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Recreação para terceira idade

Recreación para la tercera edad

 

Professor de Educação Física Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR

Curso de Especialização em Fisiologia do Exercício

pela Universidade Federal do Paraná – Curitiba, PR

Maicon de Siqueira Bontorin

maicon33@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo buscou avaliar a expressão corporal e as capacidades físicas da 3ª idade através de um programa de recreação e lazer, onde os idosos recebiam avaliações semanais, através dos relatos dos participantes ao fazer as atividades do seu dia-a-dia, a sua auto-estima, auto-imagem e a socialização com as colegas. Programa esse feito pelos acadêmicos de Educação Física da Universidade Tuiuti do Paraná. Pois as atividades recreativas são extremamente importantes para a melhoria da saúde mental e também física do idoso.

          Unitermos: Expressão corporal. Terceira idade. Capacidades físicas.

 

Abstract

          This study investigates the body language and physical abilities of the 3rd age through a program of recreation and leisure, where the elderly receive weekly evaluations by the participants' statements to make the activities of your day to day, their self-esteem, self-image and socialization with peers. This program made by students of Physical Education University Tuiuti. For recreational activities are extremely important for the improvement of mental health and physical well elderly.

          Keywords: Expression body. Third age. Physical abilities.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 161, Octubre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    No Brasil, a população com mais de 60 anos foi a que mais cresceu em termos proporcionais nesse final de século. Dados estatísticos apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 1982) indicam que no ano 2000 teremos uma população de 14 milhões de idosos e chegaremos a mais de 1,2 bilhões no ano de 2025 no planeta. E em 2025 no Brasil chegaremos a 32 milhões de idosos. Tal fato colocar-nos-á como a sexta população de idosos no mundo.

    Esse quadro realmente se agrava quando se constata o descompromisso do governo com políticas publicas voltada para este segmento da população, mais acentuadamente com as classes sociais economicamente menos favorecidas.

    A questão social da velhice, até então menosprezada, tem de ser encarada, se não quisermos condenar nossos idosos à marginalização social. Já a mobilização da sociedade como um todo e dos organismos públicos e privados, em particular, faz-se necessária para que se possa realizar a implantação de programas de atenção à qualidade de vida do idoso em suas características específicas como, a prática de atividades físicas para terceira idade pode aportar elementos valiosos, contribuindo significamente para a “promoção da saúde do idoso, além da socialização e a manutenção de sua autonomia”.

    Um fenômeno que está acontecendo nos últimos anos na maioria das sociedades do mundo e, em especial, nas mais desenvolvidas é o incremento de pessoas que atingem a terceira idade, entendendo por esta os indivíduos pertencentes à faixa etária maior de 60 anos de idade, necessitando de exercícios para melhorar as suas capacidades físicas, visando a qualidade de vida no seu dia-a-dia através dos (AVDS), ou seja, atividades de vida diária.

    No entanto a terceira idade necessita de exercícios coordenativos, sociais, afetivos, onde possam exercitar seus conhecimentos e seus movimentos para evitar à morte funcional e uma eventual e possível morte. Com isso foi relatado a nossa hipótese porque a terceira idade necessita de exercícios físicos e recreativos para melhorar sua vida diária. E com isso propiciar a terceira idade um programa de Atividades Físicas, visando a Recreação e Lazer na Qualidade de Vida de seu dia-a-dia.

    O envelhecimento é um processo fisiológico e não está necessariamente ligado à idade cronológica. É nessa perspectiva que encaminhamos nosso trabalho, no sentido de compreender a fim de amenizar os problemas inerentes à Terceira Idade, promovendo momentos de prazer e descontração para que essa realidade seja plena, saudável e com melhores condições de vida. Antigamente, nas sociedades tradicionais, os velhos eram muito considerados, por serem sinônimo de lembranças e sabedoria. Atualmente o descaso e o desprezo os excluem da sociedade, que os julgam improdutivos. É comum encontrar idosos abandonados e ignorados dentro da própria família.

    A velhice sempre é vista, como um período de decadência física e mental. É um conceito equivocado, pois muitos cidadãos que chegam aos 65 anos, já que esta é a idade oficializada pela Organização das Nações Unidas, ainda são completamente independentes e produtivos. Acreditamos na decadência sim, mas da sociedade que perde, não dando valor ou criando espaços adequados para as necessidades de nossos velhos. A população idosa, em nosso país, cresce a cada dia e com ela as dificuldades e as necessidades de adequar soluções eficientes, junto aos órgãos públicos, com o objetivo de tornar digna a vida dos nossos idosos.

    Essa população que vem aumentando acentuadamente, não é, na maioria das vezes, reconhecida pela sociedade - até mesmo pela sua família - sendo vítimas de um relacionamento social impregnado de preconceitos.

    Geralmente, a velhice está ligada às modificações do corpo, com o aparecimento das rugas e dos cabelos brancos, com o andar mais lento, diminuição das capacidades auditiva e visual, é o corpo frágil. Essa é a velhice biologicamente normal, que evolui progressivamente e prevalece sobre o envelhecimento cronológico. Cientistas e geriatras preferem separar a idade cronológica (idade numérica) da idade biológica (idade vivida). Para eles, tanto o homem quanto à mulher se encontra na terceira idade por parâmetros físicos, orgânicos e biológicos.

    Uma velhice tranqüila é o somatório de tudo quanto beneficie o organismo, como por exemplo, exercícios físicos, alimentação saudável, espaço para lazer, bom relacionamento familiar, enfim, é preciso investir numa melhor qualidade de vida. Ao contrário do que se pensa os idosos podem e devem manter uma vida ativa. Essa vitalidade se estende à vida sexual e suas transformações hormonais, com isso a idade avançada não deve impedir que um casal tenha uma vida sexual ativa.

    A busca de uma vida com qualidade e o não aniquilamento da capacidade de amar, compreendendo-se aqui não só o relacionamento sexual, mas também o preenchimento das carências no que tange à afetividade e às expectativas de cada um: esta é a grande alavanca do bem-estar, da felicidade e, conseqüentemente, da longevidade.

    A elaboração de um programa de atividade física para a terceira idade deve levar basicamente em consideração o preparo para que o idoso possa cumprir suas necessidades básicas diárias (necessidades impostas pelo cotidiano), ou seja, tentar impedir que o idoso perca a sua auto-suficiência, através da manutenção de sua saúde física e mental.

    Antes de se iniciar a prática de exercícios com idosos é necessário que o mesmo faça uma avaliação médica. Sabe-se que o tipo de atividade física ideal (envolve variáveis tais como: atividade mais adequada, freqüência, intensidade de trabalho), é determinada por variáveis que vão desde os hábitos de vida (fumante, tipo de alimentação, presença ou não de atividade física atual) até os fatores geneticamente herdados. Tendo como objetivo final à melhora ou manutenção da qualidade de vida relacionada à saúde, deve-se, então, escolher as capacidades físicas que sejam pré-requisitos básicos para a conquista de uma vida saudável.

    As mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais que ocorrem com o processo de envelhecimento, vão influenciar de maneira decisiva no comportamento da pessoa idosa.

    Com o declínio gradual das aptidões físicas, o impacto do envelhecimento e das doenças, o idoso tende a ir alterando seus hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e formas de ocupação pouco ativas. Os efeitos associados à inatividade e a má adaptabilidade são muito sérios. Podem acarretar numa redução no desempenho físico, na habilidade motora, na capacidade de concentração, de reação e de coordenação, gerando processos de autodesvalorização, apatia, insegurança, perda da motivação, isolamento social e a solidão.

    Os efeitos da diminuição natural do desempenho físico podem ser atenuados se forem desenvolvidos com os idosos, programas de atividades físicas e recreativas que visem a melhoria das capacidades motoras que apóiam a realização de sua vida cotidiana, dando ênfase na manutenção das aptidões físicas de principal importância no seu bem estar.

    É fundamental que o idoso aprenda a lidar com as transformações de seu corpo e tire proveito de sua condição, prevenindo e mantendo em bom nível sua plena autonomia. Para isso é necessário que se procure estilos de vida ativos, integrando atividades físicas a sua vida cotidiana.

    Particularmente as atividades recreativas devem ser: atraentes, diversificadas, com intensidade moderada, de baixo impacto, realizadas de forma gradual, promovendo a aproximação social, sendo desenvolvidos de preferência coletivamente, respeitando as individualidades de cada um, sem estimular atividades competitivas, pois tanto a ansiedade como o esforço aumenta os fatores de risco.

    Com isso é possível se alcançar níveis bastante satisfatórios de desempenho físico, gerando autoconfiança, satisfação, bem-estar psicológico e interação social.

    Deve-se levar em conta que o equilíbrio entre as limitações e as potencialidades da pessoa idosa que ajudam a lidar com as inevitáveis perdas decorrentes do envelhecimento.

Metodologia

    A metodologia empregada no presente estudo foi a do ensino-aprendizagem durante um período de tempo de 6 meses com exercícios coordenativos, afetivos, sociais, cognitivos, locomotores e intelectivos através da recreação.

Resultados

    Os resultados do presente estudo nos surpreenderam, pois foram feitas avaliações antes e depois das atividades recreativas em 15 pessoas do sexo feminino, com a faixa etária dos 60 ate aos 80 anos de idade e o instrumento de avaliação foi: a avaliação semanal através dos acadêmicos da UTP e através dos relatos dos participantes ao fazer as atividades do seu dia-a-dia, a sua auto-estima, auto-imagem e a socialização com as colegas.

Conclusão

    E com isso concluiu-se que as atividades lúdicas e recreativas foram bem sucedidas, pois possibilita ao idoso, uma independência familiar, uma boa resposta em grupos, uma boa resposta através da melhora em sua aptidão física, melhora também em seu lado afetivo e intelectivo, e de independência na hora de pegar um ônibus, para realizar uma caminhada, para fazer suas atividades, e ao mesmo tempo com saúde. Visando como um todo a expressão corporal do idoso. O número de idosos vem aumentando consideravelmente e os mesmos não tem o reconhecimento e o tratamento adequado pelos governantes, pois faltam profissionais qualificados para melhor atendê-los, além de respeitar mais as necessidades físicas, sociais, afetivas, locomotoras, coordenativas e nas áreas de atuações de Saúde, devemos dar mais atenção, a pesquisas futuras para observar detalhadamente onde e como os idosos acham lugares para bem atendê-los.

Bibliografia

  • AGÊNCIA BRASIL. OMS quer que cidades aproveitem potencial dos idosos. Disponível: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/10/04/materia.2007-10-04.2443706451/view. Acesso em 18 nov.2009.

  • FARIA JUNIOR, Alfredo. Atividades Físicas para a Terceira Idade. Brasília: Sesi-DN, 1992.

  • FARIA JUNIOR, Alfredo; MARQUES, Andréa G; KRIEGEL, Regina. Anais do II Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade. Rio de Janeiro: UnATI/UERJ, 1998.

  • LACOSTE MARQUES, Francisca. in Actas in Physical Activity And Health In The Elderly, 486- 491. Oeiras: University of Porto, 1994.

  • MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS Eva Maria. Técnicas de Pesquisa, 1ª Edição. Ed. Atlas, 1982. São Paulo.

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