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Proposta de acampamento com Atividades

Físicas de Aventura na Natureza (AFAN)

Propuesta de campamento con Actividades Físicas de Aventura en la Naturaleza (AFAN)

 

*Mestrando em Educação – PPGE/UNISUL

** Mestre em Educação Física – UDESC

Professores da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

(Brasil)

Romulo Luiz da Graça*

romulo.luiz@unisul.br

Antonio Alberto de Lara Júnior**

antonio.lara@unisul.br

 

 

 

 

Resumo

          O acampamento é umas das atividades realizadas ao ar livre, vividas junto à natureza, ao mar, a montanha ou ao campo, que podem fazer com que o homem traga benefícios para sua saúde. As atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) cada vez mais ganham adeptos e sua prática atende todas as classes sociais. Os objetivos deste trabalho foram: Conhecer teoria e prática das técnicas das atividades de aventura e conhecer a estrutura organizacional de um acampamento. O acampamento foi realizado a beira mar, em dois dias, com participação de estudantes do curso de educação física. Através de estatística descritiva obtiveram-se percentuais de aceitação acima de 90% (excelente e muito bom) nas atividades. Diante de tais resultados e pelos relatos dos participantes conclui-se que: os objetivos propostos pelo acampamento foram alcançados com grande êxito, demonstrando que as AFAN devem fazer parte de um programa de acampamento.

          Unitermos: Acampamento. Atividades Físicas de Aventura na Natureza. Educação Física.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 160, Septiembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O acampamento é umas das atividades realizadas ao ar livre, vividas junto à natureza, ao mar, a montanha ou ao campo, que pode fazer com que o homem traga benefícios para sua saúde. Segundo Cavallari e Zacharias (2003, p.39) “O acampamento deve propiciar integração com a natureza, desenvolver a sociabilidade, consciência dos seus direitos e deveres e aquisição de autoconfiança”. Conforme Betrán (1995, in Marinho e Bruhns, 2003) as AFAN constituem um conjunto de práticas recreativas que surgiu nos países desenvolvidos na década de 1970, embora este termo ainda nos dias de hoje não seja definitivo como ocorre no “esporte”, cuja utilização léxica é universal e seu significado quase unânime. Porem, contrariando o que pensa a maioria da população são práticas de “risco controlado”, transformando a aventura num conceito mais fictício que real, mas que podem por bem sinalizar o espírito que norteia a busca de sensações e emoções junto à natureza.

Objetivo

    Conhecer as teorias técnicas das atividades de aventura, participar das aulas práticas, bem como conhecer a estrutura organizacional de um acampamento.

Método

    O acampamento foi realizado em dois dias, com a participação de 45 alunos do Curso de Educação Física, da Universidade do Sul de Santa Catarina, tendo como local o Camping Lagoamar, situado na cidade de Garopaba – SC. A comissão organizadora foi constituída por professores, acadêmicos, equipe de enfermagem, cozinha e salvamento.

    As atividades iniciaram com a chegada dos alunos no período da manhã. Em seguida, foram orientados em: como proceder na escolha do local para colocação e montagem da barraca; com relação à prevenção de acidentes com animais peçonhentos; e sobre noções básicas de procedimentos em caso de mudanças climáticas. Após esta etapa, cada aluno escolheu o local mais adequado para montar sua barraca. Na tarde do primeiro dia, os alunos foram divididos em dois grupos. O grupo A participou da oficina de iniciação ao surf. Aproveitando o local escolhido, a beira mar, optou-se por uma atividade na água. Constaram desta oficina orientações teóricas sobre procedimentos para entrada no mar, escolha da onda, posicionamento em cima da prancha, segurança, preparação física e preservação ambiental. Em seguida, cada dupla de alunos devidamente equipados com roupa de borracha e uma prancha de iniciação, começaram a prática. Devido à extensão e o relevo do camping, foi desenvolvido uma corrida de orientação pedestre, realizada pelo grupo B. Optou-se pelo processo bússula-terreno para o desenvolvimento da atividade, e com a utilização de azimutes diversas pistas foram demarcadas antecipadamente para a realização. Cada dupla de alunos deveria cumprir seu percurso de aproximadamente mil e duzentos metros no menor tempo.

    A noite, todos os alunos participaram de um jogo noturno intitulado “enigma da pirâmide”, onde puderam vivenciar desafios e superar seus próprios limites numa pista de obstáculos temática. Estes foram divididos em três equipes e munidos com uma lanterna. Orientadas separadamente e estando de posse de um enigma colorido, percorreram uma série de obstáculos que continham tarefas como criptografia, transporte de um dos componentes da equipe por entre arcos (bamboles) a um metro e meio de altura e uma distancia de dois metros. Na seqüência, com os olhos vendados e seguindo um barbante, ultrapassavam desníveis no terreno e no final deste percurso recebiam um “walkie talkie” e com ele utilizam o alfabeto fonético para decifrar a mensagem que os mandava de volta a base.

    No segundo dia, grupo A participou de um trekking - tal atividade foi realizada com os alunos devidamente trajados, sendo escolhida uma trilha fora do camping, que proporcionou a passagem por areia, pedra, com descidas e subidas em terreno acidentado, e teve a duração de setenta minutos. O grupo B participou de uma oficina de nós e amarrações - sob orientação de um especialista e munidos de corda, puderam conhecer diversos tipos de nós e amarrações e sua utilidade no dia-a-dia de um aventureiro. Em seguida foi realizado um rodízio como no primeiro dia.

Resultado

    Utilizou-se uma ficha de avaliação com conceitos quantitativos de 0 a 5, sendo divididos os questionamentos por atividade. Após tabulação e através de estatística descritiva foram obtidos os seguintes valores: as atividades montagem de acampamento e iniciação ao surf apresentaram um percentual de 72% de conceito 5, isto vem corroborar Lettieri (1999) que afirma que o sucesso na elaboração de uma programação esta no alcance dos seus objetivos através das atividades que atendam ao interesse do público. O trekking e a corrida de orientação alcançaram um percentual de 75% de conceito 5, o que vai de encontro a Zimmermann (2005), que cita que “no contato intenso com a natureza, ou no contato íntimo, o homem se sente bem consigo mesmo”. A atividade de nós e amarrações obteve um percentual de 48% de conceito 5, demonstrando que os participantes entenderam a importância do tema no contexto de uma AFAN. Considerações Finais – Conclui-se que através dos resultados obtidos pela ficha de avaliação e pelos relatos dos participantes que os objetivos propostos pelo acampamento foram alcançados com grande êxito sendo considerados excelente e muito bom, demonstrando que as AFAN devem fazer parte de um programa de acampamento.

Referências

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