Freqüência de lesões de joelho em atletas de futebol de salão Frecuencia de las lesiones de rodilla en jugadores de fútbol de salón Frequency of knee injuries in athletes of indoor soccer |
|||
*Educador Físico, Especialista em Personal Trainer (UNED) **Doutor. Professor do Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG/GEIE) Pesquisador do Núcleo de Aptidão Física, Metabolismo e Saúde (NAFiMeS/UFMT) ***Mestre. Professor da Universidade de Cuiabá (UNIC); Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG); Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino (UNED) Pesquisador do Núcleo de Aptidão Física, Metabolismo e Saúde (NAFiMeS/UFMT) (Brasil) |
João Félix dos Santos Filho* Fabrício Cesar de Paula Ravagnani** Adilson Domingos dos Reis Filho*** |
|
|
Resumo A freqüência de lesão na articulação do joelho em praticantes do futsal é cada vez mais comum. Desta forma, um melhor conhecimento das ações mecânicas, bem como uma melhor preparação física pré-temporada deve ser enfatizado para que haja melhor prevenção. O presente estudo objetivou analisar as ocorrências de lesões nos joelhos de atletas de futsal. A amostra foi composta por 40 atletas de futsal do clube SEST/SENAT de Cuiabá-MT. Foi utilizado um questionário estruturado para a coleta de dados e medidas antropométricas. Os atletas atuantes nas posições de ala e pivô apresentaram maior incidência de lesões no joelho, sendo o período de competição o mais favorável para tal lesão, especialmente a do ligamento colateral medial. Unitermos : Futebol. Lesão. Joelho.
Resumen La frecuencia de lesiones en la articulación de la rodilla en jugadores de fútbol de salón es cada vez más común. Por lo tanto, un mejor conocimiento de las acciones mecánicas, así como la mejora de la condición física pretemporada debe hacerse hincapié para una mejor prevención. Este estudio tuvo como objetivo analizar la incidencia de lesiones de rodilla en jugadores de fútbol de salón. La muestra consistió de 40 jugadores del club de fútbol SEST/SENAT Cuiabá-MT. Se utilizó un cuestionario estructurado para recabar datos y mediciones antropométricas. Los participantes que juegan en posiciones de ala y pivote presentan una mayor incidencia de lesiones de rodilla, y el período de competencia es el de mayor riesgo para una lesión, sobre todo del ligamento colateral medial. Palabras clave: Fútbol. Lesión. Rodilla.
Abstract The frequency of injury in the knee joint in practitioners of indoor soccer is increasingly common. Thus, a better knowledge of mechanical actions, as well as improved physical fitness pre-season should be emphasized that there may be better prevented. This study aimed to analyze the occurrence of knee injuries in indoor soccer athletes. The sample consisted of 40 athletes of indoor soccer club SEST/SENAT Cuiabá-MT. We used a structured questionnaire to collect data and anthropometric measurements. Athletes who work in positions of wing and pivot had a higher incidence of knee injuries, and the competition period most favorable for such a lesion, especially of the medial collateral ligament. Keywords: Soccer. Injury. Knee.
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 159, Agosto de 2011. http://www.efdeportes.com |
1 / 1
Introdução
O futebol de salão ou simplesmente futsal como hoje é chamado, teve sua origem na Associação Cristã de Moços (ACM), sendo supostamente criado na década de 1930 em Montevidéu (TEIXEIRA, 1996) ou na década de 1940 em São Paulo (ZILLES, 1987). A primeira regra publicada foi editada em 1956 por Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes em São Paulo, Juan Carlos Ceriani e Habib Maphuz professores da ACM (CBFS, 2009). Apesar de ser uma modalidade esportiva relativamente nova, é considerado o segundo esporte no Brasil, ficando somente atrás do futebol.
A prática do futsal desenvolve em seus praticantes a rapidez de movimentos e de raciocínio para a tomada de decisões num espaço curto de tempo. Desta forma, o praticante de futsal exerce súbita aceleração e desaceleração com brusca mudança de direção, expondo as estruturas osteomioarticulares a grandes impactos, aumentando assim, o risco de lesão (MOREIRA et al., 2004), especialmente as articulares. Segundo Ribeiro e Costa (2006), as diferentes modalidades de futebol (de quadra, de praia e campo) seriam a principais responsáveis pelo número excessivo de lesões desportivas no mundo.
A ausência de um bom condicionamento físico e/ou uma exacerbação das cargas de treinamento, podem favorecer o acometimento de lesões em praticantes do futsal, especialmente naqueles considerados “atletas de fim de semana”, cuja prática do referido esporte encontra-se restrita a um ou dois dias semanais. De acordo com Teixeira (1996), uma incorreta elaboração da preparação física na pré-temporada em conjunto com alterações posturais (BIENFAIT, 1995), nível de flexibilidade reduzido, falhas ao executar uma ação específica do esporte, tem ocasionado maior incidência de lesões e despertado a atenção da medicina esportiva para esta modalidade. Destarte, a harmonia entre força, velocidade, flexibilidade, resistência muscular e aeróbia, acompanhada de uma composição corporal adequada, leva o atleta a um melhor rendimento esportivo, além de prevenir lesões que comprometam a continuidade da sua prática (KURATA, JÚNIOR e NOWOTNY, 2007).
Nesse sentido, justifica-se a intervenção de profissionais habilitados em educação física e com experiência na elaboração de treinamento com intuito de se reduzir a incidência de lesões osteomioarticulares em praticantes de futsal, para tanto, se faz necessário um melhor conhecimento acerca das áreas de fisiologia do exercício, cinesiologia e biomecânica e treinamento desportivo. Diante do exposto anteriormente, Kurata, Júnior e Nowotny (2007) relatam que a periodização orienta os profissionais na composição e aplicação das cargas de treinamento, devendo sempre ter um caráter oscilatório para promover a supercompensação e resguardar o atleta do overtrainning e consequentemente de lesões. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a freqüência de lesões nas articulações dos joelhos de praticantes de futsal amador em Cuiabá-MT.
Materiais e métodos
O presente estudo teve delineamento transversal descritivo. Utilizou-se como instrumento para coleta de dados um questionário estruturado.
Amostra
Foram selecionados convenientemente 40 atletas amadores de futsal, do sexo masculino, com idade entre 18 e 34 anos, praticantes da modalidade no clube do Serviço Social do Transporte (SEST/SENAT) de Cuiabá-MT. Todos os voluntários foram informados sobre a proposta do estudo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido de acordo com o que rege a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Avaliação antropométrica
Os dados antropométricos foram coletados em triplicata por um profissional de educação física, sendo utilizada a média das três coletas. A massa corporal foi determinada com os voluntários posicionados em pé, no centro da plataforma com os pés unidos e braços ao longo do corpo, numa balança mecânica FILIZOLA® (Brasil), com capacidade para 150 kg e precisão de 100g (MARINS e GIANNICHI, 2003). A estatura foi mensurada com o estadiômetro disponível na mesma balança, com precisão de 0,5 cm.
Índice de massa corporal (IMC)
O IMC foi calculado pela equação:
Análise estatística
Foi utilizada planilha do software Microsoft® Excel para construir o banco de dados e posteriormente serem analisados. Os resultados foram expressos em médias ± desvios padrão e freqüências.
Resultados
Observa-se na tabela 1, que os voluntários praticam futsal em média durante 13 anos e que atualmente são expostos aos treinamentos em média duas vezes na semana. Verifica-se também, padrão de normalidade para o IMC.
Tabela 1. Características gerais da amostra
Em relação à prevalência de lesões, pode-se verificar na tabela 2 que os atletas que atuam na posição de ala e pivô apresentam maior incidência de lesão do que aqueles que jogam como fixo.
Tabela 2. Prevalência de lesão no joelho de acordo com o posicionamento dos jogadores de futsal, Cuiabá-MT
Na tabela 3, pode-se verificar que 60% das lesões ocorridas em atletas amadores de futsal ocorrem no joelho do hemicorpo direito, ou seja, no lado dominante. Observam-se também na mesma tabela maior incidência de lesões no ligamento colateral medial e ligamento cruzado anterior associado à lesão de menisco. Em relação à época de maior ocorrência de lesão, foi evidenciado que durante as competições os atletas estão mais sujeitos a elas do que nos treinos. Já em relação ao choque corporal, pode-se observar na tabela 3, que o contato ou não entre os atletas é indiferente na etiologia da lesão.
Tabela 3. Tipos de lesões ocorridas no joelho de jogadores de futsal, Cuiabá-MT
Foi observado no presente estudo que o tratamento cirúrgico é menos procurado pelos atletas (Tabela 4). Observa-se também na tabela 4, que a maior parte (70%) dos atletas retorna às atividades esportivas no máximo em dois meses.
Tabela 4. Tipos de tratamentos e tempo de recuperação após lesão no joelho de jogadores de futsal, Cuiabá-MT
Discussão
Foi observado no presente estudo maior incidência de lesão no joelho dos atletas que atuam nas posições de ala (47%) e pivô (38%), isso possivelmente pelas características de tais posições, que incluem maior movimentação, freadas bruscas e giros repentinos. Kurata, Júnior e Nowotny (2007), observaram em seu estudo uma freqüência de 18% de lesão no joelho em atletas de uma equipe do Campeonato Paranaense de Futsal, independente da posição do atleta. Situação semelhante foi observada na pesquisa conduzida por Dantas e Silva (2007) com atletas profissionais de duas equipes de Portugal, onde se observou que 18,5% das lesões eram na articulação do joelho. Desta forma, o presente estudo com atletas amadores quando comparado aos estudos citados anteriormente com atletas profissionais apresenta similaridade em relação à exposição da articulação do joelho a eventos lesivos. Contudo, situação adversa foi relatada por Alano, Monte e Barbosa (2010) que após observarem cinco equipes da Liga Nacional de Futsal, relataram maior ocorrência de lesão na coxa e tornozelo, ambos quando somadas foram responsáveis por 48 das 66 lesões relatadas durante a temporada de 2009, sendo a lesão do joelho citada apenas três vezes.
Em relação ao hemicorpo com maior incidência de lesão, foi observado neste estudo que o joelho do lado dominante, neste caso o direito sofreu mais lesões (60%) do que do lado não dominante (joelho esquerdo, 40%). Os resultados encontrados por Rosa e Zabot (2008) reforçam os do presente estudo, onde foi encontrada maior ocorrência de lesão no joelho do lado dominante. Fato este que pode ser explicado, pelo menos em parte, pela maior exposição do membro dominante a situações de risco, tais como, divididas, pancadas, freqüência de chutes e possivelmente a falta de equilíbrio entre as cadeias musculares, anterior e posterior da coxa. Contudo, Moreira et al (2004), afirmam que o membro que dá apoio para a realização do chute, sofre ação de forças de grande magnitude, onde tal impacto pode ocasionar osteoartrite em jogadores com certo tempo de prática do esporte. Porém, no presente estudo, não foi relatado nenhum evento de tal natureza.
Foi evidenciado na presente pesquisa, que o contato físico entre os atletas proporciona uma incidência de 53% de lesão no joelho e que a lesão sem o contato é responsável por 47% das lesões nessa articulação. A interpretação destes resultados aponta para uma equivalência nos mecanismos que favorecem a lesão na articulação do joelho e que independentemente do contato, um maior fortalecimento aliado a um treinamento proprioceptivo poderia beneficiar tais atletas, reduzindo assim o número e a gravidade das lesões. Segundo o estudo conduzido por Dantas e Silva (2007), foram observados 63% de ocorrência de lesão por contato direto. Corroborando com estes resultados, Ribeiro e Costa (2006) observaram durante o XV Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-20 que 65,6% das lesões ocorreram quando do contato entre atletas. Contudo, no estudo realizado por Cohen et al (1997) e Rosa e Zabot (2008), as lesões articulares, dentre elas as do joelho ocorreram com maior freqüência devido ao mecanismo indireto, ou seja, sem contato entre os atletas. Tais resultados reforçam a ideia de que a sobrecarga imposta ao sistema musculoesquelético e conseqüentemente às articulações, sem o devido condicionamento físico, pode expor os atletas a maiores riscos.
Dentre as lesões ocorridas na articulação do joelho, as mais comuns neste estudo foram: lesão de ligamento colateral medial (47%), lesão de ligamento cruzado anterior + menisco (35%), lesão de ligamento colateral lateral (10%) e lesão de ligamento cruzado anterior (8%) (Tabela 3). Dantas e Silva (2008) observaram que 25,9% das lesões ocorreram no ligamento colateral medial, 22,2% no ligamento cruzado anterior e 11,1% tiveram o ligamento colateral lateral lesionado. Tais resultados indicam a existência de maior fragilidade do ligamento colateral medial em relação às demais estruturas conjuntivas, talvez pela característica de deslocamentos, desaceleração e mudanças bruscas de direção muito comum no futsal (Moreira et al, 2004). Ainda em relação à s lesões na articulação do joelho, Moreira et al (2004) relatam que tais características favorecem a lesão especialmente do menisco medial, ligamento colateral medial e ligamento cruzado anterior, sendo este último, mais castigado na última fase do chute no futsal.
Foi evidenciado no presente estudo que as lesões de joelho ocorreram na sua maioria durante o período de competição (65%) e em menor freqüência nos treinamentos (35%). Possivelmente o âmbito acirrado de competição aliado a um condicionamento físico inadequado, tenha favorecido a maior incidência de lesões, sem contar que nos treinamentos, os atletas apresentam mais respeito ao companheiro de equipe do que em relação aos atletas de outros times. Já nos resultados apresentados por Dantas e Silva (2007) o período de competição (55,6%) teve quase que a mesma influência que as lesões ocasionadas em treinamento (44,4%).
Segundo Kurata, Júnior e Nowotny (2007), o retorno à competição deve ser gradual e obedecer a critérios rigorosos de monitoramento e índices funcionais para que não haja reincidência de lesão. Contudo, observando os dados obtidos na presente pesquisa pode-se observar um período relativamente curto de recuperação, não durando mais do que dois meses em 70% dos casos. Fato este provavelmente ocorrido devido ao tipo de tratamento utilizado, neste estudo 60% tratamento conservado e 40% tratamento cirúrgico. De acordo com Vargas et al, (2007) o tratamento vai desde uma fisioterapia (tratamento conservador) quando a lesão é diagnosticada na fase aguda e possível cicatrização até uma artroscopia, cirurgia (tratamento cirúrgico) realizada por meio de micro-câmera de vídeo, com incisões menores que 0,5 cm, e que permitem um retorno rápido e completo à atividade física.
Conclusão
Os dados expostos na presente pesquisa permitem identificar alguns fatores importantes na etiologia das lesões de joelho em jogadores de futsal. A primeira conclusão que se tem é que os atletas que atuam como ala ou pivô sofrem mais impacto, torções e contato durante as partidas de futsal, fato este que pode aumentar a incidência de lesões na articulação do joelho. Outro aspecto a ser levado em consideração é a ocorrência de várias lesões no ligamento colateral medial, isto indica que uma boa avaliação postural poderia contribuir para a elaboração de uma preparação física mais eficiente, levando em consideração a necessidade de níveis ideais de flexibilidade bem como de treinamento proprioceptivo para diminuir a instabilidade articular.
Referências bibliográficas
Alano TF, Monte AAM, Barbosa AR. Lesões mais freqüentes no futsal brasileiro: dados de cinco equipes participantes da Liga Nacional de 2009. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v.15, n.143, p.1, abr., 2010. http://www.efdeportes.com/efd143/lesoes-mais-frequentes-no-futsal-brasileiro.htm
Bienfait M. Os desequilíbrios estáticos: fisiologia, patologia e tratamento fisioterápico. São Paulo: Editora Summus, 1995.
Cohen M, Abdalla RJ, Ejnisman B, Amaro JT. Lesões ortopédicas no futebol. Rev Bras Ortop, v.32, p.940-4, 1997.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL (CBFS). Disponível em: http://www.futsaldobrasil.com.br/2009/cbfs/origem.php Acesso: 09/03/2011.
Dantas JA, Silva MR. (2007). Freqüência das lesões nos membros inferiores no futsal profissional. Trabalho baseado na monografia “A incidência das lesões nos membros inferiores no futsal profissional” para obtenção de Licenciatura em Motricidade Humana. Porto: Universidade Fernando Pessoa. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/dspace/bitstream/10284/426/1/220-229%20REVISTA_FCS_04-7.pdf Acesso: 10/03/2011.
Kurata DM, Martins JJ, Nowotny JP. Incidência de lesões em atletas praticantes de futsal. Iniciação científica CESUMAR, v.9, n.1, p.45-51, jan/jun 2007.
Marins JCB, Giannichi RS. Avaliação e prescrição de atividade física: guia prático. 3.ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
Moreira D, Godoy JRP, Braz RG, Machado GFB, Santos HFS. Abordagem cinesiológica do chute no futsal e suas implicações clínicas. R Bras Ci e Mov, v.12, n.2, p.81-85, 2004.
Ribeiro RN, Costa LOP. Análise epidemiológica de lesões no futebol de salão durante o XV Campeonato Brasileiro de Seleções Sub 20. Rev Bras Med Esporte, v.12, n.1, p.1-5, Jan/Fev, 2006.
Rosa EG, Zabot AF. Estudo prospectivo das lesões ocorridas durante a pré-temporada de 2008 da equipe Unisul de futsal adulto. Trabalho baseado na monografia “Estudo prospectivo das lesões ocorridas durante a pré-temporada de 2008 da equipe Unisul de futsal adulto” para obtenção de Bacharel em Fisioterapia. Tubarão/SC: Universidade do Sul de Santa Catarina (2008). Disponível em: http://www.fisio-tb.unisul.br/Tccs/08a/edilio/Artigo.pdf Acesso: 10/03/2011.
Teixeira JJ. Futsal 2000: o esporte do novo milênio. Porto Alegre: Editora Autor, 1996.
Vargas A, Almeida A, Lenz C, Macedo M, Ferreira P, Rosa filho BJ. (2007) Disponível em: http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/lesao_meniscal/lesao_meniscal.htm Acesso: 17/03/2011.
ZILLES, Alexandre. Polígrafo de Futebol de Salão. Porto Alegre: UFRGS, 1987.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 159 | Buenos Aires,
Agosto de 2011 |