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Os benefícios da reabilitação aquática para grupos especiais

Los beneficios de la rehabilitación acuática para grupos especiales

 

*Acadêmica do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Luterano

de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA, Ji-Paraná, Rondônia

**Pesquisador do Laboratório de Neuromotricidade Humana do Centro Universitário

Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA, Ji-Paraná, Rondônia

(Brasil)

Alanna Severino Duarte Silva*

alanna_nu@hotmail.com

Alisson Padilha de Lima**

alissonpadilha@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          As atividades aquáticas vêm sendo utilizadas com grande ascensão no meio da reabilitação de grupos especiais, onde seus inúmeros benefícios vem se tornando eficaz na recuperação de diversos distúrbios patológicos. O presente estudo tem por finalidade apresentar através de uma revisão de literatura os benefícios da reabilitação aquática em grupos especiais e apresentar a relevância das atividades aquáticas na recuperação desses indivíduos. A seleção e localização das referências que fundamentassem o estudo ocorreram nos bancos de dados: Bireme, PubMed, Lilacs, SciELO, onde estudos apartir do ano de 1980 acima foram incluídos, abaixo desse ano utilizou-se o método de exclusão pelo fato do estudo buscar revisar e atualizar o presente tema da pesquisa. Por fim pode-se afirmar que a reabilitação aquática pode proporcionar aos grupos especiais como: crianças, gestantes, idosos, pacientes com distúrbios neurológicos e musculoesqueléticos possíveis melhoras nos distúrbios patológicos em que esses indivíduos possuem, através dos seus inúmeros benefícios e facilidades proporcionadas pelo meio liquido.

          Unitermos: Exercícios. Reabilitação aquática. Grupos especiais.

 

Abstract

          The water activities are being used with great rise in the middle of the rehabilitation of special populations, where its many benefits is becoming effective in the recovery of various pathological disorders. This study aims to show through a literature review of the benefits of aquatic rehabilitation in special groups and present the relevance of water activities in the recovery of these individuals. The selection and location of references to substantiate the study occurred in the databases: Bireme, PubMed, Lilacs, SciELO, which studies it from year 1980 were included above, below this year we used the method of exclusion because the study seek review and update this topic of research. Finally it can be stated that the aquatic rehabilitation may offer special groups: children, pregnant women, elderly, patients with neurologic and musculoskeletal possible improvements in the pathological disorders in which these individuals have, through their numerous benefits and facilities provided by means net.

          Keywords: Exercise. Aquatic rehabilitation. Special groups.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 160, Septiembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A reabilitação aquática é um termo do final do século XX que descreve uma teoria científica, fundamentos médicos e uma série de procedimentos clínicos que fazem uso da imersão em água para a restauração da mobilidade física e da atividade fisiológica e, ás vezes, para a obtenção de transformações fisiológicas4.

    A reabilitação aquática vem sendo utilizada por diversos grupos como fonte benéfica de recuperação, onde as atividades em meio liquido são executadas por deficiente físico e mental, indivíduos com problemas neurológicos, no controle de dor crônica, no tratamento de pacientes em pós-mastectomia, na reabilitação cardíaca e cada vez mais no meio ortopédico. Devido os pacientes ter facilidades de execução de movimentos, promovendo uma reabilitação mais rápida e menos dolorosa2.

    Os efeitos fisiológicos dos exercícios combinados com aqueles que são causados pelo calor da água são uma das vantagens da atividade aquática. O resultado da imersão na água é semelhante em adultos e crianças e está correlacionada a temperatura do corpo, á circulação e a intensidade dos exercícios, com variações permitidas dependendo do tamanho1.

    As atividades aquáticas têm obtido grande ascensão como meio de reabilitação, onde são inúmeros os efeitos benéficos proporcionados pelo meio liquido como: efeitos fisiológicos no sistema vascular, efeitos nos tecidos moles, efeitos nas articulações, proporcionando uma melhora em curto espaço de tempo e de maneira prazerosa para o paciente devido à minimização das dificuldades de execução de movimentos3.

    Desde os tempos antigos, a reabilitação aquática vem sendo utilizada como recurso para tratar doenças reumáticas, ortopédicas e neurológicas, entretanto, só recentemente é que essa área tem se tornado alvo de estudos. As propriedades físicas da água, somadas aos exercícios físicos, podem cumprir com a maioria dos objetivos físicos propostos num programa de reabilitação. O meio aquático é considerado seguro e eficaz na reabilitação principalmente do idoso, pois a água atua simultaneamente nas desordens musculoesqueléticas e melhora o equilíbrio5.

    Os princípios que afetam o processo terapêutico de reabilitação em meio líquido derivam de quase todos os princípios físicos que governam os comportamentos da água. Densidade, incompressibilidade e capacidade de reter e transmitir o calor da água que são forças intensas a confrontar. As conseqüências biológicas dessas forças podem afetar beneficamente quase todos os sistemas homeostáticos, esses efeitos fisiológicos surgem imediatamente após imersão, a transferência do calor começa e, sendo o calor específico do corpo humano diferente do da água, o corpo perde ou ganha calor mais rapidamente do que a água. Os efeitos da pressão hidrostática têm inicio imediatamente6.

    Na imersão a gravidade opera por completo embaixo da água, mas seus efeitos são menores. O efeito reduzido da gravidade desvia sangue e liquido dos membros inferiores para a parte superior do corpo (tórax), iniciando imediatamente após a exposição e atingindo um máximo em 24 horas. A centralização aumentada do volume sangüíneo e de líquido aumenta o retorno venoso, o que estimula os barorreceptores, aumenta o enchimento cardíaco e o volume-contração, reduzindo de forma reflexa a freqüência cardíaca7.

    Os mecanismos fisiológicos dos efeitos da imersão sobre o corpo humano são imensos, onde a bradicardia é um desses respectivos efeitos da água. Assim a reabilitação aquática proporciona a recuperação do indivíduo de uma maneira facilitada, fazendo com que grupos considerados especiais como: as gestantes, as crianças, os idosos, indivíduos com distúrbios neurológicos, indivíduos com paralisia, possam obter uma recuperação mais eficiente8,9.

    Dessa forma o respectivo estudo tem por finalidade apresentar através de uma revisão de literatura os benefícios da reabilitação aquática em grupos especiais e apresentar a relevância das atividades aquáticas na recuperação desses indivíduos.

Metodologia

    Para assegurar a consecução do objetivo descrito, foi realizado um estudo exploratório, operacionalizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, por ser esta uma estratégia extremamente adequada para se descrever, analisar, interpretar e criticar considerações teóricas ou paradigmas, e mesmo para criar novas proposições de explicação e de compreensão dos fenômenos das mais diferentes áreas do conhecimento, podendo, inclusive, fundamentar investigações experimentais.

    A seleção e localização das referências que fundamentassem o estudo ocorreram nos bancos de dados: Bireme, PubMed, Lilacs, ScIELO, onde estudos apartir do ano de 1980 acima foram incluídos, abaixo desse ano utilizou-se o método de exclusão pelo fato do estudo buscar revisar e atualizar o presente tema da pesquisa.

A reabilitação aquática em gestantes

    Para a execução de exercícios em meio liquido deve se atentar para a temperatura da água, onde pode levar a diversas alterações fisiológicas. Para a paciente grávida a temperatura abaixo de 25ºC pode ser desconfortável, já temperatura acima de 34º podem causar fadiga excessiva e náuseas. Dessa forma para aulas com exercícios de movimentos mais constantes a temperatura ideal da água para a paciente gestante é de 26ºC a 30ºC3.

    Uma dos principais fatores que afetam as mulheres na gestação é a lombalgia, que são dores na região lombar, causando desconfortos que prejudicam a qualidade de vida de maioria das mulheres no período da gestação1. Assim o exercício aquático é tido como a atividade ideal para a gestante, pois os benefícios da atividade física em imersão possibilitam a prevenção e melhora dos desconfortos músculo-esquelético10.

    As propriedades físicas da água promovem o relaxamento muscular geral, reduz a sensibilidade à dor, reduzem espasmos musculares, melhora a eficiência cardíaca e pulmonar, melhora a força e a elasticidade muscular e mantêm o peso e a composição corpórea em níveis adequados no período gestacional71.

    A aplicação de exercícios aquáticos terapêuticos para a paciente pré parto e pós parto pode ser efetuado em várias posições, dependendo dos objetivos do indivíduo e do tratamento, de precauções médicas, da fase da gravidez e da resposta psicológica da paciente ao ambiente. Dessa forma com o problema identificado e uma compreensão completa dos efeitos hidrodinâmicos sobre as mulheres grávidas, o avaliador pode obter qual o melhor programa de tratamento a ser utilizado32.

    Conforme Ruoti, Morris e Cole3 alguns exercícios são propostos dentro de um programa de reabilitação aquática para gestantes como: em posição suspensa, onde o paciente fica sustentando o peso em uma orientação vertical com a cabeça fora da água; mecanismos abdominal exercício denominado de abdominal em posição sentada usa a propriedade assistiva da flutuação, com manguitos de flutuação em torno dos braços e uma bóia em cada mão, a paciente traz suas extremidades inferiores para 90º de flexão dos quadris e flexão confortável dos joelhos para possibilitar equilíbrio adequado; exercício para o assoalho pélvico na mesma posição inicial utilizada no exercício precedente à paciente abduz e rota externamente as extremidades inferiores juntando os pés3.

    Dentro desse contexto de elaboração de um programa de exercícios aquáticos para gestantes é importante a inserção de alguns exercícios específicos para se obter benefícios durante a gestação, o que afirma Campion32 como:

  • Abaixar os calcanhares até o solo;

  • Alongamento de adutores;

  • Alongamento em cross-country suspenso;

  • Alongamento de flexores laterais do tronco;

  • Alongamento de panturrilha;

  • Agachamento resistivo;

  • Adução e abdução de ombro;

  • Balanço pélvico em pé;

  • Contração abdominal protetora;

  • Fazer ponte;

  • Fortalecimento e estabilização escapulatórios;

  • Flexionar ambos os joelhos com os pés horizontais no chão;

  • Miniabdominal: proteção com braços cruzados;

  • Levanta os calcanhares tirando os do solo;

  • Prensa de pernas (Leg press) alternada;

  • Prensa de pernas em Rã bilateral;

  • Prensa de tórax (chest press) de frente e de costas;

  • Prensa para trás (press back) de cotovelos dobrados;

  • Retração escapular.

A reabilitação aquática em crianças

    A atividade aquática é geralmente realizada por duas razões nesse grupo: para os exercícios ou natação. Com isso a utilização de exercícios isoladamente pode mostrar-se entediante as crianças, menos produtiva quanto aos esforços e menos efetiva quanto aos resultados dos tratamentos. Dessa forma jogos e atividades que são divertidos e prendem o interesse das crianças possuem maior probabilidade de desenvolver as habilidades necessárias para a possível reabilitação1.

    Atividades em meio líquido tem sido bem aproveitada recreacionalmente pelas crianças há muitos anos, e a população de crianças com necessidades especiais não constitui exceção. De fato a água é usada tanto recreacionalmente quanto como uma terapia com as crianças, com resultados surpreendentes. Os melhores resultados ocorrem quando ambas as áreas fundem-se em uma abordagem única no trabalho com crianças de todas idades3,65.

    A água é utilizada para se trabalhar vários problemas patológicos específicos em crianças, a utilização de programas de aquáticos é obtido como fator de reabilitação nesses indivíduos através de vários exercícios como:

  • Amplitude de movimento;

  • Batidas de pés rápida (flutter) na posição prono, segurando na paredeou prancha;

  • Corridas- andando ou nadando;

  • Exercícios de respiração;

  • Fortalecimento muscular;

  • Flutuação na posição prono;

  • Recuperação na posição supino;

  • Recuperação na posição prono;

  • Rolamento;

  • Mudanças de direção;

  • Natação estilo crawl de frente e de costas;

  • Técnicas de bad ragaz “adaptadas” para diminuir a dor, aumentar a amplitude e progredir para exercícios de fortalecimento com suporte da flutuação para os quadris.

Reabilitação aquática em indivíduos idosos

    O envelhecimento pode ser compreendido como um conjunto de alterações estruturais e funcionais do organismo que se acumulam de forma progressiva, especificamente em função da idade. Os exercícios terapêuticos na água aparentam serem os ideais para prevenir, manter, retardar, melhorar ou tratar as disfunções físicas características do envelhecimento17.

    As principais perdas funcionais em idosos são as mioarticulações, a diminuição da flexibilidade que acarretando menor amplitude de movimento (ADM), a limitação da flexibilidade se dá devido à perda da força muscular ocorrendo presença de encurtamentos de músculos tendíneos, diminuição da elasticidade da pele e alterações morfológicas periarticulares, que predispõem ao aparecimento de doenças osteoarticulares, como artrites e artroses. A coluna vertebral tornando menos flexível, em conseqüência das alterações nos discos invertebrais e deformidades das vértebras11.

    Os efeitos fisiológicos proporcionados pela água são amplos e envolvem respostas cardíacas, respiratórias, renais e musculoesqueléticas: Resposta cardiorrespiratória: Durante a imersão, a água exerce pressão sobre o corpo. Um efeito importante desse aumento de pressão acontece no sistema de retorno venoso, que é sensível a diferenças de pressão externa. Proporciona o deslocamento do sangue em uma via de mão única, que “deságua” nos maiores vasos da cavidade abdominal e para o coração17,20. O fluxo sanguíneo no pulmão também aumenta, devido ao aumento da pressão sanguínea. Tal resposta favorece uma maior troca gasosa, devido ao aumento de sangue na circulação pulmonar. Ocorre também um aumento no consumo energético, pois o coração deve aumentar a força de contração e aumentar o débito cardíaco, em resposta ao aumento de volume de sangue. Ainda, a imersão na altura do tórax afeta significativamente o ritmo respiratório e ocasiona aumento do trabalho respiratório, devido à compressão da caixa torácica12.

    Musculoesquelética: O auxílio da flutuação diminui a sobrecarga articular e favorece uma atuação equilibrada dos músculos, proporcionando um ambiente de fácil movimentação e que pode potencializar a realização de exercícios que não seriam possíveis em solo, principalmente em indivíduos com limitações de força e movimento21. Em um ambiente com pouca descarga de peso, pode utilizar equipamentos específicos (como flutuadores) e aumentar a resistência durante os movimentos na água. Deste modo, pode-se favorecer o condicionamento muscular, como por exemplo, em corridas e caminhadas sub-aquáticas, sem o risco de lesões por sobrecarga das articulações12.

    Sistema renal: Há um aumento do fluxo sanguíneo renal, que ocasiona aumento da liberação de creatinina22. Os efeitos combinados no sistema renal e cardiovascular, em temperaturas termoneutras, parecem diminuir a pressão em longas imersões, o que pode gerar diminuições da pressão sanguínea que duram até horas, pós-imersão. Neste sentido, vale ressaltar que a imersão também pode ser benéfica nos casos de edema, por auxiliar o retorno de líquido para a circulação linfática12.

    Durante a realização do processo de intervenção da Fisioterapia Aquática, é importante que o terapeuta tenha clareza dos itens a serem avaliados e dos desfechos clínicos desejados, com o intuito de se verificar melhoras de um quadro clínico ou disfunção específica3.

    Destacam que a avaliação deve ser bem planejada e abranger informações relevantes, de modo a proporcionar uma coleta de informações precisa acerca da gravidade da disfunção, para se determinar se o programa de hidroterapia será benéfico66. Deste modo, deve-se entender o desfecho como uma medida clínica relevante que será avaliada antes e após o processo de tratamento, e que pode ser exemplificado pela dor, força, flexibilidade, equilíbrio e funcionalidade66,67,68,69.

    A água é, certamente, um meio diferenciado e bastante apropriado para a prática de reabilitação de pessoas idosas, permitindo o atendimento de grupos e a facilitação da recreação, socialização e treinos de domínio da água como movimentos básicos de natação, que associados a melhoras funcionai melhoram a autoestima e autoconfiança3,64.

    A flutuação reduz drasticamente o peso que é transmitido através da cartilagem articular lesionada e dolorida e de outros tecidos articulares sensíveis. A capacidade de se movimentar rapidamente através da água permite a prática de exercícios aeróbicos como corridas e até saltos. A liberação de endorfinas ajudará a reduzir possíveis sensações de dor e produzir sensação de bem-estar, mesmo após o final da terapia65,70,71.

    Para prevenir ou reduzir a osteoporose, é necessário exercício com descarga de peso, sugerindo-se exercícios com água até os joelhos, onde a descarga de peso é diminuída parcialmente de 15% a 20% do peso corporal. Está conduta deve ser acompanhada de dieta adequada, rica em cálcio, da ingestão de suplementos de vitamina D e medicamentos de controle hormonal e metabolismo de Cálcio, além de banhos de sol72.

    O trabalho aeróbico também promove melhora do equilíbrio e coordenação motora, reduzindo o risco de quedas. O relaxamento é bem vindo e pode diminuir o estresse, que tem suas peculiaridades no idoso. No caso específico do idoso e da hidroterapia, parece que o que realmente afeta o comportamento do idoso aumentando sua autoestima e confiança é a sensação de ausência de peso e dor, o domínio de um meio diferente, a experimentação de uma atividade diferente ou nunca experimentada anteriormente e a melhora física74.

A reabilitação aquática em indivíduos com distúrbios neurológicos

    Reabilitar pacientes com lesões cerebrais apresenta muitos desafios complexos aos profissionais da área médica. A necessidade de estratégias de reabilitação neuromotora tem aumentado constantemente à medida que a tecnologia e tratamento médico aperfeiçoados têm permitido que mais pessoas sobrevivam a lesões cerebrais, tais como traumatismo craniano, acidente vascular cerebral, tumor cerebral, e parto prematuro13,14. A reabilitação neuromotora aquática foi descrita como um recurso útil para os programas tradicionais de reabilitação de lesão cerebral15,16.

    O ambiente aquático, se adequadamente usado, é capaz de fornecer um ambiente estável para a participação ativa do paciente e na melhora da habilidade funcional17,16. A reabilitação neuromotora aquática é capaz de interferir de forma positiva nos problemas associados com ataxia como fraqueza de grupos musculares proximais, e acredita-se que a reabilitação neuromotora aquática pode ser usada como tratamento da própria ataxia17. Os benefícios comumente descritos da reabilitação aquática para adultos com lesão cerebral incluem redução do tônus, prevenção de contraturas, assistência ao equilíbrio estático e dinâmico, fortalecimento mais precoce e mais eficaz, benefícios cardiovasculares, motivação, recreação e socialização18.

    A fisiopatologia da lesão cerebral para desenvolver programas eficazes de reabilitação para pacientes. Problemas comuns associados com lesão cerebral incluem déficit do movimento voluntário, alteração do equilíbrio e da marcha. Todas as três áreas de problemas podem influenciar umas às outras e ter fatores contributivos semelhantes17. O déficit de movimento voluntário (DMV) é a incapacidade de efetuar o movimento funcional e está muitas vezes presente após lesão cerebral23,34. O DMV pode variar de brando a grave e ser o resultado de muitas causas subjacentes23.

    Hipóteses tradicionais a respeito do DMV aduzem uma falta de controle inibidor pelo SNC a partir de centro supra-espinhais sobre os centros inferiores como a causa de reflexos de estiramento hiperativos13,14. As causas subjacentes que são ao mesmo tempo neurais e não neurais22,23. Os fatores contributivos para o DMV como se originando centralmente, perifericamente ou ambos. Pessoas que demonstram o DMV podem ter diferentes mecanismos contribuindo para o seu movimento24.

    O equilíbrio é uma tarefa motora complexa que exige integração de informação sensitiva, coordenação motora e controle biomecânico25,26,27. O ambiente aquático gera melhora para o paciente devido a tepidez da água ser considerada eficaz para reduzir hipertonia e melhorar a qualidade de movimento15,32.

    A necessidade da água morna para tratar hipertonia pode não ser tão grande quanto à necessidade de evitar a água fria, porque a água fria agrava os estados hipertônicos33. Quando os pacientes exibem complacência diminuída no músculo e em outros tecidos conjuntivos, Watsu é a melhor forma de trabalho corporal aquático, sendo um alongamento eficaz para o tratamento, e outras atividades de alongamento podem comprovar-se eficazes porque preparam o paciente para mover-se mais livremente durante partes mais ativas da sessão de tratamento18.

    O ambiente aquático pode ser um dos poucos lugares onde movimentos recíprocos podem ser efetuados com segurança34. Isso é importante para reabilitar os pacientes com lesão cerebral porque encorajar essas atividades pode diminuir a atrofia das fibras musculares de contração rápida e possivelmente reverter efeitos descondicionados33,34.

    Pode ser necessário efetuar atividade rápida e recíproca de uma maneira ativa-assistida se déficits graves do movimento voluntário estiverem presentes. Além do padrão e velocidade de movimento, a iniciação e cessação do movimento devem ser avaliadas e tratadas porque elas se relacionam com movimento funcional35.

    A tarefa básica do equilíbrio é posicionar o centro da gravidade do corpo sobre alguma parte da sua base de apoio, por exemplo, os pés em bipedestação e as nádegas em sedestação25,26. Quando o centro de gravidade estende-se além da base de sustentação, a estabilidade é desafiada. Normalmente, os limites de estabilidade de um adulto são de 12º em uma direção antero-posterior e de 16º em uma direção lateral. As pessoas com disfunção do equilíbrio têm limites de estabilidade muito reduzidos18.

    Para haver a melhora do paciente o uso do Watsu do método Halliwich que se consiste em um método de natação e terapia, e de outras atividades aquáticas de alongamento/fortalecimento pode ter uma influencia mecânica positiva sobre os fatores biomecânicos associados ao equilíbrio24,36.

    O ambiente aquático é particularmente adequado para essas atividades uma vez que as propriedades físicas da água permitem fácil manipulação pelos terapeutas e qualidades de resistência progressiva para pacientes que têm a necessária amplitude de capacidades de força35.

    O suporte de flutuação fornecido pela água permite à pessoa com prejuízos assumir posturas eretas de uma maneira mais independente, assim os pacientes podem muitas vezes reaprender mecanismos de sinergia postural que foram interrompidos após a lesão cerebral32.

    As alterações da marcha descrevem três objetivos funcionais da deambulação como: mover-se de um lugar para outro, mover-se com segurança e mover-se eficientemente29. As sequelas de lesão cerebral frequentemente comprometem os três tipos objetivos28,29. As três tarefas necessárias para deambulação segura são: sustentação do corpo para cima, manutenção da postura ereta e equilíbrio e controle do movimento dos pés a fim de permitir a mobilidade dos dedos e o contato delicado dos pés30. Os pacientes com lesão cerebral frequentemente demonstram velocidade significativa diminuída de marcha, comprimento dos passos e duração do ciclo, em comparação com indivíduos normais29,31.

    A fase de apoio da marcha deve prover adequada sustentação para a extremidade que sustenta o peso e força apropriada para projetar o corpo para frente durante o impulso37. A marcha dos pacientes com lesão cerebral é comumente caracterizada por pouca força extensora do quadril e joelho, força inadequada flexora plantar de tornozelo e amplitude limitada de movimento de extensão do quadril36.

    Os pacientes com lesão cerebral muitas vezes exibem alterações na fase de oscilação da perna, tais como espaço inadequado para o pé, co-contração excessiva da perna em movimento, extensão abrupta do joelho e tornozelo na oscilação avançada e transferência inadequada de peso32. Na fase de oscilação de indivíduos normais, a extremidade inferior é mobilizada pela flexão ativa do quadril acompanhada por flexão passiva do joelho37.

    A reabilitação aquática disponibilizará para a fase de apoio do padrão da marcha de um paciente pode ser melhorada pelo aumento da amplitude de movimento no membro de apoio, particularmente na extensão do quadril e dorsiflexão do tornozelo38.

    Alterações teciduais nos músculos extensores do joelho podem impedir movimento do membro da maneira típica. Além disso, a fraqueza dos músculos do tornozelo e amplitude limitada de movimento para pouco espaçamento entre os pés. Outras formas de DMV podem contribuir para uma fase de oscilação anormal28.

    O watsu pode ser eficaz para alongar as regiões mais próximas da pelve e membros inferiores do paciente. Especificamente, o alongamento da coluna e a mobilização da perna aumentam a extensão do tronco e quadril. Entretanto, o alongamento das partes mais distais do membro inferior exige métodos de alongamento semelhantes aos usados em terra39.

    Efetuar esse alongamento é vantajoso porque o suporte da flutuação possibilita que a atividade seja realizada de uma maneira mais independente e eficaz, especialmente nos pacientes com dificuldade para ficar em pé. Watsu também pode influenciar a fase de oscilação da marcha ao melhorar a funcionalidade dos tecidos moles39,40. A redução da rigidez possibilita flexão passiva de joelho na oscilação inicial, assegurando melhor espaçamento do membro ao solo40.

A reabilitação aquática para indivíduos com disfunções musculoesqueléticas

    O treinamento em meio líquido tornou-se um componente regular de muitas sessões práticas de equipes atléticas, e muitos atletas exercitam-se rotineiramente na piscina enquanto se recuperam de uma lesão18. Uma ampla variedade de pessoas pode beneficiar-se com fisioterapia aquática para lesões reabilitação de lesões43.

    Qualquer individuo com limitações ou restrições de sustentação de peso pode usar progressivamente desde a imersão até as pequenas profundidades para avançar na sustentação de peso42,43. Exercício resistivo progressivo pode ser efetuado por toda a amplitude de movimento (ADM) disponível na extremidade inferior ao usar a turbulência fornecida pela água44.

    Os padrões de movimento que normalmente encontram a resistência da gravidade são auxiliados pela flutuação quando em bipedestação na piscina43,44. Essa propriedade pode fornecer auxílio em movimentos normalmente doloroso, facilitando, desse modo, a mobilidade45.

    Exercícios auxiliados pela flutuação podem ser efetuados para auxiliar a ADM das articulações do ombro, quadril e joelho46,47. A piscina fornece um meio no qual o cliente com lesões das extremidades pode efetuar padrões de movimento repetitivos contínuos e em uma variedade de direções. Esses movimentos podem aumentar a mobilidade, a nutrição articular, o controle muscular e a resistência41,42.

    Atividades que trabalhem com a amplitude de movimento são bastante adequadas ao meio aquático44. A combinação de descarga esquelética induzida pela flutuação e relaxamento muscular é capaz de aumentar a ADM e a mobilidade43,44. Os pacientes devem evitar forçar seus exercícios até a sensação dolorosa quando realizarem exercícios de ADM na água e não devem sentir-se doloridos após a sessão de terapia aquática48. Ao utilizar a água como um recurso para trabalhar a ADM, o terapeuta deve considerar vários fatores como: a força de flutuação e o seu efeito sobre o movimento desejado, a posição da extremidade e a ADM da articulação, a direção do movimento desejado e o uso de qualquer aparelho de flutuação47,48,49. Assim a flutuação é a ferramenta mais valiosa no projeto da atividade de mobilidade. A força de flutuação pode ser usada diferentemente em várias fases da reabilitação50.

    Os exercícios de ADM em fase inicial são efetuados utilizando a flutuação na facilitação do movimento, semelhante às atividades assistidas pela gravidade em terra. Os exercícios do ADM assistidos pela flutuação são realizados em um plano que dirige a força de flutuação para cima51,52.

    Os princípios de treinamento de força usados em atividades baseadas em terra também são usados na realização de exercícios de fortalecimento na água52,53. Enquanto a resistência em terra é fornecida pelo peso e a gravidade, a resistência na água é fornecida pela turbulência e flutuação e é influenciada pela área de superfície, pela velocidade de movimento e pelo arrasto53.

    Os princípios de treinamento e as progressões são os mesmos usados em terra. Exercícios de calistenia, de fortalecimento com FNP (facilitação neuro-proprioceptivo) e de controle motor, atividades de cadeia cinética aberta e fechada, treinamento da marcha e atividades funcionais são todos facilmente adaptados à água. Se a sustentação reduzida de peso é um fato a ser considerado, exercícios de fortalecimento podem ser efetuados em água funda ou em água rasa com um colete de flutuação54,55.

    O paciente com cirurgia ou lesão recente pode com segurança executar exercícios de treinamento de marcha em água ate o tórax durante a fase inicial de reabilitação53. O paciente atinge vários objetivos com esse exercício simples, incluindo sustentação de peso sobre o membro afetado, treinamento funcional e de força para a cintura pélvica e os membros inferiores e nutrição da cartilagem articular55.

    Os exercícios de fortalecimento na água progridem de variadas maneiras, incluindo o aumento das repetições ou séries, acréscimo de equipamento, aumento da velocidade do exercício, mudança na posição do paciente ou mudança na profundidade de imersão do corpo56. A flutuação e a área de superfície podem ambas ser usadas como ferramentas para alcançar os objetivos de força57.

    Exercícios assistidos por flutuação são usados quando o paciente é incapaz de gerar torque contra a força de flutuação58. A incapacidade de produzir torque pode resultar de diversos fatores, incluindo dor, problemas musculares, lesão neurológica, compressão de tecido inerte ou fatores psicológicos58,59.

    A resistência muscular é trabalhada eficazmente em exercícios em imersão tais como trotar, bater os pés verticalmente na posição de esqui cross-country, é o movimento de esqui sem deslocamento do corpo da água60. Os exercícios de fortalecimento para a extremidade superior incluem ações musculares isoladas especificas para padrões funcionais de movimento59. Padrões normais de movimento da cintura escapular e dos membros superiores podem ser introduzidos precocemente no processo de reabilitação em virtude da sustentação da água61,62. Além disso, o fortalecimento da extremidade superior pode ser encorajado durante atividades de marcha tais como andar para frente, para trás e lateralmente, com indicação por parte do terapeuta do componente apropriado da extremidade superior a ser trabalhado63.

    A adição de equipamento aumenta a área de superfície e a turbulência, tornando mais difícil o exercício55. O uso de equipamento também pode alterar a qualidade do equipamento pode alterar os padrões normais de movimento. O fortalecimento da extremidade inferior na piscina pode começar precocemente no processo de reabilitação, aproveitando ao mesmo tempo o ambiente de gravidade reduzida e a ADM. Como em qualquer programa de fortalecimento, um aquecimento deve preceder qualquer atividade vigorosa.59,60.

    Atividades de aquecimento na piscina tais como marcha para frente, para trás e lateral facilmente progridem para atividades de fortalecimento e resistência para o tronco e extremidade inferiores, pelo aumento da velocidade de movimento ou adição de resistência ao movimento com equipamento64.

Conclusão

    A reabilitação aquática tem uma importante função para o tratamento de grupos especiais devido as propriedades da água proporcionarem benefícios para o organismo tanto como os efeitos fisiológicos vascular, efeitos sobre as articulações, sistema renal, cardiorrespiratório, musculoesquelético, entre outros, trazendo melhoras na qualidade de vida.

    Por fim pode-se afirmar que a reabilitação aquática pode proporcionar aos grupos especiais como: crianças, gestantes, idosos, pacientes com distúrbios neurológicos e musculoesqueléticos possíveis melhoras nos distúrbios patológicos em que esses indivíduos possuem, através dos seus inúmeros benefícios e facilidades proporcionadas pelo meio liquido.

    Recomenda-se que sejam feitas pesquisas de campo na área da reabilitação aquática para assim identificar e comprovar a eficácia de programas de exercícios aquáticos em grupos especiais.

Referências

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