a outra pessoa para atender os pesquisadores. Nas outras duas, a direção atendeu e direcionou os pesquisadores à coordenação pedagógica, a qual informou que não seria possível aplicar o questionário porque estavam em período de avaliação. Justificativa essa que não explica a impossibilidade de realizar a pesquisa, porém teve que ser aceita.

    Nas seis escolas em que houve a possibilidade de realização deste estudo, os pesquisadores visitaram turmas do terceiro ano e distribuíram os questionários aos estudantes que quiseram participar da pesquisa. Alguns solicitaram levar para responder e entregar depois e outros responderam imediatamente e entregaram.

    Após a coleta dos dados referentes à aplicação dos questionários com os estudantes as informações foram organizadas e analisadas, em prol de identificar respostas que atenderam aos objetivos desta pesquisa.

3.     Discussões e materialização das aprendizagens em Educação Física escolar

    A seguir serão apresentados os resultados da coleta de dados realizada com 235 estudantes de seis escolas públicas estaduais de Salvador, sendo todos do 3º ano do ensino médio, que responderam a um questionário com questões abertas e fechadas.

    É importante mencionar que os dados foram coletados no final do ano letivo de 2010, e que a distribuição dos alunos quanto à variável sexo foi a seguinte: 134 foram do sexo feminino, aproximadamente 57% do total da amostra, e 101 foram do sexo masculino, o equivalente a 43% dos participantes da pesquisa, ambos com idade entre 16 e 22 anos.

    Deste modo segue então a materialização dos conhecimentos relacionados à Educação Física que esses estudantes reconheceram e vivenciaram na escola e que, por tanto, foram vistos como aprendizagens.

    Vale salientar que a análise foi realizada em várias turmas e naturalmente tiveram professores diferentes, os quais podem ter tido formação acadêmica e ações pedagógicas distintas, influenciando nas aprendizagens da Educação Física possibilitadas aos educandos desta amostra da realidade.

    Desta maneira entendendo ser importante levar em conta a realidade dos alunos, questionamos então quanto ao gosto e interesse dos mesmos pela Educação Física e notamos que 64,30% responderam que gostam ou se interessam, 21,30% não gostam e 14,40% preferiram não responder. Rangel e Betti (1992, apud DARIDO, 2004, p. 2-3) também procuraram verificar o interesse dos alunos pela Educação Física na escola e os resultados mostraram que segundo os estudantes, o professor é o principal responsável pelo gostar ou não da disciplina.

    Outro questionamento foi referente ao acesso dos estudantes às diversas práticas corporais. Para isso, questionamos se realizavam algum tipo de atividades fora da escola que poderiam ser tratadas nas aulas de Educação Física e identificamos que 109 estudantes, o equivalente a 46,40% da amostra, responderam sim, apresentando um quadro de vivências com “vários exercícios” como a dança (ballet clássico, ballet moderno, dança do ventre, poli-dance, dança afro), o esporte (futsal, futebol, vôlei, basquete, ciclismo, natação, ginástica olímpica e atletismo), as lutas (kick-boxing, karatê, boxe, muay thai, lutas de autodefesa) e outras atividades como a musculação, a caminhada, o Cooper, os exercícios feitos em casa, pular corda e a ginástica aeróbica em casa, além de práticas como “jogar bola”, surf, skate e capoeira. Experiências essas, que propiciam percepções aprofundadas acerca de reflexões abordadas na Educação Física.

    Sobre a realização de práticas corporais fora do horário escolar, Albuquerque, Montes e Vianna (2010, p. 8) acreditam que os jovens gostam de vivenciá-las, mas preferem que sejam fora do horário de Educação Física Escolar.

    Assim, temos mais uma evidência de que a Educação Física precisa ser modificada. Rosário e Devide (2008, p. 9) apontam que “[...] a construção de conhecimentos e a troca de experiências devem permear nas relações professor x aluno e os conteúdos necessitam ser ampliados”. Nesse sentido, a mudança na Educação Física passa pela contextualização de suas atividades e, também, pelo entrosamento entre as partes. Sendo assim, segundo Libâneo (1994, apud ROSÁRIO; DEVIDE, 2008, p. 3), o conteúdo precisa de uma busca pela “[...] assimilação ativa e a aplicação pelos alunos na sua prática; para tal, devem ser organizados pedagógica e didaticamente, ensinando valores, atitudes, hábitos, habilidades e conhecimentos de atuação social”.

    Dos que responderam que não realizam atividades que poderiam ser tratadas nas aulas de Educação Física, verificamos que 86 estudantes, 36,60% da amostra demonstraram não ter acesso às práticas corporais fora da escola e, muitas vezes, só as experimentam, de uma forma mais elaborada ou diversificada, dentro do ambiente escolar. Demonstrando situações em que a Educação Física Escolar é o único espaço de acesso às praticas corporais dos estudantes, portanto, essas aulas deveriam ser levadas mais a sério, tanto pelo professor como pelo próprio aluno, mas para isto é necessário uma conscientização de ambos os lados.

    Quanto a esta situação Darido (2004, p. 1) expõe ser reflexo também do pouco acesso à educação e à falta de condições mínimas para satisfazer as necessidades dos educandos. Condições essas que poderiam apoiar os estudantes na apropriação de conhecimentos da Educação Física e aproximá-los às práticas corporais na idade adulta, conscientizando, ampliando e efetivando o acesso à educação.

    Outras situações identificadas foram que a maioria das respostas negativas partiram do grupo feminino e que alguns dos estudantes não realizam nenhum tipo de técnicas corporais, pois trabalham e não tem tempo, porém gostariam. Do total da amostra 17%, ou seja, 40 estudantes preferiram não responder esta questão.

    Na intenção de identificar respostas para problemática buscou-se a partir da verificação dos dados obtidos na pesquisa, a materialização das aprendizagens dos estudantes em Educação Física no ensino médio. Assim, dividimos o reconhecimento desses assuntos em sete categorias de aprendizagens: Conhecimento sobre o corpo e saúde, Esporte, Jogos e brincadeiras, Dança e expressões rítmicas, Lutas e capoeira, Práticas alternativas e atividade física, e outros assuntos que a disciplina se apropriou. Categorias que, de acordo com Rosário e Devide (2008, p. 7-8), apresentam princípios de transcendência do tradicionalismo esportivo e integram os estudantes a uma cultura corporal diversificada. Apesar de nos dias de hoje ainda haver grande influência da concepção esportivista nas aulas de Educação Física, a qual esta sempre sendo reforçada pela mídia (BRACHT, 1992, p. 46).

    A partir da listagem de alguns conteúdos que a Educação Física vem se apropriando questionamos aos estudantes através de uma pergunta fechada, quais assuntos já viram ou vivenciaram nas aulas de Educação Física? E obtivemos os seguintes dados:

    Deste modo de acordo com a amostra obtida no questionário foi possível perceber que 67,6% dos estudantes viram ou vivenciaram nas suas aulas de Educação Física os jogos e brincadeiras, 74% os esportes, 59,6% os conhecimentos sobre o corpo e 63,4% os conhecimentos sobre a saúde, 18,7% lutas e capoeira, 16,6% danças e expressões rítmicas, 63% atividades físicas e práticas alternativas e 2,1% tiveram acesso a outros temas que foram relacionados à Educação Física.

    Em outro questionamento, sendo que desta vez em uma pergunta aberta, buscamos a identificação de quais assuntos os educandos estudaram e/ou vivenciaram e que reconhecem como parte da Educação Física e, em paralelo, solicitamos a eles que expusessem o que pensavam ser mais importante nas aulas.

    Sobre esse questionamento Albuquerque, Montes e Vianna (2010, p. 7-8) apresentam estudos relacionados aos aprendizados dos estudantes, mostrando considerações acerca do fitness e qualidade de vida, da prática de esporte e jogos, da importância das aulas para a diversão, relaxamento, interação social e cooperação, além de apresentar críticas voltadas para a necessidade da qualidade na atuação do professor de Educação Física. Já Rosário e Devide (2008, p. 6), expõem conhecimentos assimilados em Educação Física, categorizados da seguinte forma: “Esportes e práticas corporais”; “Valores”, “Hábitos saudáveis”, “Conhecimentos sobre exercícios” e “Lazer”, as quais os estudantes reconhecem que aprenderam na primeira categoria: Regras esportivas, vôlei, basquete, atletismo, handebol, futebol, badminton, futsal, exercícios localizados, jogos populares, xadrez e danças; Sobre questões relacionadas à segunda categoria, apreenderam valores que perpassam a coletividade, disciplina, socialização, competitividade, respeito ao próximo e auto-superação; Sobre os hábitos de vida saudáveis, entenderam que exercícios fazem bem a saúde e o bem-estar físico, questões relacionadas ao desempenho físico e o trabalhar o corpo; Quanto ao conhecimento sobre exercícios, falam sobre o alongamento e o aquecimento antes de se exercitar, posturas corretas nas atividades físicas e, na última categoria, a qual trata do lazer, os estudantes participantes da pesquisa destes autores, reconhecem aprendizados sobre atividades recreativas.

    Logo, no presente estudo verificamos as seguintes considerações a partir do questionamento aplicado aos estudantes: Na esfera dos jogos e brincadeiras foi possível perceber que para eles trata-se de um “momento de diversão” e estimulo intelectual, os quais realizaram atividades como xadrez e baralho entre outras popularmente conhecidas, como, por exemplo, cinco cortes e baleado. Desta forma seguindo o pensamento de Oliveira e Paes (2004, p.1), reafirmamos o que encontramos nas amostras, sobre o desenvolvimento não só motor, como também o mental, pois os autores acima citados falam que a pedagogia dos jogos criam situações onde educandos irão desenvolver dimensões que abrangem cooperação, integração e percepção da “situação de jogo”, estimulando então na tomada de decisão e na busca de uma resolução para um problema, com respostas mais rápidas e antecipação aos adversários.

    Quanto aos esportes, reconhecido como componente mais expressivo na Educação Física também nesta pesquisa é notória a tradicional presença das quatro modalidades de quadra (futsal, basquete, vôlei e handebol) além do futebol de campo. As considerações apresentadas acerca destes conteúdos versam sobre o histórico, fundamentos técnicos, regras, táticas e o incentivo às praticas esportivas. Possibilitando aprendizagens sobre o todo que envolve o contexto esportivo. Tal possibilidade é reforçada especialmente na fala apresentada por um dos estudantes entrevistados: “Aprendi que não é só os esportes, mas estudar os esportes”, e, também, no conjunto de idéias verificadas nas amostras, as quais identificamos a presença de reflexões, durante as aulas de Educação Física, em torno da importância do esporte para a saúde e para a formação cidadã, seguindo assim o pensamento de Kunz (2004, p. 73) quando afirma que o professor de Educação Física deve oportunizar um entendimento crítico das encenações esportivas, a partir da historicidade de seu conteúdo específico.

    Nesse contexto, salientamos a forte tendência dessa disciplina em sempre se apropriar de conhecimentos relacionados aos grandes eventos esportivos (olimpíadas, copa do mundo de futebol e jogos pan-americanos). Sendo que de acordo com os resultados adquiridos nos questionários, este é um tema importante a ser discutido nas aulas, por auxiliar no esclarecimento de questões relacionadas ao marketing e interesse pelo mundo esportivo, às culturas e os costumes dos países sede desses eventos (o qual o mais recente foi na África do Sul), ficando claro a relação que Kunz (2004, p. 73) apresenta ao mencionar que o conteúdo da Educação Física não se limita ao “[...] desenvolvimento das ações do esporte, mas propiciar a compreensão crítica das diferentes formas de encenação esportiva, os seus interesses e os seus problemas vinculados ao contexto sociopolítico”.

    Outro item presente nos achados desta pesquisa se refere à importância de ter informações sobre o futsal e o futebol (muitas vezes usados como sinônimos), o handebol, o voleibol e o basquetebol, pois são “comuns ao nosso cotidiano”, criando assim links com questões pautadas nos limites do corpo, nas lesões do esporte e nas maneiras de vivenciar esse conteúdo.

    Seguindo ainda esta categorização foi possível perceber no grupo dos conhecimentos sobre o corpo e a saúde que a relação entre estes itens tem muita força nas perspectivas apresentadas pelos estudantes participantes desta pesquisa. Assim, identificamos como conhecimentos corporais, o estudo do corpo humano, por ter obtido através dos alunos considerações sobre os sistemas nervoso, locomotor e circulatório, os quais se apropriaram de alguns termos técnicos pertinentes à anatomia; noções básicas sobre funcionamento do organismo e saberes relacionados à postura corporal, além dos saberes sobre lesões e perigos no uso de esteróides e anabolizantes. Referente às assimilações sobre o segundo item desta categoria, eles entendem que a prática de exercícios físicos ajuda a saúde, sendo assim, a Educação Física é considerada muito importante para a vida.

    Dentre as aprendizagens obtidas pelos educandos verificamos além do enfoque no âmbito dos movimentos e da saúde, os estudos sobre primeiros socorros (com ponderações sobre fraturas, queimaduras, afogamento, envenenamento), a diabesidade (como fruto do padrão de vida atual que propiciam o surgimento de doenças ligadas à obesidade, ao estresse e ao sedentarismo, incluindo informações relativas à prevenção), a educação alimentar (com a exposição da necessidade de criar hábitos alimentares saudáveis e entendimentos acerca de distúrbios como a bulimia e anorexia) e, um pequeno grupo, cita como aprendizado a importância de haver cuidados com os efeitos do sol na pele, principalmente no verão). Informações que fazem com que os estudantes que estão terminando o ensino básico digam: “aprendi que o corpo humano precisa de exercício físico” e que as aulas “não só fala de Educação Física, mas também assuntos de nosso dia a dia, como me alimentar bem”, o que nos faz entender que eles estão compreendendo os benefícios da prática regular de exercícios e conhecendo o caminho para alcançar e manter esses benefícios. Desta forma, segundo Ferreira (2001, p. 49), “[...] a educação física não pode perder de vista o caráter multifatorial da saúde [...]. Como disciplina escolar, ela não deve abandonar sua preocupação em subsidiar e encorajar as pessoas a adotarem estilos de vida ativa”.

    No campo das lutas e capoeira constatamos que há uma precariedade na presença de experiências deste conteúdo na escola. Talvez isso se deva à insegurança da maioria dos professores em abordar o tema por não ter um maior aprofundamento do mesmo, situação a qual vem se modificando nos dias atuais com a criação das disciplinas curriculares nas universidades que tratam deste assunto.

    Alguns relatos dos estudantes que apresentam o termo: artes marciais e capoeira demonstram que foram estimulados à pesquisa e produção de estudos sobre o assunto, porém limitando-se somente à teoria. De acordo com Breda et. al. (2010, p. 65), “[...] conhecer em profundidade as técnicas, táticas, os históricos e valores que cada uma dessas lutas carrega é uma tarefa árdua e demorada”, e quem sabe este não seja mais um dos motivos para a diminuída inserção deste conteúdo nas aulas de Educação Física.

    Nas danças e atividades rítmicas contraditoriamente não identificamos nenhum assunto ou conhecimento relatado pelos alunos, apesar de 16,6% deles terem dito ter acesso a esta prática. Prática esta, que em concordância com Freire e Rolfe (1999 apud FREIRE 2001, p. 33), “[...] contribui para a educação estética da criança e do jovem [...]”, sem mencionar que “[...] a sua influência sobre os sentimentos e emoções é também um aspecto” a se avaliar. Então porque não explorar mais este conteúdo, oferecendo a estes jovens uma nova forma de expressão de seus sentimentos, enquanto ao mesmo tempo tem a possibilidade do aprendizado e do autoconhecimento.

    Pensamos que assim como na disseminação das lutas, muitos professores sentem-se intranqüilos e despreparados para trabalhar este tema, porém este despreparo deve ser enfrentado através da busca constante da informação e do desenvolvimento pedagógico, afinal, não podemos deixar de passar um conteúdo que (FREIRE E ROLFE, 1999 apud FREIRE 2001, p. 34) “[...] desenvolve uma extensa área da capacidade intelectual, que proporciona às crianças um modo especial de usar sua imaginação para explorar suas experiências no mundo, dando-lhes sentido”.

    Na dimensão das práticas alternativas e atividades físicas, também bastante lembradas, percebemos que foi mostrado aos alunos a importância de realizar exercícios físicos regularmente no intuito de possibilitar uma boa qualidade de vida. O reconhecimento dos benefícios da atividade física para ter uma vida saudável aparece como um dos aprendizados aliado à idéia de que os exercícios são bons para a mente e para o corpo. Mesmo aqueles que não participam das experiências corporais se sentem mais informados e, também, reconhecem a sua relevância, o que já se torna um diferencial, especialmente se seguirmos o pensamento de Guedes (1999, p. 10), quando afirma que deve-se avaliar o nível de informação dos jovens sobre este assunto quando encerram a fase de escolarização, pois ainda percebe-se que a educação direcionada à promoção e manutenção da saúde, ainda aparece com a sua relevância minimizada na estrutura escolar.

    Criando um link com a realidade fora da escola, os sujeitos apresentam reflexões a respeito de exercícios feitos em academias, como por exemplo: a musculação e a ginástica, contextualizados com entendimentos sobre força, flexibilidade, coordenação motora e equilíbrio, valências físicas estudadas principalmente em abordagens vinculadas à ginástica.

    Ainda considerando o assunto valências físicas, os estudantes de uma das escolas onde houve a pesquisa expuseram sua satisfação e interesse pelas vivências teórico-práticas, pelos circuitos de treinamentos realizados em momentos finais de algumas aulas por uma professora, ampliando o desenvolvimento de capacidades e concepções corporais e sócio-culturais.

    Em relação ao que chamamos de práticas alternativas, consideramos estas, como atividades corporais não tradicionais no contexto escolar, que poderiam surgir nas amostras e que, de certa forma, não se encaixam às outras categorias mencionadas. Assim nessa perspectiva, observamos técnicas de relaxamento, a qual há explicações sobre formas de respiração e alongamentos e maneiras de adquirir condicionamento físico, respeitando os limites do corpo.

    No que se referem a outros temas que foram relacionados à Educação Física, há alguns poucos relatos de trabalhos sobre doenças sexualmente transmissíveis, drogas, meio ambiente (foi considerado os cuidados e preservação da água e do meio ambiente, propondo formas de melhorar o mundo), política e economia (apresentando observações a cerca de países desenvolvidos e subdesenvolvidos), além de proporcionar estudos atinentes às maneiras que devem ser desenvolvidas as aulas de educação física e relacioná-las ao cotidiano. Aparece também nesta categoria discussões sobre profissões e histórico da cidade de Salvador.

    Percebemos nas entrevistas que 5,1% dos estudantes não reconhecem os assuntos da Educação Física. Fato esse, justificado pela falta de interesse em participar das aulas, porque sentiam vergonha, achavam as aulas sem graça e rotineiras por conta da mesmice dos esportes e não identificavam nada de importante nas aulas, vendo-as apenas como uma oportunidade de sair da escola mais cedo. Ou ainda, não se lembram do que aprenderam nas aulas de Educação Física devido a pouca quantidade de aulas, por falta de professores e as coincidências de recessos e feriados no mesmo dia das aulas dessa disciplina.

    Em suma, as aprendizagens dos estudantes do terceiro ano do ensino médio das seis amostras de escolas da rede estadual em Salvador reconhecidas como conhecimentos verificados nas aulas de Educação Física durante sua formação básica são várias, e são confirmadas nas respostas contidas nas amostras, onde encontramos considerações como: “tinha assuntos que não sabíamos e acabamos sabendo” e é “importante porque tinha vários assuntos”. Vale salientar que algumas respostas apresentadas nas amostras podem ser tendenciosas, no sentido de apresentar os conteúdos aprendidos e/ou vivenciados recentemente.

    Contudo, de acordo com Albuquerque, Montes e Vianna (2010, p. 1-2), a presença da Educação Física escolar, sobretudo nos últimos anos da educação básica, deve aprimorar conhecimentos dos jovens, colaborando assim para que os educandos obtenham uma extensa compreensão e atuação nas manifestações da cultura corporal. Desta forma, conforme Taffarel (2010, p. 3), os estudantes elevarão, a partir da instituição escolar, seu pensamento teórico, sua atitude crítica perante a cultura corporal e seus componentes (esporte, dança, jogo, ginástica, lutas, etc.). Ampliando o modelo de escolarização, a capacidade de reflexão teórica, e nesse cenário, expandir o padrão da cultura esportiva da população. Fazendo cumprir o papel social da escola.

    No contexto de modificações na visão em torno da Educação e da Educação Física, esta pesquisa se insere com a intenção de orientar os professores em seu planejamento e em sua prática pedagógica, sistematizando discussões e reflexões destinadas aos alunos cujo perfil não é definido somente pela faixa etária, mas também por características socioculturais que possam definir o sentido que os jovens deste nível de ensino dão às experiências vivenciadas, ampliando as expectativas e a importância dada aos espaços encontrados na escola para que se reconheçam e valorizem os lugares de experiências social, cultural e política que eles possuem no ambiente escolar e fora dele (BRASIL, 2006, p. 225-226). Contribuições que incrementam significações à Educação Física como componente curricular importante nos distintos momentos da formação na educação básica.

    Assim, conscientes de que estão ocorrendo mudanças no que diz respeito às contribuições e ações em prol desta área de conhecimento, como por exemplo, o trato da Educação Física em leis e o empenho de profissionais que apresentam significativas e importantes transformações em suas aulas, entendemos que o interessante é que estas transições sejam feitas em larga escala.

    Portanto, esta é uma luta que deve ser abraçada não somente pelos professores como também pela escola como um todo, desde os seus gestores até os próprios educandos.

4.     Considerações finais

    Na busca por contribuições para a materialização de conhecimentos aprendidos pelos estudantes com a disciplina Educação Física, nos apropriamos de discussões da área acerca do tema desta pesquisa e dos resultados da coleta de dados de um grupo concluinte da etapa final do ensino básico, na crença de que esse grupo possui uma acumulação de conhecimentos adquiridos em um período médio de sete anos. Assim, verificamos o que efetivamente os estudantes declaram ter aprendido em Educação Física e reconhecemos que este estudo necessita de análises mais aprofundadas posteriormente.

    Atendendo o objetivo deste estudo contextualizamos os dados a partir da verificação do interesse dos estudantes pelas aulas de Educação Física e o acesso dos mesmos a algum tipo de manifestação da cultura corporal fora do ambiente escolar. Assim, identificamos nesta realidade os assuntos já vistos, estudados e/ou vivenciados pelos estudantes nas aulas de Educação Física. Dentre eles foi possível perceber a aquisição de conhecimentos que perpassam desde conteúdos de fins esportivistas, até conteúdos que abordam a qualidade de vida e saúde. Podendo compreender que apesar das dificuldades de afirmação da disciplina, a inexatidão dos conteúdos por séries e a constante falta de consideração que a persegue, a Educação Física vem conseguindo disseminar conhecimentos que de forma ainda tímida vêm sendo assimilados na vida dos estudantes.

    Através deste estudo ficou claro a amplitude dos conteúdos e as diversas formas que eles podem ser trabalhados, tratando da saúde, dos esportes, dos benefícios, a socialização e a relação com os temas transversais, entre outros que foram encontrados nas amostras.

    Vale salientar que ainda há uma parcela de educandos, “os que possuem maiores habilidades”, que se envolvem nas propostas da Educação Física, sendo a maioria influenciada pelas perspectivas esportivistas e os que mais necessitam de aprendizagens referentes às demonstrações da cultura corporal e que acabam se distanciando das aulas, evidenciando a necessidade de haver mudanças significativas nessas aulas. Desta forma, afirmamos a importância do professor possibilitar vivências diversificadas, no sentido de se apropriar de elementos da cultura corporal que vá além do esporte. Minimizando assim, problemas como o não reconhecimento pelos estudantes de que a Educação Física é importante não só para desenvolvimento físico, mas também para o desenvolvimento cognitivo e social, e isto é possível inicialmente através de noções de historicidade, para que estes alunos se percebam enquanto sujeitos históricos.

    Compreendemos que se na Educação Física possuísse no mínimo um roteiro adequado à realidade de nosso país, algo que desse um norte aos profissionais da área sobre o que trabalhar, sem que houvesse conflitos entre as escolas e até mesmo entre os próprios professores deste componente curricular, diminuindo a possibilidades de descontinuidade do aprendizado do aluno, afinal, na maior parte dos casos, eles passam por no mínimo duas escolas em suas vidas, podendo desta forma passar por formações baseadas em concepções pedagógicas totalmente diferentes, diminuindo majoritariamente a possibilidade de desenvolvimento adequado do aluno, seja cognitivamente, fisicamente, mentalmente ou socialmente. Não é a toa que ainda é possível encontrar estudantes do ensino médio que nem sequer reconhecem movimentos naturais do corpo, demonstrando não ter afinidades com noções básicas da cultura corporal. Isso se dá pelo fato de que em determinado momento lhe foi negado por algum motivo ensinamentos e vivências. Este fato geralmente ocorre devido a esses desencontros entre as práticas pedagógicas das instituições escolares.

    Desta forma, com a contribuição dos dados desta pesquisa, é possível ver o que realmente traz significados para os alunos, o que pode ser aperfeiçoado e o que talvez possa ser suprimido.

    Assim, tendo mais claro a realidade do que está sendo aprendido na Educação Física Escolar, conseguiremos então suprir uma necessidade de se afirmar como componente curricular e área de conhecimento que tem o que ensinar a crianças e jovens em distintos momentos de sua formação na educação básica, reafirmando sua relevância na sociedade.

Notas

  1. A perspectiva de Cultura Corporal usada neste trabalho é baseada no Coletivo de Autores (1992).

  2. A intenção era realizar a pesquisa em todas escolas estaduais de Salvador, entretanto, por falta de recursos humanos e tempo suficiente para dar conta de todas as escolas estaduais de Salvador selecionamos apenas 11 escolas.

  3. Colégio Estadual Odorico Tavares.

  4. Escola Estadual Duque de Caxias, Escola Estadual Tereza Conceição Menezes, Escola Estadual Alberto Santos Dumont, Escola Estadual José Barreto de Araújo Bastos e Escola Estadual Landulfo Alves.

  5. O questionário teve 19 questões e, para fins deste estudo, foram aproveitadas 4, pois entendemos que elas atenderam de fora geral aos objetivos desta pesquisa. O mesmo se encontra no Apêndice desta pesquisa.

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