Nível de aptidão para a saúde dos adolescentes do município de São Leopoldo, RS, Brasil Nivel de aptitud para la salud de los adolescentes del municipio de Sao Leopoldo, RS, Brasil |
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Bacharelado em Educação Física Cursando Psicomotricidade Ulbra, Canoas |
Ruciele da Silva Ignácio (Brasil) |
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Resumo O presente estudo teve como por objetivo de indagar o nível de aptidão para a saúde de alunos do SESI-SENAI de São Leopoldo ambos sexos na faixa etária de 13 a 17 anos, uma pesquisa descritiva de forma quantitativa. A amostra foi composta por 18 alunos do turno da manhã e 23 alunos do turno da tarde, sendo que 32 alunos do sexo masculino e 9 do sexo feminino. Foi utilizada como instrumento para a realização deste estudo uma avaliação física conforme o protocolo PROESP-BR na área de intervenção relacionada à saúde, os testes aplicados: Medida de Massa corporal, estatura, IMC, Teste de flexibilidade; resistência abdominal e resistência aeróbica. A avaliação física serve ainda para avaliar o nível de condicionamento físico atual do aluno, determinar objetivos para individuo avaliado, coletar dados para elaboração do programa, identificar algumas limitações, entre outras. Saliento que os níveis de aptidão física destes alunos de modo geral com todos os testes aplicados, indicaram diferenças estatisticamente significativas de nível razoável, conforme os seus hábitos de vida em forma de organização do seu cotidiano e a prática desportiva. De forma quantitativa, os alunos obtiveram resultados como nível: bom, razoável e fraco. Conforme as tabelas que mostra em percentuais os resultados, as turmas não tiveram estatisticamente diferenças de nível entre a turma da manhã e a turma da tarde. Mas a preocupação está em relação à faixa etária destes alunos que deveriam ter nível de vida ativa, pois em diante ocorre o processo de envelhecimento tendo suas modificações fisiológicas. Unitermos: Aptidão. Avaliação física. Saúde. PROESP-BR.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com |
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Introdução
Atualmente encontramos divergências para a realização da avaliação física, pois a necessidade de poder acompanhar o nível da aptidão física do aluno e obter coleta de dados como ao menos IMC (peso e estatura). Segundo Haydt (2002), avaliar é atribuir um julgamento ou apreciação de alguma coisa ou de alguém com base em uma escala de valores. Logo, a avaliação consiste em coletar e interpretar dados quantitativos e qualitativos de critérios previamente estabelecidos.
A avaliação da aptidão física relacionada à saúde de crianças e adolescentes justifica-se por vários motivos, dentre eles, o fato de diversas doenças crônico-degenerativas possuírem seu período de incubação na infância e adolescência, bem como o desenvolvimento das doenças hipocinéticas e a inatividade estarem atreladas ao estilo de vida nesse período, tornando-o ótimo para uma intervenção pedagógica no sentido de estimular hábitos e comportamentos de saúde que se espera, venham a manter-se durante o percurso da vida do indivíduo (GUEDES; GUEDES)
Segundo Monteiro (2004), o desempenho físico é resultado de uma complexa combinação de fatores fisiológicos, biomecânicos e psicológicos. A avaliação da aptidão física constitui um importante elemento no processo de condicionamento físico.
Nahas apud Caspersen et al (2003) define atividade física como: movimento corporal que recruta a musculatura esquelética, gerando uma demanda energética acima dos níveis de repouso. Segundo Pitanga apud Caspersen et al (2005, p.14), “Exercício físico é a atividade repetitiva, planejada e estruturada, que tem como objetivo a manutenção e melhoria de um ou mais componentes da aptidão física”. De acordo com Nieman (1999, p.4) “aptidão física relacionada à saúde é tipificada por uma capacidade de realizar as atividades diárias com vigor e esta relacionada a um menor risco de doença crônica”. Por outro lado, a aptidão relacionada à habilidade tem mais haver com agilidade, equilíbrio, coordenação, potência e tempo de reação e apresenta pouca relação com a saúde e com a prevenção de doenças, e sim, é mais integrada para o sucesso em esportes. Esses são os componentes mais citados da aptidão física.
”O mesmo ainda afirma que a prática regular de atividades físicas reduz o risco de acometimentos de doenças crônico-degenerativas resultantes da hipocinesia”.
Material e métodos
O presente estudo caracterizou numa pesquisa descritiva de forma quantitativa. Foram estudados indivíduos ambos os sexos, por jovens na faixa etária entre treze a dezessete anos de idade, onde freqüentam aulas de educação física com participação de diversas modalidades oriundos do programa Novos Horizontes da Instituição SESI-SENAI de São Leopoldo-RS.
A amostra foi composta por dezoito alunos do turno da manhã e vinte e três alunos do turno da tarde, sendo que trinta e dois alunos do sexo masculino e nove do sexo feminino. A coleta de dados consistiu na tomada de Medida de Massa corporal, estatura e IMC; Teste de flexibilidade; Teste de força e resistência abdominal e teste de resistência aeróbica (nove minutos). Foi utilizada como instrumento para a realização deste estudo uma avaliação física conforme o protocolo PROESP-BR.
Resultados e discussões
Uma boa aptidão cardiorrespiratória é fundamental para os humanos, tanto na saúde como no desempenho. Baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória estão associados com o risco de se morrer de doença cardiovascular. Altos níveis de aptidão cardiorrespiratória tornam possível ao homem participar de muitas atividades da vida diária, ocupacionais e recreativas (TRITSCHLER, 2003).
Neste trabalho constatou-se que prevalência, segundo o IMC (conforme critérios ZSMC - PROESP) o gráfico 1 mostra o IMC no total de 18 alunos, vimos que mais de 85% deles estão no nível normal, geralmente eles mantém alguma prática em atividade física e com sua alimentação regular. Os demais alunos têm sua alimentação irregular.
Gráfico 1
O gráfico 2 mostra o IMC no total de 23 alunos, vimos que a maioria deles está no nível normal.
Gráfico 2
Segundo Costa (2001) os diferentes componentes corporais sofrem alterações durante toda a vida dos indivíduos, fazendo com que as características da composição corporal sejam extremamente dinâmicas, pois são influenciadas por aspectos fisiológicos, como crescimento e desenvolvimento, e aspectos ambientais, como estado nutricional e nível de atividade física.
Ramos (1999) relata que um dos principais interesses em se conhecer os aspectos da composição corporal está relacionado com a estimativa da quantidade de gordura corporal e sua possível relação com os efeitos maléficos para a saúde. Dentre esses efeitos pode-se citar a obesidade, o aumento do risco de várias doenças, dentre as quais podemos citar diabetes, aterosclerose, hipertensão, complicações articulares, distúrbios psicológicos e câncer.
O gráfico 3 e 4 mostra resultado do teste de flexibilidade (conforme critérios ZSMC- PROESP) no total de todos os alunos tivemos um parâmetro bom, mais de 50% deles, pois na seqüência das aulas anteriores ao teste, passei informações sobre o nível e a importância da flexibilidade do dia a dia; mas nem todos os alunos alcançam a sua aptidão. Eles não têm hábito de executar exercícios de força e alongamento. De acordo com Weineck (1999), flexibilidade é a capacidade e a característica de executar movimentos de grande amplitude, ou sob forças externas, ou ainda que requeiram a movimentação de muitas articulações. A flexibilidade relaciona-se, principalmente, à maleabilidade da pele e à elasticidade muscular que são poderosamente influenciadas por alguns fatores, tais como (DANTAS, 1999).
Gráfico 3
Gráfico 4
O gráfico 5 e 6 mostra o resultado da resistência abdominal (conforme critérios ZSMC- PROESP) no total de todos os alunos tivemos um parâmetro fraco que não alcanço seus níveis de aptidão física, por não desenvolver nenhuma atividade física regular. Nos demais resultados de nível Razoável e Bom foi um trabalho de motivação que ajudou a alcançar.
Gráfico 5
Gráfico 6
Os sujeitos que possuem uma musculatura abdominal fraca correm o risco de sofrer lesões decorrentes de determinados movimentos bruscos. Por outro lado, os músculos dos membros superiores desempenham um papel indispensável na capacidade dos indivíduos para desenvolver as mais diversas atividades, sejam elas domésticas, esportivas ou laborais (Corbin & Lindsey, 1997; Howley & Franks, 2000;Nahas, 2001; Nieman, 1999; Rodrigues et al, 1998).
O gráfico 7 e 8 mostram o resultado da resistência aeróbica (conforme critérios ZSMC- PROESP) estatisticamente no total de todos os alunos obtiveram um parâmetro razoável, mantendo conforme seus hábitos de vida em termos de organização cotidiana e prática desportiva. Da mesma forma que uma boa função cardiorrespiratória está associada com riscos reduzidos de doenças cardiovasculares, ela também está associada com uma baixa incidência de diabetes mellitus não insulino-dependente e de obesidade. Um estudo recente de Lee et al. apud Tritschler (2003) determinou que a aptidão cardiorrespiratória pode ser mais importante para a saúde global do que a manutenção de um peso corporal normal (IMC < 25), demonstrando que os benefícios para a saúde de um peso corporal normal parece estar limitado para pessoas que possuem níveis moderados ou elevados de aptidão cardiorrespiratória. Enfim, pode-se mencionar o trabalho de FRANKLIN et al. (1991), sugerindo que exercícios aeróbios de intensidade moderada implicariam maiores riscos de angina em coronariopatas, do que exercícios contra-resistência.
Gráfico 7
Gráfico 8
Conclusão da investigação
Ao chegar ao final deste estudo que teve como objetivo principal o de analisar o nível de aptidão para a saúde dos alunos na área de intervenção relacionada à saúde procuramo-nos sinalizar os achados mais relevantes. Saliento que os níveis de aptidão física destes alunos de modo geral com todos os testes aplicados, indicaram diferenças estatisticamente significativas de nível razoável, conforme os seus hábitos de vida em forma de organização do seu cotidiano e a prática desportiva. De forma quantitativa, os alunos obtiveram resultados como nível: bom, razoável e fraco.
Conforme as tabelas que mostra em percentuais os resultados, as turmas não tiveram estatisticamente diferenças de nível entre a turma da manhã e a turma da tarde. Mas a preocupação está em relação à faixa etária destes alunos que deveriam ter nível de vida ativa, pois em diante ocorre o processo de envelhecimento tendo suas modificações fisiológicas.
Dentre as dificuldades encontradas para realizar o estudo, destacamos o pouco tempo para obter mais dados de coleta, de avaliar nos três meses anteriores, podendo-se utilizar comparativos entre níveis anteriores e atuais, o que enriqueceria a construção dos conhecimentos.
Contudo, deve-se ter cautela na análise de desempenho, devendo associar elementos referentes à modificação da distribuição dos resultados obtidos nestes testes que tenderam a se tornar mais homogêneos, ou seja, os alunos construíram uma melhora de nível de aptidão física, devido à redução de seus hábitos de vida e informações importantes da prática de atividade física.
Em relação à motivação nas aulas, os professores de educação física devem ser responsáveis por instigar e fazer “brotar” em seus alunos aquele estímulo a mais em relação às atividades físicas.
Referências
FERNANDO, Paulo Leite. – Aptidão Física Esporte e Saúde: Prevenção e Reabilitação. São Paulo – Robe Editorial, 1990.
FONTOURA, Andrea Silveira d. Medidas e Avaliação em Educação Física. Ed: Ulbra, 2005
MARINS, J. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação e Prescrição de Atividade Física: Guia Prático. 2 ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998.
MELLEROWICZ, HARALD Bases fisiológicas do treinamento físico São Paulo EPU 1979.
Monteiro, WD. Personal Training: Manual para Avaliação e Prescrição de Condicionamento Físico. 4ª edição. Rio de Janeiro: Sprint, 2004.
NIEMAN, David C. – Exercício e Saúde. 1º edição brasileira – 1999.
RIBEIRO, Eliane Pardo. Exercícios de quem não teme ousar. Pelotas: UFPel, 2000.
WEINECK, J. Biologia do Esporte. 7. ed. São Paulo: Manole, 2005.
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