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Os estudos olímpicos no Brasil: um mapeamento a partir 

dos periódicos científicos da Educação Física brasileira

Los estudios olímpicos en Brasil: un punto de vista a partir de los periódicos científicos de la Educación Física brasileña

 

*Graduando em Educação Física pela Universidade de Brasília

Bolsista de Iniciação Científica do CNPq.

**Professor Doutor da Faculdade de Educação Física da UnB

Líder do Grupo de Pesquisa e Formação Sócio crítica

em Educação Física, Esporte e Lazer – AVANTE

Natália Nascimento Miranda*

2nmiranda@gmail.com

Fernando Mascarenhas**

fernando.masca@uol.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente texto pretende investigar como os estudos olímpicos figuram nos principais periódicos da Educação Física brasileira, a partir do mapeamento de temas privilegiados, grupos e autores de referência, além da cronologia e tipos de pesquisa freqüentes encontrados nos mesmos. O período de produção envolveu os anos de 2002 a 2010 e buscou-se identificar aqueles em que foram produzidas a maior quantidade de artigos e quais foram as temáticas de destaque. O exame dos periódicos foi feito a partir da análise documental através da abordagem quantitativa e qualitativa. Embora a produção em periódicos ainda seja pequena, esta é uma tendência indicadora de pesquisa no campo.

          Unitermos: Estudos olímpicos. Periódicos brasileiros.

 

Resumen

          Este trabajo se propone investigar cómo aparecen los estudios olímpicos en las principales revistas de Educación Física brasileña, partiendo de un señalar los temas relevantes, los autores y grupos de referencia, así como los plazos y tipos de investigación que con mayor frecuencia se encuentran en ellos. El período de producción comprendió los años 2002 a 2010 y trató de identificar a los que se produjeron el mayor número de artículos y cuáles fueron los temas destacados. Un examen de las revistas se realizó desde el análisis de documentos a través de enfoque cuantitativo y cualitativo. Aunque la producción en revistas es todavía limitado, se trata de un indicador de tendencia para la investigación en el campo.

          Palabras clave: Estudios Olímpicos. Revistas brasileñas.

 

Abstract

          This paper intends to investigate how the studies listed in the major journals Olympic Brazilian Physical Education from the mapping privileged topics, authors and reference groups, plus the timing and types of research frequently found in them. The production period involved the years 2002 to 2010 and sought to identify those that were produced the largest number of articles and what were the themes highlighted. An examination of the journals was made ​​from the document analysis through quantitative and qualitative approach. Although production in journals is still small, this is a trend indicator for research in the field.

          Keywords: Olympic studies. Brazilian journals.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 160, Septiembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Os Jogos Olímpicos são realizados de quatro em quatro anos e são muito aguardados pelo público em geral. Há uma preocupação em se entender este fenômeno e suas manifestações. Através dos estudos olímpicos - EO, que são o conjunto de estudos que tem como foco o Esporte Olímpico, o Movimento Olímpico, os Jogos Olímpicos e o Olimpismo (Tavares et al., 2005) é possível compreender melhor este grande evento. O esporte olímpico se configura como um fenômeno em processo de expansão é herdeiro do esporte moderno e teve seu surgimento motivado pela necessidade de organização e homogeneização das regras das modalidades e universalização de suas práticas durante os primeiros anos de 1900. Sua origem foi nutrida pelo desejo aristocrático de diferenciação social através do esporte e, além de divulgar valores morais positivos em sua essência através do espírito olímpico, foi uma forma de afirmação da prática esportiva como lazer amador de nobres, com tempo livre e condições sócio-econômicas para tal. Tem atualmente seu eixo principal guinado pela disputa no alto rendimento e a busca do lucro (Marques et al., 2009).

    O Movimento Olímpico por sua vez, é “a ação, concertada, organizada, universal e permanente, de todos os indivíduos e entidades que são inspirados pelos valores do Olimpismo, sob a autoridade suprema do COI. Estende-se aos cinco continentes e atinge o seu auge com a reunião de atletas de todo o mundo no grande festival desportivo que são os Jogos Olímpicos. O seu símbolo é constituído por cinco anéis entrelaçados” (Carta Olímpica, 2010). Quanto aos Jogos Olímpicos, estes são mais do que simplesmente um evento esportivo internacional destinado a reunir os atletas de elite de um conjunto determinado de modalidades esportivas a cada quatro anos em uma cidade diferente. Os Jogos, na verdade, possuem sentido histórico e político além de também ser um fenômeno cultural e econômico (Tavares, 2005).

    Após essa apropriação terminológica e contextualizando o Brasil no momento de preparação para os eventos esportivos que irá recepcionar, o interesse pelo objeto de estudo assume uma relevância importante. Por se tratar de um tema da atualidade e foco de pesquisa de diversas áreas acadêmicas os EO tem se desenvolvido e criado novas possibilidades de investigação para os interessados. Alguns grupos de estudo brasileiros que se propõem a investigar o tema são; Grupo Interinstitucional de Estudos Olímpicos – GIEO, Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos – GPEO, Grupo de Pesquisas em Estudos Olímpicos UGF, Grupo de Estudos Olímpicos - USP. Além dos grupos é possível listar alguns influentes autores e estudiosos do campo como DaCosta e Tavares (1999), Rubio (2009), Miragaya (2006), entre outros. As publicações sobre EO no Brasil são recentes e observa-se restrita literatura a respeito de pesquisas sobre o tema publicadas em periódicos científicos.

    Ao perceber que os periódicos brasileiros podem ser um meio facilitador da propagação de tais estudos, o texto tem por objetivos contribuir para a compreensão de como os EO tem se desenvolvido no Brasil, pesquisar sobre como os EO figuram nos principais periódicos da Educação Física brasileira, além de mapear temas privilegiados, grupos e autores de referência, cronologia e tipos de pesquisa freqüentes.

    A partir da premissa de que a difusão dos EO no Brasil tem ocorrido muito mais na forma de ensaios publicados em livros e capítulos de livros do que como artigos científicos publicados em periódicos surge a proposta do questionamento: qual o estado da arte dos EO presentes nos periódicos científicos da área de Educação Física no Brasil?

Delineamento do estudo

    Para realizar a constatação proposta foram estabelecidas duas etapas principais: a fase de revisão bibliográfica e análise documental. Primeiramente buscaram-se artigos que tratavam do tema Jogos Olímpicos nas seguintes periódicos brasileiros: Motrivivência, Movimento, Motriz, Pensar a Prática, Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Revista de Educação Física- UEM e Revista Brasileira de Educação Física- USP. Foram encontrados vinte e oito artigos, e depois de concluída a leitura e análise de todos, quatro foram descartados, uma vez que dois tratavam-se de editoriais, um divulgava o Museu de Estudos Olímpicos na Suíça e o outro apresentava uma proposta de Olimpíadas Lúdicas, ou seja, assunto que não se aplica ao objeto de estudo. Feita essa seleção, vinte e quatro artigos foram classificados em um formulário de análise, elaborado pelos próprios autores do texto. Em seguida tais artigos foram classificados quanto ao tipo de pesquisa e temática, sempre buscando relacionar a quantidade de artigos encontrados com o ano de publicação. Através dos autores e instituições também foi possível identificar grupos de estudos. No recorte temporal proposto como o artigo mais antigo datou de 2002, este foi utilizado como período inicial, e o ano de 2010 como referência final. Durante os anos de 2003 e 2004 não foram encontradas publicações, logo estes não foram citados.

Discussão e resultados

    A seguir são apresentados os dados da coleta referentes aos artigos e respectivos autores, volume, número, ano e periódico onde foram encontrados. No caso da Revista Motrivivência optou-se pela utilização do Ano da Revista, uma vez que não foi possível localizar o volume.

Periódico

Título do Artigo

Autor(es) / Instituição

Vol. / Nº. / Ano

Revista da Educação Física/ UEM

“Guerra dos Sexos” na cobertura jornalística dos Jogos Olímpicos: uma tensão inventada

Bruno Boschilia, Sidmar dos Santos Meurer / UFPR

V. 18, n. 1, 2007

Revista da Educação Física/ UEM

O Day After Olímpico e a Universidade

Go Tani, Cássio de Miranda Meira Júnior, Jorge Alberto de Oliveira, Umberto César Corrêa / USP

V. 20, n. 4, 2009

Motriz

O Contexto do Desenvolvimento de Nadadores Medalhistas Olímpicos Brasileiros

Renato Melo Ferreira / UFMG

V. 16, n.3, 2010

Movimento

Atleta, substantivo feminino: As mulheres brasileiras nos jogos olímpicos.

Sandra Bellas de Romariz, Fabiano Pries Devide, Sebastião Votre / PGCAF - Universo

V. 13, n. 1, 2007

Movimento

A excitação no discurso televisivo dos Jogos Pan-americanos do Brasil: um estudo da transmissão da Rede Globo de Televisão

 

Guilherme Ferreira Santos, Rafael Júnio Andrade Alves / UFES

 

v.16, n. 1, 2010

 

Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Esporte olímpico e paraolímpico: coincidências, divergências e especificidades numa perspectiva contemporânea.

Renato Francisco Rodrigues Marques, Edison Duarte, Gustavo Luis Gutierrez, José Júlio Gavião de Almeida, Tatiane Jacusiel Miranda / Unicamp

V. 23, n.4, 2009

Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Jogos olímpicos da era moderna: uma proposta de periodização

Kátia Rubio / USP

V. 24, n.1, 2010

Revista Brasileira de Ciências do Esporte

“Frozen Bananas”: Esporte, Mídia e Identidade Brasileira nos Jogos Olímpicos de Inverno.

Otávio Tavares, Antonio Jorge G. Soares, Tiago L. Bartholo / UFES, UGF, UFRJ

V. 29, n.1, 2007

Revista Brasileira de Ciências do Esporte

Ritos da Nação: Uma Videoetnografia da recepção coletiva da Copa do Mundo no Brasil

Dr. Édison Gastaldo / Unisinos

V. 31, n.1, 2009

Pensar a Prática

Olimpíadas Modernas: A história de uma tradição inventada


Mariza Antunes de Lima, Clóvis J. Martins, André Mendes Capraro / Universidade Positivo

V. 12, n.1, 2009

Pensar a Prática

Quem são os vencedores e os perdedores dos Jogos Olímpicos?

Otávio Tavares / UFES

V. 8, n. 1, 2005

Pensar a Prática

Ritual Olímpico e os mitos da modernidade: implicações midiáticas na dialética universal/local

Fernando Gonçalves Bittencourt, Cassia Hack, Antonio Galdino Costa, Sérgio Dorenski Ribeiro, Mariana Lisbôa, Mellyssa Mól, Cristiano Mezzaroba, Diego Mendes e Giovani Pires / UFSC

V. 8, n. 1, 2005

Motrivivência

Considerações sociais e simbólicas sobre sedes de megaeventos esportivos

Bárbara Schausteck de Almeida, Fernando Marinho Mezzadri, Wanderley Marchi Júnior / CEPELS

Ano XXI, n.32/33, 2009

Motrivivência

Conteúdos da Educação Física no período Pré-Olimpíada de 2016: avanço?

Rafael da Silva Mattos / UERJ

Ano XX, n. 31, 2008

Motrivivência

Copa do Mundo e Jogos Olímpicos: inversionalidade e transversalidades na cultura esportiva e na Educação Física escolar

Mauro Betti / UNESP

Ano XXI, n.32/33, 2009

Motrivivência

Desafios do jornalismo na Era dos Megaeventos Esportivos

Anderson Gurgel / PUC-SP

Ano XXI, n.32/33, 2009

Motrivivência

Megaeventos esportivos no Brasil: benefícios – contradições

Silvino Santin

Ano XXI, n.32/33, 2009

Motrivivência

O legado educativo dos megaeventos esportivos

Katia Rubio / EEFE-USP

Ano XXI, n.32/33, 2009

Motrivivência

O preço de um sonho: a realidade do esporte que não é mostrada pela mídia

Verônica Lima Nogueira da Silva / PUC-MG

Ano XVIII, n. 27, 2006

Motrivivência

Observações sobre os impactos econômicos esperados dos Jogos Olímpicos de 2016

Marcelo Weishaupt Proni / Unicamp

Ano XXI, n.32/33, 2009

Motrivivência

Olimpíada 2016: o desenvolvimento do subdesenvolvimento

Nilso Ouriques / UNOESC

Ano XXI, n.32/33, 2009

Motrivivência

Os megaeventos esportivos e seus impactos: o caso das Olimpíadas da China

Ricardo Ricci Uvinha / USP

Ano XXI, n.32/33, 2009

Motrivivência

Pedalar na Copa 2014 e nas Olimpíadas 2016 no Brasil?

Rodrigo Duarte Ferrari, Veronica Piovani / UFSC

Ano XXI, n.32/33, 2009

Motrivivência

Televisão, futebol e novos ícones planetarios: aliança consagrada nas Copas do Mundo.

Carmen Rial / UFSC

Ano XIII, n. 18, 2002

Nota: dados trabalhados pelos autores do trabalho

    A maior quantidade de artigos publicados refere-se à Revista Motrivivência, que tem como um de seus focos de estudo os megaeventos esportivos, razão que explica a ocorrência de tais dados. Observa-se que não há uma grande variação da quantidade de publicações entre as outras revistas. A respeito dos autores, há aqueles que estudam o tema há mais tempo e tem nos EO uma de suas especialidades de pesquisa como Otávio Tavares e Kátia Rubio. Outros, porém seguem linhas de pesquisa diferentes, mas conseguem abranger e relacionar questões olímpicas aos seus estudos. A presença e contribuição da diversidade de autores é importante no processo de desenvolvimento dos EO. A disparidade de produção apresenta diferença numérica entre autores e autoras, sendo a taxa de homens relativamente alta quando comparada a das mulheres. Seguindo a análise é perceptível a concentração da produção nas Instituições localizadas nas regiões Sul-Sudeste do Brasil, o que faz gerar uma nova possibilidade de investigação para explicar os motivos de tal centralização. Já o período de produção apresenta uma considerável variação entre as revistas, porém a incidência do ano de 2009 é a mais comum entre elas. Tal ocorrência pode ser explicada por 2009 ser o ano em que foi publicado o número temático sobre megaeventos esportivos da Revista Motrivivência, número 32/33. Nada constava na instituição de Silvino Santin, por isso a mesma não foi informada.

    Foram feitas cinco classificações para o tipo de pesquisa: ensaio, análise documental – AD, análise documental com pesquisa de campo- ADPC, revisão bibliográfica com pesquisa de campo – RBPC, e revisão bibliográfica – RB.

Tipo de Pesquisa

2002

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Total

Ensaio

-

-

-

-

-

1

-

1

AD

-

1

1

3

-

2

-

7

ADPC

-

-

-

-

-

1

1

2

RBPC

-

-

-

-

-

-

1

1

RB

1

1

-

-

1

9

1

13

Total

1

2

1

3

1

13

3

24

Nota: dados trabalhados pelos autores do trabalho

    O tipo de pesquisa predominante referiu-se a RB, com mais da metade dos artigos pertencentes a esse grupo. Nota-se que não houve grande interesse pela utilização da pesquisa de campo, pois esta não apresentou ocorrência significativa. É possível observar o mesmo em relação aos ensaios que tiveram apenas uma publicação. Quanto a AD, esta não apresentou nenhum tipo de publicação nos anos de 2002, 2008 e 2010. Nos períodos de produção de 2002 a 2008 a quantidade foi relativamente baixa, sendo o ano de 2009 o ápice da produção. O esperado era que após essa data e com a aproximação dos Jogos a tendência de aumento de publicações continuasse a crescer, porém os dados apresentaram resultado diferente, a produção tornou a diminuir em 2010.

Temáticas

2002

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Total

Esporte

-

-

-

-

-

2

1

3

Mídia

1

1

1

2

-

1

1

7

Histórico

-

-

-

1

-

2

1

4

Educação Física

-

-

-

-

1

1

-

2

Megaeventos

-

1

-

-

-

6

-

7

Educação Olímpica

-

-

-

-

-

1

-

1

Total

1

2

1

3

1

13

3

24

Nota: dados trabalhados pelos autores do trabalho

    Seguindo a proposta das classificações, os artigos também foram ordenados nas seguintes temáticas: esporte, mídia, histórico, educação física, megaeventos e educação olímpica, na qual todas estabeleciam relação com o tema olímpico.

    Algumas temáticas como Mídia e Megaeventos apresentaram maior freqüência. Publicações sobre Mídia estiveram presentes em quase todos os anos com exceção de 2008, ao contrário dos Megaeventos que tiveram sua distribuição concentrada em 2009 apresentando outro artigo apenas em 2005. Quanto a temática Megaeventos é importante comentar que foram encontrados artigos que tratavam da Copa de 2014 apesar de nosso tema central ser os Jogos Olímpicos, tal presença permite a possibilidade de comparação entre os dois grandes eventos esportivos. A produção ainda é pequena nas temáticas relacionadas a Educação Olímpica, que, embora seja um termo ligado aos Estudos Olímpicos não foi foco dos artigos apresentados, e Educação Física, que tratou de abordar questões sobre projetos e propostas para o ambiente escolar. Em relação a Esporte e Histórico observa-se que a produção ainda não é satisfatória se considerado que os mesmos poderiam ser mais explorados uma vez que esporte é um dos principais componentes dos Jogos e a relevância do histórico é fundamental para se entender a evolução do fenômeno olímpico.

Considerações finais

    Ao se tratar da produção científica, constatou-se que o ano de 2009 foi o período de maior publicação. À medida que os Jogos Olímpicos se aproximam a expectativa é que ocorra uma ampliação no número de produções, de forma que assuntos ainda pouco explorados possam ser esclarecidos e debatidos, possibilitando o aparecimento de novidades e resultados importantes para a área de pesquisa sobre EO.

    A Educação Física é responsável por delinear o campo investigativo dos Megaeventos Esportivos e aprofundar a questão dos EO. É recente a produção científica em periódicos relacionada aos EO, porém a preocupação com a temática é notória e há um clima de interesses sobre o aprofundamento de tais estudos tendo em vista a ocorrência dos Megaeventos Esportivos, principalmente os Jogos Olímpicos.

    O envolvimento dos grupos de estudo com interesses olímpicos é necessário para estabelecer a interlocução, acesso à informação e compreensão sobre os temas relacionados aos Jogos e seu percurso histórico. Associado a isso, esses grupos poderiam aproveitar-se da utilização de periódicos para fazer suas publicações e dar continuidade aos estudos no sentido de ampliar o leque de produções na área.

    O uso de periódicos como instrumento de divulgação é um meio útil de produção e difusão de conhecimento científico para a área da Educação Física Brasileira, por isso e outras razões deve ser bem aproveitado. Uma das possibilidades para estimular o aumento da produção de artigos nesse meio é incentivar a criação de novos grupos de pesquisa e fomentar os já existentes a produzir e difundir conhecimentos voltados a área de EO, e com isso promover a avaliação e o aperfeiçoamento das publicações. Apesar de ainda ser pequena a produção em periódicos, já são indicadoras as tendências de pesquisa no campo.

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