Relação: idoso e a atividade física Relación: la persona mayor y la actividad física |
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Graduado em Educação Física. UNEC (Brasil) |
Nícolas Barbosa Pereira |
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Resumo Observa-se que com o crescimento da tecnologia e a facilidade que ela proporciona, as pessoas estão tendo menos gasto de energia para realizar as tarefas mais simples do dia a dia. Pessoas idosas, devido o envelhecimento natural do organismo possuem o sistema fisiológico mais frágil, assim, ela está propícia a ter doenças devido ao estilo de vida sedentário. De acordo com Jacob Filho (2006), a expectativa de vida para quase toda a humanidade deve aumentar consideravelmente nos próximos anos. Neste aumento da expectativa de vida é notório o envelhecimento populacional e a ascendência da população idosa no mundo contemporâneo. Lima (2001) apud Imoniana & Benadiba (2006), em relação ao envelhecimento, está se vivendo um momento histórico, social, proporcionado pelo grande impacto da tecnologia e inovações, medicamentos novos, saneamento básico que favoreçam a longevidade humana. Unitermos: Idoso. Envelhecimento. Atividade física.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com |
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Objetivo
Este estudo tem por vir conscientizar a população idosa nesse mundo contemporâneo de que a atividade física é significante para a qualidade de vida.
Introdução
Nota-se que com o crescimento da tecnologia e a facilidade que ela nos proporciona para realizar tarefas diárias, milhões de pessoas no mundo tenham problemas por falta de cuidados necessários, principalmente falando em idoso. A população com idade superior esta crescendo rapidamente em varias sociedades. Lima (2001) apud Imoniana & Benadiba (2006), em relação ao envelhecimento, está se vivendo um momento histórico, social, proporcionado pelo grande impacto da tecnologia e inovações, medicamentos novos, saneamento básico que favoreçam a longevidade humana.
O envelhecimento é um processo complexo que envolve muitas variáveis que interagem entre si e influenciam significativamente o modo em que alcançamos determinadas idades. Neste decorrer que os idosos estão pensando em uma nova possibilidade e maneira de envelhecerem e que, nos dias atuais, percebe-se que os indivíduos estão se preocupando cada vez mais com sua saúde já que esta é determinante para ter um estilo de vida melhor e conseqüentemente, uma maior expectativa de vida.
Segundo Rauchbach (2001), a literatura sustenta a idéia de que uma vida ativa pode melhorar as funções mentais, sociais e físicas no envelhecimento. Ou seja, adotar uma vida ativa pode levar a uma velhice mais produtiva.
Percebe-se que a atividade física começou a ser conhecida e praticada pelo mundo inteiro devido a sua eficiência, sua versatilidade é tanta que pessoas estão começando a praticar com mais freqüência. Segundo Meirelles (1999) tendência da população idosa é aumentar, e para integrar-se a sociedade, o idoso precisa praticar atividade física visando saúde física e psicológica para obter melhor qualidade de vida.
Assim, nota-se que a atividade física assume um caráter muito importante na manutenção da saúde corporal, assim, ela pode ter papel fundamental na auto-estima de pessoas idosas.
Envelhecimento
O nosso organismo sofre mudanças fisiológicas com o passar do tempo, sendo assim, a velhice se torna parte da natureza da nossa vida. Segundo Nóbrega (2004), o envelhecimento é um processo contínuo durante o qual ocorre um declínio progressivo de todos os processos fisiológicos.
“Entende-se que o envelhecimento é um processo múltiplo e complexo de mudanças ao longo da vida, com incremento de reduções e reorganizações de caráter funcional estrutural” (RAUCHABACH, 2001).
Nota-se que algumas perdas e alterações acontecem durante a velhice: algumas são biológicas; as perdas orgânicas e funcionais, psicológica; relacionada à capacidade adaptativa, social; interação na sociedade, funcional; capacidade de realizar as atividades da vida diária. Essas alterações em muitas culturas podem ser sinônimos de exclusão tanto no processo produtivo como familiar, os idoso são simplesmente isolados, ou seja, é tirada toda a possibilidade do idoso desenvolver suas potencialidades.
Vislumbra-se que com uma expectativa de vida maior acompanhada de várias situações o homem se viu obtendo novos conhecimentos dessas alterações no organismo do ser humano o levando a estudar e ter conhecimento sobre seu envelhecimento. Beauvoir (1990), citado por Okuma (1998), diz que para entender a velhice é preciso aprendê-la na sua singularidade.
Desta forma, Rauchbach (2001) afirma que o envelhecimento é um processo de múltiplo e complexo de mudanças ao longo da vida, com incrementos, reduções e reorganizações de caráter funcional e estrutural. O envelhecimento é inevitável, cabe a nós, vivermos em melhores condições possíveis associando essas mudanças à nosso jeito de viver.
Percebe-se que é muito importante na velhice adotar hábitos e modificar outros que influenciem na sua qualidade de vida, pois o nosso organismo esta se adaptando às novas mudanças que nos obriga a saber, lidar com o próprio corpo e procurar entender esse processo. Reorganização e aplicação de dietas e atividades saudáveis ajuda na prevenção e da enfermidade e fortalece a auto-estima do idoso.
Benefícios da atividade física para idosos
Nota-se que são inúmeros os benefícios que atividade física oferece para o idoso, além de alterações no seu desenvolvimento, ele também oferece benefícios psicológicos e sociais. Estudos de Matsudo (2000) verificaram uma diminuição da incidência das enfermidades quando adotados comportamentos positivos em relação à saúde, dentre eles, o estilo de vida ativo. E Rauchbach (2001) completa que a adoção de modos de vida ativos durante toda a vida, leva a uma velhice produtiva.
A prática da atividade física pode controlar e até mesmo evitar alguns sintomas de doenças, ela é um ponto muito importante na vida do idoso, pois segundo Alves (2002) “a prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso”. A atividade vai influenciar na autonomia do idoso, ele vai começar a realizar atividades que a muito não realizava, podendo se tornar uma pessoa independente.
Observa-se que o próprio idoso sabe seus limites e a sua capacidade de realizar atividades, observando seu desempenho na vida cotidiana, como carregar materiais pesados ou até mesmo através de movimentos que já não consegue mais realizar. Só o idoso, pode ele mesmo, escolher a atividade que mais gosta. Ele poderá aplicar atividade física na sua vida diária e melhorar a realização de suas tarefas.
Laborinha (1997) citado por Carvalho e cols (2004), relata que a atividade física é responsável pela melhor função do organismo idoso, pois restringe alterações no desempenho físico, conseqüentes da idade e mesmo que ele não assegure o prolongamento do tempo de vida, ele garante o aumento do tempo da juventude, oferecendo nos anos subseqüentes, maior proteção à saúde devida o retardamento do declínio normal associado ao envelhecimento, prevenindo doenças resultantes do sedentarismo.
A atividade física não vai impedir que indivíduo não envelheça, mas vai permitir que sua velhice seja seguida de qualidade de vida.
Segundo Meirelles (1999), a tendência da população idosa é aumentar, e para integrar-se à sociedade o idoso precisa praticar atividade física. O ideal é fazer atividades físicas duas vezes por semana, pelo menos, por uma hora, mais não existe receita. O idoso pode dedicar-se apenas uma vez por semana e isso será melhor do que levar uma vida sedentária. Pois segundo Powers (2000), a pratica da atividade física proporciona ao indivíduo vários benefícios dentre eles: melhora da velocidade ao andar e do equilíbrio, melhora da auto-eficácia, contribuição para a manutenção e/ ou o aumento da densidade óssea, auxilio no controle de diabetes, da artrite, das doenças cardíacas e dos problemas como colesterol alto e hipertensão, diminuição da depressão, manutenção do peso corporal e melhora da mobilidade do idoso.
Assim evidencia-se que o idoso que muda o estilo de vida e adota atividades físicas contribui para uma melhor qualidade da sua vida. Contudo é importante frisar que quem nunca praticou atividade física pode começar com qualquer idade, desde que observados os fatores de saúde e a capacidade funcional do corpo.
Conclusão
O presente estudo conclui-se que as evidências apresentadas permitem concluir que a atividade física regular e a adoção de um estilo de vida ativa são necessárias para a promoção da saúde e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. Pessoas mais idosas que pôr algum motivo, não tiveram a chance ou motivação para praticarem algum esporte durante seu período de juventude, poderiam desfrutar dos benefícios da atividade física após esta fase da vida.
Referencias bibliográficas
ALVES, Edílson de Araújo. A influencia da atividade física sobre a saúde mental de idosos. In: EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires. Ano 7, Nº 38 Julho, 2002. http://www.efdeportes.com/efd38/idosos.htm
CARVALHO, Michel. Os Efeitos do Treinamento Intervalado e do Treinamento Contínuo na Redução da Composição Corporal em Mulheres. In: Revista Digital Vida & Saúde. Juiz de Fora. V.2, N.2, 2004.
IMONIANA, Bernardete B. S; BENADIBA, Moses. A Universidade Livre da Terceira Idade: a sensibilização do ser humano acima de 50 anos para a volta às atividades. IN: www.metodista.br/terceiraidade.
MATSUDO, S. M. MATSUDO. Efeitos da Atividade Física na Aptidão Física e Mental Durante o Processo de Envelhecimento. In: Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. V.5, N.2, P.60 – 80, Londrina, 2000.
MEIRELES, E. A. Morgana, Atividade Física na 3ª Idade. Editora Sprint, Rio de Janeiro, 1999.
OKUMA, Silene Sumire. Dimensões Psicológicas do Envelhecimento e a Atividade Física. In: Revista Brasileira de Psicologia. V.2, N.22. São Paulo, 1998.
RAUCHBACH, Rosemery. Uma Visão Fenomenológica do Significado da Praticada Atividade Física para um Grupo de Idosos da Comunidade. In: Revista de Educação Física. São Paulo V.8 N.2, 2001.
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