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Proteção e qualidade de vida para trabalhadores frentistas 

de postos de combustíveis no município de Santarém, PA

La protección y la calidad de vida de los trabajadores expendedores de combustible en el municipio de Santarém, PA

 

*Pós-graduação em Enfermagem do trabalho

**Graduação em Serviço Social

*** Mestra/e em Ciência da Motricidade Humana (UCB-RJ)

Instituto Federal de Educação, Altamira/Itaituba, PA

(Brasil)

Carlos Henrique Portela*

Kelma de Mendonça Moraes*

Washington Luiz**

Eliana Mendonça***

Marco Mendonça***

marco.souza@ig.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo abordou o trabalhador frentista em relação ao seu local de trabalho, visando avaliar a qualidade de vida deste profissional, o uso dos equipamentos de proteção individual e o conhecimento da importância destes em suas atividades laborais. A pesquisa foi feita através de um estudo bibliográfico e de campo, realizado no período de abril a maio de 2010 no município de Santarém-PA, foi selecionado de forma aleatória a amostra e os postos de combustível situados em vários pontos da cidade. A amostra foi de n = 32 sujeitos que compuseram a pesquisa, a participação dos mesmos neste estudo se deu de forma voluntária respondendo um questionário fechado com questões de múltipla escolha e com perguntas previamente elaboradas para obter respostas que definem os objetivos do trabalho. Concluímos que os quesitos segurança e qualidade de vida deste trabalhador precisam receber melhor atenção e treinamentos devido ser obrigatório o uso de equipamento de proteção individual, afim que se estabeleça o ambiente ideal para suas atividades e uma melhor qualidade de vida por parte do trabalhador frentista.

          Unitermos: Posto de combustível. Qualidade de vida.

 

Abstract

          The present study addressed the conditions of the attendants at their workplace, to evaluate the quality of life of these professionals, the use of personal protective equipment (PPE) and the knowledge of the importance in their labor activities. The survey was conducted through a literature review and fieldwork, performed between April and May, 2010, in the city of Santarém-PA. The sample and the gas stations were selected randomly and in different regions, where the first consists of 32 individuals who participated voluntarily. The subjects answered a closed questionnaire with multiple choice questions, previously developed to obtain the data necessary for the objectives of the work. From the results, it’s possible to conclude that the safety and quality of life of this class of worker need better care and training, because of the mandatory use of PPE, in order to establish an ideal environment for their activities and a better quality of life of the attendant worker.

          Keywords: Gas stations. Quality of work life.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 160, Septiembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A saúde do trabalhador é um campo específico da área de saúde pública, que procura atuar através de procedimentos próprios, com finalidade de promover e proteger a saúde das pessoas envolvidas com o trabalho, (HAAG E LOPES 2001).

    Estudos relacionados à Saúde e Segurança do Trabalhador vêm sendo desenvolvidos há muitos anos com o objetivo de proporcionar Qualidade de Vida para estes trabalhadores. Inúmeros benefícios que melhoram a qualidade de vida dos trabalhadores estão e estarão sempre sendo descobertos. Porém, são necessários investimentos financeiros, o que torna esta prática pouco utilizada.

    Trabalhadores veem desenvolvendo atividades insalubres pondo em risco sua saúde e às vezes de terceiros, com o propósito de “melhorar” a renda familiar e conseqüentemente ter mais qualidade de vida. Neste seguimento, identificamos o trabalhador frentista como o profissional que está constantemente exposto a agentes de risco ocupacional, como ruído, calor, produtos químicos, combustíveis, postura inadequada, repetitividade de movimentos e manuseios de equipamentos. Merecendo assim, atenção especial quanto a sua condição geral de vida.

    Segundo Oliveira (2009), para se ter QVT é preciso primeiro entender a personalidade humana. O autor afirma que personalidade humana representa e caracteriza a maneira de ser de cada individuo. E a compreensão do comportamento humano nos permite analisar, avaliar e controlar as próprias relações e as do grupo de trabalho, com o objetivo de fortalecer as relações. É importante ressaltar que cada indivíduo é diferente um do outro e buscam alcançar objetivos pessoais também diferentes, e é através do trabalho que ambicionam alcançá-los.

    Sousa & Medeiros (2007) referencia que, entre a década de 60 e 70 as políticas voltadas a QVT foram deixado de lado devido inúmeras crises de cercavam a economia da época. Logo depois, com o advento da recessão, entraram em declínio, em virtude dos custos das crises da época os dirigentes empresariais a instituírem políticas destinadas à sobrevivência das empresas, colocando os interesses dos trabalhadores em plano secundário (RODRIGUES, 1994). Só a partir da década de 80 os estudos relacionados ao tema ressurgiram devido o sucesso do modelo de gestão dos japoneses que mudaram significativamente seu cenário econômico com a implementação de técnicas voltadas a valorização do individuo e do trabalho em equipe.

    No Brasil, os primeiros estudos relacionados com o tema surgiram em 1987 por Quirino & Xavier, que apontavam duas formas de mensurar a QVT, primeiro uma abordagem objetiva que mediria as condições materiais e outra subjetiva que mediria o nível de satisfação do trabalhador, estas poderiam ser satisfatória ou não, conforme Sousa e Medeiros (2007). E, apesar do interesse pelo tema ser relativamente recente, vários trabalhos vem sendo desenvolvidos por instituições de pesquisa e empresas, para, além de buscar outros objetivos, elaborar um modelo adaptado a realidade brasileira.

    Tendo em vista que um ambiente de trabalho seguro oferece ao trabalhador atividades laborais saudáveis, ou seja, a satisfação deste, pela certeza de que possíveis acidentes tornem-se menos suscetíveis através da aquisição de equipamentos de proteção individual, oferecido pelo empregador, como também a explanação da sua importância e uso.

Casuística

Procedimentos metodológicos

    A pesquisa teve caráter quantitativo e qualitativo com uma ou mais qualidades comuns que podem ser mensuradas ou enumeradas. A variável qualitativa nos exprime uma qualidade, permitindo assim, a distinção entre a população. Já a variável quantitativa expressa diretamente de maneira numérica valores, quantidades. A escolha do tipo da pesquisa se deu devido o objetivo de qualificar e quantificar os dados coletados, de modo que essas variações nos permitem distinguir os indivíduos dentro do mesmo universo.

    A amostra do tipo não probabilística foi efetuada de forma aleatória e sim a critério dos pesquisadores, vale ressaltar também, que dependeu muito da vontade dos proprietários dos postos de combustível em autorizar ou não a aplicação do questionário.

    O estudo se deu de forma bibliográfica e pesquisa de campo, primeiro com o levantamento dos postos de combustível e conseqüentemente um levantamento do número de trabalhador frentista alocados nestes postos. Foi extraída uma amostra satisfatória de postos de combustível e trabalhadores frentistas para aplicação do questionário. A coleta de dados se deu através da aplicação do questionário com questões de múltipla escolha, baseado em modelos de estudos já realizados. Com resultado do questionário em mãos foi feita a estatística e a analise da importância do uso dos EPI para proteção e melhoria da qualidade de vida do trabalhador frentista.

    O universo pesquisado foi de 42 trabalhadores frentistas, em 6 postos de combustível, sendo que compuseram a amostra 32 frentistas que trabalhavam no turno do dia, período em que foram coletados os dados. A amostra corresponde a 76% do universo pesquisado, que segundo Snedecor & Chochran (1977) é representativa estatisticamente.

    A apresentação dos resultados da pesquisa foi dividida em dois momentos: perfil social dos trabalhadores frentistas e o resultado das questões investigadas. Uma análise estatística dos dados adquiridos, mostrando o perfil do trabalhador frentista, o nível de satisfação, o uso ou não dos EPI e nível de conhecimento da importância do uso, está exposto no decorrer do trabalho.

Resultados e discussão

    Os resultados foram apresentados em duas etapas, sendo o primeiro o perfil social dos trabalhadores frentistas e seguindo o resultado das questões objetivas:

Perfil social do trabalhador frentista

    Segundo os dados obtidos através do questionário, pode se observar a predominância do sexo masculino exercendo a profissão em 60% e mulheres 40%, 53% se encontra na faixa etária de 20 a 29 anos e 47% de 30 a 39 anos, são solteiros 53%, casados ou estáveis 44% e separados 3%. Tem nível médio completo de escolaridade 88%, médio incompleto 4%, fundamental completo 4%, fundamental incompleto 4% e superior incompleto 4%. Quanto ao tempo de trabalho 19% tem menos de 6 meses, 22% tem 6 meses ao 1 ano, 28% de 1 a 3 anos, 6% de 3 a 5 anos, 19% mais de 5 anos e 6% tem mais de 10 anos de trabalho. Em relação à cor da pele, brancos são 22%, pardos 50% e negros 28%.

Resultados das questões objetivas

    Do total de 42 trabalhadores frentistas, 32 expuseram suas opiniões quando solicitados a responderem o questionário aplicado. No geral a avaliação positiva se destaca dentre outros, no item Segurança no Trabalho, no que se refere ao conhecimento dos mesmos sobre o que é Equipamento de Proteção Individual, sendo possível visualizar no gráfico abaixo.

Gráfico 01. Relação de percentual de frentistas que sabem o que é equipamento de proteção individual

Fonte: Moraes & Portela, 2010

    Pôde-se observar, através dos questionários, que os trabalhadores frentistas sabem o que é EPI e usam, sendo os mais utilizados a bota e o uniforme, outros equipamentos como óculos, máscara, e luva só os utilizam em situações específicas, tais como, descarregamento para o tanque interno de combustível. No questionamento quanto aos que acreditam que seu trabalho é perigoso e aqueles que acham que podem ficar doente por causa do trabalho, nota-se que 84% sabem do perigo, mas somente 72% acham que podem adoecer.

    Quando perguntados, sobre que tipo de cuidados tomam para não acidentar-se ou adoecer no trabalho, 41% dizem tomar leite como forma de evitar adoecimento por inalação do combustível, é importante ressaltar a não existência de estudos científicos que comprovem a eficácia do leite para amenizar sintomas causados por inalação de combustíveis, 38% usam EPI, como meio de proteção de acidentes e doenças, 11% utilizam de outros métodos como, por exemplo, o uso da vitamina C e luvex, um creme protetor utilizado para a proteção contra produtos químicos, tais como, óleo diesel, querosene e gasolina, no entanto segundo o registro do ministério da saúde sob Nº 2.1679.0049.001-0 o processo Nº 25351.004013/01-17 diz que o creme protetor de mãos não mostrou ter ação reagente ou catalisadora em frente aos produtos químicos ensaiados. E ainda 9% dizem não utilizar de nenhum método de prevenção. Apesar dos riscos que os trabalhadores estão expostos diariamente, 91% informam nunca ter sofrido qualquer tipo de acidente, seja ele no trabalho ou no trajeto.

    A manipulação de produtos químicos é a principal atividade do trabalhador frentista nos postos de combustível em qualquer lugar no Brasil. A gasolina, por exemplo, leva este trabalhador a dois importantes e grandes riscos, que são eles; físicos e químicos – por se tratar de produto inflamável e nocivo, podendo causar efeito narcótico em decorrência a inalação deste produto. Baseados na Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico – FISPQ (Pb0035, versão 0,1P) foi acrescido no questionário aplicado, alguns dos possíveis sintomas que podem ser apresentados mediante a inalação da gasolina.

Gráfico 02. Síntese de avaliação de sintomas identificados nos trabalhadores frentistas

Fonte: Moraes & Portela, 2010

    A exposição a acidentes e riscos a saúde é aparente e, nos é retratada no gráfico acima. Neste tocante, é factível deduzir que quanto menor tempo de profissão, maior o número de trabalhador frentista queixando-se de algum desconforto. Tal fenômeno pode estar ligado tanto à ausência de informações a respeito dos riscos a saúde, quanto ao fato deste trabalhador está “habituado” com a exposição.

    Oliveira (2009) “afirma que os riscos profissionais, são [...], portanto, as condições inseguras do trabalho, capazes de afetar a saúde, a segurança e o bem-estar do trabalhador”.

    Eliminar fontes de ignição, impedir centelhas, fagulhas, chamas, não fumar e manipular equipamentos respeitando as regra de segurança (FISPQ - Pb0035, versão 0,1P), são alguns dos inúmeros cuidados que devem ser tomado pelo trabalhador frentista no seu ambiente de trabalho. Tal quesito pode ser resposta aos 100% de não-fumantes, ou também é possível a existência de uma política de seleção de não-fumantes para atuarem neste meio.

Gráfico 03. Síntese de avaliação das questões relacionadas à bebida como forma de lazer

Fonte: Moraes & Portela, 2010.

    Outro item avaliado foi quanto ao consumo da bebida alcoólica, dentre as respostas 69% afirmam ter o hábito, 39% bebem semanalmente, porém 100% asseguram não beber no local de trabalho, avaliação também positiva nesse quesito, em virtude do conhecimento dos riscos na relação bebida e ambiente de trabalho.

Gráfico 04. Síntese da avaliação da realização de exames periódicos dos trabalhadores frentistas

Fonte: Moraes & Portela, 2010.

    Conforme Pires & Rio (1999),

    [...] não é fácil definir o que seja uma boa postura. Em termos de coluna vertebral pode-se considerar uma boa postura quando, [...] a postura não exige esforço, não é cansativa e é indolor para o individuo, que pode nela permanecer por mais tempo.

    A realização dos exames periódicos se dá de acordo com avaliação prévia feita pelo médico do trabalho e ao grau de risco que este trabalhador está exposto. É positiva a avaliação nos itens realização de exames ocupacionais 78% e hospitalização devido o trabalho 0%.

Gráfico 05. Síntese da avaliação ergonômica

Fonte: Moraes & Portela, 2010

    “A segurança do trabalho costuma ser definida como a ciência e arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos riscos profissionais. Estes, em última análise, são os fatores ambientais ou inerentes às próprias atividades, os quais podem, eventualmente ocasionar alterações na saúde, conforto ou eficiência do trabalhador”. OLIVEIRA (2009)

    A ergonomia estuda a relação entre o homem e meio, neste caso, o local de trabalho, e tem como objetivo adaptar o trabalho ao homem e não o homem ao trabalho. A norma regulamentadora 17 trata dessas adequações. O trabalhador frentista desenvolve sua atividade laboral na posição em pé (postura principal), que o deixa provavelmente no fim da jornada diária com desgaste físico de membros inferiores (pernas). Segundo Pires & Rio (1999) existem recursos da ambientação, que propiciam a humanização no local de trabalho, tais como a utilização de posturas secundárias que, mesmo menos adequadas possibilitam o descanso dos seguimentos musculoesqueléticos mais envolvidos na sustentação da postura principal. Quanto à postura 87,5% dos entrevistados informam trabalhar em pé durante sua jornada diária.

    “Um bom posto de trabalho contribui para evitar fadiga e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho” Pires & Rio (1999).

Conclusão

    É sabido dizer que discussões sobre segurança e qualidade de vida no trabalho já vem de muito tempo e ainda precisa ser bem trabalhado. No que se refere aos trabalhadores de postos de combustível é importante citar que no Brasil alguns Estados já tornaram lei o uso obrigatório do Equipamento de Proteção Individual – EPI, com a finalidade de proteger a saúde dos trabalhadores, minimizarem as possibilidades de acidentes de trabalho e instigar as ações preventivas durante o exercício do trabalho (Projeto de Lei nº 1100/2003 RJ).

    De modo exploratório - descritivo, o estudo traçou um diagnóstico da relação do uso de EPI e Qualidade de Vida do trabalhador frentista na cidade de Santarém, porém devido à resistência de alguns proprietários de postos de combustível não foi possível a aplicação do questionário numa amostragem maior. Para o estudo contamos com 6 postos de combustível e 32 trabalhadores frentistas, quanto a coleta de dados o questionário aplicado contava com 27 questões objetivas que traçou a relação do uso dos EPI e QVT.

    Os resultados nos consentem afirmar que no item Segurança no Trabalho os indicadores nos mostram que os trabalhadores frentistas sabem o que é EPI e usam mesmo que de forma não totalmente correta. É importante registrar que em Santarém não há obrigatoriedade no uso dos EPI e, medidas de prevenção e acompanhamento da saúde dos trabalhadores frentistas deveria ser rotina neste meio, devido se tratar de uma atividade insalubre e perigosa. Nesse ponto, quando perguntados sobre se acham seu trabalho perigoso e se acreditam poder adoecer devido o trabalho desenvolvido, foram unânimes em responder que sim (84% e 72%), portando de forma empírica, essa classe trabalhadora reconhece o risco que correm em seu local de trabalho.

    A atividade desenvolvida pelo trabalhador frentista demanda espaçosos períodos de exposição, justificando assim a necessidade de implantação de medidas de prevenção mais eficaz, tendo em vista que nos deparamos com profissionais trabalhando de chinelo. É factível também lembrar que no quesito Satisfação com o Trabalho quanto maior grau de instrução menor a satisfação do trabalhador. Percebemos que este fato esta ligado ao conhecimento dos riscos que estão expostos ou a pouca possibilidade de crescimento na empresa, já que encontramos frentistas com mais de 10 anos de profissão.

    Nos itens referentes à Saúde do Trabalhador verificou-se que os entrevistados apresentam diferentes formas de posicionarem-se diante da questão, desconfortos apresentados após jornada diária de trabalho, contudo, foi identificado que os trabalhadores com menor tempo de profissão sentem com maior freqüência cefaléia (dor de cabeça) 21%, irritação nos olhos 15% e coceira 11% sintomas que podem está relacionados com a exposição destes trabalhadores a produtos químicos, tais como, a gasolina, por exemplo. Uma tão citada medida de prevenção segundo os trabalhadores frentistas foi à utilização do leite como meio de desintoxicação, nos compete interrogar, qual o efeito do leite na intoxicação por inalação de combustível? Já que não encontramos estudos científicos que comprovem esta eficácia.

    Além disso, é possível destacar ainda nos itens referentes à Saúde do Trabalhador os 100% de não fumantes, tal fato pode está relacionado ao risco de fumar no local de trabalho e uma provável seleção de não fumantes para ocupação dos cargos de frentista. Quanto à bebida alcoólica a avaliação não é totalmente positiva já que 69% dos pesquisados afirmam ter hábito como forma de lazer e, bebem em média uma vez por semana. Paralelamente, são positivas as respostas no quesito relacionado à realização de exames ocupacionais e a hospitalização devido o trabalho. Pois 78% afirmam terem realizado pelo menos uma vez exames ocupacionais, ainda que a maioria tenha feito só ao ser admitido 64%. E, 100% dos trabalhadores nunca precisaram ser hospitalizados em decorrência do trabalho.

    Este estudo remete a reflexão em que estes profissionais desenvolvem suas atividades laborais, já que é notória a exposição do trabalhador frentista a três importantes riscos. O risco químico, por está diretamente lhe dando com substâncias químicas (gasolina, álcool etc.). O risco de acidente, com a probabilidade de incêndio devido trabalhar com material explosivo, o risco de atropelamento, com menor probabilidade, devido trabalhar na pista. No entanto está ao alcance da administração destes postos de combustível e suas bandeiras, a implantação ou a continuidade de políticas de prevenção a acidentes e qualidade de vida no trabalho para estes profissionais que estão na ponta e fazem o elo entre a empresa e seus usuários. É cabível a comparação deste estudo com outros realizados em outras cidades brasileiras para que possa ser feita a relação entre os resultados, pois é possível que os dados aqui apresentados sejam realidade especifica da cidade de Santarém.

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