Avaliação da força explosiva de membros inferiores em goleiros de futebol da categoria sub 17 Evaluación de la fuerza explosiva en miembros inferiores en arqueros de fútbol de la categoría sub 17 Evaluation of explosive strength lower limbs in soccer goalkeepers sub 17 category |
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Curso de Educação Física Unip/Campinas (Brasil) |
Gustavo Querido de Oliveira Carlos Zamai Carlos Roberto Gallo |
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Resumo Com a modernização do futebol e em função dos modelos de jogo adotados o goleiro assumiu papel importantíssimo também na organização das jogadas de contra ataque, sendo o primeiro jogador a ter contato com a bola ao reiniciar o jogo. A reposição da bola pode ser feita com as mãos ou com os pés, de acordo com distância e a escolha certa para a execução do passe. O biotipo é característica determinante na performance de qualquer atleta. O presente estudo objetivou mensurar o nível de força explosiva de membros inferiores de jovens goleiros através do teste de salto vertical dentro da macroestrutura de treino anual. A amostra foi constituída por 4 goleiros (jogadores) de sexo masculino com idade cronológica entre 15 e 17 anos, goleiros (jogadores) pertencentes à equipe de futebol amador de um time da cidade Campinas-SP. Quanto ao desenvolvimento das atividades ministradas aos jogadores enfatiza-se: freqüência semanal de 5 a 7 sessões de treino, onde os goleiros (jogadores) selecionados se encontravam dentro de um quadro competitivo quando de testagem. Conclui-se que o goleiro deve ser exclusivamente treinado suprindo suas necessidades e exigências físicas e técnicas. Para que a área de preparação de goleiros aprimore-se cada vez mais os profissionais devem analisar e quantificar as condições especifica de jogo, podendo assim contribuir com a evolução dos métodos de treino e com informações para pesquisa científica na área. Unitermos: Força explosiva. Goleiros. Categoria sub 17.
Abstract With the modernization of soccer and depending on the game models adopted the goalkeeper took a very important role also played in the organization of counter attack, the first player to have contact with the ball to restart play. The replacement of the ball can be made with the hands or feet, according to distance and choice for the implementation of the pass. The body type is characteristic determinant on the performance of any athlete. This study aimed to measure the level of explosive strength of lower limbs of young goalies through the vertical jump test in the macrostructure of annual training. The sample consisted of four goalies (players) were male with chronological age between 15 and 17 years, goalkeepers (players) belonging to the soccer team of amateur Athletic Association city Ponte Preta Campinas. Concerning the development of activities given to the players we emphasize: weekly from 5 to 7 training sessions, where the goalies (players) were selected within a pre-competitive (competitive) when testing. We conclude that the goalkeeper should be trained exclusively supplying their needs and physical requirements and techniques. For the staging area for goalkeepers improve it more and more professionals should analyze and quantify the specific conditions of play and can thus contribute to the evolution of training methods and information for scientific research in the area. Keywords: Explosive strenght. Goalkeepers. Sub 17 category.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 161, Octubre de 2011. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução. Caracterização e funções do goleiro
Segundo Maier (1981) dos onze jogadores que formam uma equipe de futebol merece devido destaque o goleiro, pela sua responsabilidade e porque sua atuação pode influenciar de forma direta no resultado do jogo. Carlesso (1981) cita o guarda metas como elemento multifuncional, pois entre suas ações estão a reposição de bola, a orientação da equipe e a defesa da meta.
Para que os fundamentos sejam executados com perfeição os goleiros necessitam de um preparo físico adequado. Kraemer e Hakkinen (2004, p 89) afirmam que para defender a bola o goleiro necessita de alto grau de velocidade de reação, agilidade em diferentes direções a partir de diversas posições corporais, velocidade para levantamento do solo, capacidade de mergulho, lançamento corporal em outra direção, altura de salto e velocidade inicial em um tiro para frente ou para trás.
Com a modernização do futebol e em função dos modelos de jogo adotados o goleiro assumiu papel importantíssimo também na organização das jogadas de contra ataque, sendo o primeiro jogador a ter contato com a bola ao reiniciar o jogo (FRISSELLI e MANTOVANI, 1999). A reposição da bola pode ser feita com as mãos ou com os pés, de acordo com distância e a escolha certa para a execução do passe.
Segundo Mc Ardle (2003) o biotipo é característica determinante na performance de qualquer atleta. Para Kraemer e Hakkinen (2004) goleiros tendem a ser mais pesados e altos que os demais jogadores, com estatura média de 1,88m e massa corporal de 84 kg. (TEIXEIRA, et al 2006).
Apesar de Prado et al (2006) e Rocha Filho (2000) observarem uma maior tendência dos goleiros possuírem percentual de gordura mais alto, que Voser et al (2006) sugeriram ser entre 9% e 12%, Rocha Filho (2000) constatou que os goleiros possuem maior índice de massa isenta de gordura.
Durante uma partida os atletas praticam cerca de mil diferentes ações em situações ofensivas e defensivas utilizando-se de saltos, arranques, paradas bruscas, acelerações e desacelerações com mudança de direção e execução das habilidades do jogo (WEINECK, 2000). Estas ações são determinadas em sua variedade e volume de acordo com a função exercida pelo atleta e as circunstâncias que cada jogo oferece. (GOMES e SOUZA, 2008)
Segundo Bangsbo (2008) e Seluianov et al (2008) as exigências físicas no futebol podem ser avaliadas a partir da análise (movimento / tempo) dos tipos de ações dos jogadores durante o jogo. Para jogadores de linha, Weineck (2000) observou distâncias médias percorridas em uma partida entre 9 km e 12 km corroborando os dados obtidos por Bangsbo (2008).
Para goleiros, entretanto, os valores obtidos das distâncias percorridas são inferiores (Quadro 1). Bangsbo (2008) e Barbanti (2002) relataram que goleiros percorrem cerca de 4 km durante uma partida, sendo grande parte desse percurso com objetivo de manutenção do aquecimento e não pela necessidade de intervenção especifica de suas funções dentro do jogo.
Quadro 1. Distâncias médias percorridas pelo goleiro e jogadores
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Total |
Andando |
Trotando |
Velocidade Sub. Máx |
Velocidade Máxima |
Velocidade Pra Trás |
Goleiros |
3.972m |
1.338m |
1.088m |
498m |
32m |
1.018m |
Jogadores |
8.680m |
2.150m |
3.187m |
1.810m |
974m |
559m |
Fonte: Barbanti (2002, p. 93-95)
Ao comparar indicativos de desempenho aeróbio os goleiros mostraram-se inferiores aos demais jogadores (BALIKIAN et al, 2002). Estes autores observaram valores médios de VO2 Máx para goleiros de 52,68 ml/kg/min. Sant’anna e Ávila (2006) obtiveram VO2 Máx em torno de 55 a 65 ml/kg/min para os atletas das outras posições. Baseado nesses valores concluiu-se que 85% das ações dos goleiros durante o jogo são de baixíssima intensidade e pouco decisivas.
Em contrapartida, segundo Gallo et al (2010) as ações decisivas praticadas pelos goleiros, que se manifestam por intermédio das defesas, saídas do gol e reposição de bola, são eventos determinados pela capacidade de força explosiva (potência) apoiados no metabolismo anaeróbio alático.
Força
Dentre as capacidades bimotoras condicionais para a performance do jogador de futebol a força tem ganhado destaque dentro do cenário atual de treinamento, seja para melhora de rendimento ou para profilaxia de lesões. (WEINECK, 2000).
A capacidade de força de membros inferiores é considerada por Magalhães et al (2001) como importante fator de prestação no futebol, atuando como base para as ações especificas do jogo. Toledo et al (2006) ressaltam a importância que a potencia muscular / força explosiva tem para o desempenho das modalidades esportivas que envolvem a realização de saltos, acelerações/desacelerações e lançamentos.
Força explosiva
A força explosiva pode ser entendida como sendo a capacidade de superar resistências que não alcançam as magnitudes limites, porém que ocorrem com a máxima aceleração. No entanto para Platonov e Bulatova (2003) e Toledo (2006) força explosiva pode ser entendida como força-velocidade, sendo a capacidade de o sistema neuromuscular superar uma resistência dentro do menor tempo possível.
Já na opinião de Gonçalves e Nogueira (2006) No âmbito da preparação física, recomendamos treinamentos específicos para goleiros, fundamentados na força explosiva, na agilidade, na flexibilidade e nas resistências aeróbia e anaeróbia.
Com base nas conclusões acima expostas, recomendamos aos estudiosos do futebol, professores e acadêmicos de Educação Física e treinadores de goleiros de futebol de campo a elaboração de estudos científicos sobre a periodização de treinamento para goleiros, conjugando todos os fatores que envolvem a preparação adequada destes atletas, visando a elevação de suas possibilidades físicas, psicológicas, táticas e técnicas.
O treinamento específico para goleiros, realizado segundo uma metodologia científica, não pode prescindir das contribuições da academia, representada pelos cursos de formação profissional em Educação Física. Seria bastante recomendável a inserção dos treinadores de goleiros sem formação acadêmica nos cursos de graduação em Educação Física, uma vez que muitos desses profissionais atualmente fundamentam suas estratégias de trabalho apenas no senso comum e/ou na experiência que têm da condição de ex-atletas profissionais.
Considerações sobre as características atuais do treinamento de goleiros
Durante os últimos anos, houve grande evolução referente às áreas de fisiologia do exercício, medicina e psicologia do esporte. O que levaria os profissionais dessa área acompanhar tal tendência e serem fiéis ao treinamento do goleiro, de acordo com perfil metabólico utilizado durante a partida, nada mais é que respeitar a especificidade da posição.
Pegando esse viés Gallo et al (2010) referem-se aos goleiros brasileiros como sendo os menos competitivos dentre as seleções campeãs mundiais, o que pode ser explicado pelo tipo de treinamento aplicado a estes atletas. A conduta de trabalho imposta a estes jogadores é semelhante aos demais das outras posições, o que não condiz com suas reais necessidades físicas.
Geralmente o método de treinamento aplicado aos goleiros provém de uma herança prática dos treinadores que em sua maioria são ex-goleiros. Segundo Lopes (2001) os goleiros são treinados com alta intensidade e longa duração em cada exercício (20 a 30 segundos) utilizando-se prioritariamente do metabolismo anaeróbio lático, uma predominância metabólica característica de jogadores de outras posições. (BANGSBO, 2008). Tal metodologia contrapõe as ações decisivas do arqueiro que são de alta intensidade e curtíssima duração, apoiadas predominantemente no sistema anaeróbio alático. (BALIKIAN et al, 2002).
Com isso, Barbanti (2002) destaca como essencial o treino da potência muscular / forca explosiva para goleiros. Se o exercício é realizado em altas intensidades durante tempos prolongados, a capacidade de resistência é beneficiada o que para o goleiro não é relevante. (SOARES, 2005).
O goleiro deve ser exclusivamente treinado suprindo suas necessidades e exigências físicas e técnicas. Para que a área de preparação de goleiros aprimore-se cada vez mais os profissionais devem analisar e quantificar as condições especificas de jogo, podendo assim contribuir com a evolução dos métodos de treino e com informações para pesquisa científica na área. (GALLO et al, 2010).
Assim sendo, nota-se na fala destes autores que para os goleiros brasileiros estarem no topo da lista, como os mais competitivos do mundo, precisam de treinos específicos onde são respeitadas sua demanda fisiológica durante a partida, físico onde possa ser transferidas sua velocidade e força explosiva e treino muscular o qual lhe dará a base para tais características, para isso é cada vez mais importante pessoas competentes e qualificadas para tais aplicações e futuros estudos.
O presente estudo objetivou mensurar o nível de força explosiva de membros inferiores de jovens goleiros através do teste de salto vertical dentro da macroestrutura de treino anual.
Metodologia
Caracterização da amostra
A amostra foi constituída por 4 goleiros (jogadores) de sexo masculino com idade cronológica entre 15 e 17 anos, goleiros (jogadores) pertencentes à equipe de futebol amador de um time de Campinas-SP.
Quanto ao desenvolvimento das atividades ministradas aos jogadores enfatiza-se: freqüência semanal de 5 a 7 sessões de treino, onde os goleiros (jogadores) selecionados se encontravam dentro de um quadro competitivo quando de testagem.
Foram estudados (4) goleiros, com média de idade de 16 anos, estatura de 188,5m e 82,5kg.
Com relação á dimensão corporal, a estatura foi medida utilizando-se um estadiômetro de madeira graduado de 0 a 200 cm, para mensurar a massa corporal foi utilizado uma balança digital da marca Filizola variando de 0 a 150 kg.
Medida de força explosiva
Para determinação de força explosiva de membros inferiores, os jogadores foram ou serão submetidos ã realização de duas técnicas diferentes de saltos verticais: a) Salto vertical máximo sem auxilio dos braços Squat Jump (SJ), onde o jogador executa o salto partindo da posição com uma flexão do joelho de 110graus sem contra movimento o que antecede com as mãos fixadas no quadril na altura da crista ilíaca, mantendo o tronco na vertical (TOLEDO et al 2006); b). Salto vertical máximo com contra movimento (Counter Movement Jump) (CMJ), salto esse executado como uma flexão-extensão rápida das pernas com um tempo mínimo de parada entre as fases com as mãos fixadas no quadril e tronco ereto na vertical. (TOLEDO et al 2006).
Todos os goleiros foram familiarizados com os procedimentos técnicos para ambos os saltos, SJ, CMJ, onde para a realização dos mesmos foi utilizado o tapete de contato Jump Teste 1.1.
Cada jogador realizou três repetições para cada técnica de salto vertical máximo, com intervalos entre cada salto superior a 3 minutos, para via de estudo foi considerado o melhor salto vertical máximo realizado na técnica SJ e melhor salto vertical máximo realizado do CM.
Já o programa de treinamento foi estabelecido em 12 semanas iniciando em 12 de abril de 2010, sendo nas 3 primeiras semanas cargas ondulatórias onde 1 treino semanal de hi5pertrofia mais trabalhos proprioceptivos e 1 treino semanal de força máxima mais exercícios de força explosiva (saltos e acelerações em campo) 6 semanas manutenção da força geral onde, 1 treino semanal hipertrofia, 1 treino de força explosiva no campo (saltos/aceleração) e 1 treino de força explosiva complexo de treino (gestos específicos de goleiros com saltos/aceleração) ministrado atividades na:
Musculação
Mesa extensora, mesa flexora, abdutor, adutor, leg press 45º, panturrilha e agachamento 4x10 de 60 a 80% e 5x de 4 a 8 de 80 a 90% da cm – Rml anaeróbio (hipertrofia)
Peck deck, pulley, adução de ombro e pull over 3x10 de 60 a 75% e 4x8 a 80% -Rml anaeróbio (hipertrofia)
Campo
Força explosiva (saltos/aceleração) 40 a 70 saltos reativos, aceleração de 5 a 10m, barreiras de 15 a 35 cm, com ou sem mudança de direção, com ou sem gesto específico de goleiro (bolas), 12 segundos de estímulos 2 minutos de pausa entre os estímulos e 5 minutos de pausa entre as séries, de 15 a 25 estímulos, 4 a 5 barreiras para saltos por estimulo
Força explosiva complexo de treino- pré-ativação- 4 saltos com sobrecarga, transferência 40 a 60 saltos reativos, aceleração de 5 a 10 m com mudança de direção 2 minutos de pausa entre os estímulos e 5 minutos entre as séries, 15 a 25 estímulos, 4 a 5 barreiras para saltos por estímulos
Força explosiva especial, complexo de treino - salto mais gesto especifico cama, queda rasteira, queda meio-altura, queda quicando e queda alta ou salto mais cruzamento de 20 a 30 saltos e estímulos 1’30 de pausa entre os estímulos e 5 minutos de pausa entre séries
Treino especifico para goleiros, técnico ou tático com o time de manhã ou a tarde, trabalhados na via metabólica glicolítica aláctica 12 segundos de estímulos no máximo e 1’30 ou mais de pausa entre os estímulos, entre outras sessões de treinamento específico para goleiros em campo, cruzamentos variados, posicionamento, bola parada e recreativo; Treinamento Psicológico com psicóloga e nutricionista do clube; Jogos do Campeonato Paulista sub17
Durante toda a aplicação do treinamento que durou 13 semanas onde uma semana foi controle, foram aplicadas 3 avaliações, sendo a 1ª avaliação no dia 08/04; a 2ª avaliação foi no dia 25/05 e a 3ª e última avaliação foi realizada no dia 05/07 de 2010.
Procedimentos estatísticos
Foi utilizada a estatística descritiva para todas as variáveis, onde foram calculadas as medidas, desvio padrão, valores máximos e mínimos, para as diferentes coleções de dados. Para análise de relação entre força explosiva dos membros inferiores dos goleiros, foi usado tabulação e cálculos através do Programa Excel 2007.
Resultados
Após estabelecimento, aplicação de trabalhos específicos e coleta de dados nas 03 avaliações, os resultados foram tabulados e para maior compreensão dos resultados, estes estão expostos nas tabelas abaixo.
Tabela 1. 1ª Avaliação dos jogadores (goleiros) Squat Jump (SJ), Counter Movement Jump) (CMJ)
Tabela 2. 2ª Avaliação dos jogadores (goleiros) Squat Jump (SJ), Counter Movement Jump) (CMJ)
Tabela 3. 3ª Avaliação dos jogadores (goleiros) Squat Jump (SJ), Counter Movement Jump) (CMJ)
Discussão
Mesmo o goleiro 1 tendo pequena queda no valor de (SJ) da 3ª tabela e apresentando os valores medianos e baixos, pode-se afirmar que foi o goleiro que mais ganhou força e velocidade (componente elástico), o que pode estar diretamente ligado a uma metodologia de trabalho aplicado em outro clube;
As quedas dos valores de (SJ) e (CMJ) do goleiro 2 da 1ª para 2ª tabela e a melhora dos mesmos para a 3ª podem ser justificadas por complicações extra campo (questões familiares) que resultaram em longas faltas ao treinamento;
Os valores da variável (CMJ) do goleiro 3 é significativamente mais elevada proveniente de sua genética, decorrente de uma predominância de fibras musculares de contração rápida do tipo IIb, ainda observando o mesmo nota-se uma adequação da força e seu componente elástico (SJ) e (CMJ) força e velocidade;
A melhora nos valores da 1ª para 3ª tabela pode ser justificada pela transição da categoria sub-15 para sub-17 onde questões, fisiológicas, metodológicas e maturacionais são englobadas;
Nota-se ainda nas tabelas de 01 a 03 que as médias dos goleiros aumentaram significativa mente nas 2 variáveis (SJ) e (SML), nos levando a crer que a metodologia de treinamento adotada foi positiva para os 4 goleiros.
Considerações finais
Com base nos resultados obtidos neste estudo, pode-se considerar que:
Quando o goleiro é submetido ao treinamento especifico e físico adequado, ou seja, em seu perfil metabólico correto (potência anaeróbia alática) juntamente com trabalho muscular adequado os resultados podem ser significantes e positivos;
Devido a treinabilidade e pela posição exercida pelo goleiro conclui-se também quanto é importante levar em consideração a especificidade da posição e suas ações no durante o jogo;
Fatores genéticos, fisiológicos, metodológicos e maturacionais (faixa de transição) devem ser respeitados para melhores resultados e para maior preservação de seus atletas;
Portanto a metodologia de treinamento aplicada pode ser considerada adequada, pois houve uma melhora nas variáveis;
Novos estudos devem ser feitos para o aperfeiçoamento dos treinamentos voltados ao goleiro pois é uma posição exclusiva e única.
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