Introdução
Estudos indicam um grande aumento na prevalência das doenças hipocinéticas em
crianças e adolescentes (CDC 2010). A falta de atividade física regular e
hábitos alimentares inadequados são fatores que contribuem para isso (WHO,
2000). As informações disponíveis na literatura demonstram grande
associação entre os níveis habituais de prática da atividade física e os
índices de adiposidade e desempenho motor (GUEDES, 1995).
A prevalência cada vez maior de adolescentes e jovens obesos, e com
dificuldades da falta de movimento, com possibilidades de desenvolverem doenças
cardiovasculares, que eram problemas da população adulta, leva-nos a perceber
a importância da Educação Física Escolar nesse contexto.com os conhecimentos
da Concepção voltada a Aptidão Física e Saúde.
Neste sentido, uma das principais preocupações da comunidade científica, na
área da educação física e da saúde pública, vem sendo a busca de
alternativas que possam auxiliar na tentativa de reverter à elevada
prevalência de distúrbios orgânicos associados à falta de atividade (GUEDES,
1995).
Diante disso o objetivo desse estudo foi avaliar a aplicação de uma
metodologia de trabalho por meio de aulas de educação física que contribuam
para Educação e Saúde de um grupo de meninas da sétima série do Colégio de
Aplicação da UFSC.
Metodologia
Característica
da pesquisa
População
e amostra
Variável
de estudo
-
A
metodologia de trabalho, as aulas de Educação Física (Concepção de
Aptidão Física e saúde), ou seja, o processo ensino aprendizado (a
apropriação do conhecimento por parte das alunas).
Instrumentos
de medida
Procedimentos
-
Foram
selecionados conteúdos teórico-práticos relacionados à Aptidão Física
e Saúde, totalizando 16 aulas, de uma hora, duas vezes por semana. As aulas
foram divididas em duas partes, a primeira passando a fundamentação
teórica, e na segunda a parte prática com aplicação de atividades que
dão suporte aos conceitos estudos.
-
Nos
10 min iniciais de cada aula, era escolhido um conceito para ser trabalhado
com as alunas, por exemplo: saúde; estilo de vida; qualidade de vida,
atividade física na promoção da saúde, e assim por diante. Além disso,
durante as aulas foram executados exercícios de alongamento; força;
atividades aeróbicas de uma forma lúdica. O processo foi trabalhar os
conceitos teóricos, e assim como aplicá-los na prática foi norteado pelas
seguintes perguntas, propostas no trabalho de Mattos (2000): Por que
melhorar a minha aptidão física? O que fazer para melhorar? Como fazer ou
como saber se aquilo que estou fazendo está correto?
-
Para
elaboração dos planos de aula a referência foi Libâneo (1994), e para
realizar o relatório de aula e avaliação do processo de
ensino-aprendizagem adaptamos um instrumento de Bradfield e Moredock (1963),
onde montamos uma escala para analisar esforço, atenção, motivação,
coordenação cooperação, habilidade. Além disso, foi realizada uma prova
teoria abordando os conceitos trabalhados durante as aulas, assim como uma
prova prática para observar se alunas tinham se apropriado do conhecimento.
Resultados
Pelo observado durante as aulas, e através dos registros na ficha adaptada de
Bradfield e Moredock (1963), assim como na prova teoria e também na prova
prática, verificou-se um aproveitamento de 80%, na questão da apropriação do
grupo sobre os conceitos de Aptidão Física e Saúde, como também sobre a
importância de hábitos de vida saudáveis. O grupo estudado mostrou interesse
pela metodologia utizada. A aplicacão de um método de trabalho como este
aponta para um resultado positivo no que diz respeito à Aptidão Física e
Saúde dos educandos.
Discussão
Diante dos resultados encontrados neste estudo, é possível que professores de
Educação física possam estruturar as suas aulas com objetivo de informar e
dar subsídios, para que os educandos adquiram hábitos saudáveis. Os programas
de intervenção ainda tem pouco consenso, e a prevenção ainda é a melhor
saída (MELLO, 2004).
A política da escola pode promover dietas saudáveis e atividade física
(ESCRIVÃO, 2000; SAHOTA, 2001). No currículo das escolas deve conter o estudo
de nutrição e hábitos de vida saudável, pois é neste ambiente que pode
começar o interesse, o entendimento da importância na mudança dos hábitos
(MELLO, 2004).
Conclusão
É importante estruturar as aulas de Educação. Física de maneira a contribuir
e informar aos educandos sobre a aquisição de hábitos de vida saudáveis
durante toda a vida. Portanto, uma melhor elaboração da metodologia de
trabalho, com planos de ensino e de aula estruturados e bem desenvolvidos, o e
um bom sistema de avaliação pode contribuir para a educação dos educandos,
neste caso a: Educação e Saúde, colaborando assim para diminuir a
prevalência das doenças hipocinéticas.
Referencias
-
BRADFIELD,
James M; MOREDOCK, H. Stewart. Medidas e testes em educação:
introdução a sua teoria e prática para os níveis da escola primária e
secundária. Tradução: Eva Nick. Rio de Janeiro; São Paulo: Fundo de
Cultura, 1963.
-
CDC
- National Center for Chronic Disease Prevention and Health, 2010.
http://www.cdc.gov/HealthyYouth/obesity/ acesso em 03/03/2010
-
ESCRIVÃO
MAMS, OLIVEIRA FLC, TADDEI JAAC, LOPEZ FA. Obesidade exógena na infância.
J Pediatr (Rio J). 2000;76 (Supl. 3):S305-10.
-
GUEDES,
D.P. e GUEDES, J.E.R.P. Exercício físico na promoção da saúde.
Londrina: Midiograf, 1995.
-
LIBÂNEO,
J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994
-
MATTOS,
M; NEIRA,M. Educação física na Adolescência: construindo o
conhecimento na escola. São Paulo. Phorte, 2007.
-
MELLO
ED, LUFT VC, MEYER, F. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? J
Pediatr 2004; 80(3):173-182
-
SAHOTA
P, RUDOLF MCJ, DIXEY R, HILL AJ. Evaluation of implementation and effect
of primary school based intervention to reduce risk factors for obesity.
BMJ. 2001; 323:1-4.
-
WHO.
Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO
Consultation. Technical Report Series No. 894. Geneva: World Health
Organization, 2000. Acesso em 05/03/2010
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/index.html
Outros artigos em
Portugués
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EFDeportes.com, Revista
Digital · Año 16 · N° 161 | Buenos Aires,
Octubre de 2011
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