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É relevante a síndrome metabólica em população não obesa?

¿Es relevante el síndrome metabólico en la población no obesa?

 

*Nutricionista

Mestre em Ciência da Nutrição, UFV

(Brasil)

Morgana Martins Crizel*

Josefina Bressan

morgana_crizel@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Recentemente, tem-se discutido diferentes subtipos de obesidade: indivíduos em risco de obesidade com síndrome metabólica; indivíduos obesos metabolicamente saudáveis e indivíduos de peso normal metabolicamente obesos. As prevalências destas síndromes variam de acordo com o critério utilizado. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a síndrome metabólica foi evidenciada em aproximadamente 10% dos indivíduos com peso normal, em 50% daqueles com intolerância a glicose, e em aproximadamente 80% em indivíduos portadores de diabetes mellitus tipo 2 (DM2). A identificação precoce destes indivíduos é um importante passo para a prevenção de futuras complicações cardiovasculares, sendo fundamental a adoção de uma alimentação adequada aliada à prática de atividade física.

          Unitermos: Obesidade. Peso corporal. Síndrome metabólica. Gordura corporal.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 161, Octubre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    No ano de 1988, Gerard Reaven, descreveu o conceito de Síndrome X, como um conjunto de fatores de risco cardiovasculares (hipertensão, intolerância a glicose, hipertrigliceridemia e baixas concentrações de HDL)¹. No entanto, esta síndrome já havia sido descrita, em 1923 por Kylin, que a definiu como um conjunto de fatores como hipertensão, hiperglicemia e gota². Diversos critérios têm sido propostos para diagnosticar a síndrome metabólica, no entanto, não há um consenso para sua definição e sua prevalência varia conforme o critério utilizado3.

    A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde, como excesso de gordura corporal, a qual está associada aos diversos fatores de risco para o desenvolvimento da Síndrome Metabólica (SM)4. É considerada como fator de risco independente para doenças cardiovasculares, sendo recentemente associada ao desenvolvimento precoce de aterosclerose em adolescentes e homens jovens5.

    A distribuição da gordura corporal, principalmente o excesso abdominal, é um fator preditor de morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares, além de ser um dos maiores contribuintes para a ocorrência de SM6.

    Recentemente, tem-se discutido diferentes subtipos de obesidade: indivíduos em risco de obesidade com síndrome metabólica (apresenta alta gordura visceral, alto índice de massa corporal, elevada adiposidade, baixa sensibilidade insulínica, baixo HDL e elevados níveis de triglicerídeos); indivíduos obesos metabolicamente saudáveis (baixa gordura visceral, alto índice de massa corporal, elevada adiposidade, alta sensibilidade insulínica, alto HDL e baixos níveis de triglicerídeos) e indivíduos de peso normal metabolicamente obesos (alta gordura visceral, baixo índice de massa corporal, alta adiposidade, baixa sensibilidade insulínica, alta gordura hepática e elevados níveis de triglicerídeos)8.

    O diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento destes subtipos de obesidade, não podem basear-se apenas no peso, mas também na avaliação da composição corporal4.

    Diante do exposto, o objetivo do trabalho é fazer uma revisão de estudos relacionando a SM e suas conseqüências em indivíduos considerados não obesos, mas com excesso de gordura corporal.

Metodologia

    A revisão bibliográfica foi realizada na base de dados Medline, Science Direct e Scielo, e nos Periódicos da Capes, no período de 1998 a 2010. As palavras chaves utilizadas foram: obesidade, peso corporal, síndrome metabólica, gordura corporal e seus correspondentes em inglês.

Indivíduos de peso normal metabolicamente obesos

    É um subgrupo de indivíduos de peso normal segundo o Índice de massa corporal, mas que apresentam anormalidades relacionadas à obesidade. Esses indivíduos desencadeiam sinais precoces de resistência insulínica, hiperinsulinemia e dislipidemias, que podem acelerar o risco de desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares8.

    Ainda não há consenso sobre os fatores envolvidos neste perfil de risco, no entanto, tem-se sugerido que anormalidades na composição corporal e na distribuição de gordura possam desencadear as complicações metabólicas nestes indivíduos9.

    Diversos critérios, expostos na Tabela 1 têm sido propostos, a fim de identificar e caracterizar esta síndrome.

    Ruderman et al. (1998), sugeriram uma tabela de pontos fundamentada em vinte e duas características para identificar indivíduos de peso normal metabolicamente obesos, mesmo que esta proposta não tenha sido disseminada no meio médico, foi o primeiro passo para atrair algumas atenções7.

    Dvorak et al. (1999), avaliando 71 mulheres de 21-35 anos, identificaram um grupo de peso normal metabolicamente obeso por meio de exames de sensibilidade à insulina e teste de tolerância a glicose. Observaram que este grupo apresentou maior percentual de gordura corporal, gordura subcutânea, visceral e menor pratica de atividade física em relação ao grupo de mulheres saudáveis11.

    Katsuki et al. (2005), tentaram esclarecer se o índice de verificação quantitativo de sensibilidade insulínica (QUICKI – 1/ {log insulina + log glicose de jejum} seria útil como indicador de resistência a insulina na população japonesa de peso normal metabolicamente obesa (índice de massa corporal menor que 25 kg/m² e gordura visceral maior ou igual a 100 cm detectada por meio da tomografia computadorizada) com tolerância a glicose normal. Encontraram que o QUICKI foi menor nos indivíduos metabolicamente obesos e foi significativamente correlacionado com a gordura visceral e com os níveis de triglicerídeos, podendo assim, ser útil para um diagnóstico precoce prevenindo o desenvolvimento da aterosclerose em indivíduos de peso normal metabolicamente saudáveis12.

    Molero-Conejo et al. (2003), avaliaram 167 adolescentes (68 meninos e 99 meninas) entre 14-17 anos. Encontraram 56% de meninos e 43% de meninas com níveis elevados de insulina (maior que 84 pmol/L) sendo que 37% dos adolescentes com Índice de massa corporal (IMC) de 21,5 kg/m² apresentaram altos níveis de insulina em jejum, de HOMA-IR, triglicerídeos e pressão arterial quando comparados ao grupo com insulinemia normal. Também foi verificado em adolescentes de peso normal, porém metabolicamente obesos, um alto consumo de gordura saturada e baixos níveis de atividade física13.

    Conus, et al. (2004), baseados nos critérios de HOMA-IR (menor que 1,69), identificaram um grupo com 12 mulheres de peso normal metabolicamente obesas e outro com 84 mulheres saudáveis. As primeiras apresentaram maiores percentuais de gordura corporal, de colesterol total, de insulina e glicose em jejum e maiores valores de HOMA-IR, maiores 14.

    Meigs et al. (2006), estudaram 2902 indivíduos e verificaram 2,6% destes com peso normal, apresentavam a síndrome metabólica e 7,7% tinha resistência à insulina. Em mais ou menos sete anos de acompanhamento de 1056 indivíduos de peso normal, a incidência de diabetes foi de 1,6% e 6% para doenças cardiovasculares15.

Tabela 1. Critérios usados para identificar indivíduos de peso normal metabolicamente obesos

IMC (índice de massa corporal); FFM (Massa livre de gordura); HOMA (Homeostasis Model Assessment); ATPIII (Adult treatment program III)

    A síndrome metabólica segundo a WHO (1998) foi evidenciada em aproximadamente 10% dos indivíduos com peso normal, em aproximadamente 50% daqueles com intolerância a glicose, e em aproximadamente 80% naqueles com diabetes mellitus tipo 2 (DM2)2.

    Segundo estudo de Cortez-Dias, et al. (2008), a população não obesa teve uma alta prevalência da síndrome especialmente entre os que apresentavam peso normal, dos 16.333 avaliados a prevalência foi de 24,9%16.

    Marques-Vidal, et al (2008), em estudo na Suíça com 3.313 mulheres e 2.912 homens, observou que a prevalência desta síndrome foi maior entre as mulheres independente da idade, variando de 1 a 28% de acordo com o critério utilizado. Em homens a prevalência não ultrapassou 1%17.

    Park, et al (2003), mostrou que 4,6% de homens de peso normal e 6,2% de mulheres de peso normal, apresentaram diagnóstico da síndrome metabólica de acordo com os critérios propostos pelo NCEP-ATP III18.

    St-Onge, et.al (2004), avaliaram 7602 participantes de uma pesquisa nacional (NHANES III) e dependendo da raça e sexo, a prevalência da síndrome metabólica variou de 0,9% a 3% nos indivíduos com IMC de 18,5-20,9 kg/m² e de 9,6% a 22,5% naqueles com IMC entre 25-26,9 kg/m². Aproximadamente 25-30% dos indivíduos de peso normal, apresentaram baixos níveis de HDL e elevados valores de circunferência da cintura19.

    De um modo geral, a prevalência da síndrome de indivíduos de peso normal, metabolicamente obesos está cada vez mais evidenciada na população e pode variar de acordo com o critério utilizado e é maior entre os indivíduos do sexo feminino33.

Processo Inflamatório precoce

    O tecido adiposo foi considerado por muitos anos um órgão passivo, ou seja, sua única função era armazenar energia na forma de triglicerídeos e disponibilizá-lo em momentos de deficiência energética21. O aumento de tecido adiposo, principalmente na região abdominal, está associado com resistência à insulina, hiperinsulinemia e com um conjunto de fatores de risco, característicos da síndrome metabólica20.

    Segundo Hermsdorff, et al (2004), o tecido adiposo visceral é o mais ativo, tendo maior sensibilidade a lipólise, portanto mais resistente à ação da insulina, o qual irá promover a liberação de ácidos graxos livres diretamente na veia porta, fazendo com que haja um excesso desses ácidos graxos no fígado, podendo ocasionar fatores de risco para a síndrome metabólica como o DM2 e as dislipidemias21.

    Hoje se sabe que o tecido adiposo é um órgão dinâmico, que além da função básica de armazenamento de energia, está relacionado com a secreção de diversas adipocinas, as quais também estão envolvidas com os fatores de risco para a síndrome metabólica. As adipocinas apresentam uma importante função na homeostase energética, sensibilidade à insulina e na resposta imunológica, produzidas em excesso, como ocorre na obesidade, desencadeiam uma resposta inflamatória34.

    De Lorenzo, et al (2007), verificaram que as citocinas proinflamatórias estavam aumentadas no plasma de indivíduos com peso normal metabolicamente obesos e em pré-obesos e que estas, se correlacionaram com o percentual de gordura corporal. Observaram ainda que as concentrações de TNF-alfa, IL-1, IL-6, e IL-8 foram significativamente elevadas em mulheres de peso normal metabolicamente obesas e pré-obesas e que as concentrações de adipocinas foram mais baixas nesses indivíduos, confirmando um estado proinflamatório precoce22.

    Gerard Reaven, (1993), relatou que concentrações aumentadas do inibidor de ativação de plasminogênio (PAI-1) é mais prevalente entre os indivíduos com doença cardiovascular, hipertrigliceridemia e hipertensão e também, vistas em indivíduos de peso normal metabolicamente obesos com sensibilidade a insulina reduzida23.

    Recentemente, foi descrita uma proteína denominada obestatina, um hormônio gastrintestinal envolvido na fisiopatogênese da obesidade que tem como função a diminuição da ingestão alimentar e do peso corporal, por desacelerar o esvaziamento gástrico27. De acordo com Guo, et al (2007), baixos níveis de obestatina tem sido encontrado no plasma de indivíduos de peso normal metabolicamente obesos, tendo boas correlações deste hormônio com a gordura visceral25.

    O tecido adiposo, especialmente o tecido adiposo branco, possui intensa atividade metabólica contribuindo com o equilíbrio energético do organismo, este tecido sofre influencias hormonais, promovendo diversos efeitos em relação a sua função endócrina e regulação da adipogênese35.

Indivíduos de peso normal metabolicamente obesos x fatores de risco para doenças

    Existem diversos fatores que podem contribuir para a patogênese de doenças relacionadas à obesidade, entre elas destaca-se o elo entre: excesso de gordura visceral, hiperinsulinemia e resistência à insulina, características da síndrome metabólica (Figura 1). Além disso, outros fatores como baixo peso ao nascer, inatividade física e história familiar de doenças crônicas, também podem colaborar para o aparecimento dos fatores de risco nestes indivíduos9.

Figura 1. Fatores de risco para a síndrome metabólica.

    Vikram, et al (2003), em um estudo com 639 indivíduos, observaram que o excesso de gordura visceral foi de 29% e 8% em mulheres e homens não obesos, respectivamente. Também verificaram que 88% das mulheres com IMC normal (<23 kg/m²), tinham mais que um fator de risco para doenças cardiovasculares (diabetes mellitus, hipertensão, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, baixos níveis de HDL e altos níveis de LDL), sendo que o HDL estava com baixos níveis em 80% de mulheres não obesas. Neste mesmo estudo, homens com IMC normal apresentaram altas prevalências de hipercolesterolemia (27%) e hipertrigliceridemia (26%)26.

    O excesso de gordura abdominal correlaciona-se positivamente com a hiperinsulinemia e resistência a insulina e a possibilidade de desenvolvimento do diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Isto é verificado tanto em indivíduos obesos como em indivíduos de peso normal metabolicamente obesos27.

    Alguns estudos observaram mudanças no perfil lipídio de indivíduos normais metabolicamente obesos. Dvorak et al. (1999) e Conus et al. (2004) relataram que as concentrações de colesterol no plasma de indivíduos normais metabolicamente obesos, foi significativamente maior do que em indivíduos controle de 5,2 mmol/L a 4,5 mmol/L (NCEP ATP III), respectivamente.

    Molero-Conejo et al. (2003), não encontraram diferenças no perfil lipídio de indivíduos normais metabolicamente obesos quando comparados com o grupo controle. No entanto, Katsuki et al. (2003) verificaram maiores valores plasmáticos de triglicerídeos (maior que 1,7mmol/L) em indivíduos de peso normal metabolicamente obesos.

    Diante dos dados dos estudos anteriores, nota-se que indivíduos de peso normal metabolicamente obesos, exibem um perfil mais aterogênico do que indivíduos sem excesso de tecido adiposo visceral32.

    No estudo de Tanaka et al. (2002), foi verificado que em indivíduos de peso normal metabolicamente obesos, o excesso de adiposidade correlacionou-se com os perfis lipídicos, especialmente no HDL e triglicerídeos, e glicose de jejum, além de ter boa correlação com a pressão arterial28.

    Martins et al. (2007), estudando 16333 adultos, observaram que indivíduos com IMC de 18,5 – 20,9 kg/m², apresentaram 40,4% de hipertensão chegando a 59,5% naqueles com IMC de 23 – 24,9kg/m² e esta prevalência aumentava conforme o aumento do IMC29.

    Ferreira et al. (2010) estudou 418 idosos e verificaram que entre os indivíduos eutróficos, 74,8% apresentavam hipertensão arterial; 45,9% obesidade abdominal; 23% dislipidemias e 51% eram sedentários.

    A Organização Mundial de Saúde relata que existem diversos fatores de diretamente relacionados à morbimortalidade por doenças crônicas não-transmissíveis: hipertensão arterial, hipercolesterolemia, ingestão insuficiente de frutas, hortaliças e leguminosas, excesso de peso, inatividade física e tabagismo. A maioria desses fatores de risco está relacionada à alimentação e à atividade física, tendo grande impacto no aparecimento da SM31.

    A adoção de hábitos de vida saudáveis como dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância, é fundamental para a prevenção da SM30.

Considerações finais

    O excesso de gordura corporal é associado a diversos fatores que contribuem para o desencadeamento da síndrome metabólica. Indivíduos com IMC normal metabolicamente obesos apresentam as mesmas alterações que indivíduos com IMC nos graus de obesidade. Medidas antropométricas como o índice de massa corporal, podem mascarar a obesidade, fazendo-se necessário a associação com outros parâmetros, como a mensuração da porcentagem de gordura corporal e a distribuição dessa gordura. As análises bioquímicas também são medidas importantes para a identificação desta síndrome. A identificação precoce destes indivíduos é um importante passo para a prevenção de futuras complicações, como o diabetes e as doenças cardiovasculares, sendo fundamental a adoção de uma alimentação adequada aliada a prática de atividade física.

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